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História Unidos pelo Destino - Aceitando os fatos


Escrita por: BeckB

Notas do Autor


Oi gente! Adivinha quem travei dez vezes nesse capítulo? Super atrasado .-. mas acho que desempaquei. Particularmente não gostei muito do fim do cap, mas no próximo vou melhorar.

Desculpa a demora, mas quando a gente trava, é difícil ;-; MAS agoora a coisa vai começar a ficar boa! Espero que gostem do capítulo, relevem os possíveis erros e etc, ok? pretendo não demorar mais tanto assim. ;;

SUPER obrigada pelos 234 favs e os 14 comentários O.O fiquei bem surpresa de ter ganhado tantos leitores novos, isso me deixa muito feliz <3

Enfim, parei de blablabla, boa leitura!

Capítulo 5 - Aceitando os fatos


Fanfic / Fanfiction Unidos pelo Destino - Aceitando os fatos

 Chanyeol e Baekhyun viraram o rosto ao mesmo tempo buscando quem diabos tinha interrompido um momento daqueles. Park piscou algumas vezes demorando alguns segundos para reconhecer as feições do rapaz moreno que se aproximava com um sorriso faceiro. De longe se via que usava roupas e acessórios caros, vestia-se muito bem com roupas em tons pastéis e um cachecol com estampa de onça. A pele bronzeada ficava destacada com os fios descoloridos que estavam bem penteados.

 

— Tao? — Uniu as sobrancelhas e sentiu Byun afastando-o com um leve empurrão pigarreando.

 

— Eu mesmo. — Riu baixo abraçando o moreno alto com uma intimidade que incomodou o menor. — Faz um tempão, não é? Resolvi visitar meus amores. — Dirigiu seu olhar para Baekhyun que os encarava e voltou-se para o amigo. — É seu namorado?

 

— Não... — Demorou mais do que deveria para responder aquela pergunta, o que não passou despercebido pelo loiro que arqueou uma sobrancelha.

 

— Ah, não? É quem então? Parece que interrompi algo. — Riu levando as mãos até a cintura, encarando os dois coreanos desconcertados a sua frente.

 

— Sou Byun Baekhyun. E não interrompeu nada, eu já estava indo embora. — Sorriu forçado, sentindo o maior envolver o seu pulso impedindo-o de ir.

 

— Sou Huang Zi Tao. — Olhou para o menor de cima a baixo, não de uma forma arrogante, mas curiosa, voltando-se para Park em seguida. — Você ainda está com aquele baixinho, Jong...alguma coisa? — A boca curvou-se em desgosto.

 

— Não. E não começa, já basta o Kris me torrando a paciência. — Conhecia o amigo muito bem para saber que aquela notícia seria motivo para zoação por um bom tempo.

 

Zi Tao riu, sua gargalhada sempre escandalosa irritava o mais alto que girou os olhos, impaciente.

 

— Mentira! Milagres acontecem! Nós precisamos sair hoje pra comemorar isso e você me contar essa história direito. — Batia palmas enquanto ria, sem se importar com o olhar reprovador de Chanyeol. — Mas agora vou me registrar no hotel. Ah! Liga pro YiFan porque sim, tem mais de um ano que não vejo vocês, e pode levar o seu...amigo. — Sorriu de canto. – Adoro conhecer gente nova. Até mais! — Saiu rindo em direção a entrada do hotel.

 

Baekhyun observou aquele diálogo em silêncio com uma expressão totalmente confusa. Preferiu não comentar, porém não pode deixar de notar que não era o único que não gostava de Jongdae. Será que somente Chanyeol não enxergava que ele não era tão bom assim? Ou se recusava a ver.

 

— Baekhyun, vamos? Te levo para casa.

 

O menor que antes relutava, assentiu de forma breve entrando no carro sem reclamar. Tinha ficado com algumas perguntas na cabeça e aproveitaria a oportunidade para sanar sua curiosidade. Chanyeol entrou no carro e após colocar o cinto de segurança, deu a partida seguindo para a casa de Byun.

 

Ficaram alguns minutos em silêncio, Baekhyun tamborilava os dedos na perna, mordendo o canto do lábio. Não morava longe, então, não demorariam nada para chegar, se apressou.

 

— Sabe, eu preciso te perguntar umas coisas. — Viu o outro encará-lo e pensou numa forma de começar. — Olha pra frente em primeiro lugar.

 

— Fala logo. — Girou os olhos.

 

— Por que me tirou daquele jeito do elevador? — Cruzou os braços encarando o moreno que se remexeu inquieto no banco.

 

— Eu não sei. — Franziu a testa sem olhar para Byun. Não tinha resposta melhor que essa, não sabia mesmo o que tinha dado nele.

 

— Não sabe? Você agiu como se mandasse em mim, não gosto disso. — Olhava pra ele nitidamente irritado, cruzando os braços.

 

— Você está saindo com o Joonmyun? Ou vai sair com o amigo dele? — Apertou um pouco o volante, diminuindo a velocidade, estavam perto.

 

A súbita pergunta fez o menor erguer uma sobrancelha.

 

— E se estiver? E se eu quiser? — Observou atentamente a reação do outro que uniu as sobrancelhas na mesma hora, bufando sem encará-lo de volta.

 

— Sei lá! Para com essas perguntas. — Pareceu se irritar, querendo que o outro não insistisse naquele assunto.

 

— Está com ciúme?

 

O olhar de Baek pesava sobre o de olhos redondos, que lutava contra os próprios sentimentos e pensamentos. Era difícil para ele admitir tal coisa, ouvir isso em voz alta arrancou-lhe um riso baixo e nervoso.

 

— O que? Por que teria ciúme de você? — Tentou desdenhar, sem muito sucesso.

 

— É o que eu gostaria de saber.

 

— Não fale besteiras. Eu só não acho prudente você ficar saindo por aí com homens, err... pra badalar por aí, não nessas condições. — Por mais que tentasse, as palavras simplesmente fugiam da sua mente.

 

— Condições. — Riu soprado. — Eu não estou doente. Estou esperando um filho.

 

— É, meu filho.

 

— Não sei o que uma coisa tem a ver com a outra.

 

Foi a vez do menor girar os olhos. Quando notou já estavam parados em frente ao prédio em que morava.

 

— Esquece isso. Eu ia te levar para algum lugar pra gente jantar e conversar, mas sei que Tao vai insistir em sair hoje comigo. — Desligou o carro recostando-se no banco, um pouco cansado.

 

— Ele só amigo? Parecia muito íntimo quando o abraçou.

 

Chanyeol era lerdo, mas notou um tom de ciúme naquela frase, porém apenas fitou o de cabelos castanhos.

 

— Agora sim. Já fomos algo a mais num passado bem distante. Te incomodou?

 

— Jamais. Só notei. — Deu de ombros, desdenhando.

 

— Claro. — Ironizou. — Sobre o convite do Tao...

 

— Não acho que seja uma boa hora para conhecer os seus amigos. Não acho que tenha razão para isso também. — Franziu a testa e Park assentiu devagar. Talvez ele tivesse razão, tinha o direito de não querer conhecer seus amigos de qualquer forma.

 

— Você que sabe. Nos vemos amanhã então.

 

Concordou de forma breve e saiu do carro, entrando no prédio. Estava faminto e zonzo. Não negou que sentiu uma pontada de ciúme ao saber que Tao era um “ex” de Chanyeol. Gostava de tipos estranhos, sem dúvida. Não que pudesse falar muita coisa, sua lista de ex namorados e péssimos relacionamentos era bem mais longa do que gostaria. Suspirou longamente enquanto seguia para o apartamento.

 

Jogou-se no sofá após assaltar a geladeira, encheu-se de lanche e doces com refrigerante jogando-se no sofá para ver TV. Não conseguiu se concentrar em filme algum, sua mente vagou até Park Chanyeol e Huang Zi Tao. Pensou que deveria ter aceito o convite e ter ido junto. Aquele Huang era um rapaz bonito, e se acabassem querendo um flashback? Baekhyun pela primeira vez assumiu em voz alta o que sentia.

 

— Que droga, estou realmente gostando daquele imbecil. Maldito orelhudo bonito... Isso não pode acontecer.

 

Encolheu-se voltando a atenção para um filme qualquer que passava, acabando por adormecer pouco tempo depois.

 

 

 

 

                                                                                                       ✦✦✦✦

 

 

 

Chanyeol se xingava mentalmente enquanto discava para o celular de Kris, dirigindo para o seu apartamento. Na terceira chamada o chinês atendeu.

 

— Fala, Chanyeol.

 

— Adivinha quem chegou hoje na cidade e quer sair com a gente hoje?

 

— É quem estou pensando? O Panda.

 

— O próprio.

 

— Ótimo, onde vocês querem ir?

 

— Nós, eu não sei. Não posso ficar saindo, eu trabalho, sabe? Com meu chefe se preparando pra viajar, vai ficar bem puxado. Vocês podem vir pro meu apartamento e depois podem passar a noite inteira farreando.

 

— Fala sério, uma noite não vai te matar! Você tem que vir também.

 

— Nem pensar. No fim de semana pode até ser, é sério Kris, estou atolado de trabalho.

 

Ouviu o loiro resmungar, mas no fim concordou.

 

— Certo. Que chatice, nos vemos logo.

 

____

 

Uma hora depois Tao, Kris já estavam no apartamento de Chanyeol jogando conversa fora. Lembravam-se de quando haviam se conhecido no estacionamento de uma balada. Park tinha sido arrastado até lá por alguns colegas de faculdade enquanto os dois chineses, que já se conheciam pelas famílias serem próximas, estavam de visita. Discutiram bêbados, riram, trocaram telefones. Zi Tao flertou com o coreano alto com cara de anjo e voz grossa. No fim, tornaram-se bons amigos.

 

— Então, vocês não estão namorando ninguém? — Tao se jogava no sofá encarando os dois que pareciam muito entretidos com algo que Kris mostrava no celular, enquanto esvaziavam mais uma garrafa de cerveja.

 

— Não, mas eu transei com uma japonesa muito bonita esses dias. Uma pena não lembrar o nome dela. — Riu o chinês mais velho ao ver Tao girar os olhos.

 

— Você nunca muda. Não vai casar, não? Tá velho pra ficar com essas bobeiras.

 

— Caso se você aceitar. — Piscou para ele mandando um beijo.

 

— Ah, meu sonho. — Ironizou rindo em seguida. — Pra ser chifrado por uma piranha qualquer? Ha ha. Não, obrigado meu bem.

 

— Viu como é ciumento? Não aceita dividir. — Riu jogando uma almofada no loiro.

 

— Imbecil. Só caso de for com o Chanyeol. A não ser que aquele baixinho que você quase beijou me passe a perna.

 

Park se engasgou com a cerveja olhando sem jeito para os dois que o encaravam com um sorriso malicioso. Riu soprado tentando disfarçar, girando os olhos.

 

— Claro que não. — Franziu a testa negando com a cabeça.

 

— Que baixinho? — YiFan arqueou uma sobrancelha, curioso.

 

— Acho que se chama....Baek...Baekhyun, certo? Acho que é isso sim.

 

— Ah, o que ele engravidou. — Assentiu.

 

— Como é que é? Não disse que não estava namorando, Chanyeol? Como assim?

 

— E não estou.

 

Tao o encarou perplexo abrindo a boca em um grande “O”.

 

— Oh my God! Jongdae sabe disso? — Riu alto.

 

— Não. Ainda não.

 

— Grava a reação dele e me manda depois.

 

— Tao!

 

— Desculpa! É que eu fiquei imaginando. Como aconteceu?

 

Chanyeol suspirou, resumindo a história como podia. Ficaram em silêncio por alguns minutos e pensou em que tipo de reação seu ex-namorado terá quando souber também de toda a verdade. Apesar de sentir-se mais “aliviado” por não estar mais com ele, ainda carregava o peso de uma traição, uma hora ou outra a barriga de Baekhyun cresceria, e então ele assumiria para quem quisesse saber que aquele bebê era dele também.

 

— Nossa, foi um descuido e tanto, Chanyeol. Eu diria que você é um fodido se fosse o Jongdae. Convenhamos, ele usaria a criança pra te prender a ele. — Riu – Falando sério, não conheço esse Baekhyun, então não sei se ele pode ser pior que seu ex, mas se precisarem de qualquer coisa, pode falar comigo. Vou ajudar no que puder. — Sorriu – O imbecil vendo pornô no celular também.

 

— Yah! Como sabe?! — Fingiu indignação, mas logo riu – Chanyeol sabe disso. Já falei mil vezes.

 

— Vocês são dois idiotas, mas obrigado. Por enquanto está tudo bem, vai complicar quando todo mundo souber. Ainda não é hora de dizer, enfim. Vamos ver o que acontece.

 

Sabia que tudo se complicaria mais cedo ou mais tarde. Seu pai mal aceitou seu namoro com Jongdae, quando descobrisse sobre Byun então, preferiu nem pensar no assunto. Estaria pronto até lá, arcaria com as consequências.

 

 

 

 

                                                                                                           ✦✦✦✦

 

 

 

 

KyungSoo arrumava suas malas com calma, dobrando as roupas uma a uma enquanto Baekhyun o observava com um pote enorme de sorvete entre as pernas e uma colher na boca. O mais novo parecia concentrado em arrumar as suas coisas, reclamava vez ou outra quando chegava uma mensagem no celular, murmurando coisas para si mesmo, verificando pela milésima vez se não havia esquecido nada. O mais velho continuou devorando o sorvete de morango até quebrar aquele silêncio.

 

— Achei que fosse viajar semana que vem e ficar só uns dias. Tem roupa aí pra ficar um mês todo, Soo-yah.

 

— Vou depois de amanhã. Adiantaram as reuniões aproveitando a visita de outros fornecedores que já estão lá. — Suspirou – Vou ficar mais tempo por lá, meu pai está na China e só poderá ir no fim da semana que vem, daí serão mais dias, etc. Vai sobreviver até lá, né?

 

— Vou. Eu acho. Convivendo com aquele poste e tentando não estrangulá-lo. — Sorriu. — Se bem que ninguém me irrita tanto quanto o ex-namoradinho dele. — Fez careta, voltando a lamber a colher.

 

— Nem parece adulto. — Riu – Comporte-se. Não mate ninguém até eu voltar, Baekkie. E fica de olho no JongIn, vai que...

 

— Não vou ficar de babá do seu namorado. Já basta eu ter que ficar lá com o pastel do Chanyeol cuidando de mim pra não te preocupar.

 

— Fala como se não tivesse gostando da ideia. — Arqueou uma sobrancelha, sorrindo. Conhecia o amigo bem até demais.

 

— E não estou.

 

— Mesmo? Não te parece tentadora a ideia de conviver com o seu “crush” na mesma casa, tendo a oportunidade de vê-lo só de toalha, cozinhando pra você, vendo filme juntos, indo para o trabalho juntos, hm? Hm? — Deu uma risadinha sacana ao ver a expressão do rosto de Byun mudar.

 

Engoliu em seco sem conseguir disfarçar o quanto aquela ideia era atraente. Lembrou-se de Chanyeol quase o beijando mais cedo, pensando na possibilidade de realmente acontecer quando estivessem a sós. Poderia ser até mais do que um beijo. Um sorriso nada inocente surgiu em seus lábios finos e rosados. Seu coração disparou só de considerar isso.

 

— Não...isso seria impossível. — Pensou alto negando levemente com a cabeça.

 

— O que seria? — Franziu a testa sem entender.

 

— Nada. — Pigarreou – Deixa pra lá.

 

— Sei. Deveria ir arrumando as suas coisas também. Deixei mensagem pro Park avisando sobre a viagem ter sido adiantada. O voo é bem de manhãzinha, passarei a noite com JongIn, ele me levará ao aeroporto. Então só poderá me amar até a tarde de amanhã. — Sorriu indo até o mais velho pegando o pote de sorvete e dando uma bela colherada.

 

A cara de desgosto de Baekhyun arrancou uma gargalhada de Do. Mordeu o lábio inferior desanimado, com um suspiro levantou-se preguiçoso de fato começando a arrumar suas coisas.

 

 

 

 

 

 

                                                                                                        ✦✦✦✦

 

 

No dia seguinte, saiu mais cedo do trabalho para ficar com KyungSoo e JongIn. A princípio a ideia foi até boa, mas ver os dois de melação o tempo todo não era bem o que estava em seus planos. JongIn não desgrudava do moreno de olhos grandes arredondados, em público não podiam ousar muito. No entanto, não impedia que alguns breves beijos fossem trocados.

 

Depois de passar o resto da tarde juntos e irem ao cinema, escolheram um café já que Byun estava com fome novamente.


Ficou observando os dois a sua frente sentindo uma pontada de inveja. Mesmo brigando vez ou outra, estavam ali juntos. Os dedos entrelaçados, trocando selares tímidos e sorrisos bobos. Totalmente apaixonados.

 

Um tipo de namoro que Baekhyun nunca teve, seus relacionamentos eram sempre conturbados.

 

— Eu vou sentir a sua falta, Soo. — Beijou o pescoço alheio de forma manhosa.

 

— Eu também vou sentir a sua, amor. Vai me ligar? — Sorriu ignorando o arrepio naquela região sensível, suspirando levemente.

 

— Você estará ocupado, fico meio sem jeito.

 

— Besteira. Te mando mensagem para ligar.

 

— Tudo bem. — Assentiu devagar, roubando um pedaço do bolo de chocolate de Byun que parecia estar longe com seus pensamentos.

 

— Não é pra ficar de olho paquerando ninguém, ouviu? — O encarou sério, fazendo o mais novo rir.

 

— O que? Mas olhar não arranca pedaço! — Provocou Do que o estapeou todo.

 

— Não, mas eu te arranco um pedaço, seu descarado! — Ficou todo emburrado enquanto JongIn o apertava contra si abraçando-o e rindo.

 

— Como é idiota, não confia em mim?

 

— Você é idiota! Isso é coisa que se diga?

 

— Só tenho olhos pra você!

 

 

Aquela discussão continuou por mais alguns minutos até que resolveram ir embora. KyungSoo abraçou Baekhyun e o deixou próximo de casa, seguindo para a o apartamento do namorado com as malas.

 

Byun olhou para o relógio, o dia passou num piscar de olhos, mas ainda estava cedo. Chanyeol só iria buscá-lo em duas horas, ficar sozinho naquele apartamento enorme pareceu solitário demais. De repente a ideia de ficar com Park realmente não pareceu ruim. Detestava ficar só.

 

Caminhou sem um rumo certo apenas para matar o tempo, a noite estava quente e o céu estrelado do jeito que gostava. Há quanto tempo não parava para observá-lo? Suspirou perdido em pensamentos, sem notar que estava sendo observado há alguns minutos. Colocou as mãos nos bolsos do moletom claro, sentindo o vento bagunçar os fios lisos castanhos, fechando os olhos.

 

— Baekhyun?

 

Abriu os olhos se assustando ao ver Yixing parado a sua frente.

 

— O-Oi, você me assustou!

 

Riu um pouco sem jeito, pigarreando.

 

— Desculpe. Você estava tão lindo, não achei uma forma mais sutil de chamar sua atenção.

 

— Tudo bem, só estava distraído. — Passou a mão pelos cabelos e sorriu. Yixing era um rapaz muito agradável, se apaixonaria facilmente por ele se não estivesse confuso e frustrado quanto a sua vida amorosa. Não queria se relacionar com ninguém mais, já tinha quebrado a cara mais do que o suficiente. Mas como resistir aquele sorriso? — O que faz aqui?

 

— Só estava comprando umas bebidas, você podia vir beber comigo e Joonmyun. Seria ótimo.

 

— Não posso ficar bebendo muito. Sou bem fraco na verdade. — Não contaria ainda que também carregava um bebê, e que era o motivo real.

 

— Bom, posso comprar outra coisa pra você beber. O que acha?

 

Yixing segurou a mão de Baekhyun se aproximando devagar, o menor deixou um suspiro escapar encarando os lábios alheios. Aquele chinês o atraía, não podia negar. Porém, não eram aqueles lábios que desejava beijar. Mesmo que estivesse a poucos centímetros de distância, não se sentia seguro o bastante para isso.

 

— Talvez não seja uma boa ideia. — Sussurrou, sentindo o outro segurar sua cintura.

 

— Por quê? Não quer que eu te beije? — Ninguém passava na rua naquele momento, mas conteve a vontade de agarrar o mais novo.

 

— Quero. Mas não é uma boa ideia. Minha vida já está complicada demais pra envolver mais uma pessoa.

 

Sorriu se afastando um pouco, se fosse há um tempo atrás, não pensaria duas vezes antes de simplesmente agarrar o rapaz a sua frente o beijando até que ficassem sem fôlego. As coisas eram diferentes agora. Não queria mais agir como antes, como se nada importasse. Importava. Estava fazendo a coisa certa, acreditava nisso.

 

— Gostaria que me contasse sobre isso. O que pode ser tão complicado? — Suspirou ao vê-lo se afastar.

 

— Qualquer dia eu te digo. - “Talvez não”, pensou.

 

— Certo. Bem, se importaria de sair comigo amanhã? Sem compromisso. Só pra tomar um sorvete.

 

— Se der, eu te aviso. Estamos lotados de trabalho la no hotel. Ficarei até tarde todos esses dias.

 

— Ah, entendo. Nos vemos então. — Sorriu meio desanimado.

 

— Tá bem.

 

Sentiu o maior puxá-lo pela nuca e beijar o canto da sua boca. Mordeu o próprio lábio inferior, fitando Byun que parecia um pouco tenso e então foi embora.

 

Soltou o ar dos pulmões devagar enquanto observava o chinês se afastar.

 

— Só pode ser um teste. Destino desgraçado colocando essas tentações pra ferrar com a minha vida. — Suspirou murmurando consigo, logo balançando a cabeça negativamente, resolvendo ir logo para o seu ap.

 

 

 

                                                                                                        ✦✦✦✦

 

 

 

Chanyeol ligou para Byun antes de seguir para sua casa. Ele morava um pouco mais longe do hotel do que o menor. O carro estava estacionado em frente ao prédio, esperava o outro do lado de fora encostado na porta de braços cruzados. Não demorou muito para avistá-lo com duas malas e uma expressão nada feliz. Não conseguiu conter o riso com o bico que se formava no rosto de traços delicados de Baekhyun. Parecia uma criança que estava sendo forçada a ir a algum lugar depois de muita chantagem emocional. Chanyeol abriu o porta-malas ajeitando as coisas dele que o esperava já dentro do carro.

 

Não trocaram uma palavra até chegar no apartamento de Park. O lugar era grande, espaçoso. Chanyeol tinha bom gosto e era extremamente organizado, Baekhyun reparou logo enquanto observava os cômodos. Caminhou sem pressa, sentindo-se aliviado ao descobrir que tinha dois quartos e que não teria que aguentar “hábitos de sono”, nem ter que dormir no sofá, ou qualquer coisa assim. Park apenas o seguia com o olhar, não se importava com o silêncio. Era uma pessoa tranquila a maior parte do tempo, Byun notaria isso logo. No fundo sabia que precisavam daquela convivência para se conhecerem realmente.

 

Baekhyun parou em frente a única porta que estava fechada, ouviu o outro se aproximar em passos calmos parando atrás dele.

 

— É seu quarto? Posso entrar?

 

— Pode.

 

— Não vou encontrar bonecas infláveis, vibradores, nem nada dessas coisas, né?

 

Chanyeol franziu a testa fitando-o indignado.

 

— Claro que não, por que eu teria isso?

 

— Caras certinhos como você, geralmente são tarados. Você não deve ser uma exceção.

 

O mais alto girou os olhos e adentrou o cômodo seguido pelo outro. Sentou-se na cadeira giratória, ligando o computador, enquanto Baek via algo que não esperava. Chanyeol tinha algumas pelúcias de personagens de desenhos em cima da cama. Era a única coisa que chamava atenção, pois não combinava com o quarto em cores frias, estante com livros, sem televisão. Era bem diferente do que pensou.

 

— E então? Sou um tarado?

 

Baekhyun riu parando a sua frente.

 

— Ainda não sei. Talvez tenha escondido coisas de mim.

 

O moreno arqueou uma sobrancelha sem responder, puxou Byun pela cintura. Não tinha malícia no olhar, estava sério. Tentou colocar as mãos debaixo da blusa do menor, mas sentiu segurar seus pulsos.

 

— Me deixe tocar. Confie em mim. — Levantou o olhar brevemente vendo a expressão confusa e hesitante do coreano que soltou os pulsos alheios em seguida.

 

Chanyeol tocou a barriga dele com as mãos grandes, demoraria mais alguns meses para crescer. Encostou a testa ali fechando os olhos, não conseguia se conter mais perto dele. Desde que o conhecera, a sua vida tinha virado de cabeça para baixo. Nunca esteve tão confuso.

 

— Não faça perguntas, Baekhyun. Não tenho as respostas. Apenas me deixe ficar assim por um momento.

 

Era como se o outro tivesse lido a sua mente, queria se afastar e perguntar o motivo daquelas atitudes estranhas. Mas calou-se. Os dedos finos entrelaçaram-se nos fios negros e grossos de cabelo do maior, sem saber por quantos minutos ficaram assim.

 

O entendia perfeitamente, tinha milhares de perguntas na cabeça, mas nenhuma resposta. Porém, existiam algumas perguntas, que talvez pudessem ter uma resposta.

 

— Chanyeol, você ainda ama o Jongdae? Sente algo por mim?  


Notas Finais


Eu SEI que vcs querem me matar por esse beijo não ter rolado ainda KKKKKK. Mas quem sabe no próximo? Quem aí acha que vai rolar beijão?? huuu beijos <3
me sigam https://twitter.com/BeckCapuleto

Pra quem não tem twitter, há algumas semanas eu gravei um áudio: https://soundcloud.com/beckcapuleto/sobre-fanfic-unidos-pelo-destino


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