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História Valentine's day - Anrestes - Erotes, Noto e asas quebradas



Notas do Autor


Oi fofinhos, é a Arle com mais uma história pra vocês. Dessa vez com Anteros e Orestes, espero que gostem 🥰😊

Capítulo 22 - Anrestes - Erotes, Noto e asas quebradas



Anteros tinha motivos, para não gostar de trabalhar com os Erotes de Afrodite, eles eram arrogantes e faziam brincadeiras de muito mal gosto. O deus do amor correspondido estava fazendo seu trabalho, quando um grupo de Erotes apareceu, ele sabia que aquela aparência fofinha não era a real, era só mais um truque dos deuses do amor. Quanto mais inofensivo, mais fácil de se aproximar das "vítimas", ou se safar, caso algo desse errado. As pessoas tendiam a se compadecer de criancinhas_em tese_, o próprio Anteros já havia usado esse método antes. Mas a questão é, os bastardinhos estavam atrapalhando seu trabalho. 


- Será que dá para vocês pararem de ficar nas minhas penas, e fazerem o trabalho de vocês, e me deixarem fazer o meu ?



Eles riram. 



- Ah Anteros, a gente só está se divertindo. 



Eles ficaram de cabeça pra baixo, cutucando o deus com as pontas de suas flechas.



- PELO TÁRTARO, VOCÊS SÃO CHATOS, EM. 

- Vamos Ant, brinca com a gente.



Ele desviou deles, mas os pestinhas eram chatos. Anteros vôo o mais rápido que pode. 



- CUIDADO. - Grita um dos ventis, passando. 



As duas divindades trombaram, o venti em questão era Noto, seu cunhado. O vento sul perdeu o controle e acidentalmente, varreu tudo que estava no ar. Ele mesmo, Anteros e os Erotes. O deus do amor correspondido até tentou voar, mas estava tão atordoado, que não conseguiu parar até colidir com a clareira lá em baixo. 


* * * 



Orestes estava cuidando de seu pequeno jardim, quando escutou um barulho alto vindo da clareira, o deus do outono se levantou, de onde estava agachado, cuidando dos morangos. Ele andou cautelosamente até onde veio o barulho, quando se aproximou, pode ouvir pequenos choramingos. Uma criança pequena e com asas, qualquer um ficaria encantado, pensando se tratar de um anjinho, ou até mesmo um erote. Mas ele reconheceria aquele par de asas em qualquer lugar. O deus suspirou e caminhou devagar, para não assustar a outra divindade.



- Ant. 



A miniatura de seu namorado olhou pra cima, grandes olhos verdes, cabelos pretos rebeldes, bochechas rosadas e cheinhas. 




- O-Ori. - As mãozinhas gordinhas seguravam uma das asas. 

- O que aconteceu, meu amor ? - Com a fala mansa, Orestes se abaixou na frente do pequenino. 

- Ca-i, d-dói.

- Posso ver ? 



O outro balançou a cabeça, o filho de Deméter com o máximo de cuidado, analisou a asa da divindade do amor. Quebrada. 



- Vamos precisar cuidar, você consegue andar?



Anteros balançou a cabeça confirmando, mas mesmo assim levantou os bracinhos. Orestes riu e o pegou no colo. 




- Por que você mudou?

- E-eu não sei. - Ele escondeu o rosto no ombro do mais alto, enquanto choramingava. 



Orestes imaginou que a dor o deixou tão desorientado, que ele mudou sem nem ao menos notar. 



- Tudo bem, vamos cuidar de você. 



O filho de Deméter e Astreu carregou o deus do amor choramingante, até a cabana. Ele o sentou na mesa da cozinha e suspirou. 



- O que você vai fazer? 

- Tirar esses pedaços de galho.

- V-vai doer ?



O coração do deus do outono se partiu em mil pedaços, ao ver aqueles lindos olhos o olhando tanta dor e medo.



- Infelizmente sim, mas é para o seu bem, eles não podem ficar ai. Você confia em mim, não é?

- S-sim.

- Você é um menininho corajoso, baby. 

- Sim? 



Com cuidado, Orestes tirou cada pedaço de galho, que perfurava as asas do namorado. Limpou e colocou ataduras. Suas mãos tremerem durante todo o processo, com cada gemido, chiado e grito de dor, do deus alado. 



- Shii, shii, tá tudo bem, pronto, pronto. Já acabou, meu amor.  

- A-asinha ? 

- Eu não tenho como fazer isso, vou precisar chamar Apollo. 



Orestes carregou Anteros até seu quarto, o colocando na cama. Ele teria que mandar uma mensagem de Íris para o deus do sol, ainda não se dava muito bem com os aparelhos eletrônicos.  


* * * 


Os gritos de dor de Anteros podiam ser ouvidos a kilometros de distancia. O filho de Poseidon e Nerites estava deitado de bruços, no colo do namorado, que estava escorado na cabeceira da cama. Apollo tinha os olhos fechados, enquanto cantava baixinho, uma antiga canção de cura, suas mãos brilhavam e irradiavam calor. Voltando ao deus do amor correspondido, ele mudava de criança a adulto, de adulto a criança, cada vez que as dores ficavam muito intensas, ele estava encharcado de suor, seus soluços eram de partir o coração. 

O deus da cura abriu os olhos, que aos poucos foram perdendo sua tonalidade original, para voltarem as azuis, o brilho em suas mãos havia sumido. 



- Você teve uma queda feia, em amiguinho. - Ele sorriu e fez um carinho na perna do primo. - Mas vai ficar bem, só precisa de uma soneca. 

- Obrigado por vir, Apollo. Eu realmente não sabia o que fazer. 

- É um dos meus trabalhos Ori, não precisa me agradecer, faço ele com gosto. E você mandou bem com os machucados nas asas e nos outros lugares. 



O deus do outono corou com o elogio. 


- Obrigado. 

- Afinal, o que aconteceu com ele ?

- Pelo que ele me disse, uns Erotes o incomodaram. Quando tentou voar mais rápido pra se livrar deles, colidiu com Noto, que perdeu o controle e arremessou todos longe.

- Esses Erotes são uma pedra no sapato de qualquer um. - Diz o loiro revirando os olhos. - E Noto ? 

- Eu consegui falar com ele, disse que está bem. Mas está se sentindo culpado. 

- Não foi culpa dele, e sim daqueles demônios alados. De qualquer forma, eu preciso ir. Vou acompanhar Ares em guerra hoje, cuidar dos feridos. 

- Boa sorte.



Apollo sorriu e apertou o ombro do primo, e bagunçou o cabelo do outro. 



- Obrigado, qualquer coisa me chame.



O deus arqueiro sumiu em um feiche de luz, deixando o casal a sós. Anteros estavam em sua forma normal, ocasionalmente, soltava gemidos de dor. 



- Descanse, meu amor, eu vou estar aqui. 


Orestes brincava com os cabelos suados do namorado, enquanto cantava uma canção de ninar, que ouviu Despina cantar para a filha, quando ela teve um pesadelo, na época em que ficou com a irmã e os sobrinhos no Alasca. 


- Não precisa temer, os olhos fechar. - Ele sussurrava baixinho. - Eu não vou, a nenhum lugar. Quando você acordar, eu vou estar aqui, pra te abraçar, pra te sorrir, pra te amar. Durma bem, sonhe sonhos lindos, pra me contar. 


O suspiro contente de seu amado, aqueceu o coração do deus do outono, que também se deixou ser levado pelo sono. 


. . . . 



Quando acordou, Orestes sentiu uma mão brincar com seus dedos. 



- Oi. - Diz com a voz rouca de sono. 



Anteros resmungou, quando a outra mão do namorado pousou em sua asa. 



- Oi. 

- Como se sente?

- Um pouco dolorido, mas melhor. Obrigado por cuidar de mim.

- Ei. - Orestes deu um selinho no deus do amor correspondido. - Sou seu namorado, claro que vou cuidar de você.

- Eu te amo.

- Também te amo, Ant. 



Os dedos longos e finos correram pelas asas de penas macias.As asas de Anteros eram diferentes dos outros deuses alados do amor, eram com as de uma borboleta, só que emplumadas. 


- O-Ori...  


Orestes riu baixinho, ele sabia que as asas eram um ponto sensível para as divindades aladas. Havia descoberto isso ao ouvir Afrodite comentar com Hermes, que Nike fazia sons engraçados, quando tinha suas asas acariciadas. Nunca valeu tanto a pena, saber de uma fofoca. 



- Sim ? - Diz piscando inocentemente, mas com um sorriso travesso. 



Anteros se contorcia e gemia baixinho, o rosto enterrado na barriga do deus do outono. Aquilo era bom, mas lhe causava uma sensação estranha. 



- A-ai não, área sensível.

- Aqui? - Pergunta, correndo os dedos até o meio, enterrando as pontinhas nas penas macias. 

- Ai Nereu, por Oceano.



Ele se contorcia sob o toque, para a total diversão do deus do outono, que riu e beijou a testa de seu parceiro. 



- Eu tenho geleia de morango, quer um sanduíche ?

- Q-quero. 


A respiração da divindade do amor estava levemente ofegante. 



- Então me deixa levantar.

- Uuuh. 

- Anda, anda.



Muito a contra gosto, Anteros rolou de costas, e solta um gemido baixinho. 



- Ah. 

- O que foi ? - Pergunta Orestes preocupado.

- A-ainda dói.

- Vai de vagar, foi uma queda feia Ant. Fica aqui, tá bom?

- Não, eu vou com você. 



Orestes até pensou em protestar, mas seu namorado era teimoso.  




- Você é impossível. 



Anteros se aproximou, e enterrou o rosto no ombro de seu moreno.



- Eu estou carente, Ori.

- Quando você não está carente, amor ?

- Quando estou com você, e ai você me abraça, me beija todinho.



O deus do outono riu, e levantou o rosto do príncipe do mar. 



- Tudo bem, estrelinha do mar. Vamos fazer aquele lanche, e depois voltamos pra cá, para ficar abraçadinhos.

- Com carinhos?

- Com muitos carinhos, muitos e muitos beijinhos.



Orestes salpicou o rosto do namorado de beijos, o fazendo rir. Os dois seguiram para a cozinha, para comer o sanduíche. Quando terminaram, o deus do e cumpriu sua promessa, ficaram na cama, trocando carícias e vários beijos. 

É, até que as vezes os Erotes dão uma bola dentro. Mesmo causando muitas confusões no processo.



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