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História Universo em conflito - Mas parece que algumas peças estão se mexendo


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 20 - Mas parece que algumas peças estão se mexendo


Ela até que não estava assim tão enferrujada. A primeira aula de taekwondo após muito tempo parada foi bem razoável e seu professor decidiu que ela podia continuar de onde tinha parado. Na sua cintura estava amarrada uma faixa vermelha e ela esperava conquistar a faixa preta dentro de um ano se tudo desse certo.

- Oi, Magá! Você tá livre? – a moça ligou pelo celular após sair da academia.

- Tô sim.

- Não quer dar uma olhada naquela loja que te falei? De repente dá pra comprar umas coisinhas legais.

- É... acho que pode ser. A gente se encontra lá no shopping?

- Em frente à sorveteria. Tá um calorão danado.

Mônica desligou o celular e foi para o shopping a pé mesmo, pois o caminho era curto. Enquanto esperava para atravessar a rua, ela sentiu uma tonteira desagradável. Seu corpo parecia prestes a desmoronar e sua visão ficou turva.

- Olá, Mônica. Faz dias que não nos vemos. – uma voz familiar falou ao seu lado lhe enchendo de pavor.

- O-oi, Srta. Duister... como vai?

- Bem, obrigada. Uma pena ter acabado nossas consultas, você era boa assistente.

- È que eu não tava muito legal pra trabalhar não...

- Você saiu da academia, parece ter se recuperado. Se quiser, posso conversar com os seus pais e você volta a trabalhar para mim.

Sua vontade era de sair correndo.

- Eles decidiram que não vai precisar mais. Olha, eu preciso ir tá bom?

- Claro. Voltaremos a conversar futuramente. Você me parece tão cheia de energia!

Foi preciso fazer um grande esforço para sair dali e por pouco um carro não lhe acerta. Mônica correu até o shopping o mais rápido que pode e sentou-se numa das mesas que ficava na praça de alimentação. Ela suava frio, seu corpo tremia e aquela vertigem desagradável estava custando a passar.

- Mônica? Oi? Você tá bem? – uma voz meio distante perguntou.

- Magá... eu não tô legal não...

- Caramba, você tá pálida! Vamos pro banheiro pra você lavar o rosto.

As duas foram ao banheiro com Magali lhe amparando e ela lavou o rosto várias vezes com água fria antes de se sentir melhor.

- Poxa, você passou mal de novo? Achei que tava se recuperando.

- Eu não sei o que aconteceu, foi tão de repente! Numa hora eu tava bem, depois comecei a ficar esquisita. E pra piorar a Srta. Duister apareceu e veio puxar conversa comigo.

- A tal mulher sinistra?

- Acredita que ela queria que eu voltasse a trabalhar pra ela de novo? Cruz credo!

- Ainda bem que seus pais deixaram isso de lado.

Quando Mônica se recuperou, as duas foram tomar sorvete e depois rodaram as lojas para comprar algumas coisas para Magali. Após experimentar várias roupas diferentes, ela percebeu que a amiga gostava mais do estilo indie.

- Esse estilo tem muita personalidade. Vamos só comprar umas coisinhas aqui e ali e depois vamos pra sua casa. De repente a gente pode dar um jeito nas suas roupas antigas pra dar um estilo bacana. Vai ser divertido.

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Cebola olhou para o calendário que ficava no balcão de atendimento e viu que era dez de agosto. Faltavam apenas cinco dias para a competição que podia ser seu caminho para a liberdade.

“Eu tenho que ganhar esse carro de qualquer jeito!” pensou antegozando o prazer de se ver livre daqueles dois.

Vários alunos do colégio estavam na lanchonete, inclusive alguns da sua sala. Em uma mesa, estavam Xaveco, Nimbus, Jeremias, Tikara e Luca. Eles comiam, contavam piadas e falavam besteiras uns para os outros. Cebola suspirou de tristeza lembrando o tempo em que podia sair livremente com os amigos. Se bem que ele estava de péssimo humor nos últimos dias em que passou no mundo original e nem apreciava mais estar com eles. Como ele foi idiota! Ele era tão feliz e nem dava o devido valor!

Jeremias estava empolgado com o próximo jogo de futebol e Nimbus tentava um daqueles truques fajutos que nunca davam certo. Xaveco falava qualquer coisa sobre seu namoro com a Denise não estar bom e Luca só se preocupava com seu hambúrguer enquanto Tikara comia batata frita com pauzinhos.

“Poxa vida, eu sinto tanta falta do pessoal! Como será que eles estão?” ele ficava imaginando se seu duplo estava se dando bem com eles ou se tinha estragado suas amizades. Às vezes ele tinha medo de voltar para o mundo original e encontrar sua vida arruinada.

- Oi, vou querer um suco de laranja. – uma moça pediu, tirando-o dos seus devaneios. Era Sarah.

- Oi, beleza? Quer copo grande, médio ou pequeno?

- Hum... pequeno. É só pra esperar pelas meninas, a gente combinou de encontrar aqui.

Ele atendeu seu pedido e reparou que ela usava blusa de manga curta e um short. Seu choque foi total ao ver que sua pele estava lisa e sem nenhuma marca de queimadura. Aquilo era tão estranho que ele decidiu dar um jeito de falar com ela mesmo que precisasse bancar o cara de pau.

- Não sei se você lembra, mas a gente é da mesma sala. Tá gostando do colégio? – Perguntou quando foi limpar uma mesa perto dela.

- Ai, credo! Aquilo é ruim demais! Eu saí do meu porque tava chato e esse é ainda pior! – Sarah respondeu torcendo o nariz.

- É... com o tempo você acostuma.

- Acho que me lembro de você... é o cobaia não é? – ele esfregou a nuca sem jeito.

- Na verdade é Cebola. Cobaia não é um apelido assim muito legal.

- É... a Mônica falou isso. Acho que ela gosta de você, viu?

O rosto dele ficou super vermelho e ele tentou mudar de assunto.

- Er... pois é. Hã... camiseta legal. Parece um desenho de uma carta de tarô... – na verdade o desenho não era de nenhuma carta de Tarô, mas ele resolveu jogar um verde.

- Hein? Isso aqui? Ah, sei lá! Não entendo disso não. – o rapaz ficou surpreso.

- Não entende?

- Eu não, tremenda perda de tempo.

- Você não acredita? – Seu cérebro estava prestes a dar um nó.

- Claro que não! Isso é um grande pega-trouxa, só gente burra mesmo pra acreditar nisso. Hã... você não acredita, né?

- Quem? Eu? Pfff! Claro que não, só perguntei por perguntar. Acho que confundi o desenho mesmo, não deve ter nada a ver.

- Ah, bom!

Ele voltou ao trabalho com a cabeça fervendo. Primeiro a Sarah aparece sem cicatriz nenhuma, depois ela disse que não acreditava em tarô? Ele se lembrava de quando a original falou sobre a combustão espontânea que sofreu e que depois disso aprendeu a ler as cartas. Se naquele mundo ela não sofreu combustão nenhuma, então pode não ter aprendido tarô também.

“Hum... interessante...” em sua cabeça, ele começou a perceber que havia um padrão ali.

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Não havia ninguém em casa, o que Rômulo achou ótimo. Vadiar pela cidade o dia inteiro era cansativo e ele queria se jogar no sofá para assistir alguns DVD’s que tinha alugado. Bastava tomar cuidado para não bagunçar nada, caso contrário Rosália poderia desconfiar. Ele sabia ser cuidadoso quando queria.

Quando foi tirar a jaqueta, um envelope caiu no chão. Era a correspondência do banco informando o saldo da sua conta. Era um bom dinheiro que o fez sorrir. Se continuasse daquele jeito, ele ia conseguir chegar aos cento e vinte mil dentro de um ano e meio, talvez dois. Poderia ser mais rápido se não gastasse tanto, mas ele não queria se privar dos seus luxos.

“É... precisa melhorar. De repente eu devia arrumar um trampo mesmo. Argh, nem pensar! Onde eu tô com a cabeça?” Se tinha uma coisa e ele odiava era trabalhar. Levantar cedo todos os dias, cumprir horário, aturar patrão chato... isso estava fora de cogitação. O ideal era ser seu próprio patrão e era para isso que estava juntando dinheiro, pois queria montar sua oficina de motos. Conhecimento e experiência ele tinha.

Mesmo não gostando de trabalhar para os outros, de vez em quando ele arrumava um serviço temporário consertando motos e sabia como fazer. Talvez ele devesse mesmo conseguir um trabalho em alguma oficina, mas ainda não conseguia se decidir. A vida estava tão boa! Por fim, ele resolveu deixar as coisas como estavam por enquanto. No futuro, quando faltassem uns cinco ou seis meses para saldar a dívida, ele pretendia arrumar um emprego numa boa oficina para colocar seus conhecimentos em dia e assim ter mais condições de abrir seu próprio negócio.

Satisfeito com aquela idéia, ele colocou o DVD no aparelho e se jogou no sofá preguiçosamente. Por enquanto, ele só queria aproveitar a vida.

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Sem ser visto, Paradoxo observava Rômulo atentamente. Ele sabia que Cebola tinha planos para conseguir o dinheiro da dívida e tirar os dois daquela casa, mas havia informações que o rapaz ignorava e que no final poderiam atrapalhar seus planos.

Felizmente Paradoxo já estava mexendo os pauzinhos e sabia que as pessoas certas iam estar no lugar certo para ajudá-lo.

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Denise estava muito aborrecida, deitada sobre sua cama olhando para o teto. Mais cedo ela tinha chamado o Xaveco para sair um pouco e o rapaz alegou uma desculpa qualquer para não ir. Mas ela sabia muito bem o que estava acontecendo. Quando saiu da gangue da Magali, eles começaram a namorar e no início tudo pareceu ir bem. Só que com o tempo ele começou a se esquivar, inventar desculpas e a não atender seus telefonemas.

Como ela não era de ficar quieta, resolveu investigar o que estava acontecendo

- Ah, é que o Xaveco tá assim bolado porque você namorava o Titi e ficava com ele. – Ela conseguiu tirar da boca do Luca. – Agora ele tá achando que você vai fazer o mesmo com ele.

- Aff, ninguém merece!

- Sei lá, era certo você ficar com um namorando outro? – Luca questionou.

- Isso era combinado, amore! O Titi sabia muito bem. E ele ficava com outras meninas e ninguém falava nada! Vão implicar comigo só porque sou garota, é? Em que século vocês vivem?

Luca não respondeu e ela foi para casa furiosa. Então era isso, o Xaveco deu para ser um traste moralista. Quanta hipocrisia! Primeiro porque ela ficava somente com ele enquanto Titi só não ficava com poste porque não sabia se era macho ou fêmea. Depois porque ela nunca mais ficou com ninguém desde que eles começaram a namorar, pois gostava muito dele e queria algo sério.

Ela estava ficando muito decepcionada e percebeu que aquele namoro não tinha futuro algum. Então o melhor era chutar antes que fosse chutada. Era uma forma de pelo menos sair por cima.

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No porão, em frente a vela acesa e no meio das sombras, Agnes estava de olhos fechados enquanto recebia instruções. Uma das coisas sobre a qual ela queria saber era sobre o Cebola. Desde que o viu pela primeira vez, ela viu que tinha algo de diferente nele.

- Esse rapaz tem a marca de IOR, não tem? E é muito poderosa, nunca vi coisa igual! Como isso foi possível?

A resposta veio em forma de sussurro na sua cabeça.

- Não podem dizer? Mas... está certo, eu não farei mais perguntas nesse sentido.

Sem outra opção, ela apenas ouviu em silêncio enquanto as sombras lhe instruíam a fazer com que Cebola fosse até sua casa para procurar uma pista que levaria ao artefato que era a chave para concretizar seus planos, mas ela tinha que esperar o momento certo e também dar ao rapaz tempo e liberdade para examinar tudo.

- Eu farei conforme ordena assim que eu tiver uma oportunidade. E creio que não demorará muito.

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Faltavam apenas dois dias para a competição de sábado e Cebola mal podia esperar. No colégio, na hora da saída, eles iam conversando enquanto passavam pelo pátio e Magali reclamou.

- Acho um saco esse pessoal ficar mexendo comigo e eu não posso fazer nada.

– Já falou pro diretor? – Cascão quis saber.

- Ele não pode ficar me vigiando o dia inteiro.

- Eu já falei várias vezes com as meninas, mas tá difícil... – Mônica se justificou.

– A gente precisa ter paciência. Com o tempo, as coisas vão se arranjando. – Cebola tentou ser otimista.

O som de risadas atraiu a atenção do grupo. Era Nimbus com mais um dos seus truques fracassados. Os quatro pararam para observar e dar umas risadas.

- Agora vai! – o rapaz falou para os rapazes que estavam ao seu redor prontos para caírem na risada. – Quê? Peraí, não era isso não!

Cebola quase engasgou de rir ao ver como ele tinha ficado coberto com papel picado. Foi engraçado até um inspetor chegar e mandar o coitado limpar tudo. Aqueles sujeitos não tinham o menor senso de humor!

“Esse Nimbus é ruim mesmo!” o rapaz pensou ao vê-lo tentando mais um truque assim que o inspetor virou as costas. Outro fracasso. “Parece que ele não é um mágico que nem o original. Hum...” Ele repetiu o pensamento mais uma vez e ficou intrigado. Se antes desconfiava que tinha um padrão ali, depois daquela ele passou a ter certeza. Pensando nisso, ele se lembrou de outra coisa e resolveu fazer um teste.

“Caramba, isso pode dar a maior confusão, mas tenho que tentar de qualquer jeito!”

Após criar coragem, ele resolveu arriscar.

- Pessoal, alguém aí conhece um livro chamado “a lua chora esta noite”?

Magali fez uma careta e esfregou a cabeça várias vezes.

- Credo, que dor de cabeça esquisita. Qual é mesmo o nome do livro?

- “A lua chora esta noite” – ele repetiu e viu que ela fez outra careta de dor.

- Eu nunca ouvi falar. – Mônica respondeu.

- Que nome bobo, véi!

- Ah, eu achei bonito! E você, Magá?

- Sei lá, tô com uma dor de cabeça chata aqui.

Considerando que a escola inteira não foi destruída, a primeira dedução do Cebola foi que Magali não tinha poderes. Mas e aquela dor de cabeça estranha? Aquilo queria dizer alguma coisa? No caminho para o trabalho, ele foi listando mentalmente todos os fatos que tinha presenciado até então e que inicialmente pareciam isolados.

“Primeiro tem o Nimbus que não faz nem truque de cartas. Depois a Viviane e Creuzodete que morreram nesse mundo. Deixa eu ver...”

Ele também lembrou-se que a centopéia falante não tinha aparecido para o Capitão Feio e por fim a Sarah alternativa não lia cartas de tarô e aparentemente não tinha poder nenhum. E por fim Magali que não ficava poderosa ao ouvir a tal frase de desbloqueio. Ele foi ligando os fatos e uma teoria foi surgindo. Era preciso testar só mais uma coisa para ter certeza e para isso ele precisava da ajuda de Paradoxo. Até lá, ele precisava se concentrar para a grande competição daquele sábado.

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Xaveco estava andando na rua quando deparou com Denise esperando por ele de braços cruzados e batendo um pé no chão.

- Er... Denise? Tá fazendo o quê aqui?

- Eu tentei falar com você no recreio e você só ficou se escondendo de mim.

- Claro que não, que é isso? É que eu... eu...

- Tá, ta, não precisa explicar nada. Só quero dizer que nosso namoro passou da data de validade e tá na hora de terminar.

O rapaz arregalou os olhos por ouvir aquilo de forma tão direta e à queima-roupa.

- Peraí... você tá mesmo falando sério? Tá terminando comigo?

- É, tô. Qual é a dúvida? Tem que desenhar por acaso?

- Mas... mas... por quê?

- E você ainda pergunta? Cara de pau não racha nunca, né?

Ela saiu andando e se encostou num muro, onde tinha sombra. O rapaz a seguiu e ficou de frente para ela.

- Poxa, Denise! Precisa disso?

- Sim. Precisa. Você tá distante, vive dando desculpa pra não ficar comigo e foge quando tento conversar.

- Não é assim não, é que... que...

- Que o quê? Olha, eu sei muito bem que você tá de mimimi porque eu namorava o Titi e ficava com você. Tô falando mentira por acaso?

Aquilo o pegou de surpresa.

- Olha, não é bem assim, é que...

- Pra sua informação, eu nunca traí o Titi hora nenhuma. Ele sempre soube que a gente ficava!

- Caramba, ainda assim foi errado!

- Ué, você preferia que fosse por debaixo dos panos? E outra: ele ficava com várias garotas, eu só ficava com você.

- E por que não terminou com ele pra ficar comigo?

- Por que eu tinha medo dele ir pra cima de você, esqueceu?

Estava difícil se defender. Em sua cabeça, era normal um rapaz ficar com várias garotas, mas uma menina fazer isso era errado. Aquilo não ia mudar em cinco minutos de conversa.

- De qualquer forma, acabou. Você segue sua vida e arruma uma garota bobinha pra ficar. Eu vou seguir minha vida também. Quem perde é você.

O rapaz a segurou pelo braço.

- Olha, a gente não precisa acabar tudo não! Ainda podemos ficar de vez em quando sem compromisso que nem antigamente e... – um tapa estalou na sua face.

- Tá pensando que sou o quê, seu babaca?

- Ah, qualé? Seu passado te condena... – ele levou outro tapa. – Escuta aqui, garota!

- Escuta aqui, você, seu moleque! – ela gritou com o rosto vermelho de raiva e dedo em riste. – Eu prefiro ficar sem ninguém do que ficar com um idiota como você! Vai pro inferno e se vier falar besteira pro meu lado de novo, você vai ver só uma coisa!

Ela ia saindo dali quando o rapaz murmurou.

- Vadia! – aquilo fez com que ela desse meia volta e fosse para cima dele com o rosto vermelho de raiva e cuspindo fogo pelas ventas.

- Volta aqui, desgraçado! Vem apanhar como um homem! – gritou para o rapaz que correu a toda velocidade até virar a esquina e sumir de vista. Com certeza suas amigas iam saber do babaca que ele era. Todas as garotas do colégio iam.

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- Hum... nada mal. – Sr. Malacai disse olhando o relatório que Boris tinha mandado sobre o desempenho de Antonio.

- Obrigado, senhor. – Aquilo era o mais perto de um elogio que ele ouvia da boca do presidente.

- Seu desempenho foi bom, então creio que você pode trabalhar no colégio do Limoeiro como inspetor. Acha que está preparado para assumir essa responsabilidade? É um muito sério!

- Sim senhor, eu estou pronto e darei o meu melhor. O senhor não ficará decepcionado.

- Eu espero que não. Seu trabalho começa amanhã.

Ele permaneceu sério, mas estava muito feliz. Aquele era só o começo e ele esperava um dia ocupar um cargo importante naquela organização.

“Espere só até aqueles quatro verem como eu estou agora!” ele pensou e decidiu que ia tripudiá-los mostrando o quanto estava bem. Não foi possível falar com eles antes porque ele estava ocupado demais se esforçando para mostrar seu valor. Uma vez que eles não faziam nada de errado, era perda de tempo persegui-los pelo colégio. Como inspetor as coisas iam ser diferentes e ele pretendia mostrar a eles quem mandava.

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- Está combinado então, vamos nos reunir na próxima segunda-feira para discutir esse problema. Não se preocupe, sei que vai dar tudo certo. Já resolvi coisas piores.

Ele desligou o celular e entrou no carro. Paradoxo observava o veículo se afastando muito satisfeito por ter tido aquela idéia. Ele era a melhor pessoa, no momento, para ajudar Cebola a resolver seu problema com Rosália e Rômulo. Tudo bem que as coisas não iam correr como o rapaz esperava, mas era a melhor solução possível.



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