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História Upside down ; jaeyong - Taeyong


Escrita por: holdupjeno

Notas do Autor


Olá leitores! Primeiramente, como vocês estão? Eu espero que bem, apesar da situação em que estamos vivendo atualmente. Bom, eu quero pedir desculpas por demorado tanto tempo assim para atualizar vocês. Aconteceram muitas coisas durante esses meses que não escrevi. Tive muitos problemas pessoais e isso me atrapalhou demais, em tudo, inclusive em continuar a escrever. Mas agora está tudo bem e eu estou determinada a trazer muito mais atualizações dessa história! Espero que possam me perdoar por ter "abandonado" aqui durante esse tempo. É isso, eu espero que gostem desse capítulo e boa leitura!

Capítulo 5 - Taeyong


Flashback – 21/07/2009

17 anos. Taeyong havia acabado de completar 17 anos no começo do mês. Sentia-se sobrecarregado e exausto, já que decidira que faria um cursinho junto com seu último ano do ensino médio. Muitos diziam que ele não aproveitaria nada, ficaria apenas imerso nos livros, estudaria 24 horas por dia e que deixaria passar o melhor ano de sua vida, mas ele não ligava. Seu sonho falava muito mais alto que qualquer crítica que recebera durante o curto período de tempo em que tomou essa decisão. Tinha o apoio de seus pais e de seus amigos e era isso que importava para ele. Conforme os dias passavam, provava para si mesmo e para todos ao seu redor que era capaz de lidar com tudo que lhe era entregue, como trabalhos, deveres e atividades extras do cursinho. Jamais negou que era cansativo, na verdade, o que mais se ouvia o jovem Lee dizer era “tô’ cansado!”. Por sorte, havia duas pessoas que conseguiam tirá-lo de seu mundinho, ninguém mais, ninguém menos que Yuta e Doyoung.

Sempre conseguiam, de alguma forma, colocar na cabeça do Lee que passar 8 horas consecutivas estudando poderia o deixar maluco e mais exausto do que aparentava estar, o obrigando a saírem juntos pelo menos uma vez por dia. Não que os outros dois não fossem dedicados e esforçados, eram sim, mas apenas sabiam administrar melhor o tempo e possuíam uma rotina de estudos mais equilibrada.

— Taeyong, anda logo, levanta dessa cadeira e larga esse livro! Hoje é sexta-feira, meu, estudar balanceamento químico agora vai acabar com o seu final de semana. Anda, vai se arrumar! – O Nakamoto não poupava esforços para tirar o amigo daquela escrivaninha, que cada vez mais estava bagunçada com vários papéis e livros diferentes.

— Yuta, eu não quero ir nessa festa! Eu prefiro ficar em casa assistindo o filme que meu pai alugou ontem e comendo pipoca. Não vou.

— Ah você vai sim, Lee Taeyong. – Dessa vez o Kim já estava impaciente e empurrando o amigo para o banheiro. – Só vai sair daí de banho tomado! – Fechou a porta com força e ficara segurando do lado de fora, impedindo o outro de abrí-la.

Depois de alguns curtos minutos, o Lee saíra do cômodo que antes estava, indo para o seu quarto e procurando algumas peças de roupa que o deixassem um pouquinho mais atraente, já que era visto apenas como uniforme da escola todos os dias. Convenhamos que qualquer peça de roupa caía bem sobre Taeyong, já que tinha um corpo definido sua idade. Optou por um par de calças jeans claras, uma camiseta branca e um all star preto. Básico até demais.

— Pronto. Morreu? – Indagou o japonês, levantando-se da cama e parando ao lado do amigo em frente ao espelho.

— Ainda não. Vou morrer quando por os pés naquela festa.

— Fiquei sabendo que a Seungwan vai estar lá. – Doyoung se pronunciou, arrancando um olhar meio desesperado de Taeyong.

— E você me avisa isso agora, Kim?! Eu preciso estar pelo menos apresentável! – E antes o rapaz que estava calmo, agora corria de um lado para o outro, procurando sua camisa favorita, deixando os dois outros rapazes sorrindo ladino para trás.

Tanto Doyoung quanto Yuta sabiam da quedinha que Taeyong tinha pela garota. Na verdade, ele não conseguia esconder, já que toda vez que falava com a mais velha, suas bochechas adquiriam uma coloração avermelhada e sempre se atrapalhava com as palavras. Quem presenciava os breves momentos em que ficavam frente a frente, achava a atitude do garoto uma gracinha. Depois de quase 15 minutos de muita prova de roupa e troca de sapatos, os rapazes estavam à caminho da festa. Andavam lado a lado, conversando sobre assuntos totalmente aleatórios e riam de algo que julgavam ser engraçado. Ao chegarem no local em que ocorreria aquela aglomeração de adolescentes, rapidamente se distanciaram uns dos outros. Bem, não havia sido a decisão mais inteligente que os amigos do Lee tomaram, já que não tinha muitos outros colegas e não gostava daquele tipo de ambiente.

Taeyong, sem a mínima ideia do que poderia fazer em uma festa daquele tipo, foi andando até onde as bebidas estavam, procurando por um refrigerante de laranja, que era o seu favorito. Olhava para frente e via pessoas dançando meio desengonçadas e depois para os lados, vendo pessoas conversando e alguns casais aos beijos. Nos cantos via-se os casais que, mais um tempinho, estariam transando ali mesmo. Sentia o cheiro da fumacinha que saía de um aparelho que usavam nas festas, para deixar tudo mais “intenso”. Não conseguia entender como tinham pessoas que gostavam daquele tipo de evento, já que não havia nada para se fazer além de beber, beijar e dançar.

Andando de um lado para o outro, acabou trombando com alguém, ganhando uma camisa encharcada com alguma bebida que não conseguia identificar qual era. A pessoa pedia desculpas diversas vezes, dizendo o quão desastrada era e quando o Lee ergueu o olhar, não acreditava que estava acontecendo consigo. Seungwan estava afobada por ter molhado sua camisa com um refrigerante? Só poderia ser o destino o pregando uma peça.

— Me desculpa! Eu sou muito desastrada, não olho ‘pra onde eu ando e dá nisso! Meu deus, me desculpa!

— ‘Tá tudo bem! – Ria meio envergonhado pela situação, mas prestando atenção em como a garota ficava fofa daquele jeito.

— Vem, eu vou te ajudar a se limpar! – Nem teve tempo de raciocinar direito e já estava sendo puxado pelo pulso até algum banheiro próximo. Ao entrar no pequeno cômodo, já que estavam na casa de algum dos alunos de sua turma, a porta fora fechada e a luz acesa. A garota, ainda nervosa, pegou a toalha de rosto e molhou, passando por cima da mancha no tecido.

— Ei, calma... Foi só um pouco de refrigerante, não vou morrer por causa disso! – Riu anasalado, tentando acalmar a menor. Ele poderia não ter percebido, mas um nervosismo daquele não era muito normal, não é? É claro que não, afinal estamos falando de Lee Taeyong. Ficar trancada em um banheiro com o menino que gosta é uma situação um tanto fora do comum para aquela que prefere ser chamada de Wendy. Pragejava-se pela terceira vez por ser tão desastrada e por não ter percebido quem estava à sua frente.

— Eu sei, Taeyong... – Abaixou levemente a cabeça, fazendo o maior se perguntar o porquê ela havia ficado daquele jeito. Então, tirando coragem de não sabemos onde, o Lee levou a destra até o queixo dela, levantando devagar e com calma a face tão angelical. Quando os olhares se encontraram, ambos não sabiam descrever o que sentiram, talvez algo como borboletas no estômago. Nem perceberam quando os rostos aproximaram-se, apenas se deram conta do que estava acontecendo quando as respirações se misturaram e um misto de emoções os tomaram ao selarem os lábios. A sensação de que fogos de artifício explodiam em ambos os peitos era o que mais conseguiam identificar. Bem, depois desse, vieram vários outros durante aquela noite, fazendo sorrisos bobos aparecerem nos lábios dos jovens.

Acho que já podem imaginar o que aconteceu depois daquela festa, não é? Com o passar dos dias, ficaram mais vezes, fazendo-os descobrirem novos lados um do outro, despertando cada vez mais sentimentos bons, o que ocasionou no pedido de namoro. Logo veio a aprovação no vestibular, outra fase da vida do garoto e seu grupo de amigos, que agora era um pouco maior, devido à presença das amigas de sua amada. Entraram na universidade que gostariam, nos cursos que queriam e não desistiram uns dos outros, mesmo nos momentos em que parecia que tudo daria errado. Wendy nunca saiu do lado de Taeyong e vice-versa. Sempre foram o apoio um do outro, nunca deixaram faltar carinho, amor, admiração, lealdade e companheirismo. Quando suas rotinas ficaram pesadas demais, resolveram que estava na hora de darem mais um passo. Mudaram-se para um pequeno apartamento próximo ao local em que estudavam e ali viviam dia após dia felizes, um ao lado do outro. Dividiam as tarefas domésticas, sempre fazendo um pouco a mais pelo outro quando não podiam ou estavam sobrecarregados. E com o passar de mais alguns anos, no último semestre da faculdade, Taeyong sabia que ambos estavam prontos para o passo.

Numa tarde ensolarada, em Novembro de 2015, o Lee pediu a amada em casamento. Sabiam que estavam preparados para assumir essa responsabilidade e sabiam que eram maduros o suficiente para isso. Poucos meses depois estavam casados, vivendo mais felizes que nunca. Os amigos e familiares admiravam o quão lindo era o casal e o quão fortes eram, porque não importava a dificuldade que os atingia, em momento algum deixaram interferir no relacionamento deles. E mais alguns meses depois, em agosto de 2016, Wendy descobriu a gravidez. No começo, ambos entraram em choque, pois não estavam esperando por um filho, muito menos planejando, mas rapidamente descobriram que poderia haver ainda mais amor entre eles. Não sabiam de quantas semanas ela estava, não sabiam o sexo do bebê, mas já o amavam incondicionalmente.

Quando descobriram que viria um menino, houveram comemorações das duas famílias. As amigas de Wendy não poderiam estar mais felizes pela amiga, assim como os amigos de Taeyong. Porém, nada na vida é perfeito. Lá pelo quinto mês de gestação, Wendy começou a ter algumas complicações e talvez um pouco tarde, descobriram que se tratava de uma gravidez de risco. Ali, um grande medo os tomou. O medo do desconhecido, já que nenhum médico tinha previsão do que poderia acontecer ao bebê ou à mãe. Logo após àquilo, decidiram o nome do garotinho: Jeno. Fizeram todo o enxoval do filho em pouco tempo, logo após mudarem para um apartamento maior, para recebe-lo com todo o conforto do mundo.

Na noite do dia 23 de abril de 2017, a bolsa de Wendy estourou. Havia chego a hora. Taeyong, com muito cuidado, colocou a esposa dentro do carro e partiu para o hospital, tentando confortá-la em todo o percurso. Ao chegarem, cada um foi dirigido para um local, pois o Lee insistiu que assistiria ao parto. E ali, num quarto de hospital, foi onde a melhor e a pior noite da vida de Taeyong aconteceu. Wendy fazia força, dava o seu melhor para que seu menino nascesse e quando nasceu, os pais explodiram em lágrimas. Um sentimento indescritível tomou ambos, um amor incompreensível para qualquer um que não fosse pai ou mãe. Porém, a moça já não conseguia sorrir mais após ver seu filho. Um desespero tomou conta de todos ali presentes. Os aparelhos começaram a apitar, aquele som que qualquer um que ouvisse de perto tremeria.

Taeyong era médico. Ele sabia o significado de tudo aquilo. Antes que pudesse ser tirado da sala, teve sua mão segurada por sua esposa. A olhou com os olhos cheios de lágrimas, ouvindo atentamente à cada palavra.

— Tae, cuida bem do nosso garotinho... Dê todo o amor do mundo para ele, sempre o coloque em primeiro lugar na sua vida... o proteja de tudo e me prometa que vai amar novamente. Ame assim como me amou e seja forte... – Foi tudo que fora conseguido lhe dizer, antes de realmente sair do quarto. Não sabia o que fazer. Chorava de desespero, de nervosismo, de culpa, de raiva, de tristeza, menos de felicidade.

Aconteceu tudo rápido demais. Em um minuto, estavam trocando beijos apaixonados e sorrisos bobos, pois o maior presente da vida de ambos havia finalmente chego e no outro, apenas desespero existia dentro de Taeyong. Era consolado por seus pais, enquanto repetia para si mesmo “eu prometo”. Algum tempo depois, uma enfermeira veio entregar Jeno para o pai, já lavado e dormindo em paz e logo após ela, um médico, este que colocou uma mão no ombro do Lee, olhou para seus pais e para os pais de Wendy, sussurrando um “eu sinto muito, fizemos tudo o que podíamos”. A vida de todos ali havia perdido o sentido. Naquele momento, o rapaz apertou seu filho nos braços e prometeu a si mesmo que faria o possível e o impossível por ele e pela felicidade dele.




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