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História Unintended - Responsabilidades


Escrita por: eveelima

Notas do Autor


Oioioi procês!

Então, consegui chegar a tempo do update, mesmo com bloqueio criativo desgraçado. Foi um sufoco, só de abrir o Word já batia uma dor de cabeça horrível, masss felizmente passou! Eu tinha escrito um monte de coisas desconexas tentando acertar em alguma, mas nada ficava bom, até que meu namorado me mandou um áudio muito amorzinho no whatsapp (a gente tava meio que se estranhando na semana passada) e eu fiquei toda awwwn e escrevi uma cena que encaixou tudo, me rendendo dois capítulos inteiros já que eu não precisaria mais apagar as baboseiras que eu tinha escrito antes.
Então esse capítulo é graças ao meu namorado <3 hahaha

Vamos lá!

Capítulo 30 - Responsabilidades


Rin despertou com a suave claridade da manhã e o som sutil de passarinhos à distância. Levou algum tempo até que ela percebesse que, na verdade, não foram nenhum daqueles dois fatores que a acordaram de seu sono profundo, mas sim uma única garra suavemente traçando sua coluna vertebral em movimentos lentos e agradáveis de subir e descer.

Um calafrio delicioso acompanhou o movimento, acordando seus músculos adormecidos um por um. Ela abriu os olhos, encontrando uma vastidão de pele pálida e resistente, pois sua cabeça estava deitada sobre o peito nu do maior daiyoukai que habitava aquelas terras.

Tentando se situar, seus olhos desviaram para a única direção que ela podia olhar sem ter que mexer a cabeça, para baixo, descendo pelo abdômen perfeitamente definido daquela criatura mística até chegar no seu...

Corando violentamente, Rin rapidamente rolou para o outro lado, puxando a primeira almofada que encontrou e afundando o rosto vermelho-escarlate nela.

- Hm. - A voz grave de Sesshomaru soou, fazendo-a se encolher ainda mais em constrangimento. - Se você realmente pretende escapar de mim, é melhor não virar nesse ângulo.

Ela pode senti-lo deitar de lado atrás dela, o abdômen do youkai encostando em suas costas, a mesma parte do corpo dele que provocara aquela reação exasperada nela pressionando-se contra a base de sua coluna, em uma sensual provocação.

Rin não disse nada, incapaz de encontrar sua voz ao sentir aquela sensação quente cada vez mais familiar subir por seu ventre, espalhando-se de dentro para fora. Ela apertou o rosto ainda mais na almofada, só para garantir que ela realmente não diria nada, sem ter confiança nas palavras constrangedoras que poderiam acabar saindo de sua boca. Sesshomaru respirou ao pé do ouvido dela, envolvendo o tronco da possível vítima com um braço.

- Rin, o que foi que eu te disse sobre fazer movimentos bruscos?

- D-d-desculpe, eu...

O youkai rapidamente roubou a almofada das mãos dela, atirando-a do piso elevado em algum canto do quarto. Em um só movimento ríspido, ele a virou para encará-lo, seu corpo parcialmente sobre o dela. Rin o olhou em desespero, sentindo-se exposta e envergonhada, mas ao encontrar aqueles olhos dourados a olhando de volta com uma ternura nunca vista antes naquele rosto impecável, ela imediatamente relaxou nos braços do parceiro, um pequeno sorriso adorável aparecendo no canto dos seus lábios.

Sesshomaru a beijou docemente, sua mão descendo pela barriga exposta dela.

- É melhor não demorarmos muito com isso. - Ele disse, os dedos encontrando seu objetivo entre as pernas dela e fazendo-a estremecer levemente quando a tocaram. - Você dormiu demais e teremos uma manhã cheia.

 

 

Enrolando-se em um cobertor felpudo que a fazia lembrar da pelagem que Sesshomaru sempre usava, Rin descobriu do jeito mais difícil que era simplesmente incapaz de andar direito, seus pés parando de funcionar quando ela tentou descer a escada da plataforma, o que quase a levou a um belo tombo, não fosse por seu eterno salvador, que a segurou firmemente com um braço ao redor da cintura.

Após tanto tempo ajudando Kaede a cuidar de mulheres que já haviam passado por aquela experiência, Rin não era exatamente desinformada sobre aqueles efeitos colaterais. Mas, ao contrário do que ela pensou, não era dor o que a incapacitava, e sim uma estranha sensação desconcertante de que simplesmente não havia ossos em seu corpo, como se nem ao menos fosse sólida. Não era desagradável, ela se sentia fluida e leve, como se pudesse flutuar. Por um momento, ela pensou que realmente pudesse, quando Sesshomaru simplesmente a levantou no colo e desceu o breve lance de escadas, seguindo em silêncio com sua humana até o corredor que levava à sua casa de banho particular.

Rin ficou em silêncio enquanto os dois entravam no cômodo escuro, com janelas pequenas e altas para privacidade. Sesshomaru calmamente retirou o cobertor dela e a colocou dentro da enorme banheira elegante confeccionada em madeiras nobres e belamente decorada com rochas e plantas, principalmente bambus que adornavam as paredes, fazendo com que se assemelhasse a uma fonte termal artificial.

A humana evitou olhar para ele, visto que sua nudez ainda a intimidava quando não estava distraída com as sensações que aquela mesma nudez conseguia provocar em seu corpo quando estavam entrelaçados. O daiyoukai sentou ao lado dela, a água cobrindo-o até a metade do tronco, as pontas dos longos cabelos alvos flutuando preguiçosamente ao redor deles. Rin ficou grata pela sensação agradável que o banho trazia aos seus músculos cansados, apesar da ardência que provocava quando em contato com o ferimento recente em seu antebraço.

Ela ergueu o membro para analisar os cortes verticais, antes de afundá-lo na água novamente para limpá-lo propriamente. Sesshomaru observou a ação em silêncio pensativo, sua mente retornando ao dia anterior, quando ela recebera aquele ferimento, e tudo que se sucedera depois e culminara na noite maravilhosa que eles tiveram.

Sesshomaru podia pensar naquelas marcas como um sinal da estupidez da humana, ou mesmo um sinal de sua fragilidade. Mas em vez disso, ele via como um troféu de sua bravura, sua coragem de se expor a quaisquer riscos que fossem em sua determinação de seguir aquilo que ela acredita.

Não era o único troféu em seu corpo, ele percebeu, ao analisar as marcas arroxeadas provocadas por beijos intensos demais espalhadas por sua pele, e as sutis linhas rosadas e levemente elevadas de alguns arranhões mal calculados. De fato, era necessária muita bravura para uma humana se deitar com um daiyoukai como ele.

- Ainda há mais um fato do qual preciso falar. - Ele lembrou, reunindo seu foco e chamando a atenção dela.

Sem tentar esconder a curiosidade, ela ergueu uma sobrancelha, antes de sorrir um sorriso tímido.

- Espero que não envolva mais atividades exaustivas, senhor Sesshomaru. - Disse, um pouco de brincadeira e um pouco de verdade em suas palavras. - Não acho que possamos evitar o mundo lá fora pelo resto do dia.

Ele soltou o ar pelo nariz, o mais próximo que chegava de uma risada abafada, antes de adquirir uma expressão séria.

- A noite de ontem foi mais do que apenas uma combinação dos dois primeiros fatos. - Ele explicou. - Na verdade, o terceiro fato é o maior responsável por eu ter decidido ceder aos dois anteriores.

Rin esperou ele prosseguir, seu coração automaticamente acelerando em ansiedade. O que poderia estar acima do desejo e amor de seu senhor, no que dizia respeito à noite de paixão que eles dividiram?

Agindo com naturalidade, Sesshomaru casualmente pescou uma pequena cuia de madeira que flutuava a esmo pela água, mergulhando-a para enchê-la e despejando o líquido sobre a cabeça da humana cuidadosamente, a fim de ajudá-la a molhar o cabelo. Como a presença dos dois ali obrigava ambos a dispensar criados, eles podiam ao menos auxiliar um ao outro naquela tarefa.

- Eu tomei uma decisão, Rin. - Continuou ele, afastando a franja que caía sobre os olhos dela graças à água que ele despejou. - E eu quero que você fique ao meu lado. Não como minha protegida, mas como minha parceira.

A humana permanecia perfeitamente parada, seus olhos castanhos fitando a parede diretamente à sua frente, como se não houvesse ninguém ali tentando começar uma conversa com ela, como se tivesse água nos ouvidos.

- Rin, você me ouviu? Eu disse que quero que você seja a próxima Senhora do Oeste.

Finalmente compreendendo o sentido das palavras que ele dizia, ela arregalou os olhos para encará-lo, quase engasgando com a própria saliva ao respirar de susto em um momento não calculado. De repente, ela se sentia zonza, exausta pela energia gasta na noite anterior e cedo naquela manhã, por não ter tido a oportunidade de se alimentar ainda, por aquela notícia repentina e absurda. Apoiando a cabeça sobre uma mão, ela tentou impedir a si mesma de desmaiar, começando a ver as coisas em dobro e embaçadas nas bordas.

- Rin? - Sesshomaru chamou, preocupado, tomando o rosto dela para ele e tentando analisar suas condições. - Rin, você está bem?

- O-o quê?! - Ela conseguiu perguntar em uma voz tremida e fraca, sua visão se recuperando aos poucos, à medida que o susto ia passando. - M-mas-

Sesshomaru a silenciou antes que ela pudesse começar com argumentações óbvias. Sua origem plebeia; sua humanidade; o orgulho dele; a intolerância dos outros; tudo aquilo que ele já sabia e ela já sabia.

- Rin, você sabe que meus planos de dominação vão muito além desse território. Eu pretendo me tornar um imperador sobre todas essas terras um dia. – Ele explicou, calmamente. – Por muito tempo, eu acreditei que apenas poder bruto era mais do que o suficiente para atingir esse objetivo, mas certamente você também testemunhou que apenas poder não impede metade de um exército de abandonar uma causa, diante da primeira decisão polêmica de seu líder.

Ela ainda o encarava, mais confusa do que antes, a boca entreaberta denunciando sua surpresa com o raciocínio.

- Eu acredito que as suas habilidades para ganhar o afeto e lealdade das pessoas ao seu redor seja a chave para o meu objetivo. Eu a admiro por tal talento, certamente não o possuo. – Ele confessou, pegando uma de suas mãos e prendendo-a entre as dele, o aperto firme enfatizando a seriedade do que ele falava. – Eu poderia usar isso, se tivesse você ao meu lado. E essa proposta nada tem a ver com a minha atração ou afeto por você. Não, isso é algo seu. É algo que só você pode fazer e que a torna digna dessa posição.

Rin ainda o olhava como se ele fosse invisível, sentindo sua tontura retornar aos poucos enquanto ele falava e ela tentava absorver a imensidão daquilo.

- Você tem a opção de dizer não, é claro. É uma grande responsabilidade. - Sesshomaru esclareceu, cauteloso. - Mas saiba que eu vejo potencial em você, Rin. Não estaria oferecendo isso se não fosse assim, seria uma grande inconsequência da minha parte.

Finalmente, a humana respirou fundo, tentando se recompor, focando nos olhos dourados que a encaravam em expectativa. Como ele podia propor algo desse tipo? Rin simplesmente não conseguia acompanhar o raciocínio, como se ela fosse realmente digna de influenciar vários povos como ele esperava! Em apenas alguns meses no Oeste, ela já conseguira arruinar tudo quase completamente, o que ele estava pensando?

- Senhor Sesshomaru... Eu não sei o que dizer... - Respondeu por fim, honestamente. - O senhor teve tantas baixas por minha causa... Acha mesmo que eu posso governar esses youkais? Eles me desprezam...

- Eu a mantive afastada e isolada por muito tempo. Você foi feita para ficar entre as pessoas, ninguém pode resistir uma vez que você chega perto o suficiente para usar suas habilidades, como ficou provado pela recepção que obteve nos lugares onde eu permiti que você fosse. - O líder explicou, convencido. - Eu percebi isso muito claramente ontem. Estou muito certo do que estou dizendo.

Rin não estava tão certa disso. Para ela, não havia nada de sobrenatural no que ela fazia. Era boa em fazer amigos, era verdade, mas isso era tudo. O que Sesshomaru esperava era que ela fosse capaz de manter dezenas, centenas, milhares de pessoas unidas simplesmente por ser gentil com elas. Ela era realmente capaz de fazer tanto, ou seria apenas uma grande decepção que teria um preço desastroso quando tivesse o efeito oposto?

- Estou te oferecendo mais do que apenas esse nosso caso secreto, Rin, embora você ainda possa tê-lo, se for o que quiser. Mas, se aceitar, será uma Aliança entre nós dois.

Uma Aliança. Tudo aquilo parecia pesado demais para ela, muito mais do que ela um dia achou que teria, muito mais do que ela estava sequer preparada para ter. Mas, parando para pensar, quão fácil seria para ela simplesmente permanecer com o suposto caso secreto deles, como Sesshomaru disse, e em nenhum momento assumir nenhuma responsabilidade, sem ter que abrir mão de nada, sem precisar sair de sua zona de conforto e apenas deixar que ele lidasse sozinho com os rumores e a degradação de sua reputação.

E quão fácil havia sido para ele chegar até ali, protegendo-a e cuidando dela, deixando que seus inimigos e amigos presenciassem essa preocupação, deixando que ela despertasse nele emoções que ele sempre considerou como fraqueza e chegar ao ponto de aceitá-las e confessar à ela... Era tão mais fácil para ela estar apaixonada por ele do que havia sido para ele.

Rin sabia que era mais que justo que ela pudesse, no mínimo, assumir um compromisso verdadeiro como pagamento por tudo isso, dar a ele o que ele estava pedindo. Mas, e se realmente não fosse capaz de cumprir as tarefas que viriam com esse novo papel? Ela estava apavorada com a possibilidade.

Sesshomaru observou a reação dela cuidadosamente, um pouco decepcionado e um pouco orgulhoso. Uma parte dele esperava que ela, impulsivamente, dissesse sim imediatamente para a oferta de um título altíssimo de nobreza, mas a outra parte esperava que ela fosse madura o suficiente para, pelo menos, considerar um pouco as consequências que viriam com ele.

Ele suspirou, afastando o cabelo dela para um lado para que pudesse despejar mais água em suas costas, percebendo que talvez tivesse trazido aquele fato à tona cedo demais.

- Você gostaria de mais tempo para pensar? - Ele ofereceu, farto do silêncio prolongado e levemente receoso de que fosse receber um duro não como resposta a qualquer momento. - É uma decisão difícil e você ainda é jovem...

- Não preciso de mais tempo, eu... Eu quero, mas-

Decidido a dar um fim àquela dúvida, ele a olhou firmemente nos olhos, determinação transbordando pelo mar de âmbar que tentava a todo custo prender os olhos castanhos dela nos dele. Se era realmente algo que ela queria, ele estava mais do que disposto a assegurá-la.

- Rin, na noite anterior você disse que confiaria em mim, não importando o que acontecesse a seguir. - Ele a lembrou, convicção preenchendo seu tom de voz por completo, sua mão acariciando o rosto dela lentamente, como uma forma de quebrar um pouco a tensão da conversa. - Confie em mim. Eu sei que isso vai funcionar, e eu vou estar ao seu lado, nós estaremos juntos. O que pode dar errado?

Rin respirou fundo, fechando os olhos, tentando se concentrar naquelas doces promessas e reunir sua coragem. Não sabia se conseguiria realmente fazer mais do que apenas amá-lo apaixonadamente como sempre fizera, se conseguiria envolver política no meio de algo tão puro e natural, mas tinha uma fé inabalável em seu senhor. E ele tinha fé nela, então ela também teria.

E, mais do que tudo, teria fé em seus sonhos se realizando. A oportunidade de ter tudo que ela nunca nem ousou desejar estava bem ali, precisava apenas ter a coragem para agarrá-la antes que passasse, sem deixar o medo de falhar tomar conta de seu ser. Já era mais do que hora de deixar seus medos infantis para trás.

Era hora de não ter mais medo.

- Certo, meu senhor. - Ela concedeu, abaixando a cabeça em respeito ao superior que inesperadamente acabara concedendo um elevado título a alguém como ela. Deu o seu melhor para manter alguma formalidade e postura diante da situação, afinal, era como ele havia dito: Tratava-se de uma aliança para que ele pudesse realizar os próprios interesses políticos, nada tinha a ver com o romance e desejo que ela ou ele sentiam. Era um pouco difícil ver por esse ângulo, já que ambos estavam nus em uma banheira, mas ela se saiu bem. - Eu aceito sua proposta. Juro dar o meu melhor para honrar a sua vontade.

Sesshomaru relaxou sua postura, sem nem perceber como seus músculos estiveram tensos até ela pronunciar aquelas palavras. Ele sentiu uma estranha calma e satisfação invadirem seu corpo, e recebeu aquelas sensações com prazer.

Então foi para isso que ele havia resistido tanto. Foi para isso que ele havia julgado tanto. Apenas para terminar ali, ridiculamente preso a uma mulher humana, que tinha o seu coração capturado em suas mãos e se recusava a libertá-lo. Ou será que era ele quem se recusava a escapar? Sesshomaru não sabia, mas ele sabia de uma coisa:

Não seria como o pai. Não cometeria os erros dele. Ele manteria Rin segura, não importando o custo. Ele mudaria as regras do mundo, colocaria o próprio mundo abaixo se fosse necessário. Mesmo que tivesse que matar cada um de seus inimigos até que restassem apenas Rin e ele, ele faria isso por ela.

Se era verdade que eles não podiam ficar juntos, então ele destruiria tudo e reconstruiria uma nova verdade.

Mas uma coisa era certa, ele não ia perder. Não ia perdê-la.

Sesshomaru simplesmente largou a pequena vasilha de volta na água, as duas mãos puxando o rosto dela para si para que ele pudesse beijá-la com afinco, selando aquele novo amanhecer.

 

xXx

Sesshomaru não estava brincando quando disse que eles teriam uma manhã cheia, e o fato de que Rin já havia acordado exausta não ajudava em nada. A noite anterior não havia sido das mais relaxantes para o seu frágil corpo, apesar de ter sido deveras interessante em muitos outros aspectos.

A humana passou a manhã com os feridos no alojamento, averiguando o estado de seus machucados, surpresa com a cura acelerada que permitiu que quase metade deles fosse liberada, recuperados o suficiente para voltar às suas atividades normais. Ela ficou mais surpresa ainda de eles terem esperado pela permissão dela para levantarem, mesmo que já tivessem se recuperado durante a noite.

Rin ainda tentava absorver os acontecimentos daquela manhã, seus pensamentos oscilando o tempo todo entre a proposta surpreendente de Sesshomaru e flashes da noite de amor que experimentou junto a ele, que continuavam se repetindo de novo e de novo, fazendo seu semblante também mudar frequentemente de um franzir preocupado para sorrisos bobos ao longo da manhã.

Seus olhos observaram os pacientes que restavam enquanto ela mentalmente tentava julgar a si mesma, tentando avaliar o quanto exatamente ela tinha a lealdade daqueles homens e se apenas aquilo seria o suficiente para que ela fosse realmente aceita como... Senhora do Oeste.

Impossível, pensou. Como ela podia ter concordado com um absurdo daqueles, afinal? Apenas uma noite nos braços de um grande youkai a fizera esquecer tão facilmente o fato inquestionável de que era apenas humana?

- Rin, está tudo bem? - A voz preocupada de Kotarou a chamou de volta ao mundo real, antes que ela pudesse se afogar no desespero das próprias decisões. - Você parece preocupada.

A humana se virou para olhá-lo, analisando a figura quase completamente coberta de ataduras do inuyoukai que ela resgatou no dia anterior. Ela forçou um sorriso, tentando se lembrar dos procedimentos para fazer a troca de curativos e dos remédios que precisaria reaplicar.

- Não é nada. - Ela respondeu, começando a desatar o curativo ao redor da perna dele para que pudesse averiguar a situação atual. - Como está se sentindo hoje?

- Menos morto do que ontem.

Ela riu da resposta, enquanto fazia seu trabalho com o ferimento feio que recuava muito mais lentamente do que os outros, os tecidos lutando para se reconstruírem sobre músculos expostos e estraçalhados. Aquele ferimento era uma prova gritante da revolta de Kotarou, um lembrete óbvio, assim como os arranhões em seu braço, de que ele havia planejado matá-la. Apesar de estarem em bons termos agora, o que ele faria se soubesse dos planos de Sesshomaru para ela? O que todos os outros fariam?

Rin estava muito confusa com quais seriam aqueles tênues limites entre ódio e amizade, e como Sesshomaru esperava que ele pudesse romper todos eles tão facilmente.

- Por que você fez aquilo? - Ela perguntou, finalmente cedendo à dúvida que martelava em sua cabeça. - Por que queria me matar?

A confusão no rosto do youkai diante da primeira pergunta rapidamente mudou para vergonha com a última, seu único olho bom olhando para baixo.

- Me desculp-

- Já está desculpado. - Rin esclareceu, cortando-o. - Não estou te acusando. Eu só queria entender...

- Eu e os outros estávamos preocupados com a instabilidade que a sua presença aqui podia trazer. 

A humana ergueu uma sobrancelha com a explicação, confusa com o raciocínio.

- Então vocês decidiram começar uma rebelião, que foi a maior responsável pela instabilidade do Oeste...?

Kotarou se calou, incapaz de responder àquele argumento, percebendo claramente a contradição de suas ações. Rin sorriu um sorriso triste, voltando a se focar na ferida que tratava, aplicando uma pasta de ervas para se distrair do desânimo que a conclusão à que ela chegara trazia.

- Entendo. Vocês simplesmente odeiam humanos. - Ela concluiu, dando de ombros, como se não fosse nada demais.

Era a única explicação que fazia sentido, o ódio que a orgulhosa raça dos inu nutria por seres considerados inferiores era tão forte que eles nem ao menos pararam para calcular os danos que suas atitudes causariam ao próprio território. Tudo que eles conseguiam enxergar era que, do ponto de vista deles, uma inuyoukai perfeita e poderosa havia sido preterida por uma reles humana, e isso foi o suficiente para cegá-los e causar a revolta. Era uma coisa tão triste, o que a intolerância podia fazer.

- Rin... - Kotarou a chamou, tirando-a de seu estado pensativo, a voz séria e focada. - Você salvou a minha vida de mais de uma maneira diferente. Eu jamais faria algo para te prejudicar de novo, eu juro.

Rin sorriu novamente para ele, dessa vez, um sorriso sincero e feliz. Talvez Sesshomaru realmente estivesse certo, talvez ela realmente pudesse fazer aquilo que ele esperava que ela fizesse, apenas sendo ela mesma. Se ela havia conseguido transformar um ódio tão poderoso em lealdade, talvez sua causa não estivesse tão perdida assim.

- Obrigada, Kotarou. Você é um bom amigo. - Ela agradeceu com gratidão genuína, a interação sendo apenas interrompida por um chamado repentino.

- Rin! Aí está você! - A voz familiar de Jaken chamou abruptamente, forçando a humana a deixar de lado seus afazeres para prestar atenção no recém-chegado. - Largue isso aí e venha comigo, agora. O senhor Sesshomaru exige a sua presença!

Ela hesitou por um momento, um pouco confusa, mas rapidamente se recompôs, limpando as mãos em um trapo e lançando um último olhar para os seus pacientes remanescentes, antes de se virar para seguir o pequeno youkai, sua Guarda acompanhando-a como uma sombra e silenciosa como tal.

Rin ainda não sabia bem como lidar com aquela nova situação que se apresentou tão recentemente para ela, começando a ficar nervosa sobre a convocação de seu senhor, sem saber bem o que esperar. Do ponto onde eles se encontravam, Sesshomaru podia querer tanto apenas conversar, como também engajar em atividades mais promissoras, embora Rin achasse improvável, em plena luz do dia...

Jaken parou quando alcançaram a porta do gabinete, a tempo de distraí-la de pensamentos que ameaçavam provocar um rubor intenso em seu rosto, abrindo-a calmamente e se curvando, antes de limpar a garganta e fazer o anúncio:

- Senhor Sesshomaru, aqui está Rin, como solicitado!

Rin fez uma mesura cuidadosa quando Sesshomaru levantou a cabeça para olhá-la, do outro lado de sua mesa. Ele assentiu em resposta, silenciosamente convidando-a a entrar. Ela apenas gesticulou para a Guarda, deixando-os do lado de fora e fechando a porta novamente para dar aos três privacidade. A presença de Jaken ali descartava uma de suas hipóteses sobre o motivo da convocação, o que a deixou ainda mais curiosa e um pouco menos nervosa.

- Sente-se.

A humana prontamente sentou-se no assento mais próximo, de frente para ele, as mãos sobre o colo.

- Jaken te trouxe algumas coisas que eu pedi. - Sesshomaru disse, sem precisar que ela perguntasse qualquer coisa.

Rin apenas olhou na direção do pequeno servo, pela primeira vez reparando que havia uma pilha enorme de caixas e baús atrás dele, apoiadas contra uma das paredes. Sua boca se abriu em surpresa, os olhos se arregalando. Era verdade que seu senhor era sempre bastante generoso quando a presenteava, mas Rin nunca antes havia visto nada daquela magnitude de uma só vez.

- São novos quimonos e alguns outros adereços. - O inuyoukai esclareceu, vendo a surpresa e confusão dela.

Rin não conseguia acreditar na imensidão das riquezas que aqueles pacotes continham. E só de pensar que a ocasião era algum tipo de celebração pela noite anterior e as novas promessas de relacionamento, ela se sentia ainda mais desconfortável. Como se apenas a noite maravilhosa e aquela manhã não tivessem sido muito, muito mais do que qualquer coisa que ela pudesse ter sonhado! Aquilo era demais, muito mais do que ela achava merecer.

- Senhor Sesshomaru, não precisav-

- Na verdade, precisava. - Ele a cortou, antes que ela pudesse concluir a humilde fala. - A partir de hoje, eu quero que você se vista com o máximo de requinte, em qualquer ocasião que seja.

Ela imediatamente olhou para as roupas que escolhera naquela manhã, o quimono leve de verão com belas estampas floridas. Apesar da relativa simplicidade, aquilo ainda era algo muito acima da classe dela e, se não fosse por Sesshomaru, ela nunca poderia vestir nada além de youkatas monocromáticas de algodão. De qualquer maneira, Rin não era a maior apreciadora de vestes extremamente formais, eram quentes e tornavam a locomoção muito mais difícil.

- Apesar de termos decidido manter isso em segredo por enquanto, eu pretendo preparar as pessoas para quando a notícia finalmente se tornar pública. - Ele explicou, querendo deixar claro que não era a intenção dele depreciá-la pelo que ela escolhia vestir ou não, até porque ele particularmente preferia quando ela não vestia nada. - Eu quero que eles desconfiem, por isso você deve passar a se vestir de acordo com a sua nova posição, mesmo que ninguém saiba dela ainda. Da mesma forma, eu pretendo passar a te acompanhar em seus passeios, em meu tempo livre.

- M-mas senhor Sesshomaru! - A voz chocada de Jaken interrompeu a conversa, chamando a atenção do casal para sua expressão confusa e estupefata. - O que está acontecendo?! Que notícia vai se tornar pública? E que nova posição da Rin é essa? Eu não estou entendendo nada!

Sesshomaru encarou o servo com olhos frios, enquanto Rin arregalava os olhos, tendo esquecido completamente da presença dele ali.

- Jaken, eu não permito sua presença nas minhas reuniões para você ficar me questionando. - O superior lembrou, insatisfeito com a intromissão. Mas logo sua postura relaxou, e ele acrescentou em uma voz mais calma: - Mas, já que quer tanto saber... Curve-se, pois encontra-se na presença da Senhora do Oeste.

Jaken apenas permaneceu parado, seus grandes olhos vasculhando o cômodo em confusão por um momento.

- O quê? Onde, meu senhor? Aqui só tem o senhor e a Rin...

O pequeno interrompeu a própria fala, as palavras se perdendo na garganta enquanto ele encarava a humana com o mais absoluto choque, a boca escancarada. Rin imediatamente abaixou a cabeça, evitando olhar para o companheiro de viagens da infância, sentindo-se intimidada pela reação dele.

- É claro que você não vai abrir o bico sobre isso para absolutamente ninguém, Jaken. - Sesshomaru disse, o tom de voz voltando a ficar mortalmente sério e ameaçador.

- M-mas é-é claro que não, meu senhor. - Ele acatou hesitantemente, desviando o olhar de volta para seu mestre. - E imagine se eu me atreveria a duvidar das decisões do senhor, claro que não... Imagine se eu teria a ousadia de dizer que a Rin é só humana e portant-

- Cale-se, Jaken. - O daiyoukai comandou, farto daquelas baboseiras. - Saia.

Obedientemente, ele não disse mais uma palavra. Apenas se curvou para pedir licença ao seu senhor e, depois de hesitar por um instante, repetiu o gesto para Rin pela primeira vez em sua vida, antes de se retirar da sala.

A humana o observou sair, levemente constrangida com a breve revelação. Aquilo tudo ainda era muito recente para ela, e ela nem sabia se um dia iria conseguir agir com naturalidade diante de um tratamento como aquele. Distraidamente, começou a se perguntar se Sesshomaru se incomodaria se ela preferisse que todos continuassem a tratá-la casualmente, independentemente de sua posição.

- Por que você está sentada tão longe, Rin? - Sesshomaru perguntou de repente, tirando-a de seus questionamentos internos depois que ela ficou tempo demais imersa neles.

Não conseguindo pensar em nenhuma resposta para a pergunta, ela apenas se levantou, lentamente dando a volta na mesa e indo sentar-se ao lado dele, sobre o chão de madeira, já que não havia uma outra almofada para ela. Mas, antes que pudesse fazê-lo, os braços do youkai estavam envolvendo-a pela cintura, acomodando-a entre suas pernas cruzadas, sobre seu colo.

Ela abriu a boca para protestar, mas as palavras se calaram quando os lábios dele tomaram os seus em um beijo tão caloroso que nem parecia que os dois haviam estado juntos apenas naquela manhã, mas sim que não se viam há meses. Sem mais nenhuma reclamação para fazer, ela se entregou livremente ao gesto, abraçando-o pelo pescoço.

- O senhor é muito bom em me lembrar porque eu concordei com essa loucura. - Ela sussurrou com um pequeno sorriso, quando finalmente se separaram por tempo o suficiente para que algo pudesse ser dito.

Ele respirou pesadamente em seu ouvido sensível, forçando-a a se afastar do ar quente com uma leve risada.

- Isso não vai ser fácil, Rin. - Sesshomaru disse em um tom mais sério, apagando o sorriso do rosto dela imediatamente. Ele pousou uma mão delicada sobre a bochecha macia da humana, procurando não agravá-la tanto assim. - Pode ser que nem todos se rendam tão facilmente. Mas, ao mesmo tempo que eu preciso que você seja forte, eu não quero que você se cobre demais.

Rin percebeu bem a forma como ele disse “nem todos”, como se realmente esperassem que a grande maioria a aceitaria muito facilmente. Ele não estava brincando quando havia avisado que seria uma grande responsabilidade, e ela ainda não sabia se realmente atenderia a expectativas tão altas. Mas precisava tentar, a qualquer custo. Era o mínimo que ela podia fazer por ele depois de todas as coisas que ele se dispunha a fazer por ela.

- Eu vou me preparar ao máximo, então. Assim, no dia da revelação, ninguém ficará tão chocado. - Ela prometeu, seu sorriso retornando, junto com a sua positividade.

- Comece agora, então. - Sesshomaru disse, ajeitando a posição dela em seu colo para que pudesse mexer nos papéis sobre sua mesa. Ele separou uma folha aberta, com caracteres em tinta preta formando uma mensagem. - Me ajude a tomar uma decisão.

Rin se esticou para conseguir ler, tendo estado um pouco fora de prática desde suas últimas aulas. Não queria nem pensar em como estaria a escrita.

A mensagem era de um chefe de um vilarejo youkai, onde ele contava do ataque que sofreram a partir de uma tribo de youkais mais fortes, que acabou dizimando a plantação da qual eles pretendiam colher no outono. O vilarejo oferecia sua produção de armamentos completa em troca de arroz, caso contrário, passariam fome durante o inverno, pois era a principal fonte de alimentação da espécie.

- Hm, é uma troca conveniente. - Rin opinou, após terminar a leitura. - Estamos com uma batalha chegando e os inuyoukai não consomem arroz...

Sesshomaru calmamente colocou outra folha ao lado da primeira, sem dizer nada, para que ela analisasse e tirasse as próprias conclusões.

- Os números são totalmente discrepantes. - Ela concluiu, com certa tristeza, ao ver que a quantidade de arroz requisitada valia muito mais do que a pequena quantidade de armamentos disponíveis. Ela sabia que Miroku e Inuyasha teriam que fazer inúmeros trabalhos para conseguir aquela quantidade, e Miroku tinha a fama de cobrar bastante caro para alimentar as várias bocas que ele tinha em casa com a Sango.

- Exatamente. - O youkai assentiu, com certo orgulho contido em seu tom de voz.

- O senhor não vai trocar então...

- Me convença.

Rin o encarou com surpresa, vendo a seriedade por trás dos olhos dourados. Imediatamente, ela começou a pensar em possibilidades e a resposta veio mais rápido do que ela ou ele teriam esperado:

- É verdade que o valor total do arroz é mais alto que o dos armamentos. - Disse ela, ficando mais confiante. - Mas, se estamos falando de vidas que serão perdidas, eu acho que o preço delas não tem nem comparação com qualquer outro bem.

- Você acha que eu deveria desperdiçar todo esse arroz para salvar as vidas de alguns youkais. - Sesshomaru concluiu, nem um pouco tocado com o raciocínio compassivo. Apesar de eles não consumirem grãos, arroz ainda era o grão mais consumido da região e muito útil para ser usado em trocas mais vantajosas.

Dessa vez ela teve que pensar mais a fundo, se esforçando para ver os números e vantagens, lutando contra o lado dela que queria apenas responder sim para aquela afirmação.

- O senhor poderia fazer um empréstimo. - Ela sugeriu, por fim. - Afinal, se o vilarejo deles produz armamento do qual precisamos, não seria bom para o Oeste deixá-los morrer. Se garantirmos a sobrevivência desse clã, garantimos trabalhadores saudáveis para nos fornecerem o que precisarmos mais tarde.

- Empréstimos são riscos. - Ele argumentou, apenas para dar corda à ela, já estando mais convencido da proposta.

- Bom, eu imagino que isso apenas aumentaria a gratidão deles e o desejo de pagar a dívida assim que possível. E, se desconfiar de um calote... - Ela deu de ombros. - Então o senhor pode simplesmente matá-los e poupar o sofrimento da fome.

Sesshomaru a olhou nos olhos por um longo momento, desaprovação aparecendo sutilmente por trás de seu olhar, apenas para desafiá-la a voltar atrás. Ela sustentou o olhar, apesar de se encolher um pouco em ligeira incerteza. Sem uma palavra, ele apenas a beijou rapidamente nos lábios, seu olhar se suavizando, demonstrando a aceitação clara em sua expressão.

Enquanto ela sorria como uma tola, ele puxou um pincel de dentro do pote de tinta onde repousava e o ofereceu para ela.

- Decrete e assine. - Instruiu, passando confiança em seu tom de voz. - Enviarei a resposta no outono. Esta será sua primeira decisão oficial como senhora do Oeste.

De fato, normalmente aquele não seria o trabalho de fêmeas, exceto no caso da morte do parceiro, senhoras de um território não tinham muita utilidade fora da cama ou longe de filhotes. Mas Sesshomaru pretendia que fosse diferente para Rin e ele, pois os planos dele dependiam do reconhecimento dela para funcionarem, ele queria que ela recebesse créditos por atitudes piedosas como aquela, ajudaria a espalhar sua fama e aceleraria o objetivo de dominação dele. Além disso, ele queria que ela soubesse que ele realmente confiava em suas habilidades, para ajudá-la a construir a própria autoconfiança.

Rin o olhou com surpresa, antes de voltar a encarar o pincel como se fosse uma arma sangrenta. Respirando fundo, ela aceitou o instrumento, caçando uma folha em branco entre os papeis. Posicionando o pulso sobre a mesa, com o queixo de Sesshomaru se apoiando em seu ombro para monitorar seu trabalho, ela desenhou a primeira linha, franzindo o cenho imediatamente ao analisar o resultado.

Deuses, realmente teria que treinar mais sua escrita.


Notas Finais


EDIT: COLOQUEI A FANART DESSE CAPÍTULO DEPOIS DE MIL ANOS (se é que se pode chamar isso de fanart. Eu tinha guardado o rascunho pra depois fazer a arte final como tinha prometido, mas acabou que nunca tive tempo, então vai isso mesmo. Melhor que nada rs.)
Fanart do capítulo: https://c1.staticflickr.com/3/2869/33175223370_9c0b318f10_b.jpg


E sobre o capítulo, ele é um capítulo que marca o fechamento dessa odisseia que foi a luta contra os sentimentos deles, e a aceitação e firmamento do relacionamento. Também é um capítulo de transição pra essa nova fase que está por vir pra Rin e pro Oeste com esse novo arranjo.
Maaas ainda temos muito amadurecimento pela frente, muita treta pra resolver, muita coisa pra rolar. Essa fanfic já passou bastante da metade mas ainda está um pouco longe do fim, então aguentem aqui comigo mais um pouco :D


Beijos e muito obrigada por todo apoio que me deram. Espero continuar recebendo! <3


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