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História Unidos Pelo Caos - Alucinações


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


lá minhas maravilhosas leitoras...
Me pergunto como uma humilde autora consegue ter leitoras tão lindas e maravilhosas como vocês ?
Dedico este capitulo a LiLyvega que favoritou a fic eu AMEI de S2 S2 S2 S2 S2 S2
Este capitulo é mais paradinho pois é a preparação para o proximo (ui) espero que gostem
Boa leitura:

Capítulo 13 - Alucinações


Capítulo 13 – Alucinações

 

Meu mundo caíra... Então porque eu ainda continuava respirando? Por que o meu corpo tremia e minha voz estava rouca?

Nunca imaginei que um dia me sentiria tão mal ao ver uma pessoa ferida. Estava acostumada com isso no hospital da Florida, ainda mais depois que o mundo virou um caos e ficou de pernas para o ar...

Acho que estava assim apenas por conta de algum choque emocional... Eu via em Daryl um porto seguro para mim, onde eu podia me proteger das coisas ruins desse Novo Mundo. Ele me odiava, disso eu tinha certeza e eu o odiava em igual medida, mas... ao vê-lo ferido daquele jeito desestabilizou meu emocional e apenas isso. Nada mais que isso.

Afastei meus pensamentos insanos de minha mente e os empurrei lá para um cantinho destinado apenas as coisas sem sentido e sem importância e tratei de agir com a razão.

Daryl andava com dificuldade. Um de seus braços ia apoiado em meu ombro e o outro no ombro de Rick e ele andava um passo de cada vez lentamente e eu percebi que até isso lhe causava dor.

– Quem foi o doente mental que fez isso?! – eu perguntei olhando para T.Dog. – Se eu pegar eu mato! E mato também o mais insano ainda que pôs uma arma na mão desse doido!

T.Dog me olhou receoso e percebi que ele ficou com medo de minhas palavras.

– Na verdade não foi doido... foi a Andreia. – Ele respondeu apontando para um vulto que corria em nossa direção.

– Deixa que eu pego essa cachorra quando eu me curar... – disse Daryl entrando na conversa e fazendo cara de dor.

– Você quer ficar quieto! – eu o repreendi solícita. – Quanto mais você falar mais vai sentir dor.

– Não enche... – ele respondeu fazendo novamente uma careta de dor. – Eu falo quando eu quiser e não vai ser uma patricinha chata que vai fazer Daryl Dixon calar a porra da boca.

– Tem cabimento uma coisa dessa?! – eu perguntei a Rick que sorriu.

– Eu já convivi tempo demais com vocês dois para saber que vocês... bom... Deixa para lá. – Ele respondeu sorrindo significativo.

– A gente o quê, em xerife? – Daryl perguntou parando e olhando para Rick com a mesma expressão que eu. Eu e Rick tivemos que parar também para poder mantê-lo de pé. – Responde! Perdeu a coragem?

– Não, não perdi. – Rick respondeu se divertindo com o comentário. – Eu e Lori éramos assim quando nos conhecemos. Brigávamos sem parar e depois olha no que deu? Eu me apaixonei por ela e tivemos o Carl.

Daryl bufou impaciente e começou a caminhar de novo. Eu e Rick também andamos.

– Que ridículo... – resmungou ele. – Eu levei a porra de um tiro e você fica bancando o xerife sentimental dizendo que eu a garota aqui temos algo? Eu que me fodo e você quem delira? – disse ele apontando com a cabeça para mim.

– Eu detesto dizer isso, mas pela primeira vez eu concordo com o caipira. – Eu disse olhando indignada para Rick. – Onde já se viu? Eu e o Dixon? Só quando formos para o inferno.

Rick olhou para T.Dog e os dois riram juntos.

– Parem vocês dois e me levem logo para a droga do quarto. – Daryl falou para Rick e T.Dog, irritado. Depois olhou de esgueira para mim. – E você cala essa boca que eu não aguento mais ouvir sua voz ou te mando para o inferno agora mesmo.

Eu o fuzilei com o olhar, mas não adiantava falar nada. Se saldável ele já era insuportável, quase morrendo era pior ainda.

– Como você é pesado! Devia fazer um regime... – eu reclamei quando comecei a sentir meu ombro doer sob seu peso enquanto o conduzia para dentro da casa de Hershel.

– Cala a boca... – ele respondeu com a voz fraca. Eu olhei para ele e vi que seus olhos, que já eram estreitos, estavam quase fechados e Daryl parecia que ia desmaiar a qualquer momento. – Rick está carregando mais que você...

– É um caipira mesmo! Até mesmo a beira da morte ainda consegue ser grosseiro. Eu aqui oferecendo minha ajuda, e você ainda reclama? – eu disse para ele exasperada. aí como ele me dava raiva! Estava tão preocupada que minhas mãos tremiam enquanto eu o segurava.

– Eu não pedi sua ajuda! – ele respondeu resmungando. – Pode me soltar. Eu caminhei até aqui sozinho.

Eu bufei impaciente. Mesmo todo ferrado ainda bancava o babaca durão e metido. Quando nós estávamos apenas a dez metros dos degraus, várias pessoas apareceram para verificar o que acontecera.

– O que aconteceu? – Maggie perguntou saindo de dentro da casa acompanhada de Glenn.

– É tudo um bando de urubus mesmo! – Daryl reclamou novamente olhando feio para todos. – Não podem ver ninguém se ferrar que já correm para ver!

Andrea finalmente nos alcançou e começou a correr em nossa direção. Ela parecia preocupada e apavorada.

– Como ele está? Está bem? – ela perguntou.

– Sim. Mas não graças a você! – eu respondi rispidamente. Andrea me olhou espantada pela minha reação, mas nem me importei.

Ela tinha sorte, pois minha atenção estava voltada apenas para a recuperação de Daryl naquele momento. Mas ela estava enganada se achou que eu ia deixar barato. Andrea que me aguardasse...

Eu deixei– a plantada ali enquanto seguia até a casa com Rick. Depois de um tempo Andrea nos seguiu.

– Eu achei que fosse um zumbie! Me desculpem! – ela disse tentando se justificar.

Nós enfim, chegamos até o hall da casa. Eu deixei que Rick conduzisse Daryl até o interior da casa. Então eu parei na porta e me virei para encara-la. Apontando um dedo no ombro de Andrea eu falei.

– Olha aqui, Andreia. Deixa suas desculpas para quando ele estiver melhor. Agora saía daqui e me deixe fazer o meu trabalho!

Ela me olhou súplice, eu não me abalei com sua expressão. Não importasse o que ela dissesse, ela ainda era culpada.

– Mas eu posso ser útil. É só dizer o que eu devo fazer...

– Você já ajudou bastante por hoje. Por que não vai caçar outras vítimas para você assassinar!

– Você não tem o direito de falar assim comigo! – ela gritou para mim. Shane e T. Dog se afastaram tensos.

Eu dei mais um passo para junto ela.

– Olha Aqui, Andreia. Eu não tenho nada contra você, mas bancar a teimosa sedenta de atenção e pena não está ajudando!

– É isso que você acha? Que eu sou teimosa e que quero atenção?

– É isso sim! Desde que Dale fez você sair daquele CCD tem se comportado como uma fraca e se ninguém deixou você andar armada não é por causa daquilo e sim porque nós estamos na fazenda de Hershel e ele não quer arma aqui.

Hershel desceu a escada correndo e me chamou.

– Emily, o Daryl está muito mal. – disse ele em tom preocupado. Eu olhei para Andrea repulsivamente e sem dizer mais nenhuma palavra entrei na casa atrás de Hershel.

– Como ele está? – eu perguntei enquanto o seguia pelos corredores da casa.

– Está meio inconsciente e bastante machucado.

– Mas o senhor não podia ter cuidado dele? – eu perguntei agora subindo uma escada.

Então Hershel parou em frente a uma porta branca e me encarou.

– Sim, eu poderia, mas ele não deixa. Disse que quer se tratar sozinho.

Eu respirei fundo. Era um otário orgulhoso mesmo. Se virar sozinho? O cara tinha se furado com uma flecha, tinha levado um tiro na cabeça que por sorte foi só de raspão...

– Deixa comigo. – Eu disse para Hershel. Então peguei a maçaneta e virei.

Daryl estava deitado na cama todo estirado e pálido.

– Não é por nada não coroa, mas se me lembro bem, eu disse que queria ficar só. – Ele respondeu. Aparentemente achou que fosse apenas Hershel que tinha adentrado o quarto. Mas quando ergueu a cabeça com dificuldade e me viu sua expressão se alterou. – Eu estou falando grego, não é possível... – disse para si mesmo ironicamente. – Eu falo que quero ficar só e o coroa ainda chama a patricinha... o meu dia está cada vez mais perfeito.

– Você tem certeza que não precisa de ajuda? – Hershel perguntou para mim. Parecia que ele estava com pena de me deixar ali sozinha com o Daryl.

– Não se preocupe, senhor.  Lá no hospital nos ensinaram umas artimanhas para tratar de crianças que não se comportavam e pelo que eu estou vendo veio a calhar direitinho.

Hershel assentiu e caminhou até a porta.

– Eu já peguei remédios, água morna e toalhas. – disse ele apontando para a cômoda ao lado da cama. – Se precisar demais alguma coisa me chame.

Eu assenti e depois fechei a porta. Daryl estava deitado na cama com cara de poucos amigos. Eu me aproximei dele e sentei na cama. Passei uma de minhas mãos em sua testa para ver sua temperatura. Estava bem febril.

– Você deve estar bem feliz de me ver assim, não é? – ele sussurrou fraco.

– Devo admitir que sim. Pois isso é culpa sua! Lembra quando disse para você não ir e que nós iriamos todos juntos amanhã? – eu falei em tom divertido enquanto abria os botões de sua camisa e depois a tirava com cuidado.

Analisei seu corpo em buscar dos machucados. Em sua cintura, no lado esquerdo tinha um buraco enorme.

– Onde você arrumou esse buraco? Estava tentando esconder o que aí dentro?

– Foi uma flecha. – Ele disse.

– Eu sabia que você era burro, idiota e sem noção, mas atirar em você mesmo, isso eu não esperava.

– Eu caí da droga da ribanceira e essa porcaria entrou, agora costura logo isso aí ou então sai daqui e deixa que eu me viro.

 Eu não respondi.

Tirei meu anel folheado à prata (presente de dezoito anos de minha mãe) e o coloquei sobre a cômoda. Apenas peguei a bucha que Hershel trouxera e a molhei na água morna e passei por seu pescoço, depois deslizei lentamente por seu peito e por último por sua barriga...

Daryl apenas me encarava em silêncio e desconfiado.

Quando terminei de limpa-lo peguei a toalha e comecei a secá-lo. Enquanto fazia meu “trabalho” passei a admirar seu corpo inconscientemente. E tenho que admitir... eu fiquei muito tentada a tocá-lo mais a fundo, acaricia-lo e beija-lo.

O que será que estava acontecendo comigo? Primeiro estava pedindo para ele não ir. Depois fiquei preocupada com sua ausência e até tinha discutido com Andrea por causa dele.

Será que eu estava gostando do caipira?

Não.

Decididamente não.

Então vi seu rosto. Sereno e calmo. Parecia dormir, embora eu soubesse que estava apenas descansando.

Bom, talvez... quem sabe?

Não. Não estava não.

– Ei! Cuidado! – Daryl gritou de repente. – Tá querendo me matar?

Eu olhei assustada para ele. Então percebi que ao dar pontos em sua cintura eu o havia machucado.

– Desculpa. Não foi minha intenção.

– É assim que você tratava seus pacientes?

– Não. Só você. Na verdade, eu estava distraída...

– Pensando no babaca do Shane?

– Não, seu idiota! Estava pensando qual seria minha reação se você morresse.

Daryl me olhou em silencio. Parecia me avaliar.

– Eu acho que sentiria sua falta... – eu disse e me surpreendi ao ouvir essas palavras saírem de minha boca.

– Você não está falando sério. – Ele resmungou deitando-se de lado.

– Eu estou sim. Me acostumei tanto com sua voz chata reclamando no meu ouvido o tempo todo sem me dá um minuto de paz que realmente seria estranho se... se de repente parasse de ouvi-la.

“Era eu mesma dizendo aquilo?”

– Sabe também senti falta da sua voz de morcego. – Ele respondeu olhando para mim enquanto eu enfaixava sua cabeça e lhe dava alguns remédios.

Ele se sentou na cama e me fitou longamente. Ele sentiu minha falta? Parecia bom demais para ser verdade. Ele devia estar debochando de mim no mínimo. Mas então uma de suas mãos tocou minha cintura. Eu terminei o laço e olhei para ele. Nossos rostos estavam a dois palmos de distância. O meu rosto levemente mais alto que o dele, pois eu estava de joelhos sobre a cama na qual ele estava sentado.

Eu, que estava com as mãos sobre sua cabeça deslizei– as suavemente por seu rosto e o puxei para mim como se um imã muito poderoso estivesse nos atraindo um para o outro. Meus lábios umedeceram ao se aproximar dos seus.

Tomada por um impulso desconhecido e avassalador avancei em seus lábios.

E por incrível que possa parecer senti que Daryl também queria isso.

Era algo que nós dois queríamos...

– Como ele está? – Rick perguntou abrindo a porta e espiando para dentro.

Eu me sobressaltei e fingi estar analisando o curativo que eu havia acabado de terminar. Daryl também encostou as costas na cabeceira da cama e voltou a sua personalidade arisca.

– Está bem sim... – eu respondi um pouco rápido demais me afobando com os objetos que eu usara. Então me levantei da cama e respondi. – Eu só estava... analisando o curativo.

– O jantar está pronto, você vem? O Shane estava me enchendo à paciência e disse que se eu não te levasse ele vinha te buscar.

 Eu assenti com a cabeça e então me virei para Daryl. Eu não queria ir

– Eu vou lá então, vai ficar bem aqui sozinho?

– Como eu sempre fiquei. – Ele respondeu mal humorado. – Agora vai logo antes que o emocionado comece a ter “pits” por sua causa.

– Tudo bem... mas quer que eu traga algo para você jantar? – eu perguntei mostrando para ele que eu queria continuar em sua companhia.

– Sim. Veneno! Pra ver se eu morro logo e paro de ouvir essa voz chata do cacete!

Eu olhei para ele aborrecida. Por agora estava me tratando assim de uma hora para a outra.

– Você devia ter mais consideração. A Emily passou a tarde inteira preocupada com você a e boa parte da noite cuidando de você.

Daryl colocou as mãos atrás da cabeça e depois respondeu.

– Não contratei serviço de babá. Se está tão preocupado com ela, leva de presente para você a pra magrela da sua mulher. Ou dá ela pro Shane, ele vai adorar!

Eu senti-me muito mal com aquelas palavras. Rick tinha razão. Eu cuidei dele, me preocupei e o defendi da Andrea e é assim que ele me trata?

Respirei fundo e olhei para ele. Reunindo toda minha dignidade e meu orgulho e falei em tom comedido e letal.

– Sabe a hora que eu disse que me preocupava com você? – ele não respondeu. – Eu me expressei errado. Na verdade, queria dizer que me preocupava com a segurança do grupo. Sabe... toda caixa de ferramenta precisa de um martelo e você cumpre muito bem esse papel, caipira.

Então me virei para a porta e caminhei ara fora com Rick.

 

* * *Daryl:* * *

 

Que se foda!

Se aquela magrela metida, arrogante e idiota acha que vai me atingir com esse papo está muito enganada.

Quem ela pensa que é para querer colocar moral?

E aquele papo de “toda caixa de ferramenta precisa de um martelo”.

Quem ela pensa que é o martelo? Patricinha imbecil. Só presta mesmo para cuidar dos doentes e nada mais.

Como que queria voar no pescoço dela e só largar quando já estivesse dura no chão.

Ouço uma batida porta e me viro para o outro lado. Sinceramente não estou a fim de receber ninguém. Ainda mais se for àquela idiota dizendo que esqueceu alguma coisa.

A porta se abre e eu olho para a porta para ver quem era. Carol entrou no quarto com uma bandeja na mão. Eu me senti envergonhado, pois aquela maldita me deixou sem blusa, ainda bem que tinha um cobertor que eu puxei para cima na hora que Carol entrou.

– Como está se sentindo? – ela perguntou.

– Não dá pra ver? – eu respondi um pouco ríspido demais, confesso. Mas desde quando me importei com isso?

Eu me deitei de modo que ficava de costa para ela.

– Eu trouxe o jantar, você deve estar faminto... – ela continuou colocando o prato em cima da cômoda.

Eu não respondi. Então quando dei por mim ela já estava muito próximo e me deu um beijo na testa.

Eu me retesei. Não estou acostumado com esse tipo de coisa. Francamente não condiz comigo.

– Cuidado. – Respondi. – Eu estou cheio de pontos.

Ela ficou em silêncio por um tempo, então falou novamente.

– Você precisa saber de uma coisa... – eu olhei para ela em silêncio esperando que ela terminasse o que ia dizer. – O que você fez pela minha filha hoje foi mais do que o pai dela fez pela vida toda.

Eu me empertiguei. Estava muito bravo ainda, mas Carol era diferente. Parecia que ela era a única no grupo que me entendia. Após suas palavras, um pouco de minha raiva passou.

Todos ali me encheram porque voltei pior do que tinha saído, mas Carol... ela de alguma forma não me via como o caipira que era sombra do Merle.

– Eu não fiz nada que o Rick ou o idiota do Shane não teriam feito. – Respondi ainda ríspido.

– Ei sei... você é tão bom quanto eles. Sabia disso? – ela me perguntou.

Eu não respondi, pois não queria descontar minha raiva nela que não tinha nada a ver com história. Contudo, ao invés de dizer isso, virei minhas costas e esperei que ela tivesse entendido o meu recado de que queria ficar sozinho. Mas o que eu queria dizer era o seguinte. “Eu ser igual ao imbecil do Shane? Que fica correndo atrás de todas as mulheres do bando?” Bem, era isso que eu diria para ela.

Primeiro traçou a mulher do Rick, depois que o cara voltou do mundo dos mortos agora fica de graça pra cima da patricinha. Ela bem que merece o que ele está fazendo com ela. Vai usa-la e depois descartar. Típico de homens da cidade. Eu posso ser tudo, mas isso com certeza eu não faria.

 De maneira alguma.

Quando ela saiu e fechou à porta, eu me sentei na cama com esforço e de má vontade e me inclinei para pegar o prato que ela me deixara.

Meus dedos tocaram em algo pequeno e delicado. Eu então o peguei e levei até próximo dos olhos para ver o que era.

Não podia ser... pensando nas mil maneiras de matar a patricinha e ali estava, em minhas mãos, o seu anel prateado. Era tão pequeno e delicado. Bem a cara ela mesmo. Fiquei um bom tempo com ele em minhas mãos pensando no que fazer que até me esqueci momentaneamente da comida.

Pensei primeiro em joga-lo pela janela. Ela com certeza ficaria puta da vida procurando por ele. Por outro lado, eu não seria capaz de uma maldade dessas. Nem eu Daryl Dixon teria maldade para tanto.

Por fim, decidi enfia-lo dentro do bolso da calça. Quando coloquei minha mão dentro dele senti algo macio então puxei para fora e vi que eram as flores que eu tinha colhido na floresta. Uma para Carol e a outra para ela.

Eu guardei as flores de volta no bolso junto com o anel. Algum dia quem sabe, eu o devolveria...

Comi minha comida e depois me deitei para dormir. Era um saco ficar de cama. Não tinha nada pra fazer. Eu me sentia um inútil. Peguei alguns remédios que ela deixara sobre a cômoda e virei o vidrinho em minha palma e depois o entornei.

Após meia hora eu apaguei.

Quando as luzes da fazenda de apagaram uma porta foi aberta e eu soube que era a Emily. Não tinha como não reconhecer o seu perfume natural e feminino. Ela se aproximou de mim e mediu minha temperatura. Sua mão estava quente e macia. Era uma alucinação mais perfeita que já tive em minha vida...

 

* * *Emily:* * *

 

Eu era uma idiota mesmo. Ele havia me maltratado e eu ainda continuava a bancar a boazinha com ele.

Porque eu estava subindo agora pela escada em direção ao quarto daquele idiota caipira, era uma pergunta que eu ainda não encontrara a resposta. Hershel tinha se oferecido para vê-lo, mas eu recusei e disse “não, não. Deixa que eu olho”.

Eu e essa mania de querer salvar as pessoas. Acho que era uma qualidade, mas também um defeito.

Eu entrei no quarto que estava com a luz apagada e me aproximei da cama em silêncio e acendi o abajur da cômoda que projetou uma luz baixa e fraca.

Eu o avistei deitado na cama, então me aproximei lentamente para não fazer barulho. Ele estava tão fofo dormindo. Então levantei minha mão e medi sua temperatura. A febre tinha diminuído, mas ainda não passara totalmente.

Daryl abriu os olhos e me fitou. Eu tirei minha mão de sua testa, mas Daryl a segurou e me puxou para si. Eu caí sobre ele e quando tentei me levantar senti suas mãos envolverem minha cintura me segurando fortemente.


Notas Finais


Ola minhas lindas voces gostaram do capitulo?
Espero que sim... Tentei deixar o Daryl o mais parecido com a serie.
Voces imaginam o que teremos no proximo capitulo?
Quem quer mais comenta.....!!!!! :0


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