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História Vampire Draconian - Alimentar-se e alimento ser


Escrita por: SanMP

Notas do Autor


Título de capítulo tosco? Sim, mas eu amei kkk
Adianta que esse capítulo ficou um pouco mais descritivo, e por isso talvez monótono, mas alguns capítulos assim são necessários para que dê desenvolvimento aos personagens, de qualquer forma espero que gostem.

Capítulo 3 - Alimentar-se e alimento ser


Fanfic / Fanfiction Vampire Draconian - Alimentar-se e alimento ser

Guiada pela doce Wendy, Lucy chegou ao banheiro que era integrado a um quarto, ambos tinham uma decoração neutra, porém bastante aconchegante, os móveis, compostos por uma cama grande com mesas de cabeceira de ambos os lados,  um armário de quatro portas, uma cômoda larga de três gavetas, eram de uma madeira escura de aparência bastante resistente, a rouba de cama, a cortina que encobria uma janela ampla com uma pequena sacada, e o tapete felpudo eram de um tom bege, o chão de pedra polida, e na parede ao lado da porta que levava ao banheira, havia uma pequena lareira feita com a mesma pedra usada no chão, com as beiradas em madeira, de frente à mesma, uma pequena mesinha de centro, com uma poltrona cinza de couro com encosto alto posicionado de frente à lareira, e ao lado da mesa, lado oposto da porta do banheiro, uma cadeira de balanço feito em madeira, com uma manta cinza sobreposta.

Já no banheiro, Lucy reparou primeiramente a banheira redonda semelhante a uma grande bacia de madeira, já estava cheia com a água morna, e um pouco de espuma boiava na superfície, sentia um aroma suave de rosas, o chão era o mesmo que o quarto, as paredes também eram de pedra, diferente do quarto que era de painel de madeira escura, havia uma pia com superfície e bacia de mármore sobreposta em um armarinho de madeira, a privada num canto mais afastado parecia uma cadeira de madeira, mas o interior era revestido de porcelana.

_Ele não me disse nada, mas acho que esse será seu quarto. – Comentou Wendy aparentando um sorriso discreto. – Por favor, dispa-se senhorita Lucy, ajudarei a banhá-la.

Lucy ruborizou e se encolheu um pouco, evidenciando seu constrangimento.

_Se não se importa Wendy, gostaria de me lavar sozinha, não tenho costume de receber ajuda com essas coisas. – Respondeu gentilmente.

_Compreendo Lucy-san, mas você está bastante enfraquecida, me deixe pelo menos ajuda-la a entrar e sair da banheira, ela é um pouco alta. – Ponderou, recebendo um aceno de Lucy.

A Loira sentia-se constrangida em se despir na frente de qualquer pessoa, mas Wendy a deixou mais confortável possível, fazendo o possível para não a encarar, Lucy retirou as vestes lentamente, Wendy precisou desatar algumas amarrações na parte de trás do corselet que Lucy usava.  Uma vez nua, Wendy estendeu a mão para a loira, que segurou para se apoiar, e com a mão livre apoiou-se na beirada da banheira, colocou uma perna na água morna, em seguida a outra, e se sentou, a água morna pareceu fazer efeito imediato, relaxando os músculos do corpo dolorido da garota.

_Essa água está maravilhosa. – Disse de olhos fechados.

_Eu coloquei algumas ervas medicinais, vai se sentir renovada quando terminar, a deixarei à vontade senhorita, esperarei do lado de fora, é só chamar quando terminar, a ajudarei a sair.

_Obrigada, Wendy. – Respondeu com um singelo sorriso que demonstrava sua gratidão.

Após alguns minutos mergulhada naquela água, pensando em como poderia sair daquela situação com vida, já começava a sentir a temperatura esfriar, pensou que no momento só o que ela poderia fazer, era conquistar a confiança do Dragneel, tentar estabelecer algum tipo de dependência dele para com ela, ela deveria se tornar alguém indispensável, ou seus dias estariam contados, e não seriam muitos.

_Wendy, terminei. – Anunciou se levantando, não adiantava pensar mais naquele momento, a fome estava tomando conta de toda sua mente.

Logo a pequena de cabelos azulados apareceu no banheiro carregando um roupão macio, estendeu a mão para que Lucy se apoia-se ao sair da banheira, e ajudou-a a vestir a peça.

_Deixei seu traje pronto sobre a cama, já que Natsu-san rasgou seu vestido, peço desculpas pela atitude dele.

_Se ele rasgou, ele me deve desculpas, não assuma os erros alheios, ou vai culpar-se pelo resto da vida por coisas das quais você não tem controle. – Respondeu séria.

_Acho que está certa – Respondeu a menina com o sorriso que não transparecia nem um pingo de felicidade. – Mas não consigo evitar, me desculpe por isso.

Lucy sorriu dando-se por derrotada, era irônico ver alguém se desculpando por pedir desculpas, e mais irônico ainda ver uma criatura tão amável quanto Wendy vivendo com uma tão desprezível quanto o Dragneel, e saber que ambos tinham uma relação mútua de afeto e respeito.

Wendy esperou do lado de fora enquanto Lucy se arrumava, o traje era simples e não apresentava nenhuma dificuldade para vestí-lo, apesar da simplicidade, era inegável a qualidade do tecido e da costura, a peça caiu perfeitamente em seu corpo, o traje era de um azul escuro, podia facilmente ser confundido com preto, cobria seus pés, as mangas longas com pano em excesso, era levemente franzido na região do busto, e um acessório complementava o look, sendo uma fita dourada transpassada na cintura em três voltas, com uma amarração simples na parte da frente. Nos pés calçava uma espécie de bota cano curto, que nada tinha a ver com o traje, mas que deixou Lucy extremamente confortável, agradeceu a falta de senso de doma ou de consideração de quem escolheu suas roupas.

Após vestir-se e pentear os cabelos, deixando-os soltos por ainda estar úmido, saiu do quarto encontrando Wendy logo à porta.

_Me acompanhe.

Lucy assentiu e obedeceu seguindo a garota pelos corredores gélidos iluminados com algumas tochas, só havia uma janela no fim do corredor, por isso o ambiente ali era pouco iluminado mesmo durante o dia. Desceu um lance de escada, e depois outro, até chegar a um ponto onde a escada fazia uma bifurcação, embora ambos os lados levassem ao mesmo ambiente, o Hall de entrada do castelo. Deram a volta na escada indo para trás delas, onde havia um arco que levava a um outro corredor, viraram para a direita e Lucy pôde avistar um pedaço da longa mesa de jantar.

Só a pequena visão da mesa foi capaz de causar-lhe um frio no estômago e um arrepio na pele, não sabia como seria estar na mesma mesa que seu sequestrador. Assim que adentrou a sala de refeições, olhou para a ponta oposta da mesa, onde estava sentado o senhorio daquele castelo, o rosto inexpressivo, encarava as meninas que chegaram, mas não disse nenhuma palavra, continuou segurando uma taça do que parecia ser vinho na mão direita, Wendy indicou a cadeira do lado direito do Dragneel, enquanto se sentou ao lado esquerdo, ficando uma de frente para a outa. A mesa era farta, havia frutas, sucos, chás, café, bolos, pães, Lucy nem sabia o que escolheria.

_Bom dia Natsu-san. – A garota menor cumprimentou, Natsu resmungou em resposta, estava desconfortável pelo fato de seu prato principal, Lucy, estar sentado à mesa junto deles. – Sirva-se Lucy-san.

Lucy acenou e começou a se servir, encheu uma caneca prata com suco, parecia ser de acerola, e cortou uma fatia generosa de bolo de cenoura, estava faminta.

_Não sabia que vampiros comiam comida humana. – Comentou ao ver Wendy partilhar do bolo.

_Não é uma necessidade, é mais por prazer, o sabor da comida humana é bastante agradável. – Explicou-lhe. – Mas nada se compara ao sangue humano, claro. Opa! – Exclamou ao se dar conta do que havia acabado de dizer. – Me desculpe Lucy-san, não quis ofender.

_Não se preocupe, eu não me importaria de deixar você beber do meu sangue, já que você é muito gentil e não precisa usar do seu poder para obrigar ninguém a nada. – Cutucou.

_Não pense que vou me comover com isso, Wendy é boa e inocente demais, eu não. – Respondeu o vampiro secamente. – Apenas coma, de boca cheia você fica calada.

_Grosso!

_Obrigada. – Respondeu com um sorriso orgulhoso.

_Você é mesmo um chato Natsu-san.

_Se eu fosse você, não faria amizade com a novata ainda, não sabemos se ela é confiável e até quando vai durar aqui. – Disse provocativo.

_Não caia nas provocações dele Lucy-san.

_Não se preocupe Wendy, quem vai perder é ele se me matar.

_É isso que veremos, por isso está aqui. – Respondeu encarando-a. – Em breve vai precisar provar se tudo o que disse é verdade, inclusive, mandei buscarem os seus livros, espero que sejam úteis.

_E são.

Comeram alguns minutos em silêncio, quando todos pareceram ter terminado, Natsu se pronunciou.

_Wendy, se já terminou, me deixe a sós com a Lucy um minuto, por favor. – Pediu usando da educação que Lucy jurava que ele não tinha. A garota se levantou assentindo, e se retirou no mesmo instante, Lucy o olhou apreensiva.

_O que você quer? – Ela perguntou o encarando.

_Seu sangue.

_De novo? Eu ainda nem me recuperei da última vez! – Respondeu assustada.

_Se recuperou sim, a comida tem um ingrediente que faz o sangue se recuperar mais rápido, você se sente melhor não é mesmo?

Lucy nada respondeu, mas sua expressão demonstrava sua insegurança.

_Não se preocupe, não vou colocar sua saúde e segurança em risco, ainda preciso saber se tudo o que disse é verdade.

Apesar de ser pelos motivos errados, as palavras de Natsu tranquilizaram-na um pouco, apesar de saber que sentiria dor, e não gostar nenhum pouco disso, era algo suportável, e estava no trato informal que fizeram.

Lucy se levantou, Natsu fez o mesmo, sabendo que aquele gesto representava a permissão da garota, não que ele julgasse necessário tal coisa, se aproximou da moça encostando na mesa, puxou os cabelos longos para o lado deixando o pescoço a mostra, e sem enrolação cravou seus dentes na pela alva, Lucy gemeu e apertou os ombros do vampiro, sentia a região da mordida queimar, Natsu estava inebriado pelo gosto do sangue extremamente agradável ao paladar, e pelo cheiro da pele recém banhada que emanava uma suave fragrância de rosas, era viciante e relaxante, puxava mais o corpo dela contra o seu, apertando-a, voltou à si quando o aperto de Lucy em seus ombros se afrouxaram, escorregando para baixo, e o corpo da garota ficou estranhamente frio, afastou a boca do pescoço alvo, manchado por um filete de sangue, e notou que a garota havia desmaiado, não entendia o motivo, não havia sugado sangue suficiente para que tal coisa acontecesse.

_Wendy! – Gritou enquanto pegava Lucy no colo e corria em direção à escadaria, subiu os degraus apressadamente, encontrando Wendy no topo da escada.

_Ela desmaiou, não entendo, não tomei tanto sangue assim. – Explicava apressado e ofegante sem deixar de andar. Entrou no quarto onde antes Lucy havia se arrumado, e depositou o corpo inerte da garota sobre a cama.

_Examine-a!

Wendy não sabia se era um pedido ou uma ordem, mas com o dedo indicador coletou uma gota de sangue que escorria no pescoço da moça, e levou até a ponta da língua.

_O sangue dela... Não sinto a presença da substância que costumamos usar nas refeições das meninas que você traz, o organismo dela não se recuperou da última vez que você tomou o sangue dela.

 

_Aquela incompetente esqueceu de colocar o ingrediente? – Questionou irritado.

_Provavelmente, mas se você não avisou para colocar a culpa é sua.

Natsu engoliu seco, ele realmente não havia se lembrado de mandar colocar o ingrediente usado na recuperação das garotas, mas quão aérea a cozinheira era para não perceber que havia uma nova fornecedora de sangue na casa? Apesar de que elas não costumavam fazer suas refeições juntas aos donos do castelo, mas Natsu não era do tipo que reconhecia fácil seus erros.

_Ela vai ficar bem? – Perguntou.

_Está preocupado? A garota retrucou provocativa.

_Estou! Ela pode saber de coisas que me serão úteis, não quero perder isso! – Respondeu emburrado, permitia-se ser um pouco infantil quando se estava junto à Wendy, a pureza da menina permitia que ele abaixasse um pouco a guarda.

_Ela vai ficar bem, mas acho que não acorda hoje, vou ministrar um soro que humanos costumam usar, e acrescentarei o ativador de recomposição sanguíneo. – Natsu apenas assentiu, e sentou-se na cama enquanto Wendy saiu para buscar o que precisava para cuidar de Lucy.

Sem ninguém por perto, o vampiro observava a mulher que parecia dormir,  estava pálida e com os lábios desidratados, mas continuava bela, a respiração estava mais fraca, tocou a mão e confirmou que ela continuava fria, foi até o armário e apanhou um cobertor, e voltou para cobri-la, estava incomodado pelo ocorrido,  não que se importasse com ela, dizia para si mesmo, mas não queria perder um trunfo importante que ela poderia ser naquele mundo prestes a entrar em colapso, e principalmente, odiava não cumprir com sua palavra, disse que não colocaria a saúde daquela mulher em risco, e ali estava ela, inerte e fria sobre aquela cama.

_Droga! – Esbravejou demonstrando irritação consigo mesmo. – Quando acordar, vou deixar que me peça um favor, como forma de redimir por ter faltado com minha palavra.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, espero ver todos no próximo capítulo =^.^=


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