1. Spirit Fanfics >
  2. Unpredictable Love - Zurena >
  3. Petals

História Unpredictable Love - Zurena - Petals


Escrita por: msmorrilla

Notas do Autor


Oi gente.

Então, eu apaguei e reescrevi esse capítulo umas 4 vezes, porque parei pra pensar no rumo que eu estava dando pra história.
Desde o começo eu não queria que fosse uma história de apenas um envolvimento qualquer. Eu queria que as personagens fossem complexas (por mais que não se passasse no mesmo contexto de Vis a Vis, queria trazer isso das duas na série. Porque simples é a única coisa que elas não são) e que o relacionamento construído gradativamente entre elas fosse também constituído por essas mil camadas ( que só na Zulema, a gente já encontra, kkkk). E também queria que houvesse um conteúdo ocorrendo ao redor desse envolvimento, e daí vem o Serial Killer e todos as situações envolvendo isso, que tento ao máximo deixar com que tudo fique bem amarradinho e com sentido, e acima de tudo, que não fique entediante.
Enfim, algumas horas eu acho que eu consegui. Algumas não, mas a gente finge que não rolou nada e segue escrevendo.
Enfim, falei tudo isso pra agradecer todos os comentários sobre a história ou de incentivo pessoal, eles e a repercussão dos favoritos são pura representação de apoio e de que vocês estão lendo e gostando, e na maioria das vezes é o que me faz voltar a escrever e postar aqui, mesmo que a vida esteja uma correria sem fim.
Enfim, vamos lá:

Capítulo 21 - Petals


Zulema's POV

Acordo com o rotineiro espaço ao meu lado da cama vazio. Assim que abro os olhos vejo que realmente estou na cama de Macarena, e que ela não está ao meu lado, levanto-me com calma e me visto com a roupa que ela tinha deixado em cima do colchão: um shorts preto e uma camisa xadrez azul. Não me olho, apesar de saber que provavelmente a roupa não cairia tão bem em mim quanto caía em Macarena, por ser um estilo que combinava muito mais com ela. Observo através das cortinas e vejo o sol nascendo em meio a neblina, era cedo, Macarena provavelmente estava fazendo café e eu só tinha acordado por sua falta na cama. Suspiro ao lembrar de ontem, de nossa noite, nossos corpos, nossos olhares conectados durante minutos infindáveis. Tento tirar esses momentos de minha mente, não saberia como seria depois disso ter acontecido. Depois de ir ao banheiro, saio do quarto, indo com calma até a cozinha. Onde confirmo que Macarena estava fazendo o café. A loira se encontra colocando a mesa e assim que me vê entrar no cômodo, me espera chegar perto. Paro na pia, me encostando no balcão

- Não acredito que já acordou - ela diz calmamente, enquanto se aproximava alguns passos, posso sentir sua prudência

- Senti que não estava mais na cama - falo e logo a loira me encara sorrindo

- Sentiu minha falta na cama, então? - ela pergunta brincando. Rio baixo e logo me pronuncio

- Não foi bem isso que disse, mas pode entender como quiser - falo olhando-a com desdém. Apesar de tudo, não aceitaria perder em uma provocação

- Não perde uma - ela diz e respondo-a com uma piscada, logo a loira me olha e indica para que eu me sente em uma das cadeiras, assim o faço e ela se senta em minha frente. Macarena havia feito café e uma salada de frutas para cada uma de nós - podemos conversar sobre ontem? - ela pergunta respirando fundo

- Sobre o que aconteceu quanto ao Invisível? Ou sobre... - indago olhando-a e respirando fundo quando sou interrompida por Macarena, sem nem findar minha frase

- Os dois, mas primeiro sobre o que aconteceu quanto ao Invisível - Macarena diz - porque Peter Paul em seu plano de fundo? - ela pergunta sobre a imagem que o homem havia deixado como imagem de fundo de meu notebook

- "A Queda dos Condenados ", você deve saber que também é chamada de 'A Queda dos Anjos Rebeldes' ou 'A Expulsão dos Anjos Caídos'. Os corpos nus sendo jogados pelo anjo representam a queda para o Inferno - eu explico enquanto a loira me olha com atenção - Cristo, nessa representação, de forma incomum, carece da imagem de salvador. Já que lança os sujeitos 'caídos' da luz para o inferno - completo e Macarena concorda com um manear de cabeça, comíamos entre nossas falas

- Está representando o que ele está fazendo - ela diz e confirmo com a cabeça

- Sim, de alguma forma ele está levando essas pessoas caídas, ou condenadas, em sua visão, para o que merecem. Tirando elas da luz que é o mundo, o lugar ao qual não pertencem, e dando o que lhes é merecido - digo

- Então é bem provável que realmente use os sete pecados capitais - ela retoma o que já havíamos conversando

- Sim, já conclui que ele realmente não vai ser criativo como eu pensava - digo

- E porque 'O Escorpião'? - Macarena pergunta sobre a dedicatória e tiro meu olhar do seu no mesmo instante. Respiro fundo antes de falar desse assunto

- Hanbal me chamava assim - digo sobre o apelido pelo qual meu falecido marido um dia me tratara em uma brincadeira, e era usado por ele em momentos bons. Hanbal não era uma lembrança problemática em si, para mim, já que nosso casamento e ligação eram ótimos. O que me assombrava era como ele teve fim, o acidente, e a morte de Pedro. Se simplesmente tivéssemos nos divorciado, ou nunca tivessemos tido um filho, seria um sentimento completamente diferente em mim. O apelido, porém, agora me marcava de forma ruim por aparecerem diversas vezes em meus sonhos, relacionados ao acidente e outras coisas do gênero - ele levou meu caderno de sonhos, onde eu costumava anota-los, assim que acordava deles. É um ótimo jeito me livrar das imagens em meus pensamentos e também me entender mais. E por isso ele soube do apelido, e tudo mais o que escreveu, além de provavelmente estar nos observando antes de Hierro chegar - digo e vejo Macarena suspirar, apoiando sua cabeça em suas mãos, que massageavam suas têmporas

- Eu...em tantos anos, ainda não me acostumei com esses tipos de mente - ela assume

- Me desculpe, novamente, não precisava ter passado por isso. Essa invasão de privacidade, sinto muito de verdade, provavelmente está se sentindo violada...- falo com calma, enquanto gesticulo com as mãos porém logo sinto uma das de Macarena segurar a minha e colocar junto a dela em cima da mesa. Olho-a quase que instantaneamente e ela retribui meu olhar, acariciando meu pulso

- Não é sua culpa, esqueça o que disse, não tem nada a ver com você. E sim com ele - ela diz com calma e concordo com a cabeça, olhando nossas mãos juntas em cima da mesa - sobre nós...- ela começa, parecendo aproveitar o momento - preciso saber se ainda está com o mesmo pensamento de que não pode se envolver e que vai se machucar, e assim entenderei que a noite de ontem foi apenas uma vontade momentânea...- ela começa a dizer e interrompo-a

- Não foi apenas uma necessidade ou vontade do momento, e o que disse ontem também não foi motivado somente por isso - falo sobre minha frase, e só de lembrar, suspiro de tensão, tentando não me arrepender do que havia dito. Macarena sorri e solta o ar com calma

- Isso é ótimo - ela diz. Soltamos nossas mãos com calma, e terminamos o café, apenas trocando olhares - vou te levar para a delegacia, e vou para o trabalho também, me ligue, qualquer coisa que aconteça ou precise - ela diz, depois de limparmos a mesa, enquanto deixava algo na pia. Quando a loira vai passar por mim, seguro-a por sua camisa e logo aproximo-a do balcão, colando meu corpo no dela. Não falo nada, apenas olho-a nos olhos e logo colo nossos lábios. Macarena explora meus cabelos enquanto apoio meu corpo completamente no seu, apoiado no balcão, passeando minhas mãos por seu corpo. Cada sensação que me tomava, e eram um tanto novas para mim, se tornavam diferentes a cada vez que beijava Macarena. Paramos de nos beijar por falta de ar

- Você fica linda com as minhas roupas - ela diz em meu ouvido, enquanto passa uma de suas mãos por minha cintura

- Eu acho que você fica bem melhor - respondo-a, a loira sorri e balança a cabeça negativamente - vamos, temos que nos arrumar - digo. Subimos para o quarto de Macarena, a loira se troca sem nenhum problema com minha presença no quarto, porém ao perceber que eu havia propositalmente me entretido com as anotações que teria feito ontem sobre o caso, depois de vestida, me dá espaço para que fizesse o mesmo, me deixando livre para que escolhesse qualquer roupa que desejasse. Assim faço, me visto com uma calça gelo e uma camisa preta, salto e blazer de mesma cor da camisa. Tentava escolher as peças mais chaves, simples e que me caíssem bem, do armário da loira, já que claramente qualquer um que me olhasse poderia notar a diferença. Após ter pegado meu celular e ter tirado uma foto do que havia anotado, me dirijo para onde Macarena estava, já que tínhamos que sair, e a loira me observa assim que me aproximo. Seus olhares são suficientes para que um sorriso pequeno nasça em meus lábios, logo me aproximo dela

- Você está ótima - Macarena diz me olhando e eu olho-a sorrindo de leve - vamos - ela diz e assim saímos de seu apartamento. O caminho até a delegacia se passa rapidamente e aproveito para observar Macarena a cada momento que podia, a loira estava com uma calça jeans e uma camisa branca, e conseguia ter uma leveza indescritível. Sua beleza chamava meus olhos para cada pinta, cada linha, cada detalhe de Macarena e tento afastar o pensamento de que poderia observa-la por horas infindáveis - me mande mensagem quando acabar seu horário, provavelmente vão acabar as coisas na sua casa entre hoje e amanhã, não? - ela me pergunta calmamente, assim que Macarena estaciona e eu concordo com a cabeça - venho te buscar, acho que acabamos juntas - ela completa

- Eu realmente posso pegar um táxi - falo e Macarena apenas me olha

- Só me mande uma mensagem - ela diz e sorrio de leve, concordando com a cabeça

- Tudo bem - falo olhando nos olhos de Macarena. A loira leva uma de suas mãos em meu rosto e deito minha cabeça nela, logo nos aproximamos e colamos nossos lábios com calma

- Tenha um bom dia - Macarena diz ao nos distanciarmos e lhe respondo da mesma forma, antes de sair do carro, olhando uma última vez em seus olhos. Respiro fundo e não olho para trás, até entrar em meu local de trabalho. Passo pela sala de Saray antes de ir para a minha

- Bom dia - digo no parada no batente e logo minha amiga me olha, se levantando - alguma coisa de lá de casa? - pergunto né aproximando, levemente tomada pela ansiedade e vejo Saray acenar negativamente com a cabeça, me deixando um pouco apreensiva

- Como você está? - Saray pergunta andando ao meu lado, enquanto entrelaçava seu braço no meu em puro sinal de preocupação

- Eu estou bem, agora, acho que estou bem - respondo-a com sinceridade e a morena me olha

- Eu imagino - ela diz, e significava que ela sabia que estava sendo difícil

- Me preocupo com Macarena - confesso baixo

- Ela ficou mal? - Saray pergunta quando entramos em minha sala

- Não está acostumada com essas invasões de serial killers em sua vida. Não que qualquer um de nós esteja, mas não é o trabalho dela que pode acarretar isso, foi por culpa minha. E sei que ela deve estar nervosa quanto a isso, e não demonstrou porque eu estava tensa com o que tinha acontecido, isso me deixa com um peso na consciência - completo

- Não fique - ela diz colocando a mão em meu ombro e logo se afastando - ela é adulta e entende isso, é difícil para ela, é difícil para você; mas se ela realmente quer ter ou manter uma relação com você, qualquer que seja, ela vai entender que isso pode acontecer - Saray diz e respiro fundo, concordando com a cabeça

- Obrigada - respondo sorrindo de leve - não estamos conversando no horário ideal - digo sobre o trabalho - mas preciso dizer. Na noite de ontem, Hierro apareceu bêbado em casa, eu estava com Macarena e já era um pouco tarde. Atendemos ele e ele dizia várias coisas sobre mim, e sobre seu interesse em mim, estava um pouco descontrolado - eu dizia e Saray seguia cada uma de minhas palavras com expressões de choque - acabei tendo que lhe socar e lhe mandar embora. Mas não fiz mais nada, Macarena ficou louca com isso também - digo adicionando o fato a noite de ontem

- Eu sempre soube que ele não era flor que se cheire - ela comenta - a loira deve estar super estressada - ela fala e ri de leve - de uma vida pacata para a montanha russa de se viver com uma pessoa que trabalha na polícia - completa, acabo suspirando, e como se Saray percebesse que eu deixava de lhe falar algo, ela se pronuncia novamente - e o que mais, hein? - sinto o seu estreitar de olhos me atingir de forma interrogativa e desconfiada e retiro meu olhar do dela

- Nós...- começo a dizer - em que grau chegamos, onde não posso ao menos ter uma vida privada? - digo ao perceber o que confessaria porém essa última frase é ignorada por Saray

- Vocês...não! - sua exclamação é alta, e fecho os olhos com sua voz, indicando para que falasse mais baixo - e Macarena é boa no sexo? - pergunta depois de segundos boquiaberta

- Eu sei que realmente quer saber os detalhes, mas isso é demais para mim - falo, e Saray, parecendo já esperar, apenas ri

- É bom que finalmente esteja explorando esse seu lado, e está gostando, né? - pergunta - só pra confirmar - ela faz a observação e concordo com a cabeça

- Sabe, vida privada - relembro e minha amiga acaba rindo novamente, me arrancando um sorriso, não conseguia falar daquilo no momento sem ficar constrangida

- Tudo bem, quando quiser comentar algo, estarei aqui - Saray diz com calma - vamos trabalhar - completa com calma e concordo com a cabeça

- Qualquer novidade me avise - digo e Saray concorda, me mandando um beijo no ar e logo saindo. O tempo se passa despercebido por mim, porém mais de uma hora depois, vejo movimentações um pouco mais urgentes que o normal fora de minha sala e já acostumada com esse sinal, saio na porta, quando vejo Saray está vindo em minha direção. Não precisamos de palavras, sabia que tudo indicava uma nova vítima. O caminho até o local é feito com pressa, e não consigo pensar em muita coisa. Outro campo, e esse me deixa boquiaberta assim que chego na área delimitada. Uma quantidade de pétalas de rosas vermelhas por uma distância quilométrica, depois de estar devidamente "vestida" com diversas peças plásticas esterilizadas, me aproximo do centro do círculo enorme de pétalas, e observo com cuidado o corpo no meio delas, até que observo seu rosto, e um detalhe

- Todas as floriculturas e qualquer lugar que venda flores ou pétalas do perímetro onde investigamos, agora - ouço a voz de um dos policiais da investigação dizer, meu êxtase era tamanho, que sua voz parecia estar a quilômetros de distância. Logo vejo Macarena parar ao meu lado, posso sentir a tontura me tomar e logo seguro em seu braço, me apoiando e desviando o olhar do corpo  da vítima, para seus olhos 

- Eu sei quem é o assassino - falo baixo


Notas Finais


Espero que estejam gostando.
Volto logo,
Fiquem bem.
- M.P


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...