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História Until The Last Step - Min Yoongi (Suga) BTS - Pain


Escrita por: Helodora e Amarantho_Dreamer

Notas do Autor


Apaguei pq veio mal formatado da primeira vez.

Enfim, cá está a atualização. Também queria dizer que tem um aviso importante nas notas finais, não deixe de ler!

Vocês irão notar uma diferença nesse capítulos. Ele esta no passado, e antes era no presente. Estou testando para ver qual fica na versão final. Deixem suas opiniões se gostarem ou não

Capítulo 56 - Pain


O que deveria ser quase três horas de viagem, pareceu apenas minutos rasgados pela velocidade alta da Mercedes, com seus faróis cortando a escuridão noturna da estrada.
Os pneus escorregavam vez ou outra contra o asfalto congelado, mas eu não conseguia me importar, nem ele.


Quando Yoongi invadiu a sala da mansão, eu sabia que estávamos com problemas. Imaginei qualquer coisa, sobre tudo, algo relacionado a Jeon e sua maldita ameaça contra mim. Porém, os saltos que sustentavam meu corpo, tornaram-se cordas bambas quanto o termo mãe saiu dos lábios dele. Eu esperava tudo, menos aquilo. Mesmo com o sentimento palpitante de que algo estava errado em casa, mesmo com a desanimação pela ansiedade persistente que me invadiu por causa disso, e principalmente, mesmo com a voz robótica da caixa de mensagens gritando para mim que ninguém me atendia; mesmo com tudo isso, eu não esperava ouvir que algo tinha acontecido com Marry.

Confesso. Eu torci para que fosse alguma confusão com meu pai, e que por isso, ela teve as tão constantes dores de cabeça. Queria que se resumisse àquilo. Mas pelo jeito que Yoon agarrou meu braço, me socou dentro do carro e depois saiu a quase 120km/h pela perímetral, eu senti que não era só isso.

Minhas mãos soavam como jamais tinha acontecido antes, o que era atenuado pelo silêncio perturbador dentro do carro. O que no fundo eu agradecia, em parte por estar nervosa demais para querer falar algo, e por outra, por querer que Yoongi se focasse exclusivamente na via a nossa frente, já que era perceptível que ele estava nervoso; a face tensa e os ombros mal relaxaram sobre o banco de couro. Ele estava uma pilha. Os poucos olhares de canto me permitiram constatar isso.

Eu queria saber o que Sônia tinha falado na ligação em que avisou meu companheiro de que algo tinha acontecido com minha mãe. Mas ele guardou para sí. Se limitou apenas em me dizer que precisávamos voltar para Nova York, e era isso que estávamos fazendo. Deixamos para trás a casa de praia, a festa de ano novo, as meninas e Jensen, e até mesmo nossas coisas. Tudo na pressa de chegarmos logo.

Foi quando Yoongi pegou o acesso para a Throgs Neck Bridge que eu percebi que já tínhamos chegado em NY. Tudo em quase metade do tempo que uma viagem normal do Hamptons até "A Cidade que Nunca Dorme", levaria. As luzes que nos atravessavam avisavam-me de nossa proximidade, o que estranhamente, começou a remexer algo em meu interior, em principal, quando a placa de boas vindas ao Bronxs surgiu no topo da estrada. Nesse momento, a ansiedade acumulada resultou no excesso de lágrimas nos cantinhos dos meus olhos. Meu peito subiu e desceu ao suspirar.

— Vai ficar tudo bem...

Foi tudo que Yoongi disse ao criar um contato entre nossas vistas, o primeiro do ano, já que logo depois que ele desviou os olhos dos meus, eu constatei que já eram quase 1:30 do ano novo.

E, após longos minutos — que demoraram mais que a viagem de Hamptons até aqui — notei que Min passou da entrada no meu bairro. Não é para casa que estamos indo? Meu corpo inteiro tremeu instintivamente, e logo piorou, quando foi em frente ao Mercy Hospital que meu companheiro estacionou. Encarei a fachada sentindo cada parte minha desmoronar. Procurei por Yoongi com os olhos já enxarcados ao virar o rosto para ele. O moreno parecia tentar controlar suas emoções, mas a sombra do medo estava evidente nele.

— Tenha calma, amor. — Yoongi agarrou minha canhota assim que retirou a chave da ignição do carro. — Não sabemos o que aconteceu, então não tem porquê se desesperar.

— É justamente por não saber que eu estou desesperada. — retruquei com a voz embargada.

Ele não me respondeu nada. Abaixou o olhar e selou minha mão com um longo beijo, que mais pareceu de boa sorte, do que de consolo. Depois, desceu do carro.

Não esperei que ele abrisse minha porta como costumava fazer, fui rápida ao desembarcar e mais ainda em empurrar a porta com força demais. O som da pancada foi alto e seco, mas Yoon não pareceu se importar como sempre se importava quando eu fazia aquilo. Ele apenas estendeu a mão para mim, respirando o máximo que podia, e com calma, me puxou para dentro.

O interior do hospital estava praticamente deserto, tirando por algumas mulheres sentadas no canto e por dois rapazes que tentavam se manter conscientes, depois de tanta bebedeira. Os dois falavam tão alto, que não foi difícil entender a conversa deles. Uma conversa calorosa sobre uma tal festa e em como um amigo dos dois tinha estragado tudo ao passar mal. Não sei porque me foquei neles, mas acho que eu apenas queria fugir do que me esperava. Foi quando uma enfermeira apareceu em nosso campo de visão. Seu rosto era de pura exaustão, parecia que tinha trabalhado o dia e a noite toda, e, nos olhos, bem observadores, pairava a pergunta desanimada de qual dos dois — entre mim e Yoongi — era o bêbado da vez, que ela atenderia.

— Estamos procurando uma paciente — Yoon avisou quando percebeu que ela tinha entendido errado.

E por um momento a mulher relaxou. Agradecida, talvez?

— Nome e sobrenome — Perguntou simplista ao caminhar até o balcão da recepção onde instintivamente nós a seguimos.

— Rose Marry Porter — ditei nervosa, antes da moça começar a caçar o  nome de minha mãe na pilha de prontuários. E quando encontrou, consegui ver como ela ficou rígida. A enfermeira agarrou a folha e com um olhar indecifrável, nos pediu para que fôssemos até o consultório 6 no quarto andar:

— O médico está esperando por vocês...

Minha garganta se fechou com aquela frase. Yoongi apertou mais minha mão e eu o vi suspirar pela milésima vez naquela noite.

— Obrigado — sussurramos juntos assim que nos afastamos da mulher.

Meu ar começava a faltar e a cada passo até o elevador, eu pedia para qualquer ser divino que afastasse o pensamento terrível que tinha se instalado na minha cabeça. Quando entramos nele, larguei a mão de Yoongi e levei as duas até a cabeça, esticando, meio que sem querer, a pele do meu rosto. Meu companheiro me lançou um olhar angustiante. Eu sentia que ele queria falar algo, mas não fazia. Yoon apenas me puxou com pressa para um abraço apertado. Pude sentir ele tremia por debaixo da jaqueta de couro que cobria a camisa branca que ele sempre usava, mas que naquele dia disse que era especial para o ano novo, e eu, me encontrava igual, tremendo e fraquejando. Tanto, que sentia que a qualquer instante, eu poderia desabar dos saltos altos, por isso fechei meus olhos para aproveitar melhor o abraço.

Droga. Como eu queria estar confiante. Como queria abrir os olhos e acordar em casa, bem, segura, com minha família — que sempre se resumiu em mamãe e Sophie — ao meu lado do mesmo jeito. Mas não era assim. Eu estava fodida apenas por morar em NY e agora, minha mãe estava nesse hospital e eu não sabia o porquê, mas imaginava.

Quando a porta do elevador abriu, me separei de Yoongi, mas não consegui sair. Me senti travada perante as feições familiares. O rosto do senhor italiano e da filha se viraram ao meu encontro em automático, e, a presença deles ali, só formentava que a situação era pior do que eu imaginava.

— Lisie, querida. — O Senhor Paolinni se ergueu de sua poltrona em um salto enquanto a filha fazia o mesmo, com a diferença de que ela caminhou até mim e me agarrou assim que saí do elevador. Era estranho estar em seus braços, enxergar seus cabelos incrivelmente loiros. Tudo lembrava muito meu amigo. A mãe de Brandon me abraçava como nunca tinha feito, seu rosto vermelho fundada vez ou outra, o que me atingia ainda mais. O velho italiano precisou segurá-la pelos ombros para que ela se acalmasse. — Acho melhor você entrar, filha. — disse o senhorinha, calmo de forma firme.

Eu apenas acenei positivamente, e de forma lenta, saí rumando até o consultório. Cuja a porta, tinha uma placa de vidro identificada com o nome do Doutor Franklin Mason.

Estava determinada a segurar a maçaneta e abrir logo a porta, mas eu congelei. Só conseguia encarar o objeto metálico sem mover um músculo, apenas ouvindo, cada vez mais alto, o som das batidas e meu coração. Quase desisti por medo do que encontraria atrás daquela porta, até comecei a puxar a mão para  retirá-la da maçaneta, mas fui impedida pela outra destra que se pôs sobre a minha. A palidez é a tatuagem de rosa com ondas sonoras me deixaram claro a quem pertenciam.

Então levantei meus olhos e encontrei o rosto aflito de Yoongi, que se forçava a sorrir minimamente para me encorajar. Atrás dele, podia ver o avô e a mãe de Brandon, nos encarando temerosos.

— Juntos, okay? — ele cochichou e eu confirmei, agradecendo mentalmente por ele estar ali comigo.

Juntos abrimos a porta, chamando a atenção do médico sentado, se Sônia, e estranhamente, de Otto. Os dois seguranças se levantaram apressados de seus assentos e se afastaram da mesa do médico, nos dando passagem para ocupar seus lugares. Não consegui desviar minha atenção dos olhos vermelhos e inchados de Sônia.

— Suponho que você seja a filha da paciente. — o medico careca uniu as mãos sobre a mesa de madeira clara. Eu abanei a cabeça assim que Yoongi fechou a porta da sala atrás de nós. — Por favor, sente-se.

— Estou bem em pé — repliquei.

Mesmo que tenha soado grosseria, o homem abanou positivamente a cabeça de forma compreensiva.

— Desculpe, apenas preciso saber logo o quê está acontecendo... — me expliquei com pressa.

— Sei disso. — ele suspirou! Fazendo Yoongi fazer o mesmo atrás de mim, nervoso pela demora do médico. — Tentarei ser o mais breve, então.

— Obrigado.

— Senhorita Porter, sua mãe deu entrada no setor de emergência essa noite com fortes dores no ventre baixo e abdômen, e logo depois da primeira avaliação, fui avisado de sua condições — O médico apontou para Sônia, deixando claro que foi ela quem a trouxe para cá e que também o explicou sobre o câncer. — Por isso,  entrei em contato com a médica que a atendeu nos últimos meses e ela me deixou mais a par da situação. Acontece que o grau de metástase alcançou um grau irreversível e...

— Doutor, por favor, fale a nossa língua! — Yoongi exasperou impaciente, em frente a nossa confusão com os termos, enquanto bagunça vai seus fios de cabelos negros com a destra. — O que diabos, metástase significa?

— Para ser mais claro, metástase é uma fase avançada do câncer, onde células cancerígenas se espalham por outros órgãos próximos. No caso na senhora Porter, se iniciou no útero...

— E se espalhou... — completei sua fala e o médico confirmou. Yoongi que antes estava escorado na porta da sala, se aproximou a passos lentos de mim, com o rosto tão assustado quanto ao meu. A esse ponto, eu já estava suando mesmo no inverno. — O senhor disse irreversível? — ele fez que sim com a cabeça — Mesmo com cirurgia? — o medico tentou responder mas eu o interrompi — Você me empresta um dinheiro? Sei que prometi não pedir mais, mas eu juro que vou devolver tudo! — suplício agarrando aos mãos de meu companheiro que sacudia a cabeça com fervor.

— Claro que sim! Pode mandar marcar a cirurgia para o mais breve possível! — Yoongi ordenou.

— Vocês não entenderam...

— Perfeito. Eu apenas preciso ir em casa buscar algumas coisas e...

— Senhorita Porter, sua mãe infelizmente veio a óbito.

E então, de repente o mundo ficou em silêncio dentro da minha cabeça. Eu não conseguia ouvir mais nada. Nem o provável palavrão que Yoongi soltou, pela sua cara, nem o choro de Sônia que abraçou Otto ao se desmanchar em lágrimas. Estava mudo. Mudo e girando.

Não. Eu não ouvi direito. Não era real nem possível. Minha mãe está viva! Eu repetia para mim mesma. Com os olhos arregalados, dividi meu olhar com todos ali, e quando encontrei os de Yoongi, e vi as lágrimas caindo sem a permissão dele, senti meu corpo tremer por inteiro. Não. Não pode ser. O moreno tentou segurar meu braço mas eu puxei de volta. Não queria ser tocada por ninguém. Para mim, todos estavam mentindo.

Saí da sala com pressa e os olhares assustados de Genevive e Giovanni Paolinni me alcançaram em cheio. Os dois já sabia que eu já tinha sido informada e começaram a falar coisas como: Sophie está em casa, vamos cuidar dela. Não se sinta sozinha. Vamos ajudar no processo. Mas nada importava. Não queria escutá-los. Foi quando Yoongi saiu do consultório wue eu consegui abrir a boca:

— Me leva para casa. — o tom seco da minha voz fez todos me encararem com rostos estranhos, mas eu ignorei.

Meu companheiro sacudiu a cabeça sem dizer nada. Por seu rosto ainda rolavam algumas lágrimas, mas sem que ele fizessem expressão nenhuma para isso. Então, caminhei até o elevador e enquanto o esperava. Pude ouvir Yoon passar novas ordens aos dois funcionários: que cuidassem dos preparativos para a retirada do corpo. Nada fez mais sentido depois daquilo, e eu fui embora, sem nem olhar para trás, com a cabeça explodindo, o corpo tremendo e o coração despedaçado.


Notas Finais


AVISO IMPORTANTE
como quero publicar profissionalmente, estou atrás de leitores betas. Leitores betas terão acesso antecipado aos capítulos da versão 2 e terão como obrigação opinar criticamente sobre eles.
Então, estou deixando aqui um formulário de inscrição. Se vc tiver afim de saborear um pouco do que vai ser o livro, te recomendo se inscrever. Mas não se esqueça que é uma responsabilidade. Estou planejando ter 3 daqui do spirit. Então se inscreve logo.
https://forms.gle/zv9vjFQmFNmkfLQu5

O próximo cap sai dia 30 desse mês, fica atentx!

Não esquece de comentar e favoritar, me ajuda e seu dedinho não cai ❤❤❤

Sem mais avisos, bjs da Helô!


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