História Vampiro Error x Ink(Human!Au) - (Ink) Chapter 11

{Chapter 11}

That's What Everyone Want To

Error deixou-me descansar, mas com esse braço enfaixado, era desconfortável dormir...Resolvo sair de fininho da cama e ir em direção ao armário. Nele, eu podia empurrar e revelar uma passagem secreta, mas como estava com meu braço machucado, acho difícil eu conseguir...o que me resta é abrir a porta do quarto e dizer a Error que não consigo dormir... 

Porém, ao abrir a porta, encontrara o corredor vazio, apenas algumas das damas chegando para o trabalho. Eu as cumprimentei, mas claro que elas ficaram preocupadas com meu estado. Disse à elas que foi um pequeno acidente e que ficaria bem. O mais importante agora é saber onde foi Error. 

-Vocês o viram por ai?- Pergunto. 

-Ele já havia saído quando chegamos.- Uma das damas disse. 

-Entendi. Me avisem quando ele chegar, preciso falar com ele.- Digo e volto para o quarto. 

-Antes disso, gostaria de alguma coisa, senhor?- A dama mais velha, perguntou, com um sorriso meigo. 

-Eu gostaria de um chá e panquecas.- Digo, sorrindo. 

Volto para meu quarto e espero o meu lanche. É muito tédio quando não posso fazer minhas tarefas, pois qualquer coisa que mexo o braço, sinto ou um incômodo, ou uma dor... 

Suspiro e fico olhando o imenso teto de meu quarto...sinto falta de minha família. Meus irmãos eram travessos e minhas irmãs, atenciosas. Minha mãe era uma gênia e meu pai? Bem... um homem cheio de negócios... 

Isso dói...eles se foram e a culpa é minha... queria que fosse diferente, nunca desejei algo assim. Eu...me odeio. 

É isso, odeio minha vida. Odeio minha aparência, minha personalidade vazia, meus olhos estranhos, eu sou uma pessoa desprezível...não é? 

Sentia minhas lagrimas começarem a molhar o travesseiro. Ouço a porta bater e enxugo minhas lagrimas. 

-Senhor, aqui está seu chá e sua panquecas.-Ela me encara. 

-A-ah, obrigado.- Sorri, começando a comer. 

-Está tudo bem com o senhor?- Perguntou e eu acabei me engasgando com a comida. 

-S-sim, por que?- Digo, nervoso. 

-Seus olhos estão vermelhos, assim como seu rosto. 

Fico envergonhado, as pessoas conseguem perceber tudo que está de errado comigo só por causa de meu rosto...eu odeio isso. 

-Eu estou bem, não se preocupe.- Sorri, não quero preocupá-la. 

-Se você diz...estou aqui para o que precisar.- Ela sorriu e se retirou. 

É estranho como as pessoas sorriem para aqueles que se importam, como se eles não se importassem consigo e sim, com a pessoa próxima...eu admiro isso... mas o que fazer se eu me importo com a pessoa que se importa comigo? 

Error ainda não voltou...o que aconteceu? Ele...foi embora, será? Foi por causa de eu ter o desobedecido... tenho certeza. Eu fui teimoso de ter saído daquele lugar pois estava preocupado e agora, ele ficou irritado, não só isso... mas eu o fiz confessar tudo, ter que ver aquela pessoa...era um clima tenso... 

“-Agora que sabe a verdade, você o ama como antes?”- A voz de dream ecoou em minha mente. 

“-Sim... mesmo depois de tudo...” 

Por que eu disse isso? Ele não me ama como eu o amo...e isso dói. 

Dream... eu preciso conversar com ele, quero saber mais sobre o passado dele e de Error. 

Me troco rapidamente e desço as escadas. 

-Estarei fora por um tempo, provavelmente voltarei antes da janta.- Digo para uma das damas e saio de casa. 

Pego a carruagem e dirijo-me para a casa de Dream, sim, eu lembro onde era. Sou atencioso pelo menos. 

Chego lá e bato na porta três vezes. Ouço passos e logo, ouço a tranca da porta. 

-Ah, Ink. O que faz aqui? Algum problema com o braço? 

-Não, por enquanto...quero conversar com você.- Digo sério. 

Ele concorda com a cabeça e deixa-me entrar. Sento na sala de estar. Dream foi pegar alguma coisa para bebermos na cozinha. 

-Gosta de café?-Perguntou. 

-Sim, mas prefiro chá de camomila.-Digo. 

-Eu também.- Ele disse e entrega-me uma xícara. 

-Obrigado.- Tomo um gole do café. 

-Então, sobre o que quer conversar? Deixe-me adivinhar, é sobre Error? Vejo que ele não está. 

Dou uma pausa e suspiro. 

-Como era a relação de vocês antes desse incidente? Como era Error nesse tempo? 

Dream pareceu curioso e respondeu calmamente: 

-Nightmare e Error sempre foram amigos, assim como eu sempre fui amigo de Blue... Error conheceu-o durante uma festa onde os quatro estavam. Eles ainda não eram vampiros, meu irmão e eu deixamos os dois a sós e essa foi a primeira vez deles juntos. Depois, durante um ataque, Error e Nightmare foram mordidos e ficaram um tempo desaparecidos... quando voltaram, Error estava diferente. Ele estava mais frio e Nightmare, mais malicioso. Tentei afastar Blue de Error, mas acabei recebendo isso como aviso.- Ele me mostra uma cicatriz enorme que vinha de seu pescoço até seu peito.- Blue ficou com Error para não me machucar...por um bom tempo eu não podia conversar com ele...até eu saber de sua morte. Nightmare havia contado tudo. Eu expulsei meu irmão dessa casa e cortei meus laços com Error, que estava realmente quebrado. 

-Como ele era antes disso?-Pergunto. 

-Ele tinha cabelo jogado para o lado, era arrumado até. Ele era meu inseguro e antissocial.-Dream abre um sorriso pequeno.- Olha, se eu fosse você, tomaria cuidado com Error... 

-Eu sei... ele saiu e não voltou até agora.- Digo e sinto um aperto. 

-Ink... agora que estou lembrando-me... você é filho daquela mulher que foi considerada bruxa, certo?- Dream pergunta e eu concordo com a cabeça.- Foi nesse dia que Blue também foi condenado... 

Meus olhos arregalaram. Quando minha mãe morreu, o namorado de Error também morreu... isso é uma coincidência até. 

-Ouvi dizer que o filho ficou internado depois disso... e nesse meio tempo, a família toda morreu...era você, certo? 

E nessa hora, um monte de memórias veio-me em mente. Sim, eu fui internado por um trauma bem grande. Os gritos veio-me à cabeça, estava tremendo. Demorou para Dream perceber isso e veio até mim. Eu já estava enlouquecendo e chorando. 

-I-Ink, saia disso, por favor!- Dream me balançava e falava comigo, já que eu estava perdendo a consciência. Não aguentei e acabei desmaiando. 

Ao abrir os olhos, me encontrei em um lugar totalmente branco...não...eu voltei para cá, que legal. 

-Você deve ser Ink certo? Venha comigo.- Disse um homem alto. 

Eu o sigo. Não tinha porque seguir outro caminho...eu lembro-me perfeitamente como esse lugar era horrível. Várias crianças e orfãos da minha idade viviam aqui pois não tinham para onde ir. Eu, claro, já não era o mesmo. Eu não sentia nada a não ser achar uma forma de enlouquecer aqui ou simplesmente morrer nesse lugar. 

Até que era bom o lugar. Era limpo e a comida era boa, mas claro que todo lugar tem seus segredos. 

Acontece que eles estavam fazendo um experimento com aqueles que achavam ser “bruxos” ou “vampiros”, então eles nos torturavam com alho, remédios, sal grosso, essas coisas. 

Sempre quando esperava minha vez, ouvia alguma criança chorar. Algumas tinha sangue desses “monstros” eu, claro, não era afetado. Eu estava vazio o suficiente para não sentir essas dores. 

À noite, o sono não via, pois aquilo que me enlouquecia era a minha família. Quando descobri que todos haviam morrido, logo me veio em mente... meus irmãos queriam me salvar, mas não conseguiram... 

Logo, minha visão fica embaçada e me encontro em um quarto diferente. Uma dor de cabeça começa a surgir. Algo estava estranho, não com a casa, mas comigo. 

-Ah, finalmente acordou.- Uma pessoa entrou naquele quarto, quem era? 

Essa pessoa usava vestimentas azuis, seu cabelo era castanho claro... olhos azuis bem confiantes e um sorriso gentil. 

Eu tentei perguntar quem era, mas minha voz não saía. 

-Não se preocupe, você irá acordar de verdade. Mas eu consegui usar um pouco de minha magia para falar com você. Ink, certo? 

Não me recordava do nome dessa pessoa... por que? Eu já o vi antes... 

-Não deve se lembrar de mim...eu estou aqui para cumprir seu desejo...a morte.- Ele dá um sorriso malicioso. 

Ele estende a mão e meu corpo se movimenta sozinho. Essa pessoa, com sua outra mão, entrega-me uma faca, na qual parecia um tanto quanto bonita e era dourada. 

Eu consegui dar um sorriso fraco, já que é um sonho, posso fazer isso. Não irá ser verdade. 

Até por que, é o que a maioria quer. 

A pessoa senta-se na cama, como se estivesse vendo um show. Viro-me para ele, com um sorriso vazio, giro a faca para minha direção e... 

Ao acordar, me sinto pesado e minha visão estava fraca, apenas enxergava uma cor bem vibrante...um vermelho vibrante. Então não era um sonho afinal... 

-Ink, está acordado?- Ouço uma voz familiar, mas estava paralizado. Ouço uma porta abrir e um grito chamando por mim...então...minha visão escureceu. 

Continua...