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História Unknown Order - Fantasmas do passado


Escrita por: AngelBoy

Notas do Autor


Quem de nós cinco pode controlar o fogo? e qual é rainha do ar? e quem de nós inventa mágicas com água, não pode a terra controlar!

Capítulo 2 - Fantasmas do passado


Fanfic / Fanfiction Unknown Order - Fantasmas do passado

O Supremo Coelho levou os garotos até a Toca Central sem dizer uma só palavra, mas Zen sabia que isso só poderia significar duas coisas: Conclusão de Missão ou Banimento da organização. E depois do que ocorreu o garoto não tinha nem um pingo de esperança de ser a primeira opção. A expressão de Aurele era indecifrável, ela brincava com uma mecha do seu cabelo quando o barulho das patas do roedor contra a mesa ecoou pela sala. As fotos do mural de antigos membros atrás dos garotos pareciam encara-los com raiva, o velho sofá no canto direito ao lado da porta parecia mais antigo do que o habitual, as luzes na parede pareciam ficar cada vez mais fracas e a Toca parecia um lugar assombrado.

- É terrível... - disse o Supremo. -... aqueles miseráveis. eles conseguiram concluir com sucesso aquela experiência! - rosnou o coelho sentando com força na sua cadeira atrás da mesa.

- Não pode ser! - Zen exclamou o ar em volta do garoto começou a ficar quente.

Aurele não conseguiu falar nada, as memórias de três anos atrás veio a ela como um filme antigo em preto e branco.

 

Eram quatro amigos, dois meninos e duas meninas ambos possuíam uma espécie de ligação e em uma excussão escolar  todos os quatros se sentiram atraídos por uma força misteriosa, o garoto de óculos deu a ideia de seguir aquela força estranha. Todos os quatro adentraram na floresta, a curiosidade era maior que qualquer outro sentimento e após longas horas de caminhada eles encontraram uma caverna, a pressão energética era muito, muito forte ali.

- Acho que não deveríamos entrar aí. - disse um dos garotos.

Apesar de lembrar perfeitamente os fatos ocorridos, a imagem dos outros garotos nunca eram claras para Aurele, ela via somente silhuetas.

- Ah vamos, por favor, nós viemos até aqui só para voltar? - o garoto de óculos insistiu.

- Concordo. - disse uma das garotas. - Não caminhei tudo isso para nada.

- Já estou aqui mesmo. - Aurele suspirou. Ela não gostava da ideia mas o sol estava se pondo e com certeza ela não conseguiria voltar sozinha para o grupo na escuridão da floresta, buscar abrigo naquela caverna era a única opção.

- Três votos a favor, um contra. - Sigam-me os corajosos! - o garoto ajeitou o óculos e entrou na caverna.

O outro garoto teve muita vontade de voltar e avisar aos responsáveis o que estava acontecendo, mas além da curiosidade, a preocupação com seus amigos era muito forte então ele seguiu o grupo.

A princípio a caverna parecia comum, mas a força misteriosa agora parecia começar a tomar forma, em algum lugar a frente Aurele avistou um ponto de luz, talvez fosse o final da caverna, ela respirou fundo e segurou as mãos frias do garoto que vinha atrás, eles pareciam ser os únicos no grupo que ainda se preocupavam em se manter seguros.

- GWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Um grito de agonia cortou o silêncio da escura caverna e ecoou de forma enlouquecedora, era como se as paredes estivessem gritando, demorou alguns minutos até que o som fosse completamente extinto. Os garotos estavam encolhidos uns ao lado dos outros.

- Precisamos voltar... agora! - o garoto que segurava a mão de Arele falou com rigidez.

- Nem ferrando! - a outra garota retrucou com a voz baixa. - E se esse grito veio de lá de trás? Algo deve estar nos seguindo.

A ideia de ser seguida por algo ou alguém desconhecido não agradava a jovem Lee de maneira alguma.

 O garoto rolou os olhos e pensou o quanto seus amigos eram teimosos e estava certo de que o grupo iria se dar muito mal, ou ali mesmo na caverna ou quando voltasse a excussão.

Eles continuaram a se esgueirar pelas paredes da caverna até chegar finalmente na fonte daquela luz. Era um laboratório enorme, se eles não estivessem vendo com os próprios olhos diriam que algo daquela tamanho naquela caverna era impossível. Aurele apertou com mais força a mão do menino, o dono da força estranha havia se revelado a frente deles, era a criatura mais horripilante que os garotos já haviam visto, tinha os olhos esbugalhados e vermelhos, o pescoço era fino e alto, vários chifres na cabeça ao invés de cabelo, orelhas grandes e pontudas, era magro e esguio, como se seus membros tivessem sidos puxados até esticar como uma borracha e a cada movimento os ossos daquilo estalavam. Os garotos estavam congelados, o terror havia os consumido por completo, por mais que quisessem correr seus corpos não os obedeciam.

- Isso nunca vai dar certo, ser imundo! - gritou um homem amarrado em uma maca que até então os garotos não haviam percebido.

- Você fala de mais Unknown. - a voz da criatura era tão rala e aguda que tinha o mesmo som de vidro se quebrando. - Mas eu não me incomodo, logo logo seu corpo será a incubadora perfeita para minhas criações.

- Vai para o inferno Juhanon! - o homem gritou e cuspiu na cara da criatura.

- Eu acabei de chegar de lá... e sua alma será meu cartão postal. - o ser limpou o rosto e pegou um objeto em cima da mesa, era uma pedra cinzenta com um símbolo esquisito desenhado. - Pela primeira vez em milhões de anos, eu desenvolvi uma forma de possuir pessoas como você, agora meus planos de reinado serão mais efetivos.

- Ha! - o homem amarrado rio com desdém. - Você viu o que aconteceu com sua última cobaia, ela se reduziu a nada, sabe porque? A impureza de seus demônios jamais conseguirá se fixar ao nosso poder purificador.

- Isso é o que veremos agora. - a criatura esticou os dedos e puxou um objeto roxo de formato oval, a energia emanada daquilo fez com que os garotos perdessem o equilíbrio e caíssem com um baque surdo na divisão do chão da caverna e do laboratório.

Eles não tinham sido vistos pois a ambição de Juhanon não permitia prestar atenção no que acontecia a sua volta, o demônio juntou a pedra cinzenta com o ovo roxo e os dois se fundiram formando um cristal púrpura que emanava uma energia tão poderosa que o todo o ambiente começou a tremer, um clarão ofuscou a visão te todos e o grito de agonia do homem ecoou novamente pela caverna e pelo laboratório.

 

 

Quando a aquela luz estranha sumiu, Zen pode abrir os olhos, ele viu todos os seus amigos desacordados amarrados a uma cama, ele mesmo também estava amarrado, seu coração acelerou, seu sangue corria gélido por suas veias e então aquela criatura apareceu sorrindo tenebrosamente, na sua mão esquerda ela segurava quatro pedras iguais a anterior e na direita cinco ovos roxos, era óbvio o que iria acontecer eles e seus amigos iriam morrer ali, foi então que ele se arrependeu profundamente de ter seguido aquela força, de ter traçado o destino final de seus amigos, ele fechou os olhos e chorou ao ouvir o primeiro grito de desespero.

- Você pode mudar isso! - Uma voz ecoou pela sua mente. - Escute-me com atenção! Você quer mudar isso?!

- Sim! -ele pensou. - Salve meus amigos!

- Ascenda as chamas do tempo! - a voz parecia ficar mais distante. - Mas lembre-se que se fizer isso, irá desaparecer da vida de todos aqueles que já te conheceram.

- Eu não me importo, apenas quero salva-los, eles não merecem isso, É TUDO CULPA MINHA! - Zen não aguentou se segurar e então gritou o mais alto que pode.

Juhanon não conseguiu entender o que tinha acontecido, quando percebeu seu laboratório estava em chamas e desabando, as crianças haviam desaparecido assim como o Unknown, ele não teve tempo de salvar nada pois tudo explodiu, inclusive o próprio Juhanon.

 

Zen estava caído no meio da floresta, suas roupas estavam chamuscadas assim como toda a grama ao seu redor, ele procurou imediatamente pelos amigos mas não encontrou ninguém, levantou-se meio tonto, andou desequilibrado até uma árvore onde se apoiou. Alguns minutos depois o som de um automóvel grande, ele não teve forças para seguir mas por entre os arbustos ele viu o ônibus escolar passar pela pista a quase cem metros a sua frente.

- Você conseguiu. - uma voz grave surgiu atrás dele. - Salvou seus amigos.

Zen virou-se rapidamente e levou o segundo maior susto da sua vida, um coelho com quatro vezes o seu tamanho estava parado o observando, o garoto tentou gritar mas não tinha forças o maior movimento que conseguiu fazer foi cair de bunda no chão e produzir um som estrangulado com a garganta.

- Então você é o espírito do fogo. - disse o coelho dando um... sorriso de roedor (?) - Bom, vai demorar um pouco para entender mas não estará sozinho. 

O grande roedor apontou para trás e Arele estava caída inconsciente, ao redor dela as árvores estavam caídas e a grama criava um desenho de espiral em volta da garota, era como se um tornado tivesse se formado ali.

- Bom... meu nome é Unknown, sou um caçador de demônios, agora pareço ter me transformado em um... mas enfim, o importante é que você e seus amigos acabaram de salvar o mundo, por enquanto. Não faço a mínima ideia de onde os outros dois foram parar, só espero que estejam bem, meu assistente pessoal está chegando, levarei vocês para a central e se for do interesse de ambos, irei treina-los para se tornarem os melhores caçadores de demônios da Terra!

Zen não sabia como reagir, tudo aquilo parecia um de seus sonhos psicodélicos, será que havia algum tipo de droga no lanche que o garoto comera antes de sair de casa? Não deu tempo de pensar em uma resposta pois uma serpente gigante brotou da terra, e esse foi o terceiro maior susto da sua vida, agora ele conseguiu gritar mas ainda estava tonto para se levantar e sair correndo, então a tentativa fracassou miseravelmente quando ele caiu de cara na grama.

No topo da cabeça da serpente um garoto se ergueu ficando em pé, ele vestia um colete preto sobre uma camisa listrada, calça jeans escura, as mãos eram cobertas por meia-luvas, a frente de seus olhos ele ajeitou o óculos e em sua cabeça repousava um gorro cinzento. Ele riu ao ver a reação de Zen e saltou de cima da serpente caindo como um ninja no chão.

- Meu Deus do céu! - o garoto se espantou ao ver o coelho. - Você é um roedor!

- Cale a boca Ronan, apenas nos leve daqui. - resmungou o coelho.

- Para que a pressa Supremo Coelho? Deixa eu me apresentar. - disse o garoto zoando com o felpudo. - Olá, eu sou Ronan, espírito da vida, segunda extensão do elemento terra... em resumo eu posso dar vida a qualquer coisa que eu quiser, essa cobra aí atrás de mim é feita de argila... legal não é? 

Zen encarou sem expressão o outro garoto e pensou que teria um looooooongo dia pela frente.

 

De volta a realidade atual, Zen e Aurele estavam muito assustados pois se o que o Supremo Coelho falou era verdade, o mesmo experimento que transformou Unknown no roedor que hoje é chefe deles, iria transformar os outros espíritos elementais em criaturas do mal antes mesmo que a dupla pudessem encontra-los.

- Entendi... ah meu Deus! - Aurele arregalou os olhos e se virou para o amigo. - É por isso que não conseguimos encontrar outros membros... os ovos de demônios já estão dentro deles, inibindo suas forças e se alimentando de sua energia vital, por isso aquele garoto não renasceu...

- Se isso for verdade... então... - o garoto coloca a mão em um dos bolsos e retira uma pequena cenoura azul. - Um dos espíritos da água esta morto...

- Encontrei! Encontrei! Encontrei! - Ronan entra na sala correndo, uma espécie de câmera com asas o segue. - Água e Terra!

- Espera... - Zen murmurou para Aurele. - ... ele também está na missão?

- Parece que sim. Ele é um dos melhores rastreadores e é o braço direito do Supremo Coelho, não me impressiona estar agindo sozinho.

- Sim, mas agora vocês serão um trio. - disse o chefe. - As coisas estão piorando e temo que os próximos demônios sejam mais fortes que qualquer outros que vocês já tenham enfrentado.

- Vai ser uma honra ter você na equipe Ronan. - disse Aurele.

- Sim! - Zen confirmou estendendo a mão.

- Deixem a formalidade para depois. - o Supremo coelho levantou segurando a câmera que até então estava seguindo Ronan e mostrou a foto dos alvos.

Aurele e Zen recuaram um passo e arregalaram os olhos, eram eles.... o garoto e a garota que apareciam como silhuetas em seus flash backs.

 

 


Notas Finais


Continua...


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