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História Unknown Dimension - Damned and Divine


Escrita por: Alliet

Capítulo 14 - Damned and Divine


 - E então... O que vamos fazer primeiro? -  Alexy perguntou e entrelaçou nossos braços.

 - Precisamos comprar uma roupa para ela usar no aniversário - Rosa falou antes de mim.

 - Boa ideia, sem jeans e camiseta - Alexy alertou.

 - Está bem - revirei os olhos.

 Nós três entramos em uma loja, as roupas estavam muito bem organizadas e uma moça ruiva com o uniforme da loja - um colote e calça social preta - veio até nós.

 - Precisam de ajuda? - A moça nomeada por seu crachá de Adel disse com um sorriso nos lábios.

 - Claro - Alexy disse. - Uma roupa para essa musa usar no aniversário.

 - Algo especial?

 - Vai ser em casa mesmo, por favor, nada muito chamativo e nem nada do tipo - eu disse e Alexy pôs a mão na minha boca depois.

 - Não a ouça. Mostre-nos o que você ache melhor - Ele disse e Adel piscou puxando-me pelo pulso.

 Sentei-me em uma cadeira enquanto ela fazia as combinações de roupas para mim. Rosalya, Alexy e Adel falarão qual das roupas combina mais comigo e eu estou com medo. A moça gentil me guiou até o provador, entrei e fechei a cortina. Provei inúmeras roupas e os três seres vivos apenas discordavam. Já estava cansada quando experimentei um vestido de manga comprida bordo com um decote V e saí do provador.

 - E então? - Perguntei com uma expressão cansada suplicando para voltarmos para casa.

 Eles se entreolharam e depois olharam para mim.

 - É esse! Sem sombras de dúvidas - Alexy disse com a mão no queixo.

 - Aleluia! - Ergui os braços e voltei para o provador recolocando a roupa de antes.

 - Desculpa fazer você vestir tantas roupas, é que... Nenhuma havia combinado com você - Rosa disse após sairmos da loja.

 - É que não é qualquer roupa que fica bem e você - Alexy disse, revirei os olhos sorrindo e fiquei no meio dos dois entrelaçando nossos braços.

 - Vamos tomar um Milk Shake - eu disse começando a andar.

 - Mas você não estava cansada, criatura? - Rosa parou.

 - De experimentar roupas, vocês mesmos disseram que era pra mim me divertir - dei de ombros.

 Compramos três milk shakes pequenos que pareciam do tamanho médio, o meu de chocolate e o de Rosa e Alexy de morango já que no momento só havia os dois sabores disponíveis.

 Andamos por algumas outras lojas, assistimos a um lançamento qualquer no cinema e depois voltamos para casa. Entrei em casa correndo e meu pai estava lá.

 - Como foi o passeio? - Ele desviou a atenção da TV, ele recém havia saído do banho e o cabelo estava molhado.

 - Divertido exceto o fato de eu ter que ficar experimentando duzentas mil roupas para usar no aniversário - me joguei no sofá ao seu lado.

 - Posso ver a roupa que você comprou? - Ele perguntou e eu assenti, peguei a sacola e tirei o vestido de lá. - Eu gostei.

 - Eu também, havia outros que eu havia gostado, mas as escolhas foram por votação de Rosa, Alexy e da atendente - Ele riu disso. - Foi cansativo, está bem?

 - Ok, eu não falo mais nada - Ele ergueu os braços se rendendo.

 Assenti e fui para o meu quarto, estava abafado então liguei um pouco o ar condicionado. Troquei de roupa e me joguei na cama. Eu estou animada e preocupada ao mesmo tempo com a aproximação de meu aniversário, não sei o que vai acontecer. A única coisa que peço é que Castiel não se sinta obrigado a vir. Não sei o que Rosalya lhe disse, mas ela ajudou.

 Eu sinto falta de beijar Castiel e de falar com Nevra, mas não posso desistir disso antes que chegue meu aniversário.

"Congelado no tempo, ansiando por desejos proibidos.
Maldito e divino. Cicatrizes de meus beijos quebrados.
O que virá depois se o amanhã está cego. Minha noite eterna." (Tarja Turunen - Damned and Divine).

 Afundei em pensamentos profundos, pensando e repensando, lembrando e relembrando... São tantas coisas...

 O que você está fazendo?

 Meus pensamentos se tornaram confusos e terríveis, abri os olhos rapidamente e me dei conta que era um pesadelo. Passei as mãos pelo rosto e respirei fundo, já é sete da noite, meu pai chamou-me para jantar e foi o que fiz. Ele percebe minha situação sofrida, mas prefere não se meter.

 No outro dia levantei cedo, tomei banho e vesti uma regata roxa, um jeans e All Star. Vi meu diário intocado desde um tempo depois do acontecimento, eu nunca deixei de escrever nele. Parece inútil escrever algo ali agora, quando alguém lê, você se sente completamente insegura e prefere abandonar.

 Mas você não pode fazer isso! Há coisas importantes aí! - Minha voz da razão gritou. Joguei o diário na mochila e fui até o carro do meu pai.

 - Nossos vizinhos perguntaram sobre você, disseram que você não está conversando com eles... - Peter ligou o carro.

 - Disseram, é? - Perguntei com a cabeça encostada no vidro da janela.

 - Sim, eles querem conversar com você - Ele disse e eu arqueei uma sobrancelha. - Parecia sério.

 - Falo com eles hoje.

 Meu corpo estremeceu apenas de pensar em ter que conversar com eles, com Nevra.

 Eu tenho um trato! Não posso!

 Cheguei na escola ignorando as pessoas a minha volta, por sorte Rosa e Alexy não  chegaram ainda. Cheguei cedo de mais.

 - Ei, Angel - Ezarel chamou, olhei para ele e fiz uma expressão que perguntasse o que ele queria.

 - Podemos conversar? - Nevra apareceu ao lado do amigo.

 Se fosse só com Ezarel tudo bem, mas...

 - Estou ocupada agora. Outro dia - falei sem olhá-lo.

 - Dia? - Ouvi Nevra resmungar consigo mesmo e continuei andando até a sala.

 Sentei-me no chão e escrevi em meu diário.

 "15 de maio, quinta-feira"

 "Eu sei, estou ausente de mais aqui... Mas são tantas coisas em minha cabeça que as vezes eu acho que... Sei lá. Estou ignorando pessoas, está difícil... Mas terei que aguentar até dia dezessete. Nevra e Ezarel queriam falar comigo hoje, mas não quero, eu tenho muitas perguntas para fazer pra eles. Eles nunca falaram nada de mais sobre eles. Eu tenho uma curiosidade enorme em saber de onde eles são, talvez eu já tenha ido neste lugar já que quando eu era criança viajava muito com meus pais junto à minha irmã... Poxa! Que aperto no coração só de mencioná-la. O que dificulta adivinhar é que eles não tem um sotaque conhecido, é como se falassem normalmente..."

 Não terminei de escrever porque notei alguém me observando na porta, Castiel. Assim que viu o que eu tinha nas mãos ele fechou os olhos e saiu. Talvez afastando as memórias do que leu. Não consigo imaginar sua reação.

 O sinal tocou e fui pra sala.

 - Onde estava? - Rosa perguntou assim que me viu entrar na sala.

 - Na última sala, a desocupada - falei dando de ombros.

 Descobri que teria prova de história na próxima semana, tenho que estudar, tenho que focar nisso se eu quiser terminar a escola e ser alguém na vida e deixar de lado os problemas, mesmo que seja difícil.

 - Por que prova? Se eu sei que vou me dar mal? - Armin perguntou se encostando no armário do irmão.

 - É só estudar, querido - Alexy bateu em seu ombro. - Você não aproveita quando eu te ofereço ajuda.

 - Dessa vez eu quero. Não quero repetir - Armin encostou a cabeça no ombro de Alexy.

 É incrível como eles são parecidos e... gentis um com outro... Me lembra minha irmã e eu...

 - Tudo bem, eu ajudo. Até porque se você repetir ficará um bom tempo sem video games - Alexy riu e Armin mostrou-lhe a língua. - Mas é verdade.

 O final da aula chegou rápido. Despedi-me daquelas criaturas incríveis e fui embora com Peter.


Notas Finais


O próximo cap... bom... vcs vão ver!


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