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História Unreplaceable - Você surgiu na minha vida como um anjo...


Escrita por: yehunnie

Notas do Autor


Olá gente, tudo bem? Essa fanfic é meio que uma sidestory de Unsaid Things, sim sim <3 E espero que gostem, é no mesmo universo. Resolvi transformar Unsaid things na primeira de uma trilogia, agora é Unreplaceable, contando sobre a volta do nosso amado líder Teuk <3

Capítulo 1 - Você surgiu na minha vida como um anjo...


Fanfic / Fanfiction Unreplaceable - Você surgiu na minha vida como um anjo...

Nunca gostei de despedidas.

Talvez seja por isso que sempre ao invés de dizer ‘adeus’ eu sempre diga ‘até breve’ ou ‘nos vemos por ai’.

E naquele dia antes do Jungsu entrar no carro, eu apenas o abracei forte, dizendo em seu ouvido -  engolindo minhas lágrimas -  ‘Se cuida, nós nos vemos em breve.’ e aquele maldito retribuiu falando ‘Tome juízo e cuide das minhas crianças em minha ausência, afinal, você é o pai’ com um tom choroso por se manter afastado por dois anos. Ele tinha certeza que iria obedecê-lo fielmente.

Park Jungsu estava indo para o exercito naquele dia, abandonando seu nome artístico e transformando-se em um número.

Ele foi servir a pátria da mesma maneira que eu tinha feito e faria novamente se tivesse ameaças evidentes. 

________________

Vi pela primeira vez Jungsu pelos corredores da SM, com seus cabelos grandes e nariz de batata – que foi corrigido mais tarde com uma cirurgia, nosso segredo, ok? – que ele tanto detestava. Na segunda vez que o vi, entrei na sala onde ele treinava junto a um manager para chamar Kim Heechul, eu e o citado, estávamos sendo convidados a participar de um grupo que iria ser promovido pela companhia, o Four Seasons, na tradução Quatro Estações, onde cada um de nós – quatro integrantes – representaríamos uma estação, brega, eu sei. Enfim, Jungsu quando percebeu que não seria convidado para participar, demonstrou-se triste, porém, pouco liguei. Acabou o grupo acabou antes de sequer começar, a ideia era péssima e felizmente perceberam a tempo, na época fiquei deprimido, mas existem males que vem para o bem. E quem em sã consciência escolhe Kim Heechul para ser líder? Claro que não iria para frente o projeto.

Passei meses sem cruzar consigo no corredor, não que eu soubesse seu nome, mas aquele nariz era algo que realmente chamava a atenção. E nós somente voltamos a nos encontrarmos quando novamente fui chamado a participar de um grupo que seria formado, Super Junior e que Jungsu – descobri quando o manager apresentou os membros – seria o líder. Seu nariz já estava ‘corrigido’ e agora combinava com seu rosto, estava harmônico, se me entendem, parecendo um anjo e assim surgiu seu nome artístico Leeteuk. Fui obrigado a também abandonar meu nome, tornando-me Kangin sobre os palcos.

Com o passar dos anos, acabei me tornando próximo do líder, não sei explicar, gostava de conversar consigo e dividir quartos de hotel é uma excelente forma de se aproximar de alguém, vá por mim.

Foi logo após o termino da promoção da faixa It’s You, que tudo começou a debandar ao grupo. Kibum foi nossa primeira surpresa antes mesmo do lançamento de Sorry, Sorry, ele anunciou aos integrantes que não gostaria mais de participar e promover conosco, isso de fato abalou todos os integrantes, inclusive a mim. Eu sentia que o Super Junior era um forte fraco, e que a qualquer momento, se uma onda mais forte batesse, provavelmente iria ser destruído pelo mar. E logo após, nós recebemos uma noticia por nosso manager, que Hangeng estava abrindo uma ação contra a companhia. E foi a gota d’água.

Observei Kim Heechul chorar pela primeira vez. Chorar de soluçar e pedir perdão por seus erros – que sequer tinha cometido – implorando para que Hangeng voltasse. Os dois eram unidos como unha e carne, era incrível como um sabia o que o outro estava pensando. E ver logo o cara mais insensível da face da Terra chorar, me fez querer aliviar aquele medo e tensão pelos acontecimentos.

Era apenas um egoísta, no fundo com medo de perder todo o dinheiro e a fama que conquistei com o Super Junior. Eu temi meu futuro. Temi não conseguir ganhar mais dinheiro, não ser reconhecido ao andar nas ruas e não aguentando mais permanecer no dormitório observando a cara apática dos membros, eu comecei a sair e ingerir altas doses de álcool. Eu bebi como se o amanhã não existisse e no final acabava fodendo alguma vadia em qualquer canto. Tudo era muito fácil. Todas eram muito fáceis.

E meu primeiro erro foi beber, segundo foi ser flagrado uma vez e o terceiro ser estúpido e dirigir alcoolizado.

Pouco me lembro do acidente que causei, estava tão fodidamente alcoolizado, que provavelmente não estava lembrando sequer meu nome. As manchetes do jornais estampavam meu rosto no dia seguinte e eu apenas consegui rir daquela situação.

Porém, Leeteuk entrou no meu quarto com o semblante abatido que eu observava em todos os integrantes após a conclusão do processo do Hangeng – “Acabei de voltar da sede da empresa, estava em uma reunião com o presidente e alguns membros do conselho” – Por mais que sua voz tenha tentado ser firme aquele dia, eu podia escutar a agonia em suas palavras. – “Youngwoon, não consigo arrumar a merda que você fez. Todo o país está falando de você, por isso eles tomaram uma decisão” – Eu estava cansado daquela merda toda, preferia ser expulso do grupo a vê-lo em decadência. – “Você irá para o exercito mês que vem.”

Apenas consegui rir da situação novamente.

 Dizem que o exercito faz o homem, e bem... Isso é verdade.

Quando finalmente fui servir meu país, percebi que a realidade é realmente diferente a que estava acostumado, existiam companheiros meu que sequer possuíam alimentos em suas mesas todos os dias. E no meu primeiro dia me disseram ‘Não é porque você é uma celebridade, que irá ter privilégios’ e nesses longos dois anos que cresci. Foi um tempo bom, pude refletir sobre o que eu era e posso afirmar que me tornei alguém melhor. Conheci pessoas maravilhosas nesse tempo, aprendi a dar valor ao que eu tinha.

E quando eu finalmente voltei, pude ver o orgulho nos olhos do líder.

A empresa recebia semanalmente relatórios durante meu período de soldado, mas quando eu recebi finalmente o certificado de conclusão, vi um sorriso lindo nascer nos lábios do Jungsu. E um comentário vindo do Kyuhyun – “Agora você é realmente um Pai, hyung!”.

________________

Os membros estavam agitados. Ryeowook pendurou por toda a sala do dormitório faixas escritas ‘Bem-Vindo de volta Líder’ e frases similares, junto a fotos suas, além dos mais variados quitutes tinham sido preparados pela mãe do Sungmin e do Kyuhyun. Nenhum de nós foi autorizado pela empresa a ir no local onde ocorreria a dispensa militar, por ser uma área perigosa por ser perto da fronteira com o lado socialista da Coréia, assim acompanhamos pelas redes sociais a movimentação de algumas fãs que estavam perto do local. Todos de uma certa forma estavam animados, e a preparação do comeback estava bem adiantada apesar do Jungsu ainda não ter retornado, faltando apenas juntar a sua parte.

Ele sentiria orgulho de nós, do que construímos nos últimos anos.

Eunhyuk gritava algo animadamente, enquanto Siwon apenas o observava com sorriso no rosto, em uma provável ‘disputa’ entre os dois, era engraçado apesar de não conseguir entender o que estava de fato acontecendo. Eu apenas conseguia observar o relógio pregado na parede, tentando lutar contra o tempo, tentando adianta-lo. Queria apenas ver logo Jungsu, ver que ele estava bem.

- Ei – Chamou Ryeowook carregando o celular nas mãos, saindo da cozinha – Começaram a sair às fotos dele após a dispensa.

Peguei o celular das mãos do mais novo, rapidamente, ampliando com os dedos a fotografia, observando o belo anjo que ele era. Seus fios estavam na tonalidade natural, um castanho tão belo em contraste com seu rosto que tinha adquirido a tonalidade vermelha pelas lágrimas que traçavam caminhos, passando até mesmo por cima de suas covinhas, em uma sutileza tão incrível quando sua personalidade.

 Não sei por quanto tempo fiquei observando a foto no celular do Ryeowook, mas foi tempo suficiente para escutar comentários desagradáveis dos mais novos.

- Está com saudade da mamãe? – Eunhyuk comentou em tom de deboche.

E dessa vez eu não reclamei, não ameacei acabar com a raça dele, muito menos fiquei bravo. Pois era verdade, eu sentia falta dele. Assim, entreguei o celular ao dono, e roubei alguns doces da mesa tentando me manter distraído.

- Está bem, hyung? – escutei uma voz calma ao meu lado no sofá, e encarei os olhos curiosos do Sungmin me observando, acenei afirmativo para o mais novo. – Você está muito calado – Comentou mais para si mesmo. – Está animado pela volta dele, né? Ah, como sinto falta dele.

- Eu também Sungmin, eu também...

- Dentro de algumas horas ele estará aqui. A viagem é longa, você sabe. – disse se levantando do sofá, e eu observei Kyuhyun caminhando em nossa direção, até que ele abraçasse o menor e depositasse um leve selar em sua bochecha. – Mas hyung, so relax and be cool. – recitou um trecho de Swing, foi impossível não rir.

Foi realmente estranho quando descobrimos que KyuMin era de fato real. Se bem que depois do episódio em que o Sungmin sumiu no hotel que estávamos hospedados no Japão, e só retornou quando o maior lhe resgatou, tive minhas dúvidas. Mas foi estranho. Sei lá, são dois homens se pegando, embaixo do mesmo teto que eu vivo e eles participam do mesmo grupo que eu, novamente repito: estranho. Claro que quando eles abriram o jogo frente aos outros membros, alguns – digo Heechul – gritaram ‘Até que enfim, e outros deram felicidades ao casal; mas todos nós sabemos, até mesmo o casal, que é impossível nos acostumarmos com a situação de um dia para o outro, assim, eles se mantém discretos. Não me entenda mal, mas é que fomos criados em um país extremamente homofóbico, é complicado abandonar aquela linha de pensamento de ‘É errado amar pessoas do mesmo sexo’ do dia para noite, é algo que está enraizado na população.

- Achei legal contarem para o grupo sobre o relacionamento de vocês – comentei com falso desinteresse, recebendo a atenção do casal. – Deve ser complicado, não?

- Eu achava que seria – Kyuhyun começou dizendo, abraçando o menor por trás, deixando seu queixo no ombro dele. – Mas não é. É como qualquer outro namoro, sabe? Mas é mais fácil de esconder da mídia, e se cometermos qualquer deslize, podemos falar que é fanservice.

- O único problema é que uma briga nossa pode prejudicar o grupo, porém, conversamos sobre isso e combinamos que caso venhamos a terminar ou até mesmo se estivermos brigados, iremos nos tratarmos como profissionais, pois vocês não devem sofrer nossas consequências. – disse Sungmin sorrindo. – Mas duvido que isso vá acontecer, nossas brigas acabam rápidas demais.

- Deve ser bom viver apaixonado. – bufei, nunca de fato tinha me relacionado seriamente com alguém, nunca tinha amado alguém. – Chega a ser cômico eu cantar músicas falando sobre amor e não conhecê-lo. – resmunguei, antes de sair de perto do casal para deixa-los a sós.

 

________________

Foi sentado em um sofá perto da janela que adormeci, ignorando todo o barulho e bagunça dos membros. Meus olhos se fecharam automaticamente, e meu corpo agradeceu pelo descanso, após a noite em claro que tive pensando sobre a volta do Leeteuk, das horas de treinos e gravações na ultima semana. Apenas adormeci.

Sabe quando você tem a sensação que está dentro de um filme? Sendo um dos personagens principais? Bem... Estava me sentindo como um daqueles mocinhos que em certo momento é capturado pelos vilões e inala alguma substancia química que te deixa desacordado, mesmo que você lute, o seu corpo não consegue vencer, fazendo que desmaie.

Eu acordei com um toque tão delicado delineando meu rosto, como uma pluma de um anjo, em um carinho tão singelo e amoroso como o amor de uma mãe por seu filho. Ao abrir meus olhos, minha visão estava embaçada, e eu pude ver sem foco seus olhos me encarando.

Tive certeza que estava vendo um ser divino, tinha certeza que era um anjo. E ele sorriu, com os dentes perfeitamente alinhados e claros, formando as suas covinhas características que não apenas eu, mas todos achavam lindas.

Tinha certeza que era o Leeteuk.

- Vejo que você foi um ótimo pai, Youngwoon. Descanse um pouco mais querido, você está exausto. – disse com a voz calma. – Estarei aqui quando acordar. – Senti meu corpo relaxar a ultima frase e mesmo sem querer, mesmo querendo abraça-lo acabei adormecendo novamente.

Ele estaria aqui ao acordar, e isso importava. 


Notas Finais


@yehunnie | ask.fm/ohhtwi


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