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História Unhearted. - If I Had You.


Escrita por: Bandit

Capítulo 10 - If I Had You.


Fanfic / Fanfiction Unhearted. - If I Had You.

 

Ryan

 

A banda no palco toca alguma música do George Michael enquanto todos dançam na pista. Quase toda Leavenworth está aqui, bebendo e comendo e se divertindo muito mais do que eu. Horas se passaram e não movi um músculo sequer.

Sarah dança de costas para Brendon, jogando o quadril de um lado para o outro e agarrando sua mão, e ele sussurra algo em seu ouvido, fazendo-a sorrir. Spencer e Juliet conversam com Hayden e seu vestido negro ao meu lado, e Dallon beija Jon na pista de dança.

Fecho os olhos e esfrego o rosto com força.

— Ryan, você escutou o que eu disse? — Dallon balança as mãos na minha frente. Ergo a cabeça.

— Perdão, eu não... ouvi — Jon morde a boca, incomodado.

— Perguntei se queria ir para o outro lado comigo e Jon — ele maneia a cabeça na direção de Brendon e Sarah. O outro lado é uma sacada para o jardim de peônias.

— Segurar vela para os dois? — franzo o cenho. — Nem a pau! — eles se entreolham, debochados e preocupados ao mesmo tempo.

— Está segurando aqui, aparentemente.

— Hayden está segurando comigo — aponto para a garota. Dallon entrelaça os dedos no do namorado.

— Você quem sabe, então.

Meu corpo tomba no meio da pista ao som de If I Had You, junto ao de Hayden e Juliet. As luzes piscam excessivamente, azuis, verdes, brancas, vermelhas, magentas, multicolores; e cada silhueta é um vulto de mexendo de um lado para o outro. Hayden esfrega o quadril no meu e os move juntos, num movimento circular lento e extenso. Ela geme perto do meu pescoço e põe a perna entre as minhas.

Jogo a cabeça para trás enquanto estamos juntos, batendo em corpos suados que balançam de um lado para o outro ao nosso redor. É possível ver Sarah pulando no palco ao lado da banda e de seus pais, ignorando todas as pessoas para prestar atenção em si. Mãos deslizam pelo meu quadril por trás e eu me aconchego no peito que toca minhas costas, relaxando. Hayden sorri para a pessoa atrás de mim e se afasta, tomando uma outra garota pela mão para dançar com ela.

Um grunhido baixo escapa da minha garganta quando a música muda para Birthday Sex e a pessoa gira meu corpo, colando seu peito ao meu. Brendon Urie está olhando para mim e move o quadril para frente, chocando comigo. Agarro a parte de trás de seu pescoço e o puxo mais para mim, e o deixo a milímetros do meu rosto.

Brendon esfrega as mãos sob a minha blusa e se impulsiona para cima. Ele se sustenta em mim e tomba a cabeça para o lado para tocar meus lábios, e é a melhor sensação do mundo.

Ele tem gosto de menta e suas mãos são quentes, macias e tocam minha cintura com carinho. Minhas pernas tremulam e vacilam, e sou agarrado por ele para não cair. Brendon morde meu lábio inferior e enfia a língua na minha boca, gemendo durante o ósculo.

Ele é tão fodidamente delicioso.

Brendon afasta a boca e desce para meu pescoço, rolando nossos quadris juntos para esfregar nossas ereções. Solto um gemido alto contra o ouvido dele, enfiando minhas unhas em seus ombros sobre a blusa. Eu preciso, preciso muito senti-lo.

— Ela está vindo — a voz de Hayden grita no meu ouvido, e no mesmo instante empurro Brendon do meu corpo, irritado. Ele nunca soltaria de mim.

— Ryan? — ele está tonto, porém, completamente sóbrio. Aponto para o sulco de pessoas que se forma para deixar Sarah passar. Sua expressão cai. — Eu...

— Isso não aconteceu, Brendon.

Sarah o beija e grita algo sobre correr até a mesa, e Hayden se põe à minha frente para puxá-la pela mão para onde os fotógrafos seguem. Antes de se perder, Sarah grita que o ama e é respondida de bom grado, com um sorriso.

Meu rosto queima tanto quanto meus olhos, enquanto sigo Brendon Urie atrás das outras pessoas para a mesa que surge com um gigantesco bolo. As silhuetas à minha frente me impedem de ver minha dita melhor amiga, mas sua risada extravagante ecoa sobre o coro de parabéns.

Brendon está ao meu lado. Ele desliza a mão pelo meu braço e a junta à minha, entrelaçando nossos dedos. Afasto-me dele com grosseria.

O lado de fora está mais frio que no começo, e meu casaco ficou do lado de dentro. A rua está deserta e o barulho do salão ecoa até a esquina, o vento bate no meu rosto e a neve acumula nos meus cabeços. Não dou um passo para trás e quase corro para fora do caminho.

— Ryan! — a voz de Brendon berra atrás de mim. Apresso o passo e dobro uma esquina. — Ryan, porra, espera! — ele grita de novo, e consegue agarrar meu braço e me puxar para vê-lo. — O que... aconteceu?

— O que aconteceu?! — forço a voz para parecer a dele, debochada. Meus olhos queimam em lágrimas. — Você me deu o melhor beijo da minha vida e depois disse que amava outro alguém na minha frente! Você jogou na minha cara, Brendon Urie! — minha voz é extremamente alta, e de repente estou soluçando.

— Ryan, eu só... não podia não responder... — ele se aproxima, e eu caio de joelhos, rindo histericamente. — George, o que...? — ele

— Volta para a porra da sua namorada e me deixa aqui sozinho, Brendon — apoio-me num poste para poder levantar, me arrastando pelo chão. A neve queima minha mão sem as luvas, e as lágrimas escorrem até meu queixo. Brendon tenta segurar meu braço de novo. — Quer me soltar, cacete? — soco o braço dele com força, andando para longe.

— Eu não posso deixar você sozinho nesse frio — ele continua me seguindo, a uma curta distância, até se esticar e segurar meu braço de novo. — Dá para parar de agir como uma criança mimada? — alguém está irritado.

Eu sou a criança, Brendon Urie? — minha voz sai fina e puxo meu braço, sem sucesso de me livrar. — Não sou eu que sai por aí beijando pessoas e dizendo que ama outras! Não sou eu que tenho prazer em magoar todo mundo!

Ele esfrega os olhos.

— Vamos embora daqui.

Brendon abraça meu corpo com força, me cobrindo com seu manto, e me arrasta em direção à minha casa, pedindo as chaves assim que chegamos. Reluto em entrega-lo, mas sou vencido pelo cansaço de qualquer discussão a essa altura do campeonato.

Nós entramos no meu quarto e ele tira o manto, deixando-o cair ao chão. Meu rosto ainda está molhado pelas lágrimas, e não parei de soluçar.

— É bom tomar um banho quente — ele toca meu rosto. Empurro-o. — Está congelando.

— Não aja como se fosse importante — saio de perto dele e vou em direção ao banheiro, segurando a porta. — Eu sou nada para você, Brendon.

— Se fosse nada, não estaria com você ao invés de estar na festa da minha namorada, Ryan — fecho os olhos. Outro soluço.

— Sua namorada.

Mergulho na banheira gelada, e espero enquanto meu choro vai embora antes de poder sair. Visto meu pijama de unicórnios e entro no quarto. Brendon está sentado em minha cama sem os sapatos. Ele deita à minha frente no colchão, com uma das mãos em meu quadril.

Pare de ser tão fraco, Ryan.

Em poucos segundos, seus lábios estão presos aos meus novamente, sua língua brincando dentro da minha boca. Ele põe as mãos nas minhas coxas e me coloca em seu colo, me obrigando a mover contra seu corpo. Solto um gemido alto e esfrego a mão em seu peito, desabotoando a blusa para tocar sua pele. É macia, e o inchaço debaixo de mim se torna evidente.

Boom.

Saio de cima dele e me deito na outra ponta, puxando meu gloomy bear para abraça-lo. A quentura de Brendon está tão próximo...

— Ryan...

— Eu não vou ser seu brinquedinho por hoje e te encontrar na segunda com chupões no pescoço de novo — corto-o, sem olhá-lo.

— Ryan, eu...

— Brendon, vai embora. Eu não preciso de você aqui.

— Não é porque não precisa de mim que não vou ficar — ele sussurra, e seu braço rodeia minha barriga e me aperta com força.



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