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História Unidos pelo Destino - Bônus


Escrita por: BeckB

Notas do Autor


Olha quem ressurge das cinzas!
Isso é mais que um agradecimento pelos 700 favs, eu nunca que esperava isso!
Pensei em betar a fanfic, mas como uma amiga me disse, a fic foi evoluindo aos poucos (assim como minha escrita, me perdoem muito se os primeiros caps não forem super :< ) então deixarei como está,

Uma observação sobre o cap: Não tem lemon, eu pensei em fazer, mas achei que não seria realmente necessário. A minha intenção é relatar uma visão sobre como é ter um bebê (embora eu não tenha, mas dps de acompanhar 6 gestações de pertinho, digamos que eu saiba alguma coisa kk) e como pode ser meio solitário às vezes, Por que nossos amigos continuam com a vida, as vezes tão ocupados que acaba rolando uma certa distancia. Mas se você se importa, você expressa isso e já fica tudo certo.

Tentei mostrar um pouco do que aconteceu com os outros personagens, e bem...é um bônus, espero de verdade que vcs curtam e ignorem possíveis erros.

Acho que é só. Meu mais sincero Obrigada ao pessoal que vem acompanhando desde o inicio e aos que chegaram depois, obrigada mesmo pessoas pelos 700 favs! Nos vemos qualquer hora com uma nova historia sz'

Capítulo 15 - Bônus


Fanfic / Fanfiction Unidos pelo Destino - Bônus

 

- Seojun! – Byun chamou o filho com um sorriso enquanto dançava ao som alto da música infantil que vinha da TV. O menino acabara de completar um aninho, e era agitado como Baekhyun. Sacudia-se no andador novo balbuciando palavras como se quisesse acompanhar a cantoria matinal de seu pai; Baek ele batia palmas; chacoalhava os brinquedos para o filho, deixando-o mais eufórico e no fim ajoelhava-se ao seu lado para que terminasse a mamadeira.

Era assim todos os dias. Como um ritual para amanhecer animado no clima do filho e não perder o pique. Baek adorava passar o dia com Seojun, tirava uma infinidade de fotos, mandando no grupo da família, derretia-se nos sorrisos que o menino distribuía o dia inteiro, brincava com ele enquanto fazia as coisas de casa, o levava animadamente para as compras, orgulhoso a cada elogio recebido, Seojun era muito parecido com Byun. Ele nunca na vida sentira um amor incondicional como aquele. Era exatamente como sua mãe – e acredita-se que todas as mães e pais – diziam, sentia-se outro, como se tivesse aprendido uma nova forma de amar. Chanyeol trabalhava mais horas por dia, uma vez que aceitou ajudar Yifan na sua nova empresa, trabalhava em dobro e chegava mais do que cansado. Byun teria voltado ao trabalho no hotel com Kyunsoo, mais do que tudo queria isso, no entanto, Chan insistiu para que ficasse alguns meses mais em casa. E embora não se incomodasse em cuidar de Seojun, sentia-se inquieto, até angustiado.

Baekhyun sempre foi do tipo que se virava sozinho, trabalhou desde cedo e conseguiu sua independência a muito custo. Nunca ficava parado, o ócio o deprimia, e há meses vinha reprimindo sua angustia. Via Chanyeol chegar tarde, e mesmo cansado se oferecia para cuidar do filho para que Byun saísse um pouco com os amigos ou simplesmente descansasse. Difícil era sair com os amigos, já que todos pareciam cada vez mais ocupados. Soo o visitava com menor frequência, uma crise no hotel tomava boa parte do seu tempo. Por mais que entendesse, sentia falta do melhor amigo, de quando era um grude e não passavam uma semana sem se ver. Muita coisa tinha mudado em um ano.
Os finais de semana eram em família. Literalmente. Os Park inventavam almoços quase todos os sábados, os Byun vinham dois finais de semana por mês. Era muito bom serem presentes na vida de Seojun, sem duvida, Baekbeom trazia Gimhae que adorava o primo. Sua cunhada, Yoora estava gravida e nos últimos tempos era com quem contava pra tudo. Ele nunca imaginou que poderiam ser tão amigos, ele a tratava mesmo como uma irmã. Fazia companhia a ele todas as tardes enquanto Seojun dormia. O que o deixava mais feliz.

Ouviu o celular vibrar na mesa, esticando o braço para alcança-lo e ler a mensagem diária de Yoora:

“Bom dia, cunhadinho. Acordei com uma vontade absurda de comer batata frita com chocolate, o médico disse para eu evitar porque me dá gazes; mas você poderia fazer? Assim eu posso culpar alguém de ter me persuadido a comer. Hahaha! Brincadeira. Mas se fizer eu vou comer mesmo. Pronto para mais uma maratona de séries? Chego aí as 14hrs.”

Riu antes de digitar uma resposta curta e se virar para o bebê sorridente.

- Sua tia vai me fazer engordar de novo. Eu não posso dizer “Não” para batatas e chocolate. Como serão os dois juntos? – Fez uma careta para o pequeno que resmungou algo, fazendo-o rir mais uma vez.
________

 

Chanyeol sentiu os olhos arderem, assim que os fechava conseguia ver números e cálculos mesmo estando muito longe do seu computador. Vinha até sonhando com isso com os relatórios da ultima semana. Talvez seu marido estivesse certo e o trabalho em excesso estava acabando com ele. Tudo exigia atenção quando envolvia números. Yifan estava com uma empresa nova e quando aceitou ajuda-lo, literalmente começaram do zero. Há pelo menos cinco meses estava nessa rotina agitada. Horas seguidas com os olhos fixos na tela computador, preocupado em fazer tudo certo. 

Sentia muito por não ter mais tanto tempo com Seojun, por vezes chegou em casa encontrando Baekhyun cochilando com o bebê no sofá. Ele sabia que deveria dar mais atenção a Byun também, mas quando dava por si já estava desabando de sono. Embora os fins de semana fossem livres para aproveitar o filho, não aproveitava muito seu companheiro.
Desde que Seojun nascera não tiveram muito tempo e disposição para namorar. Baek se recuperou da cesária em alguns meses, a rotina com o bebê no início foi difícil, Chanyeol agradecia profundamente a Yoora por ter se mudado para Seoul e ser tão presente ajudando-os sempre que podia. Para pais de primeira viagem, tinham se saído bem no primeiro ano de vida do filho, no entanto, ele se sentia em falta com relação à Baekhyun e queria mudar isso.

Olhou para o relógio branco e redondo pendurado na parede da cafeteria, deixando que um suspiro cansado lhe escapasse pelos lábios. Seu intervalo havia terminado, precisava voltar para o Banco e encarar mais quatro horas de trabalho. A única coisa que o animou foi à ligação de Yifan avisando que poderia ir direto para casa quando saísse da agencia, mas já se convidando para beber algo na casa dele. Não teve nem tempo de recusar, sabia também que o amigo gostava de visita-lo com regularidade para ver Seojun.  
No caminho para o trabalho recebeu uma mensagem de sua mãe lembrando-o que ela e seu pai passariam o sábado com o neto e que havia convidado alguns primos mais distantes para conhecer o bebê. 

Seus pais estavam vivendo uma fase nova do casamento, depois de tudo o que aconteceu, com a ajuda do seu marido, a convivência com seu pai se tornara mais leve. Ele gostava do neto e tinham uma boa relação. Não podia dizer que sua relação com o genro havia mudado muito, eles se respeitavam e conviviam pacificamente. O que já era suficiente na opinião de Chanyeol.
Mas sobre as visitas no sábado... Se fosse a outro momento, não se importaria de receber sua família, passar um dia conversando. Porém, admitiu a si mesmo que estava estressado e precisava de um final de semana só para ele curtir o filho e o marido, então respondeu:

“Mãe, desculpe, mas terá de adiar tudo isso. Estou esgotado e preciso desse fim de semana para descansar um pouco. Sabe que eu não negaria nenhuma visita sua, não é mesmo? Não se chateie comigo. Realmente preciso desse tempo.”
____________ 

 

Baek cobria Seojun que dormia profundamente ao seu lado no sofá, enquanto abaixava o volume da TV. Yoora estava na sua cozinha encarando o armário lotado de “comida sem graça”. Byun adorava doces, mas depois das cólicas terríveis que o filho tivera nas primeiras semanas, resolveu finalmente botar em pratica sua reeducação alimentar que adiava há anos. Sentiu-se desde então, e seu corpo desinchou muito mais rápido do que pensou. Embora os primeiros meses depois da cesária o tivesse debilitado, assim que se sentiu mais seguro começou a praticar exercícios mais leves. 

- Vou ter que comer essas coisas pro meu corpo voltar ao que era? – Perguntou Yoora desanimada fazendo o cunhado rir.

- Vai ter que perguntar pra sua nutricionista. Acredite em mim, você vai cortar algumas coisas pra não dar cólica no seu bebê. Bebês com cólica sofrem demais e a gente sofre junto. Aproveite pra comer o que quiser agora. – Sorriu jogado no sofá.

- Tudo bem. Agora, não me leve a mal, Baekhyun. Mas vai usar essa roupa hoje? – Encarou o conjunto moletom largo dele com uma careta, deixando-o confuso.

- Como assim? Seu irmão só vai trazer o Yifan, ele é sexy, mas eu prefiro não tentar ninguém. – Brincou. – Não vou me arrumar, esquece.

Yoora girou os olhos e se sentou ao lado dele.

- Deveria. Assim você deixava ele cuidando do Seojun enquanto trancava meu irmão no quarto. – Ergueu uma sobrancelha.
Baek engoliu uma gargalhada e escondeu o rosto nas mãos.

- Por que será que eu não pensei nisso? Minha cunhada me sugerindo como transar com meu marido, a que ponto chegamos?

- Não é? Moletons largos e relaxos não excitam ninguém. Você precisa colaborar, meu querido. – Cruzou as pernas exibindo as pernas no vestido rosa salmão de rendas nas mangas. Baek nunca entendia a razão dela sempre se vestir como se fosse para algum evento. Estava sempre arrumada. Agora ele entendia o porquê.

- Você fala como o Soo-ya. – Sorriu sem evitar sentir falta do melhor amigo.

- Ele me daria razão. – Levantou-se pegando a bolsa ao ouvir a buzina. – Meu marido chegou. Nos vemos em breve. Mas é sério, vai vestir algo melhor.

Baek assentiu revirando os olhos de forma engraçada e a acompanhou até a porta.

Olhou para si mesmo torcendo os lábios e para o bebê dormindo tranquilamente antes de murmurar:

- Talvez ela tenha razão.  

Subiu com o filho colocando-o no berço e se dirigiu para o quarto, tirando o moletom e abrindo seu guarda-roupa para escolher algo melhor. Jogou um jeans velho em cima da cama de casal e uma blusa da manga comprida vermelha com gola em V. Foi até o espelho comprido onde podia se ver inteiro e observou sua imagem. Não estava mal. Seu corpo estava quase como era antes de ter Seojun, um pouco mais firme por conta dos exercícios constantes. Parecia um pouco mais pálido, e os fios castanhos e extremamente lisos estavam bem cortados na altura das maçãs. O único detalhe era a cicatriz. Estava melhor por conta das pomadas que vinha usando pra sumir.

Tocou-a com as pontas dos dedos sem perceber que estava sendo observado há algum tempo. 

Chanyeol encarava o marido com um sorriso. Ele chegara mais cedo e o silencio o fez pensar que Baek não estava em casa com o filho, mas deparou-se com ele seminu se admirando no espelho. Seus olhos percorreram o corpo dele com admiração e um desejo quase palpável. Baekhyun sempre fora lindo parecia ainda mais belo a cada dia que passava. Já fazia tanto tempo desde que tivera tempo de admirar seu companheiro daquela forma que não esperou ser notado. Se aproximou dele em passos lentos. Assim que ele percebeu, notou que as mãos foram direto para a cicatriz instintivamente cobrindo-a para que Park não visse. As mãos grandes dele deslizaram delicadamente para a cintura fina de Baek, abraçando-o por trás conforme apoiava o queixo em seu ombro nu, olhando pra ele no espelho. Suas bochechas coraram um pouco e ele sorriu com isso.

- Não tenha vergonha, meu amor. Você é o homem mais lindo do mundo. – Tirou as mãos que escondiam a cicatriz e substituiu pelas suas acariciando devagar. – Perfeito.

Baek sorriu sem jeito com as palavras dele e sentiu os lábios macios e quentes de Chanyeol roçarem lentamente pelo seu pescoço. Fechou os olhos quase que automaticamente, deixando que um suspiro escapasse. Seus beijos eram gentis, faziam a pele se arrepiar toda e as mãos firmes agarrando-o pela cintura faziam seu desejo aumentar. Num movimento rápido, Chanyeol o virou de frente tomando seus lábios num beijo intenso e apaixonado. Não era como se nunca se beijassem, mas dessa vez não existia controle, não existia cansaço ou qualquer coisa no mundo além deles dois. Só a necessidade.

Chanyeol conduziu-o até a cama e observou-o terminar de se despir, tão lindo e tão sexy que sua mente foi entorpecida pela imagem do marido deitado  esperando por ele.  

Depois de tantos meses e por algum milagre conseguiram ficar juntos sem que alguém atrapalhasse, sem que celulares tocassem e com o filho dormindo plenamente. 
____ 

 

Baekhyun acordou algumas horas depois e por um instante se preocupou de ter dormido demais. Olhou as horas no celular e relaxou, tinha apagado por duas horinhas. Estava sozinho na cama, mas ouviu vozes no andar de baixo. Certamente seria Yifan. Foi checar a babá eletronica e viu que Seojun não estava na cama. Riu consigo e imaginou aqueles dois cuidando do bebê como dois babões que eram, decidindo tomar um banho antes de descer para cumprimentar o amigo.

Lembrou-se de Yoora quando foi se vestir, os moletons eram tão confortáveis! Olhou para um conjunto novo que havia ganhado e resolveu colocá-lo. Já tinha seduzido seu marido por uma noite, ele usaria o moletom azul com o S de SuperMan estampado.
Desceu para o primeiro andar com os fios ainda pingando e para a sua surpresa, não era apenas Yifan que estava numa conversa animada com Chanyeol, Jongin e Kyungsoo também estavam, o que o deixou tão feliz que não soube esconder. Pulou no melhor amigo esmagando-o num abraço apertado.

- Soo-ya! Que saudade... Por que não me disse que vinha? - Sorriu olhando pra sua corijinha preferida.

- Eu quis fazer surpresa, chegamos de viagem hoje e quis vir logo te ver. E meu afilhado, claro! Ele tá tão lindo, será que é seu filho mesmo, Chanyeol? - Provocou.

Chanyeol arremessou uma almofada em Do que desviou rindo.

- Junnie é lindo como papai Baekkie, mas tem o meu nariz e a minha boca. - Park fez bico para o filho que estava no colo de Jongin bagunçando seus cabelos.

Yifan negou com a cabeça e segurou o ombro do amigo antes de dizer:

- Ele tem a mesma carinha de atentado de Baekhyun. Quem sabe o próximo filho venha mais parecido com você? - E riu dos olhos arregalados de Chanyeol.

- Daqui uns três anos, quem sabe? - Baek interveio. - Seojun é muito novinho e eu sou atrapalhado, vamos com calma. 

Concordaram e Kyungsoo o puxou para a cozinha discretamente para voltar a abraçá-lo.

- Olha, Baekkie, tá tudo bem entre a gente, né? - Byun olhou pra ele sem entender. - É que você pareceu chateado comigo ao telefone da última vez. Sei que mal tenho vindo te ver, mas juro que to tentando dar um jeito. 

- Não, tudo bem, eu entendo... É que acabo me sentindo um pouco só, todo mundo trabalhando e tão atarefado. - Confessou -  Desde que cheguei a cidade, sempre tivemos um ao outro, então é natural que eu sinta sua falta assim. 

- Que fofo. Eu também sinto sua falta.... Agora se prepare, porque estou planejando uma pequena viagem pra gente. Que tal levar Seojun pra praia? Da última vez foi um pouco complicado, olha só como as coisas mudam. 

Baek sorriu animado e se lembrou da vez que foram a praia e viu uma face de Chanyeol bem diferente do que conhecia. Parecia que tinha acontecido há anos. Sua vida tinha tomado um rumo muito improvável e ele se sentia feliz por isso. 

Sehun havia seguido sua vida, Jongdae vivia na china agora com Minseok, Junmyeon havia se declarado finalmente para Yixing, Tao viajava como sempre... E ali estavam seus amigos. Reunidos coincidentemente numa visita amistosa que não acontecia mais com tanta frequencia.

Lá estava seu marido e primeiro filho, sorrindo e brincando...e seu melhor amigo observando tudo como se lesse sua mente, sorrindo cumplice.

- Se me dissesse há dois anos que eu estaria casado, com filho, eu não acreditaria. E você? Quando pretende ter a sua corujinha? Vou te engravidar sem o Jongin saber...

Kyungsoo riu e sussurrou para o amigo:

- Então daqui menos de nove meses se o bebê parecer com você, eu tô ferrado. Vou te obrigar a casar comigo e me sustentar.

Byun riu e de repente parou pra entender o que ele tinha acabado de dizer.

- Tá dizendo que vai ter mesmo um bebê? Kyungsoo....!

- Você é o primeiro a saber, eu trouxe o Jongin porque se ele cair duro vocês sabem o que fazer, eu entro em pânico e saio correndo se ele desmaia. 

Riram e se abraçaram de novo. 

A verdade é que ninguém nunca prevê como sua vida estará daqui dois, cinco ou dez anos. Todos os dias tomamos escolhas, vivemos o dia a dia, lidamos com nossos desafios e o melhor é que quando estamos bem acompanhados, seja por amigos, por um amor e até por nós mesmos, com amor, todo ciclo que se encerra e se abre torna a vida mais gostosa de ser vivida.
 


Notas Finais


Se quiser me seguir @kpopperzen


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