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História "Unmei" - "Unmei XV"


Escrita por: AloneMinHae e AloneMinMoon

Notas do Autor


Olá pessoas!!!
Tudo bom? Acho que vou tentar atualizar todo sábado ou domingo! Ainda não sei direito!! Mas espero que eu consiga!!
Vejo vocês logo logo, e espero que gostem! O desenho abaixo foi feito por mim e colorido pela maravilhosa @tkookluv, espero que gostem!!

Capítulo 15 - "Unmei XV"


Fanfic / Fanfiction "Unmei" - "Unmei XV"

                       H •◦⊰◊⊱•◦S

Eu sabia que as coisas não se resolveriam imediatamente após começarmos a nossa "missão", mas não esperava que as coisas acontecessem tão lentamente, praticamente durante o primeiro mês, seguimos pelo caminho que eu indiquei, e apenas passamos por várias cidades e vilarejos, e hoje era o dia que passaríamos pela fronteira, finalmente estaríamos fora de Harutsu, e eu estava ansioso.

A fronteira ainda estava um pouco longe, mas não tenho dúvidas que nesse ritmo chegaríamos ao anoitecer, de acordo com Iwaizumi viajar pela noite era muito perigoso, portanto a maioria das vezes acampamos, e como era de se esperar, eu não tinha muito o que fazer, enquanto Iwaizumi e Oikawa cuidavam da nossa segurança, e de guiar a carroça, Yamaguchi e Tsukishima pareciam estar em lua de mel, toda hora trocando carícias.

E quanto ao Kageyama, este parecia dormir de cinco em cinco minutos, apenas acordava para comer, a minha única companhia era Nagi, um lobo enorme, que parecia me entender mais do que os demais à minha volta, estava bem cedo quando acordei, a manhã mais fria do que o normal indicava que estávamos cada vez mais perto da fronteira, ou que apenas choveria logo.

– Vamos fazer uma parada, tem um vilarejo à frente.- Oikawa fala calmo, olhando para dentro da carroça.- O casalzinho meloso aí atrás vem comigo fazer compras.

– E o Iwaizumi?- Pergunto curioso, e o moreno mais velho faz um bico.

– Iwa-chan quer ver se os cavalos estão bem com algum médico.- Oikawa nos responde, e então sorri.- Você pode sair com o principezinho dorminhoco.

– Acho que tenho mais chances de sair com o lobo.- Acaricio a pelagem escura do animal, recebendo um pequeno sorriso do guarda.- Vou tentar acorda-lo quando a carruagem parar.

– Não vai ser necessário, já estou bem acordado.- Ouço a voz rouca pelo sono, e logo os belos olhos azuis estavam me encarando.

– Então vamos juntos à cidade! Vamos passear, você só fica aí dormindo o dia inteiro.- Reclamo com o moreno que revira os olhos.

– Tudo bem.- Sorrindo, eu espero a carruagem finalmente parar, e assim descemos.

Não demoramos para nos separar dos demais, enquanto os três iam mais à frente olhando os suprimentos para comprar, eu estava perdido nas lojinhas do pequeno mercado, as pequenas barracas tinham donos simples, porém sorridentes, e todo aquele mercadinho tinha um ar confortável, tantas coisas novas que eu nunca havia visto, tantas coisas que me chamavam a atenção, me sentia uma criança em meio a uma loja de brinquedos.

– O rapaz bonito gostaria de experimentar uma nova receita de biscoitos?- Uma senhorinha me parou, e eu sorri, estava inclinado a não aceitar a proposta, já que não tinha uma moeda comigo.

– Se quer apenas pegue, eu pago.- O moreno fala calmo, e eu suspiro, aceitando um dos biscoitos que a moça me oferecia.

– Experimente um pedaço!- Falo com os olhos arregalados, nunca havia comido biscoitos que derretessem na boca.- É  realmente maravilhoso.

– Eu não gosto de doces.- O moreno reclama, mas mesmo assim aceita o pedaço do biscoito.- É realmente uma delícia.

– Fico feliz que tenham gostado meninos.- A moça sorri, e eu me viro para Tobio com um olhar pidão.

– Pegue o quanto quiser.- O moreno revira os olhos, pegando o dinheiro em seus bolsos.

– Obrigado.- Agradeço depois de ganhar dois pacotes de biscoitos, e depois de agradecer a senhorinha, seguimos pelo mercadinho, eu sentia como se fosse um encontro, mesmo que nenhum de nós tenha deixado claro.

                      Q •◦⊰◊⊱•◦T

Ainda estamos andando pelo mercadinho, Tobio me comprou além dos biscoitos, alguns doces, também almoçamos juntos em uma taberna popular, e foi a primeira vez depois que começamos a nossa missão que o vi sorrir, e agora estamos voltando de mãos dadas para onde a carroça estava, e foi no exato momento que Tobio soltou minha mão enquanto passávamos por alguns homens que carregavam madeira, que uma senhorinha me segurou, era baixinha, tinha olhos azuis, a pele clarinha, os cabelos grisalhos presos em um coque, e um sorriso doce em seus lábios.

– Posso ler a sua sorte querido?- Sorrio para a senhora, que agora eu sabia ser uma cigana.

– Claro, não vejo problema.- Estendo minha mão para a moça, e começo a procurar meu namorado com o olhar.

– Suas linhas são bem marcadas, sempre foram assim?- Ela pergunta sem me olhar, e eu paro um pouco para pensar a respeito.

– Desde que me lembre sim.- Meu namorado para ao meu lado, e a moça sorri para ele, ela passa seus dedos sobre as linhas em minha mão, e de repente arregala os olhos, soltando minha mão bruscamente.

– Saiam deste vilarejo o mas rápido possível.- A cigana fala com a voz trêmula.

– O que disse?- Pergunto, mesmo tendo total certeza de que havia a escutado perfeitamente.

–Tenho certeza que ouviu perfeitamente rapaz, saía desse vilarejo, o mais rápido possível, e nunca mais volte.- Ela me encara com um ar superior, e eu sinto as mãos de Tobio em minha cintura.

– Vamos embora, agora Shouyou.- O moreno praticamente me puxa para longe da mulher.

– O que foi isso?- Pergunto baixo, e o mais velho apenas me encara.

– Eu não faço ideia, mas não sinto algo bom desde que entramos na vila.- As mãos do meu namorado me apertam com força, e eu me aproximo mais ainda do seu corpo.

– Apenas vamos embora.- Sussurro para o moreno, me encolhendo no seu abraço, nosso diálogo acabou ali, caminhamos apressadamente até onde os outros estavam, eu resolvi ficar perto de Tadashi, e assim eu lhe contaria o que havia acontecido, mas algo dentro de mim estava alerta,quem era aquela mulher.

                      Q •◦⊰◊⊱•◦T

– Então essa mulher que você nunca viu na vida te mandou sair do vilarejo? Ela sabe quem vocês são?- Oikawa pergunta assim que termino de contar o que havia acontecido, estávamos sentados em frente a fogueira, enquanto comíamos eu resolvi contar tudo aos mais velhos.

– Eu não carrego nada que mostre que sou um príncipe, e em momento nenhum disse meu sobrenome, tão pouco o do meu noivo.- Falo calmo e pensativo, aquela mulher não me conhecia, certo.

– Isso é um claro sinal de que devemos ir embora antes que algo aconteça, antes do sol nascer vamos embora.- Iwaizumi fala rápido, e quando ele ia se levantar, um barulho à nossa frente os deixa alerta.

– Eu já não aguento andar tanto como antigamente.- Uma voz baixa soa, e logo Iwaizumi e Oikawa estavam com as espadas apontadas para a mesma senhora de antes.- Meninos abaixem as armas, eu sou apenas uma senhora.

– Não sabemos quem você é, nem o que pretende fazer.- Iwaizumi fala dando alguns passos para frente.

– Eu sou uma humilde cigana e curandeira, e eu vim falar com os príncipes.- A mulher se aproxima, sorrindo.- Me desculpe pelo ocorrido no mercado vossa alteza, não queria correr o risco de mais alguém ouvir o que tenho a lhe dizer.

– Como sabe quem nós somos?- Pergunto baixo, e a mulher volta a sorrir.

– Eu li na sua mão, as linhas não mentem.- Seu sorriso desapareceu e ela me encarou.- Eu realmente preciso falar com você querido, a sós.

– Tudo bem.- Me levanto, e sinto a mão de Tobio segurando a minha com força, eu o olho, sorrindo.- Tá tudo bem, nada vai acontecer.

– Se você demorar mais de dez minutos eu vou te buscar.- Ele avisa me soltando, e eu caminho até onde a moça estava.

– Obrigada por me escutar.- A senhora fala assim que nos afastamos suficiente dos demais, eu ainda podia vê-los bem.

– Eu não tenho motivo para não escutá-la.- Sorrio, e a moça segura minha mão.

– Alteza, sei que parece estranho uma mulher aleatória vir te falar algo, mas quero pedir encarecidamente que não acredite que o amor possa resolver algo, maldições e feitiços não podem ser resolvidos por paixonites.- Ela acaricia minha mão e eu a encaro.

– Eu não espero que o amor resolva alguma coisa.- Falo calmo, e ela volta a sorrir.

– É bom escutar isso, eu tenho algo para te dar.- A senhora retira de seu bolso um amuleto, era redondo, com fios amarrados, não havia nenhuma escrita no mesmo.- É para proteção, carregue sempre perto ao seu peito.

– Eu não acho que precise.- Tento negar mas a senhora apenas o coloca em minha mão.

– Proteção nunca é demais.- Ela sorri, e antes que falasse algo, meu noivo aparece ao meu lado. 

– Já demorou demais.- Ele acaricia meu cabelo, e eu sorrio.

– Eu me despeço de ti aqui alteza, porém ainda tenho algo para te falar príncipe.- Ela encara Kageyama com o olhar tenso.

– Eu vou indo então.- Me solto do moreno.- Não demore.

– Não vou demorar.- O moreno me dá um beijo na testa e assim eu me afasto, ela provavelmente lhe daria um amuleto também.

                         K •◦⊰◊⊱•◦T  

– O que quer me dizer?- Pergunto assim que meu ruivinho se afasta. 

– Se não ama o garoto, quero que o deixe.- Eu reviro meus olhos, e a encaro.

– Não irei me afastar dele, só porque você quer.- Me viro para seguir até onde os outros estavam, mas a mulher segura meu pulso.

– Eu consigo ver em seu olhar, você não o ama!- Ela quase grita, e eu volto a revirar os olhos já impaciente.

– É  claro que não o amo, eu o conheço a menos de alguns meses.- Me solto da mais velha, a encarando.- Ele também não me ama.

– Se você não ama-lo de verdade, então apenas o deixe morrer, não o iluda.- Ela fala mais uma vez, e agora eu tinha certeza de que não gostava dela. 

– Não vou deixa-lo morrer, mesmo se não chegar a ama-lo, ainda sim irei salva-lo.- Dito calmo, e olho para a mesma.- Não volte a aparecer na minha frente.

– Eu não pretendo garoto.- Ela de afasta e volta a me encarar.- O coração daquele garoto não pode te pertencer, esse é o único aviso que lhe dou.

– Mas o meu pode pertence-lo, e eu não preciso de mais nada além dele.- A encaro uma última vez.- Eu só preciso do Shouyou.

– Mesmo que não seja suficiente?- Perguntou.

– Por ser ele já é o suficiente.- Me viro seguindo para longe da mulher, eu não precisava escutar dela o que fazer, eu vou dar um jeito em tudo, nem que custe a minha própria vida.

                        •◦⊰◊⊱•◦



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