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História Used to Love Her (Hiatus) - I miss You


Escrita por: JubsStradlin

Notas do Autor


Olá meus fofushos. Quem é vivo sempre aparece e aqui estou eu.

Espero que gostem do capítulo

Criei uma pequena playlist com as músicas da história, e ao decorrer vou adicionando em seus respectivos capítulos, espero que curtam.
https://www.youtube.com/playlist?list=PLe8CUAA2EfAUU4eumVC6Mw0u2ZxWILnwI

Capítulo 5 - I miss You


Fanfic / Fanfiction Used to Love Her (Hiatus) - I miss You

Capítulo 4: Eu sinto sua falta  

 

Pov's Katherine Fletcher

Tudo segue seu caminho, todos os dias os pássaros traçam uma rota para se abrigarem em outro lugar, o planeta gira em rotação para um novo dia que vira e nós seguimos nosso destino incerto, as vezes de forma errada, mas sempre cheio de escolhas. Basta que saibamos apreciar os mínimos detalhes, pois todos nós sabemos que um minuto para quem está em constante movimento passa como um segundo, já quando se aproveita seu tempo reparando em tudo a sua volta  esse um minuto é como se fossem horas, o tempo não passa rápido, você é quem está com a cabeça cheia  para perceber isso. No mesmo segundo que estamos de olhos abertos nessa correria diária, respirando e falando loucamente, podemos estar em outro deitado em um caixão sem a possibilidade de um amanhã. A vida é um suspiro,   não sabemos quando será o nosso ultimo minuto.

Após todo aquele clima pesado de velório eu só queria uma coisa, chegar em casa tomar um bom banho e dormir até o outro dia. Lizy havia ficado lá com seus familiares para se consolarem, detesto lembrar o modo em que a deixei, ela parecia tão abatida, não queria acreditar no que tinha acontecido, na verdade nem eu estava acreditando, ele era tão novo e teve um fim trágico, morrer afogado, deve ser agonizante. Não se sabe ao certo se ele havia realmente se afogado acidentalmente ou propositalmente, mas o estado em que a família se encontrava não era sábio levantar especulações sobre a causa. Uma coisa é certa, não posso deixar que Lizy continue nessa vibe, sei que ainda é cedo para dizer isso, mas não quero ver minha melhor amiga sofrendo e já sei exatamente o que fazer para distrair sua mente do ocorrido. 

                                                                                                          ***

 

Acordei na manhã seguinte me sentindo indisposta e de um humor tenso, sabia que deveria ser cedo pois ainda ouvia pássaros cantando do lado de fora. A janela estava entreaberta e entrava uma brisa fresca da manhã balançando as cortinas, olhei para o relógio que ficava em cima do criado-mudo e ele marcava 07:05, me levantei totalmente decidida do que iria fazer ao decorrer do dia, me encaminhei até o banheiro que ficava no próprio quarto lá me despi lentamente, me olhava no espelho durante o processo, podia notar um cansaço eminente em minha face mesmo com uma noite bem dormida, e infelizmente sabia exatamente do que se tratava; meu trabalho, responsabilidades e cobranças, eu definitivamente detestei a parte da vida em que temos que enfim crescer e nos tornarmos adultos independentes.

 

— Bom dia Katherine, você parece ótima, -menti- agora entendi o motivo de chover homens na sua horta. 

 

Não me contive e acabei soltando uma risada de tamanha estupidez que estava proferindo, tudo bem que eu me sentia um pouco sozinha, mas não me encontrava desesperada por uma companhia masculina. 

Entrei em baixo do chuveiro e o liguei deixando a água escorrer por todo o corpo enquanto passava minhas mãos no meu rosto indo em direção aos cabelos, eu amava esta parte do dia, quando tomava meu banho e repensava em tudo o que estava acontecendo, o único porém é que nesses últimos tempos tudo tem se fechado ao meu redor e as únicas coisas que encontro para pensar me fazem ficar deprimida e acabar como estou agora, deixando as lagrimas escorrerem pelo rosto junto com a água doce que molha minha pele.

 Após o banho me vesti de maneira confortável saindo apressadamente de casa, precisava ser rápida ou se não acabaria perdendo o horário de visita. Passei em uma cafeteria para comprar meu precioso café da manhã que fui tomando enquanto andava rumo a estação de trem, meu trajeto era curto até o hospital onde me minha mãe se encontrava, então logo já estava me dirigindo para dentro dele indo rumo ao seu quarto. Assim que pisei no local senti uma tremenda dor no peito como todas outras vezes, minha mãe estava deitada em uma cama com fios por toda a parte, mascara de oxigênio e um aparelho monitorava os seus batimentos cardíacos,  o que só aumentava minha agonia. Sempre que possível estava vindo vê-la mas não poderia esperar para enfim falar com ela e obter uma resposta, não continuar para sempre em um monólogo . Andei até perto de sua cama para poder segurar em sua mão, fazia carinho de uma forma ansiosa, eu estava super nervosa estando ali.

 

— Oi mãe, sou sua Kathe, estou tão ansiosa para conversarmos novamente, -respirei fundo para não chorar- aconteceram tantas coisas, mas temo não poder ficar aqui por muito tempo... O primo da Lizy  faleceu ontem e eu queria poder anima-la de alguma forma, estou indo para casa dela assim que sair daqui.
   Bom, acho que não tenho muitas noticias boas para serem ditas, a única que salva é que conheci um garoto ontem mesmo, não deveria estar te contando por ser tão recente -soltei uma risada- mas ele parece ser gente boa, ele me chamou para um tipo de encontro, se é que posso dizer assim, enfim, não quero criar expectativas com isso. Posso até negar, mas me sinto sozinha, -suspiro ao sentir todo o cansaço mental cair sob meus ombros- na verdade, eu sinto sua falta, por favor mãe, acorda logo, não consigo me imaginar em um mundo sem você, até a forma em que você brigava comigo me faz falta. Juro que estou tentando o máximo que posso para não me deixar cair, mas está muito difícil e piora tudo em não ter você aqui comigo.

Beijei sua testa para poder me despedir, já estava em beira as lágrimas, mas tive de me conter, se quero ser forte tenho que agir por onde. Sai de seu quarto pesarosa por deixa-la naquela cama, mas infelizmente era uma experiencia que sou obrigada a passar todas vezes que venho vê-la.
                     

                                                                                                             ***


  Estava parada em frente a uma enorme porta branca aguardando alguém me atender, momentos depois pude ouvir passos apressados em minha direção logo revelando a mãe e Lizy.

 

— Bom dia Kathe, -ela sorriu sem humor- que bom que veio, Lizy está em seu quarto. Tente anima-la e fazer com que ela tome o café da manhã, está sem comer nada desde ontem.

— Bom dia tia Soph. -adentrei sua casa já indo em direção ao quarto da minha amiga- Tentarei meu melhor para ver um sorriso em seu rosto.

Subi as escadas rápido pulando de dois em dois degraus até chegar em uma porta cheia de adesivos, bem clichê de adolescente rebelde, sorri nostálgica ao lembrar da época em que os colamos ali.

— Lizyyy.  - entrei em seu quarto me deparando com ela jogada em sua cama e fitando o teto branco. Ela não se mexeu um milimetro sequer, mesmo com eu a chamando. Era notável a tristeza em seu semblante. 

  Me encaminhei até a beira de sua cama e me sentei na mesma, foi quando em fim ela virou seu rosto de lado para me olhar, nessa hora ela não aguentou, fez cara de choro e logo já estava se derramando em lágrimas. Acariciei seu rosto com as costas da mão para seca-lo e tentar acalma-la, mas era quase missão impossível. 

— Ah meu amor. -suspirei triste enquanto colocava sua cabeça em minhas coxas. Era terrível vê-la esse estado.- Sei o quanto dói e também sei que o melhor a se fazer é jogar todo esse sentimento para fora. Eu acredito em você, sei que é forte e poderosa, momentos como esse são horríveis, mas você não pode se deixar de lado, sua mãe me disse que você nem se alimentou.

— Eu não tenho fome. -ela disse com uma voz rouca e chorosa.

— Mas seu corpo precisa disso para se manter.

— Kathe, não tenho vontade de fazer nada.

— Imagino que sim, vocês eram como irmãos. Aposto que ele não iria querer que você ficasse nesse estado.

— Não tem como saber. Ele se foi. -ela voltou a chorar- Nunca voltará a ser como antes, nunca o verei tocar novamente. Tenho medo de esquece-lo, esquecer sua risada, sua voz, tudo. Eu o amava Kathe, ele foi o irmão que nunca tive. 

Senti meu coração se partindo em um milhão de pedacinhos, a dor era terrível. As vezes gostaria de ser menos empática, talvez assim não sofresse tanto. 

— Você precisa de um banho para renovar os ares -ela apenas concordou com a cabeça se levantando lentamente indo rumo ao banheiro.

Quinze minutos se passaram e ela já estava de volta enrolada em uma toalha. Seu nariz e olhos vermelhos era algo que contrastava fortemente com  sua pele branca, dando a entender que havia chorado durante todo o banho. Eu a entendia completamente.

— Como se sente? 

— Um pouco melhor.

— Ótimo. Vista-se e vamos comer alguma coisa. - me levantei da cama - Melhor ainda, vamos na sua padaria favorita comer Donuts e tomar aquele cappuccino de respeito!

— Kathe, já está na hora do almoço. -ela suspirou enquanto se vestia - Sem contar que as coisas de lá são caras. 

— Ah, fala sério. Nós fazemos nosso próprio horário, quanto ao valor, isso é um presente de bom dia. 
                                                                                                                   *** 


   Estávamos sentadas em um banco no parque próximo ao café, comíamos nossas rosquinhas maravilhosas enquanto jogávamos conversa fora, era percepitível que seu humor havia melhorado, ao menos um pouco, em relação a quando cheguei. Ela já estava até sorrindo, um ponto para mim! Poderia dizer a tia Soph que havia obtido sucesso. 

— O que você tanto pensa? -ela indagou curiosa.

— Eu... Bem, estava pensando em uma proposta que recebi. -olhei em seus olhos- Sábado, conheci um cara...

— Haha. Que maravilha! Como ele chama? - óh céus Lizy, não era para tanto. 

— Izzy -pude ver que sua expressão havia mudado um pouco. Alegria, espanto ou talvez ciúmes? Só sei que suas bochechas ficaram rubro.- Ele me chamou para assistir a apresentação de sua banda, naquele bar que já fomos algumas vezes com a Ceci. 

 Cecilia era uma garota de cabelos ondulados em um castanho e olhos quase da mesma cor, se não um pouco mais claros, seu rosto era todo salpicado por sardas e de corpo muito esbelta e esguia, ela trabalhava conosco no escritório e quando podíamos estávamos saindo as três juntas. Nos divertíamos horrores com seu humor e carisma, era definitivamente uma ótima pessoa para se manter ao lado.
 

— Você provavelmente deve conhece-lo. - eu até diria que era da banda de seu primo, mas eu não queria tocar no assunto para não deixa-la triste novamente- Bom, eu estava querendo ir, mas gostaria muito que você estivesse lá comigo.

— Kathe, você sabe que é tudo muito recente, não sei se estou no clima para ir. E respondendo, sim eu o conheço, só faz um tempinho que não nos vemos. 

— Eu tenho certeza que até terça você vai estar perfeitamente bem. 

— Veremos. 

O restante do dia passou voando, andamos um pouco no shopping  e logo ao final da tarde voltamos para sua casa. Jantamos e depois de um tempo decidi ir embora para a minha própria, no dia seguinte teria de trabalhar sozinha e dobrado, pois não teria ninguém para ficar no lugar da Lizy, ela ficaria o resto da semana em casa, como havia combinado com o chefe. 
                             

                                                                                                           ***

 

 O dia seguinte se passou livre de estres, não fui obrigada a encarar o Cater e não tive nenhuma amolação, ao contrario do que pensei. Na medida do possível tudo estava correndo bem, em comparação ao outros foi um dia nublado e não tempestuoso. Deveria agradecer por isso, quem sabe as portas não estivessem mostrando uma fresta enfim?! Continuaria com esse pensamento para que ele pudesse se tornar realidade.  

 No dia seguinte não posso dizer que ocorreu tudo as mil maravilhas se contar a parte em que eu fui assediada verbalmente pelo meu terrível chefe, outro dia normal na Emperor Company. Eu emanava uma áurea horrível devido ao cansaço e ao mau humor, mas já estava acostumada com isso e todos a minha volta também, infelizmente. Prefiro acreditar que isso seja uma fase e tudo ficará bem ao encontrar o final do arco-iris. 
                                                 

                              ***

 

 Como havia planejado mais cedo, assim que saísse do trabalho iria direto para a casa da Lizy. Adentrei em meu carro e segui meu rumo. Ao chegar lá me deparei com uma Lizy sentada no sofá assistindo ao noticiário em quanto comia sorvete, deplorável. Ao menos recebi um sorriso assim que ela me viu. 

— Boa noite minha boneca. -sorri para ela- Vim te buscar.

— E posso saber pra onde? Achei que faríamos uma festa do pijama em comemoração ao feriado de amanhã. 

— Não se finja de boba Elizabeth, você sabe muito bem onde vamos. -ela revirou os olhos. 

— Kathe, eu não sei se quero... Já te disse que...

— Mas você não pode ficar enfurnada em casa o resto de seus dias, eu não vou deixar. -disse bicuda- Não estou reconhecendo minha amiga que adora uma festa. Vamos nos aprontar logo, eu ainda nem tomei banho. 

 

Sem esperar por uma resposta já fui subindo em direção ao banheiro em seu quarto, andava em sua casa como se fosse minha, me sentia segura e confortável aqui. 

  Quando já estava me preparando para uma ducha rápida ouvi Lizy entrar no comodo resmungando "o que não faço por você".  Mesmo não dando o braço a torcer tenho certeza de que ela estava amando a ideia de dar uma espairecida e rever a antiga banda de seu primo.  Admito que fiquei surpresa com meu exito em convence-la a sair. 

 Minutos se passaram e eu já havia terminado o que tinha de ser feito, ao sair do banheiro me deparei com uma Elizabeth incrivelmente linda, usando um vestido azul marinho preso até a cintura e rodado na saia, ela estava meiga como sempre era, estava exuberante. Usava uma make clara que chamava atenção para seus olhos azuis, perfeita! 

Quando enfim terminamos de nos produzir percebemos que já estávamos bem atrasadas, as horas passaram voando, só nos restava sair que nem loucas estrada afora. Confesso que me encontrava um pouco ansiosa para rever aquele cara pálido e magrelo, ele tinha algo de especial que eu não sabia explicar. Não poderia perder um minuto sequer de sua apresentação, algo me dizia que seria incrível.
                                 

                                                                                                           *** 

 

  Meia hora depois estávamos paradas na frente do bar, estava cheio  de pessoas de tudo quanto é tipo e estilo, umas já bêbadas e outras apenas conversando enquanto aguardavam para entrar, estava realmente energizante a atmosfera, eu amava isso e a Lizy também.

— Ali, olha. É o Peter. - Lizy apontou para a porta dos fundos, Peter era um dos seguranças do local, nós o conhecíamos por termos estudado juntos no ensino médio.- Vamos lá.   

— Oi Peter -Lizy o cumprimentou sorrindo.

— Boa noite meninas. 

— Posso te pedir um pequeno favor? -ele acenou.- Estamos um poco atrasadas e tá lotado ali  fora, tem como deixar a gente entrar por aqui? 

 

Não pude deixar de sorrir com sua cara de pau e ele acabou fazendo o mesmo.

 

— O que não faço por velhas amigas. -Ele rapidamente nos deu passagem para entrarmos pela portinha que dava acesso  para os fundos do palco. Enquanto estávamos  esperando Peter nos explicar como faríamos para ir para o bar ouvia de fundo os instrumentos tocando uma melodia agitada que contagiava a galera. "Vamos fazer uma rápida pausa de quinze minutos e já já estaremos de volta", a musica foi substituída por uma gravação. Ai não, eles viriam pra cá, estava nervosa, iria enfim revê-lo. 

— Kathe? Estou te chamando faz meia hora, -exagerada- está me ouvindo?

— Desculpe, estava em meio a devaneios.

— Percebi. Vamos? 

— Claro. -Izzy terá de esperar até o final do show. 

  Caminhávamos por um corredor estreito quando de repente Lizy parou no meio do caminho. Pude perceber que havia um homem a sua frente do qual não conseguia ver o rosto por Lizy estar obstruindo minha visão. Senti um leve odor de suor, provavelmente do show eloquente que estava produzindo.

— Oi - Ele disse em uma voz rouca e arrastada.
 

 

 

 

 


  Seria ele? Seria o Izzy? 
   


Notas Finais


E ai? Será que é nosso albino?

Gostaram? Espero que sim.

Até o próximo capitulo.

Xx. Jubs


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