- Como assim?
Jungkook perguntou confuso.
Eu também estava.
Eu queria dar esse passo, mas, pra mim era difícil. Eu não conhecia nada sobre essa arte. Na verdade eu não sabia nada sobre relacionamentos. Mas eu queria aprender. Queria aprender com Jungkook.
- Nonna?
- Me ensina? - Ele arqueou as sobrancelhas. - Me ensina a ser boa pra você?
- Mas você já é! - Neguei.
- Não por inteiro. - O olhei envergonhada. - Eu quero ser boa pra você por inteiro Gguk. - Ele sorriu. Ele entendeu.
Ele me abraçou outra vez me levantando. Ele me beijou suave e calmo. Meu coração disparou e eu me agarrei mais ao seu corpo. Jungkook sorriu entre o beijo e eu fiz o mesmo. Ele me soltou e me pôs no chão. Me olhou.
- Tem certeza? - Assenti recuperando o fôlego. Eu estava pronta pra mais esse passo na minha vida. Me descobrir mulher. Eu queria. - Tudo bem. - Sorriu. - Onde é o seu quarto?
O levei e a cada passo dado, meu coração disparava mais um pouco e minhas pernas fraquejavam.
Abri a porta do meu quarto, e, ainda bem que não tinha nada do podcast em cima da cama.
Ele me beijou novamente e dessa vez, foi um beijo mais quente, rápido. Mas não deixava de mostrar os sentimentos que cada um tinha no momento. Os meus eram uma confusão. Tinha medo, alegria, expectativa, vergonha... Mas em Jungkook, eu sentia apenas alegria.
Meu estômago era um completo emaranhado de borboletas e constelações geladas. Eu não conseguiria definir ao certo. Mas era bom. Era maravilhoso.
Jungkook me empurrou até estar perto da cama e só aí ele quebrou o quente beijo em que estávamos. Ele me deitou cuidadosamente na cama e me beijou novamente. Seu corpo grande me cobria por inteiro, como uma coberta de alegria.
Levei minhas mãos, abraçando e puxando os cabelos de Jungkook que suspirou em meio ao beijo.
- Tem certeza nonna? - Perguntou calmo e preocupado quando, novamente quebrou o beijo. Assenti simples e ele levou uma dse suas mãos até minha blusa com a intenção de tirá-la de mim. O ajudei a tirar minha blusa e logo eu estava sem ela. Puxei sua blusa indicando que queria que ele estivesse sem ela. Ele me deu um beijo na testa e se pôs sobre os joelhos em cima da cama, tirando sua blusa.
Pude contemplar um corpo brozeado na medida certa, com os músculos do abdômen se formando o deixando mais perfeito ainda.
Ganhei um sorriso, e logo suas mãos vieram até meu corpo, deslizando os dígitos pela minha barriga, eriçando meu corpo. Ele parecia desenhar em minha pele. Seu rosto desceu até meu pescoço e lá ele deixou vários beijos e mordidas que esquentaram meu corpo como se fosse brasa. Um gemido de prazer saiu do fundo da minha garganta e senti Gguk sorrir contra a minha pele.
Ele levou suas mãos até as minhas costas e achando o feicho da peça, logo a tirou do meu corpo. Meu rosto esquentou.
- Nonna, você é tão linda.
Dali em diante foi só coisas novas.
Sua boca em lugares no meu corpo que nem mesmo eu tinha tocado pra nada além de limpar. Jungkook me fez sentir o céu e o inferno ao mesmo tempo. Era tudo novo. Sentimentos novos. Sensações novas.
Doeu? Muito, demais. Mas ele foi tão carinhoso em me ajudar a me descobrir que foi mágico.
Seu corpo suado em cima do meu foi uma obra prima desenhada pelo melhor artista do mundo inteiro. Eu poderia pintar se soubesse. Escreveria uma música se eu conseguisse. Ele se tornou minha maior inspiração.
- Te machuquei nonna? - Perguntou preocupado quando estava ao meu lado. Neguei ainda tentando respirar direito. Jungkook me puxou e me fez deitar em seu peito desnudo. Ele nos tampou e ficamos assim pelo resto da tarde descansando.
- Posso dormir aqui nonna? - Me perguntou. Eu iria deixar, mas acabei me esquecendo do podcast.
- Melhor não Gguk. - Eu disse. Estávamos comendo na sala. - Outro dia você dorme, pode ser? - Ele assentiu triste e logo se arrumou pra ir embora. Dei um beijo em sua boca e ele sorriu sumindo de minha vista.
Park Jimin
-Oi gente! Como estão? - Desliguei meu celular e joguei ele longe de mim. Bufei nervoso.
Como eu perdi pra essa estúpida?
Jungkook tinha me beijado primeiro, me conhecia primeiro. Porquê não eu? Eu sempre estive perto dele. Sempre mostrei meus sentimentos pra ele. Porquê ela?
Eu odeio gostar tanto assim do Jungkook.
A culpa é minha, eu sei, de ter beijado ele na festa. Mas eu não sabia que ia piorar. Eu só queria provar pra mim mesmo que não ele não era grande coisa, mas eu estava errado. Ele é sim grande coisa.
E agora eu o perdi pra sempre.
Nem quando estávamos juntos, ele parecia estar. Claro, eu estava o chantageando. Mas, eu queria um pouco de atenção. Ele nunca veio a mim por ele mesmo, sempre vinha quando eu tocava no nome daquela tonta. Isso me doía, mas era a única coisa que eu tinha dele.
Bufei chorando. Eu nem sabia que estava chorando.
Como eu odeio ela.
Eu odeio ela ser ela.
Eu odeio não ser ela.
- EU TE ODEIO!
Foi aí que eu me descontrolei. Comecei a quebrar as coisas do meu quarto gritando como eu odeio Kang Buma de todas as formas.
Meus quadros, meus perfumes, minhas roupas, meus sapatos. Tudo estava no chão e quebrado. Eu tinha até me machucado.
O cheiro do sangue me subiu as narinas e eu olhei para minha mão machucada.
O que me impede de acabar com tudo agora?
Não farei falta pra pessoa mais importante pra mim mesmo.
Toc, toc!
Alguém bateu. E só talvez eu tenha delirado por causa da quantidade de álcool presente no chão do meu quarto.
Toc, toc!
Outra vez. E ainda segurando um vidro, eu me levantei e fui até a porta do meu apartamento e a abri.
- Será que dá pra parar de gritar? Eu estou tentando estudar! - Um garoto alto, muito alto disse nervoso. Ele tinha a pele um pouco mais morena que o normal e seus cabelos eram platinados. Ele me olhou de cima a baixo e parou em minhas mãos. Seus olhos se arregalaram. - Você está bem? Diz que você só se machucou sem querer. - Dei de ombros. Eu não tinha que contar nada da minha vida pra ele.
- Me desculpa. Não vou mais gritar! - Me curvei e tentei fechar a porta, mas seu braço impediu o processo.
- Você não vai tentar se matar né? - Entrou na minha casa sem permissão. - Olha cara. A vida tá ruim pra todo mundo. - Se virou pra mim e eu suspirei. Se eu quisesse conselho ouviria a Buma idiota University. - Mas seja lá o que tá acontecendo com você, passa. Tudo passa. Até eu passo. Olha só! Eu acabei de passar por você! - Dei um sorriso. Ele estava gesticulando nervoso e era engraçado. Ele não era bom com conselhos. - Vem vamos lavar seu braço e jogar isso aí fora.
- Tem muito mais no meu quarto. - Ele outra vez arregalou os olhos.
- Então... - Olhou em volta. - Vamos jogar todos eles fora! - Sorriu e aí eu vi qur seu sorriso era lindo. Ele tinha covinhas e parecia sincero em querer me ajudar.
- Mas você não tem que estudar?
- Quando alguém precisar de ajuda, eu quero sempre estar disposto a ajudar. - Sorriu.
- Mas você nem me conhece!
- Sou Kim Namjoon, tenho vinte e três anos e você? - Estendeu a mão. Eu soltei o objeto e segurei sua mão.
- Park Jimin, tenho vinte. - Ele sorriu. Sua mão que estava me segurando me puxou ao seu encontro e me abraçou. Eu estava surpreso com sua atitude.
- Eu não queria ter que conversar com você assim, mas que bom que você gritou hoje.
- O quê?
- Eu só queria essa chance mesmo.
- Chance de quê?
- De te conhecer e você me conhecer. Não sou melhor que aquele outro garoto, mas eu espero um dia ser bom o suficiente pra entrar em seu coração assim como você entrou no meu.
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