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História Until You - Special Minsung II: Parents


Escrita por: yukin0

Notas do Autor


》Depois de quase um ano, volto, um poquinho atrasada, com esse capítulo como presente de natal para vocês! lkkkkk

》Eu sinto muito pelo hiatus e agradeço àqueles que continuam lendo! Obrigada de verdade, explicarei melhor nas notas finais.

》!!!!!ATENÇÃO: Peço que vocês leiam com cuidado e imploro pra que pulem partes que possam ter gatilhos pessoais. As tags da fic indicam assuntos sérios e pesados e eu tento tratar com o maior carinho pra não machuca-los, mas existem partes necessárias para a história que são difíceis até mesmo de escrever, então, mais uma vez, EU IMPLORO pra que vocês tenham cuidado ao ler cada parágrafo, não só desse capítulo como na fanfic em um todo. (***)

》Obrigada e boa leitura! ~ ♡

Capítulo 9 - Special Minsung II: Parents


A cada minuto a porta denunciava a entrada de mais clientes na pequena cafeteria, localizada do centro da cidade. Era um sábado chuvoso, porém, surpreendentemente, o local se encontrava movimentado, as pessoas espalhavam-se pelas estantes e mesas, entretidas com livros variados ou conversando alegremente.

 

– Jisungie! Calma aí! — Chamou manhosamente, envolvendo o menor com seus braços, impedindo que atravessasse a porta, e o puxou delicadamente para si, gerando uma proximidade entre seus corpos.

 

– Ei, o que está fazendo? — Indagou. Um pequeno e fofo bico formou-se em seus lábios e tratou de cruzar seus braços em desaprovação ao ato do maior. – Os clientes estão esperando, sabia?

 

– Eu estou aqui na sua frente sendo fofo e carinhoso e você ainda tem a ousadia de se preocupar com os clientes? – Inflou as bochechas como forma de expressar sua indignação diante daquele fato. No fundo estava apenas brincando, era o primeiro trabalho de Jisung e este faria qualquer coisa para que tudo corresse bem. Estava extremamente orgulhoso do Han por poder, finalmente, amadurecer. – Você é realmente o funcionário mais dedicado que eu já vi. — Riu soprado. – Eu só quero ter certeza de que você está bem, ok? O que está achando de trabalhar aqui? Algo ou alguém te incomodou? — Minho posicionou suas mãos na cintura do menor, o puxando carinhosamente para mais perto. Sua feição era preocupada, porém acolhedora, o que, na visão de Jisung, apenas deixava o Lee mais adorável. Inevitavelmente um largo sorriso se abriu nos lábios do mais novo, ao passo que suas mãos se posicionaram sobre as bochechas macias do outro, acariciando-as na esperança de tranquiliza-lo.

 

– Você é muito fofo, Minho! — Encarou o rapaz citado com completa empatia, ainda sim na tentativa de entender como alguém poderia ser como Minho: Sempre amável, engraçado e, ao mesmo tempo, extremamente sedutor. – Eu estou adorando trabalhar aqui, sei que pode parecer simples, mas significa muito pra mim. É o primeiro trabalho que eu não odeio e que, em tão pouco tempo, já me proporcionou amizades incríveis, além de que posso passar boa parte do dia ao seu lado. É realmente incrível! — De princípio, o fato de Jisung dizer aquelas coisas tão explicitamente deixava ambos envergonhados, entretanto já havia se transformado em algo rotineiro, logo, era difícil que ficassem corados com demonstrações de afeto. Ainda assim, não podia dizer que estas não provocavam uma grande bagunça nos sentimentos de ambos os rapazes. – Obrigada por se preocupar Minnie. — Sorriu, dessa vez dando um passo à frente, a fim de tornar a distância entre seus lábios nula, coisa que Minho também estava louco para fazer. Olhar a boca avermelhada de Jisung e não poder beijá-la durante o trabalho era uma tortura, porém teria de aprender a lidar com tal para o bem financeiro de ambos.

 

O ósculo iniciou-se já com certa calma e harmonia. Aqueles beijos eram diferentes, aquele gosto, aquela carência e ao mesmo tempo habilidade que Minho tinha, levavam Jisung ao paraíso, não apenas seus beijos, assim como tudo que o outro fazia, o encantavam amplamente.

 

Não havia muito tempo desde que Jisung estava morando junto a Minho. Cerca de um mês, que fora essencial para que se conhecessem ainda mais e, de certo modo, avançassem naquela relação, a qual todos já tinham conhecimento exceto o próprio casal, o que chegava a ser irônico, afinal se tratavam com respeito e carinho, nutriam sentimentos um pelo outro, mas sequer pensavam em namoro. Em suas mentes aquilo tudo não passava de uma “amizade colorida” e, dificilmente, avançariam para algo sério, já que não desejavam perder a proximidade, muito menos a essência daquela amizade.

 

Nos primeiros dias o clima ainda era estranho, tiveram relações inesperadas que acabaram por envergonhar ambos os rapazes. Minho tentava deixar tudo o mais normal possível, ignorando toda a situação por alguns dias, nos quais tiveram mínima aproximação. Isso atormentou profundamente o Han, parecia que Minho desejava distância, mas, no fundo, desejava beijar o menor assim como havia feito naquela noite, só não sabia como fazê-lo.

 

A sensação de desespero incomodava os dois. Sem plano algum, o mais velho chamou Jisung para que enfim se resolvessem, o silêncio se instaurou no quarto por alguns minutos, sendo quebrado somente quando Minho suspirou pesadamente, em seguida, empurrou o corpo do menor, jogando-o sobre a cama. Ninguém havia dito sequer uma palavra até então e continuaram sem dizer, apenas beijaram-se como nunca, repetindo o ato dia após dia, até que se tornasse algo comum.

 

– Vocês são tão fofos que chegam a me dar nojo. — Um rapaz não muito alto e de fios cujas cores majestosamente chamavam atenção, fez-se presente no esconderijo do suposto casal, soltando um riso adorável enquanto os observava agirem melosamente um com outro, coisa que sempre comentava, reforçando a ideia de que deviam, enfim, oficializar o relacionamento que mantinham.

 

Kim Seungmin. 18 anos. Primeiro ano na faculdade de música, assim como Minho, porém este fazia parte da área de canto, por qual era completamente apaixonado desde criança. O ruivo sempre fora alguém muito fofo e alegre, contudo sempre sendo irônico e fazendo drama vinte e quatro horas por dia, o que não o tornava menos divertido, afinal era seu jeitinho e sempre fizera isso por pura diversão.

 

– Kim Seungmin! — Exclamaram em apenas um som e se afastaram o mais rápido possível ao ruivo se fazer presente, pois, caso fosse qualquer outro funcionário, teriam diversos problemas. Jisung respirou fundo, levando a mão a seu peito depois de ter sido assustado daquela maneira, por fim soltando um riso bobo.

 

– É MinMin pra você Jisung! — Dramatizou soltando um riso divertido, junto dos outros dois presentes na sala. Mas logo tomou uma postura séria encarando cruelmente Minho, como quem o ameaçava. – Já você, Minho, nem deveria chamar meu nome, seu idiota!

 

– Seungmin, meu amor, você me adora, não é? — Minho comentou, rindo juntamente ao Han, esse um pouco confuso, enquanto o mais novo dentre eles continuava com sua severa postura, porém, desta vez, formando um bico em seus lábios.

 

– ‘Tá me confundido com o Jisung? Isso é praga! Ji, por favor, controle seu namorado. — Disse finalmente soltando um riso soprado, se aproximando dos amigos.

 

Era desse tipo de amizade que Jisung se referia, a vida lhe trouxera Minho e depois Seungmin, em tão pouco tempo tais pessoas já tinham conquistado muito de seu coração, do mesmo jeito que esperava, mesmo que aos poucos, conquistar a tão falada liberdade, para então viver bem, ganhar seu dinheiro humildemente e fazer as coisas que sempre quisera, sem se preocupar com a mídia ou seu pai.

 

Sua vida mudara por completo depois que saíra de casa e, felizmente, havia adorado tal mudança. Finalmente começara a ganhar seu próprio salário, sair com pessoas que não ligavam para seu status social, agora inexistente, e viver para si mesmo, sem se importar com o que os outros falariam. Essa era a vida que mais queria e, se tudo corresse bem, seria dessa maneira que viveria dali para frente.

 

– O que ele te fez, meu bebê? — Enfim questionou, sem deixar de sorrir, achando a feição de Seungmin extremamente fofa, querendo apertá-lo, o que fez sem demora. – Eu sabia que você odiava o Minho, mas não tanto assim. — Os dois mais velhos riram por conta do comentário. O ruivo sempre mencionava o quanto Minho o irritava, porém em um tom de brincadeira, pois, em hipótese alguma deixaria de respeita-lo.

 

– Semana passada eu o apresentei para o garoto por quem ele ‘tá apaixonado. Mas ele travou no “O-Oi” e depois fugiu. — Após lançar a bomba, começara a rir desesperadamente. O Lee imitara, de maneira muito semelhante, o jeito que Seungmin falava com o rapaz em questão. Sempre que o via, seu vocabulário se reduzia 99% e nem ao menos conseguia encará-lo nos olhos. Sentia uma extrema vergonha de ficar perto dele, mas desconhecia o motivo. Já Minho sabia de tudo e com muitos detalhes, afinal, a paixão do ruivo era clara.

 

Após a fala do mais velho, o rosto de Seungmin adquirira um tom vermelho, muito parecido com o de seus fios. Minho sabia que este era seu ponto fraco e o usara sem dó nem piedade.

 

– Eu não estou apaixonado pelo Prince, Minho! — Exclamou, encarando-o. Poderia dizer que, se não fosse pela presença de Jisung no local, o Lee já se encontraria morto pelas mãos do Kim.

 

– Calma aí, MinMin! — Jisung tentava proteger Minho enquanto ambos riam da face furiosa e envergonhada do outro. – Quem é esse tal de Prince que deixa minha criança tão boba assim?

 

– Ele é só o cara mais popular da faculdade. Hwang Hyunjin. Ele faz dança junto com o Minho. Todos o acham bonito e em um passe de mágica se apaixonam perdidamente, Minho vive falando que sou um desses. Eu posso até achá-lo bonito, mas eu nunca vou me apaixonar por alguém como ele! — Deu ênfase ao dizer “nunca”, fitando Minho diretamente, recebendo em resposta, uma língua de fora, assim como crianças costumam fazer. – Ele é o tipo de cara que parece ser gentil de primeira, mas faz isso só pra te levar pra cama. Eu não vou ser o próximo otário que vai se apaixonar por ele para, no final, ele ser só um babaca que quer sexo e nem ao menos tem sentimentos. — Praticamente cuspiu as palavras, tornando o clima mais tenso e sério, coisa que pareceu lembrar o ruivo do real motivo de ter ido à procura dos amigos. Dessa vez algo muito mais importante que um estudante clichê de faculdade. – Mas enfim, tinha até me esquecido! — Suspirou, procurando palavras para dizer o que tinha em mente. – Temos um problema... — Jogou um jornal que carregava em mãos sobre uma das mesas da sala, assustando os outros dois presentes, não pelo ato de Seungmin, mas sim pela notícia presente logo na capa.

 

Filho de Han Yang Suk é dado como desaparecido: O magnata revelou que, após uma discussão, seu filho de apenas 19 anos, Han JiSung, decidiu se rebelar contra a família, tomando a drástica decisão de abandoná-la. Isso ocorreu há aproximadamente 30 dias, mas ainda não se sabe em detalhes sobre a tal discussão, contudo foi confirmado que aconteceu devido à falta de maturidade e displicência do filho. Seu destino ainda é desconhecido, mas seu pai garantiu que fará de tudo para encontra-lo e conscientiza-lo de seus infiéis atos para com seus parentes e empresa.

 

– Falta de maturidade? Só se ele estiver falando de si mesmo! Eu não acredito que ele espalhou essa história para a mídia, ainda mais desse jeito. — Seus olhos lacrimejavam de raiva. Já era de se esperar que seu pai fosse atrás de si, mas com todos sabendo, seria muito mais difícil se esconder.

 

Uma vida normal. Era tudo que pedia, não importava se seria ou não rico. Poderia morrer o quanto antes, mas nunca se importaria, pois se estivesse fazendo aquilo que ama, todo o resto se tornaria apenas um mero detalhe. Com 19 anos, já era dono de ações que sequer sabia para o que serviam, logo mais seu pai lhe arranjaria uma esposa, para que pudesse ter um filho, que muito a frente seria obrigado a tomar o poder de seus negócios. Isso era loucura e nunca se deixaria viver daquela maneira. Gostaria de traçar seu caminho livremente, com seus próprios propósitos e gostos.

 

– De quando é esse jornal? — Minho indagou sério. Sem pensar duas vezes, acolheu Jisung em um abraço tentando confortá-lo, já pensando em uma maneira de livrar seu pequeno e frágil garoto daquela situação. Não sabia como, mas o Han sempre estava envolvido em problemas relacionados ao pai, que mal enxergava a realidade devido à ganância que o consumia dia após dia.

 

– É de hoje, mas essas notícias estão rodando desde ontem. — O Kim respondeu, em seguida soltando um longo suspiro. Sabia o quanto Jisung era sentimental e frágil em relação à família e a opiniões alheias. Era como um combo, porém, desta vez, teria o apoio de fortes aliados que jamais o abandonariam. – Jisung... Está tudo bem ok? Vamos te ajudar a sair dessa! — Mesmo não sendo muito, o ruivo tentava animá-lo e tranquiliza-lo.

 

– Não! Não, ok? — Se soltou dos braços de Minho, um tanto desesperado. – Têm que se afastar de mim o mais rápido que puderem! Meu pai é impiedoso e um completo idiota, se descobrir que vocês apoiam o filho “imaturo e rebelde” dele, vai arranjar um jeito de prejudicar vocês dois!

 

– Você acha que eu me importo? Jisung olha bem para essa situação! Você odeia a sua vida e qualquer um na sua pele também odiaria! Você é tão especial e não merece ser infeliz. Eu não vou deixar que te maltratem assim! Ninguém vai encostar um sequer dedo em você, me escutou? — Tentou, novamente, trazer o menor para perto, mas foi impedido ao que as lágrimas de Jisung se faziam presentes e ele se afastava. Não queria, mas tinha medo do que seu pai era capaz. Ambos seus amigos estudavam na universidade qual Yangsuk era dono e o homem se aproveitaria como nunca da situação, caso descobrisse. – Jisung... Não faça isso consigo mesmo, eu te imploro! — Por mais que estivesse feliz junto a eles, o menor não poderia ser tão egoísta ao ponto de sacrificar o futuro daqueles que amava para se ver longe das obrigações.

 

– Eu preciso pensar ok? Por favor, não venham atrás de mim. Voltem ao trabalho, digam, sei lá, que eu passei mal. Eu preciso-. — Não chegou a terminar sua frase, apenas saiu da saleta derramando lágrimas desesperadamente.

 

Correu como nunca. Com medo. Sem ter para onde ir. Talvez não pudesse contar com seu melhor amigo, pois Felix não tinha conhecimento da situação atual e não entenderia como alguém trocaria a riqueza e mordomia por horas de trabalho e esforço. Não poderia contar com Minho ou Seungmin, pois se tratava de pessoas humildes que seu pai teria o prazer de desprezar e infernizar, caso os reconhecesse como cúmplices de seu rebelde descendente.

 

Passou a caminhar, sentindo os pingos de chuva escorrendo por seu rosto ao que se misturava com as lágrimas e, então, molhando cada centímetro de seu corpo, tornando-o cada vez mais frio. As poças de água se desfaziam ao serem pisadas fortemente pelo Han, esforçando-se para atrair ideias e espantar tamanha raiva e tristeza. Por fim, dirigindo-se a um endereço conhecido:

 

– Oi! Hm... Eu poderia falar com o Felix? Quer dizer... Ele está? — Dizia meio atrapalhado, tentando esconder seu rosto inchado e coberto por lágrimas, evitando um possível questionamento de Yejin, que atendera a porta com seu lindo sorriso nos lábios. A mulher, ao encarar o mais novo, sentiu-se um tanto preocupada, pois jamais o vira daquela maneira, na verdade, ele jamais se mostrara assim para alguém que não fosse o próprio Felix, entretanto, não perguntou, apenas o convidou para entrar, indicando o caminho que deveria fazer para encontrar o loiro.

 

Felix podia não ser a pessoa mais sensata ou especialista em conselhos, mas, ainda sim, o rapaz era seu melhor amigo, aquele que o viu crescer e passar por tudo que passou, sempre cuidando do moreno quando preciso. Talvez fosse esse fato que faria o loiro hábil ao se tratar de relações familiares. Ainda assim, o evitava a todo custo, pois a sensação de que Felix jamais lhe entenderia, sempre caminhava junto do Han.

 

O som do violão se tornava cada vez mais alto conforme alcançava o imenso jardim parcialmente coberto dos Lee, lugar preferido de Felix para tocar violão e observar a chuva cair sobre as flores e árvores distantes a si. Assim que avistou o loiro tocando tão bela música, se aproximou, sentando ao seu lado calmamente, apreciando sua voz grossa, porém melódica.

 

– Nunca mais te vi pegar nesse violão, pensei que tivesse esquecido o presente, ou, quem sabe, deixado a música de lado. — Assim que a canção acabara, Jisung se pronunciou, referindo-se brevemente ao violão, presente que fora dado pelo moreno com muito carinho, na intenção de que Felix sempre se lembrasse do amigo ao fazer aquilo que mais ama: Música.

 

– Eu estive com a cabeça cheia ultimamente, mas você sabe que eu nunca desistiria da música, além do mais, foi um presente seu, eu nunca esqueceria daquilo me faz sentir mais próximo de você, Sung. — Disse incrivelmente calmo, como alguém nunca antes apresentado. Uma versão completamente diferente do típico Felix, dessa vez acolhedor, doce e sereno, o qual apenas os próximos tiveram o prazer de conhecer. Tal fala despertou um pequeno sorriso nos lábios do Han, o que não durou por muito tempo ao tentar, incessantemente, encontrar maneiras de iniciar o assunto que tanto o angustiava. Em vão, afinal, o Lee podia lê-lo como se fosse um livro já aberto, tomando as rédeas. – Eu vi as notícias. — Se pronunciou após um curto período. – Eu realmente não sei Sung, aquilo... Aquilo não parecia algo que você faria, você sempre foi tão passivo em relação à família, principalmente depois que sua mãe se foi... O que aconteceu? – Ao que o olhar do loiro caiu sobre Jisung, o desespero se fez presente. O garoto estava acabado e encharcado, sendo assim, fez questão de que ele se agasalhasse.

 

– Eu cansei Lix. Eu cansei de ouvir que um CEO não pode fazer tal coisa ou que um verdadeiro CEO age de tal maneira. Eu conheci o Minho e é como se ele tivesse me apresentado tudo aquilo que eu queria viver e sentir a anos. Ele me faz sentir bem e cuida de mim, eu... Eu realmente gosto dele. Pela primeira vez eu me senti livre, como se ninguém nunca tivesse me pressionado ou me amedrontado, e eu viciei nisso Lix, eu quero fazer aquilo que eu amo, sem me sentir preso a obrigações chatas e imposições familiares. — Dizia de maneira sincera e clara, sentindo novamente as lágrimas escorrerem pelo seu rosto incontrolavelmente.

 

– Ah, Sung... — Suspirou pesadamente. Soltara o violão, trazendo o corpo pequeno e frágil do Han para seus braços, o acolhendo em um abraço terno. Aquilo o lembrava da época que, assim como o menor, Felix se fragilizava com a falta de influência que tinha ao tomar as próprias decisões. Ambos passaram pela mesma situação, vendo seus pais decidirem seus futuros sem poder opinar, destruindo seus sonhos pouco a pouco. A diferença era que Felix superara a situação, tornando-se alguém cada vez mais frio, além de aparentemente rebelde. – Olha pra mim. — Mesmo chorando, o moreno cedeu, encarando-o com seus pequenos olhos inchados e avermelhados. – Agora me prometa que você nunca mais derramará uma lágrima por causa do seu pai.

 

– Mas Lix você não entende, eu não consigo deixar de chorar sabendo que aquele homem pode acabar com a vida dos meus amigos em um passe de mágica! Felix, eu fiz amigos verdadeiros pela primeira vez depois que te conheci, sabe o que isso significa pra mim? Bem, aquele idiota do meu pai não sabe! — Queria gritar, mas tudo que sua voz fazia era falhar. Estava completamente vulnerável, porém seguro em meio àquele abraço.

 

– Você não vai chorar Jisung! Porque você não vai deixar que ele faça isso com você! Você vai enfrenta-lo, use a mídia, seus amigos, tudo ao seu favor, assim como ele, mostre que você também sabe jogar. Apenas não se deixe virar alguém como eu ou sua mãe. Você é especial Sung e, se quiser, pode ir a qualquer lugar, só não deixe esse sorrisinho se apagar. Agora me prometa que não vai mais chorar por causa desse imbecil, ok? – As mão pequenas de Felix seguravam o rosto do amigo, secando suas lágrimas quando preciso. Era extremamente reconfortante ter alguém ao seu lado, que te entenda e, de sobra, seja perito em vinganças.

 

Jisung ficou em silêncio, apenas pensando e absorvendo aquelas palavras que dê certo o atingiram, não de maneira ruim, pois finalmente sentiu-se forte o bastante para levantar a cabeça e criar coragem para fazer o que deveria ter feito anos antes.

 

– Eu não sei nem o que dizer. De todas as pessoas que eu conheço, você era a que eu menos esperava que fosse me dizer essas coisas. Acho que tive uma ótima ideia, obrigada por tudo isso Lix, obrigado por acreditar em mim, por me ouvir, por... ser você. Tenho certeza que se sentiria muito melhor se desse uma nova chance a si mesmo, você também pode ser feliz, basta ser você mesmo, e não esse loiro frio que todos falam. Você é especial. – Abraçou fortemente o amigo, enchendo seu rosto de beijos e carícias, sendo extremamente meloso, coisa que o Lee odiava, visto que não deixara de reclamar um segundo sequer.

 

– Não Sung, sem beijinho! — Por fim, riu alegremente. – Obrigada, ok? Agora vá executar esse seu “plano” e pegar o Minho de jeito, porque se você não quiser, eu quero. — Recebeu um tapa do amigo, que fechou sua expressão no mesmo momento, formando um pequeno bico, no qual Felix ameaçou dar um selinho, coisa que sempre fizeram desde criança, sem mal algum. – O que eu fiz? Não estou vendo nenhum anel de compromisso não. — Riu brevemente, logo depois, impedindo-o de responder – Agarra aquele homem, Ji. Eu sei o quanto ele te faz bem, fico feliz por você. — Abraçou o menor fortemente, como se quisesse protegê-lo de todo o mal. – E também... Se ele não te quiser, eu quero. — Brincou, arrancando risadas gostosas do outro, mesmo em um momento delicado. Essa era a real essência daquela amizade.

 

– Pense no que eu te falei, ok? Não tem graça quando no máximo três pessoas conhecem o seu lado divertido e carinhoso. Você merece mais Lix. — Levantou-se e sorriu largamente, expressando sua verdadeira opinião da maneira mais reconfortante possível. – Obrigado e até mais, Lix.

 

¦×¦

 

***

O toque de seu celular ressoava em seus ouvidos. Ao pega-lo, não se surpreendeu vendo o identificador revelar “Han Yangsuk” como dono do número que insistia em incomoda-lo. Recusou a chamada, enviando-lhe uma mensagem em seguida.

 

20:32 [Han Jisung]:

Não me envie mensagens, não me ligue, não me procure e jamais me chame de filho outra vez. Não temos nada além de uma relação sanguínea. Esqueça-me, procure outro filho que atenda suas expectativas. Tem tantos frutos de suas traições por aí, quem me prova que também não sou indigno?

Não quero mais ouvir falar de você, deixe-me recolher minhas coisas e me deserde. Eu te odeio assim como minha mãe também te odiou.

Sei que irá me encontrar hora ou outra, mas tenha em mente que, se algum dia suas empresas caírem em minhas mãos, eu as fecharei sem sentir remorso ou dó de todas as suas horas trabalhadas. Jamais me retorne Han Yangsuk.

 

Agora entendia o porquê de sua mãe tê-los deixado. Ninguém merecia viver junto a um homem que a maltratava e a traía por pura diversão. Finalmente enxergava o que fizera da sua mãe cega: A ganância de um homem sádico e sem coração, que odiava ser contrariado, adorando presenciar a depressão alheia.

 

Sua mãe fora uma mulher linda, jovem, inteligente e com um enorme e generoso coração. E fora exatamente por isso que ela desistira e se suicidara. Cada dia que se passava a mulher perdia sua essência, Yangsuk tornara seu mundo cinzento, assim como fazia com Jisung. Não aguentaria viver cercada pela tristeza, tendo de abandonar todas as suas vontades e seu amor pela arte, para ser uma “esposa de verdade”, assim dito pelo magnata, que cuidava da casa e de seus filhos, estes vindos de traição ou não. Sem incrementar os abusos por quais era cercada.

 

Guardou seu celular no bolso, sentando-se sobre o gramado úmido. Mesmo que estivesse chovendo, este era seu maior conforto, logo não se importaria de ficar, mais uma vez, molhado.

 

– Mãe... Novamente, eu venho aqui lhe pedir perdão por tê-la criticado após ter abandonado esse mundo, por ter julgado seus motivos como fúteis, por tê-la odiado por muito tempo, tendo a falsa ideia de que jamais me amara. Hoje eu sinto na pele, um pouco do que sentiu e eu peço infinitas desculpas por não ter lhe dado motivos para ficar, por não ter te ajudado. Eu peço perdão pelas vezes que, ainda em vida, não lhe dei valor, eu era uma criança carente, porém boba, que não entendia suas frustrações e medos. Fui um adolescente egoísta, que te culpou por não receber carinho, mas que sequer abriu os olhos para a felicidade que me trouxe quando caminhávamos lado a lado. Se ao menos você tivesse esperado um pouco mais, quem sabe eu teria sido um bom motivo para deixar sua vida colorida outra vez. Eu sinto muito por jamais ter dito que a amava, sendo que você foi a única que conseguiu me mostrar o que é amar verdadeiramente alguém. — Tentava enxugar as lágrimas que corriam por suas bochechas, esforçando-se para se acalmar, assim como sua mão fazia consigo. A falta que a mulher fazia era perceptível, porém o Han menor jamais permitiria se prender ao passado por conta dela. Talvez, dessa forma, conseguisse mantê-la viva e alegre em sua imaginação. – Sempre me disseram que eu me assemelho a você, sorridente a todo o momento, mas agora eu penso: Será que somos parecidos pelo fato de sorrirmos a todo o momento ou por escondermos as nossas mágoas por trás de um simples e inofensivo sorriso? Eu sinto sua falta e... Eu te amo.

 

Chorava alto, soluçando. Sentia uma mistura de saudades, raiva e tristeza lhe consumindo por dentro pouco a pouco. Estava desabando, porém, diferentemente de sua mãe, tinha alguém por ele e para ele, que nunca o julgaria e permaneceria ao seu lado em qualquer circunstância: Lee Minho. Seu amigo, confidente e a pessoa que lhe proporcionou, mais uma vez, o verdadeiro amor.

 

Um casaco fora colocado em seus ombros cuidadosamente. Cessou seus soluços, virando-se para a pessoa que lhe ajudava em um momento tão delicado, esperando ver o Lee com seu sorriso bobo e carinhoso. Céus como precisava daquele sorriso agora. Porém não aconteceu como esperado. Sua feição se transformara tão rápido quando sua mente se esvaíra. Encontrava-se aterrorizado, com seus olhos arregalados e formando mais e mais lágrimas, sua boca mexia-se, mas, por mais que tentasse, nenhum som saía desta.

 

– Você sempre foi tão previsível Jisung, visitando sua mãe nesses momentos de vulnerabilidade. Mas sabe de uma coisa? Ela se foi. Foi decisão dela, e unicamente dela, tomar esse caminho, ela nunca te amou, porque, se amasse, teria permanecido viva e forte para te criar. Acha que foi culpa minha? Pense bem, foi você que nunca demonstrou que a amava. — Jisung tentava se distanciar ainda no chão, chorando e esforçando-se para não dar ouvidos a seu pai, que parecia calmo, porém impiedoso como nunca. O que ele falava parecia ser tão sério e verdadeiro, mas no fundo aquilo não passava de inverdades feitas para atingi-lo cruelmente. – Lembrar-se dos mortos é uma fraqueza, meu filho, e um verdadeiro CEO não pode ser fraco. — Se agachou próximo ao filho, que permanecia em completo desespero. Seus olhos o devoravam com tamanha apatia e crueldade, mas suas mãos, cobertas por quentes luvas, seguravam o braço do menor com delicadeza. – Eu sei cada passo que você deu até agora Jisung. Acho que deve pensar bem antes de tomar qualquer decisão. Pense no que lhe peço, torne-se CEO, necessita de precisão, mas não chega a ser uma tarefa gigantesca. Quem não almejaria ser como eu? Olhe bem o quão rico e feliz eu me tornei, minha esposa apenas se foi por ser fraca, assim como você está sendo, eu jamais fiz algum mal a ela. Jisung, eu a amava, mas infelizmente ela se tornou passado. Agora você... Você é o presente e o futuro, filho. Deixe seu pai orgulhoso, é apenas isso que te peço.

 

– Você não tem coração! Nunca soube o que é felicidade, nunca soube amar alguém! Han Yangsuk, você não é meu pai! Você é um monstro! Como você tem coragem de vir aqui e contar mentiras idiotas na frente do túmulo da minha mãe? Você não merece chama-la de esposa, muito menos me chamar de filho! Apenas pare. — Tentava se soltar do Han mais velho, porém, dessa vez, este o segurava com força, o machucando. — A única família que eu quero orgulhar é a minha mãe! Você não passa de um lixo ganancioso. Eu te odeio. Deixe-me em paz e jamais encoste um dedo nos meus amigos, sei que os observa! — O respondia em alto tom, ainda chorando histericamente.

 

– Amigos? Acha que eu não sei sobre aquele pobre garoto com quem você namora? Poupe-me Jisung, além de estar com um homem ainda escolhe um indecente? Você me dá nojo! Eu juro que se você beijar um garoto mais uma vez, eu te mato! Pense bem: seguir a merda de um sonho poderá trazer consequências tanto a você quanto a seus amiguinhos. — Riu sadicamente, se deliciando ao ver o filho derramar lágrimas na tentativa incessante de vencê-lo. Fase 1.

 

– Eu não tenho palavras pra descrever o desgosto que eu sinto de você! Não pense que vai ficar assim, eu vou provar pra você que também sei jogar! Eu vou te mostrar quem é Han Jisung! — Soltou-se dos braços fortes de seu pai com muito esforço e enxugou as lágrimas com as costas de sua mão. – Agora, você não me escapa YangSuk. — Foi sua vez de rir, deixando o mais velho com uma mistura de raiva e confusão. Antes que algo mais fosse dito, Jisung se fez ausente, direcionando seu olhar uma última vez para o túmulo que eternizava a existência de sua amada mãe, sorrindo e por fim, deixando o cemitério para trás.

 

¦×¦

 

Os dias se passaram rapidamente e logo mais Jisung completaria uma semana sem ver ou entrar em contato com Minho e Seungmin. Seu coração doía por tão drástica decisão, mas sabia que no fundo estava lhes fazendo bem.

 

Optara por passar os dias na casa de Felix, lugar onde era muito bem-vindo e poderia tirar um tempo para pensar no que iria fazer com sua vida, tanto em relação ao seu plano, quanto a seus sentimentos.

 

– Sung? — Felix o chamou, adentrando o quarto de hóspedes, onde o rapaz em questão estava alojado. – Você quer mesmo fazer isso? Quer dizer, está pronto pra tudo que vai acontecer se realmente fizer? — O loiro se apresentava um tanto receoso quanto ao plano que fora bolado, pois sabia que Jisung ainda amava seu pai e esperava no fundo de seu coração que o homem mudasse.

 

– Felix, eu estou bem. Eu esperei muito tempo e finalmente chegou a hora de eu acertar a bagunça que é a minha vida atualmente. Eu nem ao menos sei se vai funcionar, mas eu já me decidi, eu vou fazer isso. — Suspirou pesadamente, encarando o amigo. Podia estar fazendo uma grande besteira, mas não seria dessa vez que ficaria calado ou com um pé atrás. Mesmo ansioso, prometera a si mesmo que faria seu pai se arrepender de tudo que já fizera.

 

E, assim, o fez.

 

Não demorou muito para a reação vir. Em questão de dias todas as manchetes de jornais estampavam a polêmica envolvendo a conhecida família Han:

 

Magnata Han Yang Suk é preso e condenado a 37 anos de cadeia, além de acumular uma multa que ultrapassa 3 milhões de dólaresNa tarde desta quinta-feira (12), Han YangSuk, dono de múltiplas ações e CEO de uma empresa multinacional, deu fim à sua riqueza ao ser descoberto e acusado por seu filho, Han Jisung.

O garoto de apenas 19 anos estava desaparecido, porém voltou à tona com diversas acusações contra o pai, o incriminando por Lesão Corporal, Injúria, Extorsão e Ameaça mediante ao Código Penal. Han Jisung, com ajuda da polícia de Seoul, conseguira levar o magnata a cadeia, desencadeando investigações que resultaram na descoberta de Lavagem de Dinheiro e Estelionato, que em soma, totalizaram trinta e sete anos de reclusão, em um regime estritamente fechado.

Além de contatar as autoridades, Jisung fizera questão de ir atrás de jornais e sites de notícias, divulgando todas as provas contra Yangsuk. Dentre elas havia uma gravação, na qual claramente o garoto é ameaçado em motivação de sua sexualidade e obrigado a assumir a empresa da família por meio da violência.”

 

Ao ler a matéria, sentiu um peso enorme sair de seus ombros suspirando pesadamente. Poderia voltar a ser aquele Jisung radiante de sempre, porém faltava apenas um detalhe. Dessa vez, deveria tratar de seus sentimentos.

 

¦×¦

 

Lee Minho se encontrava no sofá de sua sala, apreensivo e completamente desanimado. Fazia semanas desde a última vez que esteve com Jisung. Havia visto as notícias e estava muito feliz pelo mais novo ter conseguido dar a volta por cima e se livrar de seu maior problema, porém sentia medo do Han o abandonar agora que sua vida estava se resolvendo. Talvez tivessem se envolvido rápido demais e isso assustara o menor, ou então aquilo tudo não passara de uma relação temporária, que Jisung ao menos se lembraria depois.

 

Sequer teve tempo de avançar para demais paranoias quando fora interrompido pelo soar da campainha, libertando-o de seus pensamentos. Suspirara pesadamente e levantara-se indo até a porta, aparentemente cansado da rotina pacata que retornara a sua vida.

 

– Quem é? – Indagou simplório, porém a reposta não veio, fazendo-o deduzir que fora engano ou alguma brincadeira de mal gosto, contudo essas ideias se esvaíram assim que, mais uma vez, o soar da campainha se fez presente. Decidira, por fim abrir a porta para ver quem o incomodava. – Olha, eu não tenho dinheiro para comprar doces e eu já ajudo várias instituições, sinto muito. — Não fizera nem questão de olhar quem estava a sua frente, apenas explicou-se, evitando quem quer que fosse a pessoa que batia em sua porta pleno domingo.

 

– É muito nobre da sua parte, mas eu não quero seu dinheiro, Minho. — A pessoa riu e no mesmo instante os olhos do Lee brilharam. Aquela voz. Aquela risada. – Oi Minnie. — Jisung o cumprimentou assim que o outro finalmente o encarara. Minho sentira vontade de chorar, porém se conteve, dando um abraço forte no Han, o apertando para que nunca mais fugisse de si. Sentia saudades do seu garoto.

 

– Eu senti sua falta... — Tantas coisas passaram pela sua cabeça, tantas palavras e comentários, porém não conseguiu dizer nada além de “senti sua falta”. Não demorou muito para o menor retribui-lo no abraço, murmurando um “eu também senti a sua”. – Hm, como você está? Passar por tudo isso deve ter sido difícil, você nem ao menos me deixou ajudar, acabei pensando que queria se afastar de vez e que não tinha significado nada pra você-

 

Antes que Minho pudesse continuar a comentar todas as suas frustrações, Jisung dera um passo à frente, ficando a centímetros de distância do maior, fazendo-o se calar para enfim escutar tudo o que Han tinha a lhe falar.

 

– Minnie, agora você vai apenas me ouvir, ok? — Perguntou, recebendo um aceno do outro, o incentivando a prosseguir. Minho se encontrava confuso pela atitude repentina, mas não o interromperia. – Eu não estou bem, sabe por quê? Porque eu jamais te abandonaria ou me esqueceria de você. Minho, você me mostrou tudo o que eu sempre quis ver, me guiou pelo escuro e me ofereceu abrigo quando eu me vi sozinho, não sei se estaria exagerando ao dizer isso, mas você é o motivo da minha vida estar dando certo e eu não poderia me sentir melhor em saber que você sempre estará ao meu lado, me esperando com seus abraços quentinhos e beijos apaixonantes. Você nunca se interessou por mim por conta do meu status social ou por dinheiro, pelo contrário, você me incentivou a ser quem eu realmente sou. Por sua causa eu enfrentei meu pai e, quando tudo deu errado, você me acolheu e me sustentou. Você é alguém com um coração tão bom e é extremamente bonito, poderia ter quem quisesse, mas resolveu persistir na pessoa mais problemática possível. Obrigada por não desistir de mim, Lee Minho. — As lágrimas escorriam pelo rosto de ambos os rapazes, porém Jisung não se deixou levar pela emoção e continuou. – Agora que eu falei tudo isso, posso completar te dizendo que eu estou apaixonado. Apaixonado pelo seu jeitinho fofo e ao mesmo tempo sexy, pelo seu sorriso, pelo jeito como faz de tudo para alegrar o dia de alguém, pela sua teimosia e chatice, pelo jeitinho que seus olhos ficam toda vez que faz aquilo que ama e eu poderia listar outros milhares de motivos, mas eu quero acabar logo com isso e te dizer que, porra, eu te amo Minho. Eu quero passar meus dias ao seu lado e o mais importante, eu quero poder te chamar meu namorado. Então, Minho, você aceita namorar comigo? — Após descarregar todos os sentimentos que permaneceram guardados por tanto tempo, Jisung encarou o Lee, ansioso pela resposta, ainda sim, sem se afastar um mísero centímetro.

 

– Você já sabe minha resposta, mas eu queria acrescentar que eu te amo mais que tudo Ji, você me tornou alguém melhor e eu não poderia estar mais grato por ter alguém tão especial quanto você ao meu lado. Jisung, eu aceito namorar com você e eu prometo te fazer feliz a cada segundo que se passar. – Respondeu com um imenso sorriso nos lábios, por fim acabando com a distância que restara entre seus lábios, tomando-os em um beijo lento e repleto de paixão.

 

Era oficial, agora deixariam de ouvir as provocações de Seungmin em relação ao relacionamento e poderiam finalmente ser um casal como qualquer outro. Era um sentimento tão puro que habitava aqueles corações, que apenas os tornaria cada vez mais inseparáveis, coisa que jamais seria um problema, pois daquele momento em diante, fora prometido que passariam o tempo, lado a lado, juntos para o der e vier.

 

 

 

 

 

 

 

“Meu pai disse que se eu beijasse um garoto mais uma vez, ele me mataria, então eu o coloquei em uma cadeia e fodi com o meu namorado”.

 


Notas Finais


》 E aí gente? Muito ruim? Bom? Aceito críticas construtivas! Já de início peço perdão caso haja um erro gramatical, o capítulo ainda passa por revisão.

》 Pegaram a referência da música? Espero que sim, porque ela é maravilhosa assim como o artista que a canta! (Parents - Yungblud)

》 O que acharam do Seungmin aparecendo com o red hair e já dando indícios de seungjin, ein? kkkkk Apesar de tudo esse capítulo foi bem melancólico, mas necessário para os minsung se firmarem como um casal, espero que tenham gostado!

》Antes de tudo, obrigada por persistirem na fanfic! Sendo sincera e a postei por impulso e incentivo de uma amiga, sem nada preparado, nem imaginava que alcançaria um público. Então eu precisei de um tempo para por as ideias no lugar e desistir de vez dessa vontade de apagar Until You. Nesse tempo eu reescrevi muitos dos capítulos, então sintam-se à vontade para rele-los. Peço que ainda tenham calma, eu juro que estou me esforçando, mas ainda me sinto insegura em relação a tudo isso. Obrigada por cada comentário e favorito, eles foram essenciais para tomar minha decisão, é uma maneira que me faz sentir próxima de vocês, é o meu incentivo. Muito obrigada de verdade meu amores!

》Caso vocês queiram manter contato, me conhecer melhor, ou só me cobrar para postar capítulo novo me sigam no twitter (@ hyucklipss: https://twitter.com/hyucklipss?s=09 )

》Ano que vem estarei de volta com mais de Until You pra vocês, podem ter certeza! Espero que tenham tido um ótimo natal e desejo-lhes um próspero e feliz 2020! Fighting! ~ ♡


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