1. Spirit Fanfics >
  2. Us >
  3. Chapter One - Confused

História Us - Chapter One - Confused


Escrita por: rocha_cacau15

Notas do Autor


Bem, olá. Sei que estou devendo nas Stony's, mas prometo que logo estarei atualizando as mesmas. Não desistam de mim, galerinha.
Resolvi postar esta em homenagem a uma amiga, por mais que ela não seja Jonerys kkkk enfim, é isto.
Boa leitura, me deem um feedback, please!

Capítulo 1 - Chapter One - Confused


Os pensamentos de Jon fervilhavam. A tensão naquele cômodo, se possível, seria sentida se algum deles a tocasse com uma das mãos ou a cortasse ao meio com uma afiada espada. Ele sabia que olhos violetas intensos o observavam, esperando qualquer forma de reação, mas sua mente, até aquele momento, encontrava-se confusa, sem conseguir fixar qualquer tipo de pensamento, completamente tempestiva após as revelações feitas por Bran.

Acompanhado apenas do irmão e de Daenerys, a presença desta sendo inicialmente questionada internamente pelo nortenho. Agora ele entendia a real importância da Targaryen naquela reunião a portas fechadas. Descobrir que também era um Targaryen, possivelmente o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro fora um duro golpe para ele, agora não mais um bastardo dos Stark.

O único sentimento que o dominava, lhe sendo bem familiar, era o de traição. Sua vida toda fora baseada em uma mentira contada por alguém que não conhecia nem se quer a verdade. Por um momento lembranças de sua infância turbulenta invadiram sua mente, aumentando exponencialmente a raiva que sentia, seu sangue correndo veloz pelas veias e o coração batendo loucamente no peito, quase causando-lhe dor física.

Um gosto amargo jazia em sua boca e em seu íntimo, tirando-lhe levemente a noção de onde e de quem estava acompanhado. Não soube dizer ao certo quanto tempo se passou, só recobrara em parte a consciência quando sentira um toque gentil e hesitante em sua bochecha, como em um afago.

Focou os olhos escurecidos no rosto pálido a sua frente, contraído de preocupação com o estado do nortenho. Ali, seu coração apertou-se em agonia. Aquela situação era extremamente cruel. O destino havia sido realmente sádico em permitir que ele se apaixonasse por sua própria tia, sangue de seu sangue, mesmo que não soubesse disso até minutos atrás.

Lhe rasgava o peito lembrar-se dos momentos dos dois em meio aos lençóis sedosos, incontáveis vezes, trocando juras de amor e de um futuro juntos, que agora caíra por terra. Momentos estes que o marcaram de uma forma que nenhuma outra pessoa havia e haveria conseguido.

Aquela situação era pior do que quando levara a facada em seu coração. Era pior, pois ao olhar para a expressão mesclada entre dúvida e preocupação presente no rosto da rainha, o peso da realidade abatia-se sobre si de forma arrasadora.

Não poderiam ficar juntos.

Jamais.

Pensar naquilo fazia um sentimento ruim domina-lo quase por completo: a cólera. Com a mente em confusão, o nortenho nem mesmo calculara corretamente seus atos ao retirar de forma brusca a pequena mão de seu rosto, dando-lhe as costas em seguida sem pronunciar uma mísera palavra para seguir em direção a porta.

Jon não olhara nem uma vez para trás, dessa forma não podendo ver a expressão inédita de choque da rainha e a de exasperação igualmente inédita de Bran. O que ele apenas sabia era que necessitava sair o quanto antes daquele lugar e ir o mais longe possível daquelas pessoas para conseguir colocar em ordem seus pensamentos e decidir quais seriam suas ações dali em diante.

Interrompeu seus movimentos ao sentir o toque de Daenerys em sua mão livre, já que a outra se encontrava na maçaneta, pronta para realizar a abertura da porta. Uma expressão fria adornava o rosto do nortenho – esta que o mesmo nem se lembrara de assumir – ao virar-se em direção a ela, arqueando a sobrancelha em uma pergunta muda.

Não vê que eu preciso me afastar de você?

Desconcertada com o novo tratamento, a jovem platinada apenas conseguira balbuciar:

- Jon ...

Mas, antes mesmo que ela pudesse produzir mais alguma palavra, ele a interrompeu:

- Eu preciso ficar sozinho, Vossa Majestade.

Entretanto, Daenerys parecia querer exatamente o contrário, já que se aproximou um pouco mais do homem, sua voz saindo de forma mais firme e audível:

- Jon, não faça assim. Nós precisamos conversar. Nós podemos ...

Diferente do que poderia esperar, seu toque pareceu queimar a pele a mostra, visto que ele rechaçara o gesto de forma violenta, em um claro sinal de irritação e frustração. Sem conseguir controlar o que sentia, acabou por elevar o tom de voz ao dirigir-se a ela:

- Já disse que preciso ficar sozinho, mas que inferno! Me deixe em paz!

A rainha, magoada e ferida com tal ação, recuara e tentara segurar as lágrimas que se fizeram presentes em seus lilases olhos, enquanto o – outrora – Rei do Norte rompia pelas portas da sala em que se encontravam, sem olhar sobre os ombros, rumo a um destino desconhecido.

Não soubera exatamente quanto tempo passara da saída tempestuosa de Jon, mas ainda com os olhos marejados, a Targaryen saiu de seu torpor e se pôs a caminhar para fora daquele lugar, o queixo altivamente erguido como a rainha imponente que o era, ignorando propositalmente dos chamados insistentes de Bran, a intenção de desaparecer daquele lugar tomando conta de todo o pequeno corpo.

Mesmo sabendo que não conhecia aquelas terras como à Essos, estava decidia a aventurar-se pela imensidão branca juntamente com seus filhos para tentar espantar os pensamentos conflituosos que corriam velozes por sua mente. Seria uma tentativa inútil de amenizar a dor latente em seu peito, que chegava quase a ser física de tão intensa.

Enquanto caminhava, a tristeza dividia espaço com a dor em seu coração.

O órgão errou uma batida ao lembrar-se que não pudera contar o motivo de ter insistindo de forma árdua para que conseguisse participar daquela reunião que os Starks teriam. O ar parecia querer escapar de seus pulmões quando se recordava de que não compartilhara com o nortenho a alegria de saber que a morte de Viserion não fora em vão e que em seu ventre crescia uma nova vida, uma metade dos dois onde ela sempre julgara estar seco até o fim de seus dias.

Uma criança se formava ali.

Uma parte sua e do homem a quem amava loucamente, por quem daria a vida se necessário fosse.

Um Targaryen quase completamente puro.

Pensar naquilo fazia com que a vontade de estar longe dali aumentasse ainda mais em seu corpo e que a platinada aumentasse a velocidade de seus passos, no mesmo momento em que um mal-estar resolvera abater-se sobre seu corpo, dificilmente ignorado pela mesma que seguia seu caminho de forma quase inabalável.

Eu preciso sair daqui. Eu preciso ficar bem, por mim e por esse bebê.

Porém, antes de conseguir concluir seu objetivo, sentira seu ombro bater levemente no de alguém que não reconhecera de imediato. No entanto, não levara mais que um segundo para reconhecer a voz acusatória e raivosa de Sansa Stark, que aparentemente resolvera abordá-la estando diante de alguns servos e vassalos de Winterfell.

- Ora, vejamos quem temos aqui. Daenerys Targaryen, a que se autoproclama rainha dos Sete Reinos. Eu realmente não sei porque permanece em nossas terras e qual o seu objetivo para com o Norte, sua farsante, mas garanto a você que não o conseguirá. Nem mesmo Jon você conseguirá ter, Rainha Louca. Ele jamais se submeterá a você e você jamais será aceita por nenhum nortenho. Você não pertence a este lugar e o Norte não pertence a você. Junte seus pertences e suas tropas e volte para o castelo falido de onde você nunca deveria ter saído. Nós não precisamos de você aqui.

O sorriso vitorioso que a jovem ruiva abrira nos finos lábios ao presenciar uma pontada repentina de dor nos olhos lilases fora rapidamente apagado ao ouvir a voz fria de Daenerys.

- Se não precisam, por que foram atrás de mim? Não se preocupe, Lady Sansa, assim que eu resolver algumas questões com seu amado irmão, estarei de partida para Essos. Mas, ouça bem, o Norte me pertence e eu não abrirei mão de nenhum pedaço de terra. Meus antepassados foram conquistadores temidos. Fogo e sangue é o lema de minha casa. Seu irmão dobrou o joelho a mim no momento em que salvei sua vida miserável, juntamente com a de seus amigos, dos caminhantes brancos e perdi um de meus dragões por isso. O Norte, goste você ou não, é meu. E se você ou qualquer outro se recusar a dobrar o joelho, serei obrigada a utilizar a força física dos Imaculados e dothraki. Eu irei atender seu desejo e partirei o mais rápido possível. Mas, tenho mais uma última coisa a lhe dizer: boa sorte em derrotar o exército dos mortos sem mim e minhas forças. Rogue aos deuses que segue para que eles lhe enviem ajuda, já que desprezaram a minha. Passar bem, milady.

Sem mais uma palavra, a rainha ignorara o rosto alarmado da jovem Stark e se pôs a continuar seu caminho, sem notar o pavor adornando cada expressão daqueles que ouviram as palavras da última Targaryen. 


Notas Finais


Então, é isto.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...