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História Unlucky - 20 - Tenebris


Escrita por: myunglovyz

Capítulo 20 - 20 - Tenebris


YooJung:

Só havia uma palavra capaz de definir meus sentimentos naquela manhã ensolarada: Medo. Meu aniversário se aproximava e até então, eu não consegui nem ao menos uma pista decente para acabar logo com essa maldição e isso me deixava angustiada, porque toda essa insanidade de maldição, estava começando desde agora com Minhyuk me ignorando — na verdade, o que eu sinto — e minha mãe forçando um amor que eu não tenho por Taeyang. 

Suspirei fundo ao encarar meu reflexo no espelho, enquanto ajeitava as mangas de meu uniforme. Eu teria que encarar a fera que se instalava justamente na minha sala. Peguei meus pertences e segui com passos curtos e calmos, na tentativa de acalmar meu coração que parecia acelerar de uma forma assustadora. Parei no corredor, ao perceber que meu nervosismo não me deixaria passar pela aquela sala despercebida, desse modo, coloquei a mão no meu peito sussurrando para que ele se acalmasse, como se aquele órgão pudesse escutar o que eu dizia. Mas apenas continuei minha caminhada. 

— Bom dia, querida. — Foi o que ela disse assim que me viu no último degrau e eu apenas estranhei. — Dormiu bem? Vamos, venha tomar seu café! Hoje tem aula com o MyungJun, não é? Precisa estar forte para a educação física. — Seu sorriso era estranhamente meigo e ao mesmo tempo, perverso. 

Era como se ela não se lembrasse de nenhum fato acontecido naquela noite anterior, mas algo dizia dentro de mim que aquilo era realmente verdade. Ela não era assim. Minha mãe sempre me apoiou independente de tudo, mas ela estava se tornando minha pior inimiga com suas ações. Eu apenas neguei com a cabeça e agradeci com reverência, podendo seguir meu caminho até a escola. 

Levei um susto quando uma mão me puxou para um beco que ficava aos fundos da escola, eu certamente iria começar a gritar se não tivesse visto que era Minhyuk ali, tampando minha boca para eu não pedir socorro, enquanto sua outra mão segurava meu pulso. Eu ainda estava assustada, pois quem faz esse tipo de coisa com uma pobre garota indefesa? Exatamente, pervertidos. 

— Okay! Você venceu... — O maior disse assim que me soltou, começando a andar de um lado para o outro. O encarei confusa e sem expressão, afinal, o que ele queria dizer com aquilo? Ele continuou a caminhar em círculos, enquanto suas nãos batiam uma contra a outra. Ele me parecia nervoso, mas logo me encarou. — Eu irei te ajudar, YooJung. 

— Oh... Sério? — Perguntei desacreditada, afinal, o que levaria Minhyuk a mudar de idéia? 

— Sua mãe é assustadora. Sra. Choi me fez perceber uma coisa: Ela não vai te deixar em paz, enquanto você não tiver um relacionamento com Taeyang. — Ele continuava nervoso enquanto dizia aquilo.

— O-o que quer dizer com isso? 

— Namore com Taeyang. — Meus olhos se arregalaram e a minha expressão era completamente assustada. Eu não estava acreditando que ele estava me pedindo isso, era algo praticamente impossível. Eu detestava Taeyang com todas as minhas forças e seria difícil tê-lo como namorado. Mas antes que eu pudesse contestar alguma coisa, Minhyuk já havia me abandonado ali. 

MinJee:

Final de basquete em uma outra quadra, numa outra escola. Uma área totalmente desconhecida por mim e só havia uma parte do colégio ali, pra acompanhar meu jogo. As pessoas se perguntavam como KyungHee com um altura tão inferior aos outros jogadores conseguia se destaca. Aquele personagem certamente era meu orgulho. Meu cabelo estava extremamente curto, porque em jogos eu não poderia usar uma blusa com toca e pra falar a verdade, a corajosa MinJee estava se sentindo estranha por causa daquilo e pela primeira vez em anos como KyungHee, eu estava com medo. 

Olhei ao redor enquanto vestia meu uniforme, eu certamente não queria me trocar ali no meio dos caras, principalmente se algum deles avistasse um seio coberto pela faixa que me apertava. Apenas respirei fundo e fui para o banheiro, certamente, KyungHee não gostava de vestiários. 

[…]

Nervosa. Essa era a palavra que se encaixava melhor para o meu estado emocional naquela fila para entrar em quadra. O pior de tudo foi quando pude entrar e observar os meus dois maiores pesadelos, ou melhor, as duas pessoas que em hipótese alguma poderia estar ali: ChanHee e Sohye. O motivo? Eu tinha sentimentos por Chani e ele era a única pessoa capaz de me desconcentrar e Sohye sabia sobre o meu disfarce e era muito desatenta. Com certeza gritaria “Vai MinJee!”

Entrei na quadra de cabeça baixa, enquanto contorcia meus músculos do pescoço ao máximo possível para não ser descoberta, afinal, quando você é uma pessoa rápida, é impossível olhar para o seu rosto com precisão, mas como não poderia sair correndo naquele momento, apenas continuei com a minha cabeça baixa. Mas algo me chamou a atenção. Um grito inesperado pelo meu nome, me fizera perceber que estava em uma completa enrascada. A voz masculina gritara MinJee repentinamente. 

— Espera! — Era ChanHee. Ele gritou e naquele momento, a música parou. Pude perceber que ele descia a arquibancada, dessa forma, parou em minha frente e meus olhos, varreram pelo seu rosto, mas logo abaixei o olhar. — Você é incrível, MinJee.

— O-o que está falando? — Engrossei a voz, enquanto olhava para o chão. 

— Vocês não deviam deixar uma garota entrar na equipe. Tem noção de que uma garota é melhor do que todos esses seus jogadores de merda? — ChanHee brigou com os tecnicos que estavam observando de longe o acontecimento, juntamente com uma arquibancada cheia de adolescentes enfurecidos por KyungHee. 

— Só pode haver um engano... Esse é KyungHee. 

— Não. Ela é MinJee! 

Fora naquele momento que eu não consegui mais prestar atenção em nada. Estava sendo sugada por um submundo, que só eu poderia enxergar naquele momento. Era uma garota. Ela estava vestida com o uniforme da escola, enquanto caminhava nas ruas de Seul com um livro velho em mãos, escrito em letra cursiva a palavra da língua latina “Tenebris”. Era um livro de magia muito famoso e procurado na Coréia, mas por algum motivo aquilo estava com a garotinha indefesa que parecia feliz ao saltitar com o livro em mãos. 

Eu já estava inconsciente.



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