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História Vans On - Lost Girl


Escrita por: mattesquisito e mendesgilinsky

Notas do Autor


HOLAAAAAAAAAAAAAAAAA MIS AMIGOSSSSSSSSSS esquece o espanhol eu odeio essa lingua

entao mores, espero não ter demorado muito nesse cap haeuaeh entaooooo eu prevejo que voces vao me matar, me esquartejar, desejar a minha morte, me torturar na cabeça de vcs e chorar bastante com esse capítulo, mas assim, eu nao fiz por mal AHEAUEHAUEHAUEHA

espero que vcs gostem bjoka

Capítulo 31 - Lost Girl


Lydia’s POV

Depois de fazer com que eles me mostrassem todos os tweets possíveis, eu fui obrigada a sair do refeitório. A minha cabeça estava doendo com todas aquelas informações, e tudo o que eu queria fazer era ir atrás da minha melhor amiga. É claro que eu não podia.

Eu fui até o meu armário e me escorei nele, fechando os olhos enquanto sentia a minha respiração pesar. Quando abri os olhos novamente, percebi que Shawn vinha correndo até a minha direção. O corredor estava vazio, já que todos ainda estavam almoçando.

- Ei, Lydia... – ele começou a dizer, quando parou do meu lado. – Vai ficar tudo bem.

- Eu sei que vai. – eu disse, forçando um sorriso para ele. – Mas eu ainda não acredito que vocês esconderam tudo isso...

- Se eu soubesse que era tão grave, eu teria te contado. – Shawn disse. – Você sabe que sim. Mas eu não leio muito a minha timeline, e...

- Você não precisa se desculpar. – eu respirei fundo. – Se eles queriam manter segredo, era meio óbvio que ela iria descobrir em algum momento.

Shawn sorriu, relaxando os ombros um pouco. Eu aproveitei o silêncio para abrir o meu armário e começar a tirar os meus livros de lá de dentro, já que o sinal para a primeira aula do período da tarde estava prestes a tocar.

- Então... – ele voltou a dizer, enquanto eu pegava um livro pesado de matemática. – Você ainda vai lá em casa hoje a noite?

Eu abri a boca em surpresa, me lembrando do convite dele. Minha testa se franziu enquanto eu considerava as minhas opções. Como eu conhecia a minha melhor amiga muito bem, eu sabia que ela não iria querer conversar antes de uma boa noite de sono, e ir até a casa de Shawn não era um convite exatamente recusável.

- É claro. – eu disse, sorrindo junto com ele.

 

Às seis horas, eu já tinha saído do banho e estava terminando de me vestir. Minha mãe tinha saído para fazer compras com Lottie, então eu estava sozinha em casa. Assim que eu peguei o meu tênis no meu closet, eu ouvi a campainha tocar. Minha testa se franziu, já que eu tinha dito para Shawn que ia para a sua casa de táxi. De qualquer jeito, ele não tinha carteira de motorista. Então, quem seria?

Eu desci as escadas com apenas um tênis, enquanto carregava o outro com a minha mão esquerda. A campainha tocou mais uma vez e eu respirei fundo, abrindo a porta sem checar quem era. Sam apareceu na minha frente, de calça jeans e uma camiseta verde-musgo e um sorriso no rosto. O tênis que estava na minha mão caiu no chão, enquanto eu arregalava os olhos.

- Sam? – eu disse. – O que você tá fazendo aqui?

- Eu queria conversar. – ele disse, ainda com o sorriso. Logo em seguida, ele me olhou de cima a baixo e abriu a boca em surpresa. – Você estava de saída?

- Na verdade, sim. – eu disse, ainda estupefata.

- Eu prometo que é rápido. – ele disse.

Eu dei de ombros e deixei-o entrar, fechando a porta atrás de mim. Sam colocou as mãos nos bolsos e se virou para mim, com os lábios franzidos.

- Então? – eu arqueei as sobrancelhas.

- Não deu pra gente conversar depois daquele lance com a Dakota, e eu queria saber se você tá bem com tudo isso. – Sam disse, dando de ombros.

- Eu só fiquei irritada. – eu respirei fundo. – Mas eu já tô de boa agora.

- Você tava indo ver ela? – ele perguntou, fazendo com que o meu coração acelerasse.

- Não. – eu disse. – Eu vou esperar até amanhã.

Eu engoli em seco, torcendo para que Sam entendesse que eu não queria falar sobre o assunto. Ele respirou fundo e deu um passo à frente, chegando perto de mim com um sorrisinho no rosto.

- Então tá. – ele sorriu. – Na verdade, não era exatamente sobre isso que eu queria falar com você.

- Não? – eu arqueei as sobrancelhas, enquanto o meu coração acelerava com a sua aproximação. Eu senti o cheiro do seu perfume e me concentrei ao máximo no seu rosto, tentando respirar pela boca. Daquele jeito era impossível.

- Eu tava pensando no acampamento. – Sam disse, olhando fundo nos meus olhos. – O que aconteceu lá... Não vai dizer que foi insignificante?

- Sam... – eu mordi o interior da minha boca, tentando inutilmente raciocinar. – Você sabe o que eu disse... Eu tô tentando ao máximo ser amiga de vocês dois...

- É, mas... No começo de tudo, nós também éramos só amigos, não? – ele passou a língua nos lábios, chegando um pouco mais perto. Agora, não tinha como ignorar o cheiro do seu perfume. Ele sabia exatamente como me seduzir...

- É claro. – eu me concentrei para respondê-lo. – Eu nunca imaginei que ia me envolver com o meu traficante.

- Pois é... E olha onde a gente tá hoje, né?

Sam pegou uma mecha do meu cabelo com as mãos, e acariciou a minha bochecha de antes de colocá-la atrás da minha orelha. Ele se inclinou até estar com a boca a centímetros do meu ouvido, fazendo com que a sua respiração batesse no meu pescoço.

- Não finja que você não quer isso, Lydia. – ele sussurrou.

Eu fechei os olhos, respirando fundo e sentindo o seu perfume invadir as minhas narinas. Sam puxou a minha cintura e colou seus lábios nos meus, fazendo com que todos os pensamentos sumissem da minha cabeça. O último resquício de bom senso foi arrancado, e, naquele momento, eu não fazia a mínima ideia do que era ter uma consciência.

Sam aprofundou o beijo e eu agarrei os cabelos da sua nuca, sentindo ele começar a me levar até o sofá da sala. Quando minhas coxas se chocaram contra o tecido almofadado, eu arregalei os olhos. Que merda eu estava fazendo?

Eu empurrei Sam com força, fazendo com que ele me olhasse com uma expressão confusa. Sem saber o que fazer, eu peguei o tênis que estava no chão e corri até a porta, desaparecendo da minha casa. Eu pude ouvir Sam chamar o meu nome, mas eu continuei correndo. Quando eu estava a três quadras de casa, eu parei para respirar.

Me encostei no primeiro muro que encontrei e fechei os olhos, sentindo o meu coração martelar contra os meus ouvidos. Toquei os meus lábios e percebi que ainda podia sentir o toque de Sam, eletrizando cada centímetro do meu corpo. As minhas pernas tremiam e eu não sabia o que fazer.

O meu celular vibrou no meu bolso e eu tomei um susto. Passei as mãos nos cabelos, nervosa, e peguei o aparelho. A tela exibia que Sam me ligava, mas eu recusei a chamada imediatamente. Logo em seguida, ele vibrou mais uma vez. Porém, não era Sam.

Shawn Mendes (6:28 pm): Você já tá vindo?

Eu engoli em seco, subitamente me lembrando que não podia furar com Shawn. Mandei uma resposta rápida para ele e liguei para um táxi, enquanto pegava o meu tênis e calçava-o.

Dez minutos depois, o táxi estava estacionando na frente da casa de Shawn. Eu paguei o taxista e desci do carro, tentando controlar a minha respiração. O que tinha acontecido com Sam foi um acidente, e eu estava disposta a cumprir a minha promessa. Eu seria amiga dos dois. De qualquer jeito, Shawn nunca saberia que Sam tinha me beijado. Não havia nada com o que se preocupar.

Toquei a campainha e Shawn abriu a porta quase que imediatamente. Ele estava com uma bermuda e uma camiseta cinza de manga três quartos, e um sorriso no rosto. Eu sorri involuntariamente, enquanto ele me chamava para entrar.

- Desculpa pela demora. – eu disse, ouvindo o barulho da porta ser fechada. – A minha mãe tava enchendo o saco.

- Não tem problema. – Shawn disse, com um sorrisinho. – Eu fiquei meia hora procurando os DVDs mesmo, então você chegou na hora certa.

Eu comecei a rir, enquanto ele pegava a minha mão me levava até o sofá da sala. A televisão exibia a tela do DVD, e havia uma pilha de cds em cima da mesa de centro.

- Você tá pronta? – ele perguntou. – Depois que você ver o primeiro filme, a sua vida vai mudar.

- É mesmo? – eu ri. – E a gente vai comer alguma coisa?

- Ah... Sobre isso... – Shawn fez uma careta. – Eu não sei cozinhar.

- Nem uma pipoca? – eu arqueei as sobrancelhas, enquanto ele sacudia a cabeça. Eu comecei a gargalhar. – Meu Deus, Shawn.

- Eu sou um lixo na cozinha, tá?

- Tudo bem, tudo bem. – eu ergui as mãos, como se estivesse me rendendo. – Então eu acho que eu posso te ensinar algumas coisas.

Ele arqueou as sobrancelhas, logo em seguida dando de ombros. Shawn pegou a minha mão novamente e me levou até a cozinha, que estava impecavelmente limpa. Ele desapareceu atrás de uma porta e depois voltou com um pote de milho e uma panela, deixando-os em cima do balcão e me olhando com expectativa.

Peguei um pouco de óleo e coloquei na panela, enquanto Shawn ligava o fogão. Eu comecei a rir, percebendo que era a única coisa que ele sabia fazer.

- Agora você poe o milho. – eu disse, indicando o pote com a cabeça. Ele colocou a mão lá dentro e tirou um punhado, jogando-o com tudo na panela. – Não assim, mas...

- Desculpa. – Shawn disse, controlando a risada. Eu tampei a panela e me afastei do fogão, olhando-o com os braços cruzados. – É só isso?

- Aham. – eu dei de ombros.

- Eu sou um inútil. – ele disse, sacudindo a cabeça enquanto eu começava a rir.

- Então, como vai a sua música? – eu perguntei, me encostando no balcão e olhando para ele. – Você escreve todas elas, não é?

- Sim. – Shawn sorriu, dando de ombros.

- Sobre o que você escreve, geralmente?

- Ah, depende... – ele começou a andar, parando na minha frente. – Eu escrevo sobre as coisas que eu considero importante no momento.

- Tipo...? – eu perguntei, arqueando as sobrancelhas. Shawn passou a língua nos lábios, abrindo a boca num sorrisinho.

- Na verdade, eu andei escrevendo uma nova. – ele disse, como se não fosse grande coisa. – Não tá pronta, mas eu podia te mostrar.

(Coloquem Life Of The Party, do Shawn Mendes, para tocar – Link nas notas finais)

- Sério? – eu sorri, animada. – Sobre o que ela é?

- Você vai ver. – ele sorriu também. – Meu violão tá lá em cima, mas a melodia não tá exatamente pronta... Você se importa se for algo meio acapella?

- Claro que não.

Shawn respirou fundo, balançando a cabeça, provavelmente organizando a letra na sua cabeça. Então ele abriu a boca e começou a cantar, com os olhos fixos em mim.

- I love it when you just don’t care, I love it when you dance like there’s nobody there... – Shawn começou. Eu senti o meu coração acelerar, talvez por ouvir a sua voz, talvez por perceber que a música era, obviamente, sobre uma garota. – So when it gets hard, don’t be afraid. We don’t care what them people say.

Eu sorri involuntariamente, percebendo que a música era muito boa. Eu queria muito ouvir a melodia, mas mesmo naquela versão, somente com a voz dele, ela era perfeita.

- I love it when you don’t take no, I love it when you do what you want ‘cause you just said so... – ele continuou, sorrindo ainda mais. Shawn deu um passo à frente, sem tirar os olhos de mim. – Let them all go home, we out late... We don’t care what them people say.

Quando Shawn deu outro passo à frente, eu senti o cheiro do seu perfume. Droga, Lydia.

- We don’t have to be ordinary, make your best mistakes ‘cause we don’t have the time to be sorry... – ele continuou, com uma nota mais alta. – So baby be the life of the party…

Ele estava tão próximo que a ponta dos nossos sapatos se tocava. Eu respirei fundo, antes de perceber que cometera um erro terrível. Ele estava incrivelmente cheiroso, como sempre. Por quê ele tinha que fazer aquilo comigo?

Shawn terminou de cantar o refrão, agora tão perto de mim que eu podia sentir a sua respiração no meu rosto. O meu coração estava acelerado, e eu tinha quase certeza de que conseguia ouvir algumas pipocas começando a estourar. Mas nada conseguia desviar a minha atenção naquele momento.

- Together we can just let go, pretending like there’s no one else here that we know... – Shawn continuou, olhando fundo nos meus olhos enquanto um sorrisinho se abria no seu rosto. – Slow dance, fall in love as the club track plays… We don’t care what them people say.

Ele cantou as últimas palavras quase num sussurro, enquanto inclinava o seu rosto. Eu fechei os olhos quando sua mão tocou a minha nuca, a outra indo até a minha cintura. O seu perfume pareceu invadir a minha cabeça, fazendo com que cada centímetro do meu corpo se arrepiasse quando nossos lábios se tocaram.

Minhas mãos foram até as suas costas, enquanto o meu coração acelerava. Shawn me prensou contra o balcão, aprofundando o beijo. Eu sentia o meu coração bater tão forte que parecia prestes a rasgar o meu peito, e nenhum músculo do meu corpo queria parar.

Quando Shawn pegou no meu cabelo, eu pareci me tocar do que estava acontecendo. Eu tinha acabado de ficar com o Sam, e agora Shawn estava me agarrando na sua cozinha. Tudo isso num intervalo de vinte minutos, enquanto eu jurava para mim mesma que iria manter a amizade com os dois.

(Parem a música)

Eu empurrei Shawn, do mesmo jeito que tinha feito com Sam. Ele me olhou com a testa franzida, e eu apenas sacudi a cabeça. Saí correndo e parei na sua sala, com vergonha de desaparecer da sua casa. Fechei os olhos e mordi o lábio com força, dois segundos antes de sentir o meu celular vibrar.

Sammy Wilk (7:01 pm): Lydia, me atende.

Sammy Wilk (7:01 pm): É sério.

Sammy Wilk (7:02 pm): É sobre a Dakota.

Assim que eu terminei de ler a última mensagem, o meu celular começou a tocar. Sam estava me ligando, e eu não pensei duas vezes antes de atender.

- O que foi que aconteceu? – eu perguntei, já sentindo o meu coração acelerar com a preocupação.

- Eu não sei direito. – Sam disse, com a voz apressada. – Eu tô com os Jacks, a gente tá indo atrás dela... O Taylor ligou pra gente e não falou nada com nada, mas parece que ela brigou com o Cameron e...

- Eles o quê? – eu exclamei, mas Sam me interrompeu.

- Lydia, é sério. – ele disse. – Eles brigaram por alguma coisa, não sei, e ela saiu pra uma festa sozinha... Tudo o que a gente sabe é que umas fãs malucas acharam ela e falaram um monte de coisa... A gente não faz a mínima ideia de onde ela tá, mas a gente tá procurando...

- É... eu... e-eu... – eu tentei dizer, gaguejando enquanto tentava pensar em alguma coisa.

- Você saiu correndo da sua casa... Onde você tá? Eu posso te buscar.

- Não precisa. – eu disse, desligando o telefone na ua cara.

Guardei o celular no bolso, com as mãos tremendo. Eu ia até a cozinha falar com Shawn, mas ele logo saiu correndo de lá, com uma expressão de preocupação. Ele estava guardando o celular no bolso, o que me fez pensar que ele também tinha recebido a mesma notícia que eu.

- Matt acabou de me ligar. – Shawn disse, vindo até mim e pegando a minha mão.

- O que a gente vai fazer? – eu perguntei, engolindo em seco. – Eu não tenho carro.

- Eu posso pegar o da minha mãe, tá na garagem. – ele disse.

- Você faria isso?

- É claro, Lyd.

Nós saímos correndo até a garagem, encontrando o grande carro branco da mãe de Shawn estacionado. Ele respirou fundo e abriu o portão, ligando o carro enquanto eu colocava o cinto de segurança. Shawn parecia nervoso, mas dirigiu perfeitamente bem até o primeiro club que encontramos. Tudo o que tinha cabado de acontecer com ele e Sam simplesmente fugiu da minha cabeça, que agora estava cheia de pensamentos sobre a minha melhor amiga. Que merda ela tinha feito agora?

 

Cameron’s POV

Carmen agarrou o meu cabelo com força e começou a arranhar as minhas costas por baixo da minha camiseta, ao mesmo tempo em que eu arrastava-a até o sofá. Joguei-a sem me preocupar, indo para cima dela quase que imediatamente. Colei nossos lábios e senti suas unhas serem fincadas no meu ombro, me fazendo apertar a sua cintura com força. Ela riu no meio do beijo, enquanto suas mãos iam até o botão do meu short. Era disso que eu estava falando.

Assim que o botão da minha calça se abriu, eu ouvi um motor de carro rangendo, como se alguém tivesse acabado de derrapar na minha rua. A minha intenção era ignorar – e Carmen definitivamente não tinha ligado para o carro –, mas eu ouvi socos na minha porta poucos segundos depois. Eu franzi a testa, enquanto Carmen continuava a beijar o meu pescoço.

As batidas na porta continuaram, e no mesmo momento em que eu pensava em atendê-la, ela se abriu. Taylor apareceu, com a bandana desajeitada e uma expressão desesperada.

Eu saí de cima de Carmen imediatamente, sentindo o meu coração acelerar. Não me levantei rápido o suficiente, já que a expressão de Taylor denunciava que ele tinha visto exatamente o que estava acontecendo. Ele fechou a porta com força, começando a andar na minha direção com um olhar assassino no rosto. Eu abri a boca para falar alguma coisa, mas o soco de Taylor me acertou antes.

Dei um passo para trás, desorientado e sentindo uma dor aguda no meu nariz. Taylor me acertou outra vez antes de eu conseguir abrir os olhos, lutando contra a minha visão turva. Eu lhe dei uma cotovelada em pura defesa, indo para trás.

- SEU MERDA, O QUE VOCÊ TAVA FAZENDO? – ele gritou, apontando o dedo na minha cara. – EU CONFIEI EM VOCÊ, CAMERON, EU ACHEI QUE VOCÊ TINHA MUDADO PELA MINHA IRMÃ. MAS ENQUANTO ELA TÁ SE FODENDO, VOCÊ TÁ AQUI COMENDO ESSA VAGABUNDA?

- Ei! – Carmen gritou, me lembrando que ela ainda estava ali.

- Taylor! – eu exclamei, enquanto passava a mão no meu nariz, tentando estancar o sangue. – N-não é isso... Não é o que você tá pensando...

- NÃO TENTE SE DEFENDER, SEU FILHO DA PUTA. – Taylor gritou, ameaçando me dar outro soco. No último segundo, ele abaixou o punho, respirando com dificuldade. – Eu vou acabar com a sua vida, Cameron Dallas. Você é o cara mais baixo de toda a face da terra.

Eu fechei os olhos, engolindo em seco. Ele estava certo, e não havia nada que eu podia fazer para contrariá-lo.

- O que você tá fazendo aqui? – eu perguntei, abrindo os olhos e percebendo que ele andava de um lado para o outro pela minha sala.

- Você não sabe de nada, não é? – ele exclamou, logo em seguida rindo. – É claro que não. Ao invés de se preocupar com a Dakota, você estava aqui com essa piranha... E eu achando que você poderia me ajudar.

- Perai. – eu disse, percebendo que havia algo de errado. – O que aconteceu com a Dakota?

- Ah, agora você quer fingir que liga?! – Taylor disse.

- Taylor! – eu gritei. – Que merda aconteceu com ela?

- Qual é o seu problema? Você não anda vendo o Twitter?

- Isso é sobre as fãs de novo? – eu perguntei. – Eu conversei com a Dakota... Não há nada que a gente possa fazer, Taylor. Você sabe disso. Elas nunca vão machucar a Dakota de verdade.

- Eu também pensava isso. – ele disse, pegando o celular do bolso enquanto eu chegava mais perto. – Seja lá o que aconteceu, a minha irmã foi parar numa boate qualquer aqui. Eu só sei que umas fãs encontraram elas, e tem milhões de fotos correndo pelo Twitter. Alguns vines também, dela dizendo que pegou o Matt... E ela parece bêbada, drogada, eu nem sei o que pensar. Parece que essas fãs estão fazendo ela confessar um monte de coisa, e eu não faço a mínima ideia de onde ela está. E TUDO ISSO É CULPA SUA, CAMERON. – ele voltou a gritar.

Eu senti as minhas pernas tremerem, enquanto pegava o celular de Taylor. A tela mostrava um vine de Dakota, que estava caída em algum lugar. O chão estava imundo, e ela ria escandalosamente. A garota perguntava se ela já tinha pegado algum dos outros meninos, e ela falava o nome de Matt. Logo em seguida, a imagem mudava e mostrava ela tomando um longo gole diretamente de uma garrafa.

- Quem são as garotas? – eu perguntei. – Você não falou com elas? Você não descobriu onde ela está?

- Eu vim aqui te perguntar isso, seu merda. – Taylor disse, elevando o tom de voz. – Agora eu não sei o que eu vou fazer. Eu preciso encontrar ela.

- Segue essas fãs. Fala com elas. FAZ ALGUMA COISA! – eu disse, com o tom de voz mais alto também. – Eu... Eu vou ligar pro Nash... Manda todo mundo sair procurando ela... Nem que a gente tenha que entrar em todos os clubs dessa cidade.

Taylor concordou, parecendo esquecer o que tinha visto, pelo menos por alguns segundos. Nós fizemos diversas ligações, avisando alguns dos garotos, que depois falaram com os outros. Quando eu estava pronto para ir, pegando a chave do meu carro com as mãos trêmulas de preocupação, eu senti Taylor chegar perto de mim.

Ele pegou a gola da minha camiseta e a segurou com força, enquanto olhava fundo nos meus olhos.

- Quando a gente achar ela, é bom que você fique longe. – ele disse, com a voz dura. – E depois... Se você não contar pra ela sobre a putaria que eu vi aqui, pode deixar que eu conto.

Taylor me largou e disparou pela porta, ligando o seu carro. Eu respirei fundo e fui atrás dele, deixando Carmen sozinha na minha casa. A voz dela dizia alguma coisa, mas eu não me importei. Fui até o meu carro e girei a chave, começando a dirigir a toda velocidade pelas ruas movimentadas.

A minha cabeça girava, enquanto eu mal conseguia me concentrar no trânsito. Dakota tinha desaparecido e agora estava em alguma boate, bêbada, drogada, sendo filmada por fãs ridículas de 15 anos, tudo isso por conta de uma discussão idiota. Se alguma coisa acontecesse com ela, eu não fazia a mínima ideia do que eu iria fazer. Taylor provavelmente acabaria comigo antes que eu pudesse fazê-lo eu mesmo, mas aquela era a menor das minhas preocupações.  

Depois de revistar três boates de cima a baixo, eu parei no Plaza Club. Era um dos maiores da cidade, e eu nunca pensaria em procurá-la ali. Ele era muito lotado, e tudo tinha acontecido muito rápido. Porém, a minha respiração parou quando eu vi um conversível extremamente familiar estacionado. Eu tinha quase certeza de que era um dos carros de Taylor, e não era o que ele tinha usado para ir até a minha casa.

Corri até o segurança e lhe passei três notas de uma vez só, sem nem me preocupar em gastar o meu dinheiro. Ele arregalou os olhos e me deixou entrar, enquanto eu começava a procurar a minha namorada no meio daquela muvuca. Centenas de pessoas se amontoavam naquele espaço, dançando de acordo com a música.

Eu mordi o lábio com força, tentando racioncinar. Ela definitivamente não parecia estar no meio da pista de dança, então comecei a procurá-la pelos cantos da boate. Depois de percorrer todas as paredes, eu me deparei de frente para o banheiro feminino. Eu olhei para os lados e me esgueirei, entrando no mesmo e percebendo que a luz estava desligada.

Cliquei no interruptor e a luz cegou os meus olhos, fazendo com que eu me deparasse com três garotas de pé. Elas arregalaram os olhos ao me ver, e uma delas começou a chorar.

- C-Cameron... – uma delas, que tinha os cabelos loiros, começou a gaguejar.

- Por favor, perdoa a gente... – a outra disse, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Cadê ela? – eu perguntei, com a voz ríspida. A terceira garota começou a soluçar, derrubando o seu celular no chão.

A loira apontou para o outro canto do banheiro com a cabeça. Eu passei voando por elas, esbarrando na primeira garota sem querer. O meu coração apertou quando eu vi Dakota caída no chão, com as roupas bagunçadas, o rosto molhado, o cabelo bagunçado. Ela estava encolhida naquele chão imundo, abraçada com uma garrafa de vodka.

Eu me ajoelhei no chão, sem nem sentir a dor aguda nos joelhos. Peguei a garrafa e joguei-a do outro lado, fazendo com que ela se quebrasse. Peguei Dakota no colo, logo em seguida me levantando com facilidade. Eu engoli em seco quando ela encostou sua cabeça no meu peito, totalmente desacordada.

- Cam... – uma das garotas disse, enquanto eu passava por elas novamente.

- Vocês tiveram sorte que não foi o Taylor que a encontrou. – eu disse, sem emoção. – Agora saiam da minha frente.

Elas se encolheram e começaram a chorar, enquanto eu saía do banheiro com Dakota no meu colo. As pessoas dançando mal pareceram me notar, até que eu passei por um cara de camisa social preta. Ele arregalou os olhos, enquanto passava a mão pela sua barba. Eu ignorei-o, passando pela porta de saída da boate e indo o mais rapidamente possível até o meu carro.

Deitei-a delicadamente no banco de trás, tomando cuidado para que ela não caísse. Comecei a dirigir até a minha casa numa velocidade normal, para que ela não se machucasse. O meu coração estava acelerado e eu sentia uma culpa gigantesca crescer, e tudo que eu precisava fazer era consertar as coisas. Eu sabia que devia ligar para os garotos e avisá-los que a tinha encontrado, mas eu sentia que precisava fazer aquilo sozinho.

Cheguei em casa e tirei-a de lá de dentro, abrindo a porta da frente com dificuldade. Suspirei em alívio quando não encontrei Carmen na sala, mas logo passei reto. Subi as escadas e levei Dakota até o meu banheiro, enquanto eu ligava a água gelada. Respirei fundo e entrei no boxe, colocando nós dois debaixo do jato congelante.

Quando a água enxarcou as nossas roupas, eu senti Dakota se levantar de um pulo. Ela fincou suas unhas no meu ombro e nas minhas costas, começando a gritar. Eu nos tirei de baixo da água e sentei-a na banheira, agachando e olhando-a nos olhos.

- Cameron? – ela disse, arregalando os olhos. Ela olhou para os lados, observando cada centímetro do meu banheiro. – O que tá acontecendo aqui?

Eu engoli em seco, puxando o seu rosto e lhe dando um selinho. Ela não recuou, apenas me encarou com uma expressão de dúvida. A sua pele estava gelada, e ela tinha uma aparência totalmente desorientada.

- Dakota, me desculpa. – eu disse. – Isso é tudo minha culpa.

- Isso o quê? – ela perguntou, soando impaciente. Ela deu mais uma olhada no meu banheiro e depois olhou para mim novamente, com a testa franzida. – Onde a gente tá? E... cadê aquelas meninas?

- Aquelas meninas... Elas... – eu comecei a dizer, sem saber como contar o que tinha acontecido. – Você lembra do que aconteceu?

- Eu estava com a Lydia e a Melanie, e uma outra garota... – Dakota franziu a testa, tentando raciocinar.

- Não, você não estava... – eu disse, sacudindo a cabeça.

- Como não? – ela perguntou. – Cameron, você não sabe o que aconteceu. Você nem tava lá...

- Dakota, presta atenção. – eu disse, fechando os olhos. Quando os abri novamente, percebi que ela me encarava com expectativa. – Essas garotas eram fãs. Eu não sei o que elas fizeram com você, não sei como elas conseguiram te drogar, te deixar bêbada, eu não faço a mínima ideia... Mas elas começaram a te encher de perguntas, e tudo isso foi parar no Twitter. Elas queriam... Elas queriam te “expor”.

Dakota arregalou os olhos, soltando uma risadinha de deboche. Logo em seguida, ela olhou para baixo e abriu a boca em surpresa. Os seus olhos se encheram de água, e eu pude ver os nós dos seus dedos ficarem brancos quando ela agarrou as bordas da banheira. Quando ela levantou os olhos para me encarar, as lágrimas já estavam escorrendo pelo seu rosto.

- Elas fizeram isso? – ela perguntou, com a voz trêmula. – Isso... Isso não pode ser verdade... Como é que eu estou aqui agora, Cameron?

- Quando a gente viu o que estava acontecendo, nós saímos te procurando por toda a cidade... – eu disse. – Eu fui o primeiro a te achar e te trouxe pra cá.

Ela levou as mãos à boca e encostou a cabeça na parede, fechando os olhos enquanto mais lágrimas caíam. Eu fiquei parado, observando-a e sem saber o que fazer. Depois de um tempo, ela se recompôs e olhou para mim, enquanto limpava as lágrimas.

- Eu acho que sei quem me drogou... – Dakota disse, respirando fundo. – Não foram elas. Foi um cara...

- Um cara? – eu exclamei, sentindo o meu sangue ferver. – Como assim? Você deixou um cara te comprar bebida?

- É que... – ela começou, com a voz trêmula. Eu logo me arrependi de ter elevado um pouco a voz, devido ao seu estado de choque.

Antes que ela pudesse continuar a frase, eu ouvi um barulho vindo do andar de baixo. Eu franzi a testa, percebendo que eram vários passos apressados. O meu nome foi chamado, logo em seguida o de Dakota. Ela me entreolhou, um segundo antes da porta do banheiro ser aberta e Nash entrar, com um sorriso de alívio.

- Achei! – ele gritou, antes de correr até Dakota e lhe dar um abraço. – Nunca mais faça isso, porra.

- Nash... – ela disse, sorrindo pelo meio do abraço.

Alguns segundos depois, o meu banheiro foi invadido por um mar de pessoas. Lydia, Melanie, Taylor, os Jacks, Sam, Matt e todos os outros garotos. Melanie e Lydia correram até Dakota e a abraçaram, gritando várias coisas ao mesmo tempo. Eu estava quase sorrindo com a cena, até que senti o olhar de Taylor em mim.

- Eu disse que era pra você ficar longe dela. – ele disse, de modo que só eu conseguisse ouvir.

- Relaxa um pouco, Taylor. – eu disse, fechando os olhos. – Eu achei ela, pelo menos.

Sem me responder, ele desviou o olhar e foi até Dakota, a abraçando também. Eu fechei os olhos, enquanto todo mundo começava a falar ao mesmo tempo, me deixando confuso.

 

Dakota’s POV

Depois de meia hora de explicações, vídeos e milhões de abraços, eu estava exausta. Tudo o que eu queria fazer era deitar numa cama e tentar esquecer tudo o que tinha acontecido. Eu não fazia a mínima ideia do que teria acontecido comigo se Cameron não tivesse me encontrado.

Eu não me lembrava de quase nada, mas as fotos e os vídeos que os garotos acabaram por me mostrar fizeram com que eu quase tivesse um surto. O meu ódio pelas fãs de Cameron tinha atingido um nível épico depois do que tinha acontecido, mesmo sabendo que a culpa do meu estado era definitivamente minha. Eu tinha escolhido beber todas aquelas doses de Tequila, e eu tinha deixado Ethan me comprar uma bebida. Agora tudo me parecia tremendamente estúpido, mas eu não podia voltar no passado.

- Gente, eu tô bem. – eu disse, pela milésima vez. – Eu juro que sim. Vocês podem ficar tranquilos, eu não vou mais sair para uma festa sem avisar ninguém...

- É bom mesmo. – Nash disse, com um olhar ríspido.

- Mas agora... – eu comecei a dizer, sentindo o meu coração acelerar. – Eu queria conversar com o Cameron. A sós.

Todo mundo começou a se entreolhar, saindo do banheiro lentamente. Eu pude ouvir Lydia gritar alguma coisa, e eu podia jurar que ela estava falando com Shawn ou Sam. Antes que eu pudesse ver o que estava acontecendo, Taylor apareceu na minha frente.

- Eu vou ficar ali em baixo, se alguma coisa acontecer. – ele disse. – Ai eu te levo pra casa.

- Taylor, não. – eu disse, com as sobrancelhas arqueadas. – Você pode ir pra casa... O Cameron pode me levar.

Ele me olhou como se aquela não fosse uma boa ideia, mas não disse mais nada. Apenas me deu um abraço e saiu, me deixando sozinha no banheiro com Cameron.

(Coloquem Stay, da Miley Cyrus, para tocar – Link nas notas finais)

Cameron estava sentado na beirada da banheira, com as roupas ainda molhadas e me encarando com uma expressão de expectativa. Eu comecei a brincar com a minha camiseta, para disfarçar o meu nervosismo. A minha boca já estava quase na carne viva, de todas as vezes que eu a tinha mordido na última hora. Tudo o que eu precisava era de coragem para fazer o que era necessário.

- Cameron... – eu comecei a dizer, me sentando ao seu lado. – A gente precisa conversar.

Ele assentiu com a cabeça, sem dizer nada. Eu engoli em seco, sentindo o gosto de sangue invadir a minha boca. Droga, Dakota. Você realmente tem que largar esse hábito.

- O que aconteceu hoje me fez pensar. – eu disse, sentindo o meu coração pesar. – E eu acho que a gente não pode continuar assim.

- Quê?! – ele exclamou, arregalando os olhos. – Dakota...

- Cam, por favor. Me deixa falar. – eu respirei fundo. – Eu sei que a gente achou que isso ia dar certo. Quando os primeiros problemas começaram a aparecer, você sabe que eu tentei ignorar. Eu tentei fazer com que tudo desse certo... Mas não tem como, e hoje foi uma prova disso. O que você acha que teria acontecido, se você não tivesse chegado?

- Eu não quero pensar nisso. – Cam disse, sem tirar os olhos dos meus.

- Exato. – eu suspirei. – Eu só acho que...

- Dakota, não. – ele disse, pegando na minha mão. – Você não pode estar falando sério.

- Eu estou. – eu disse, soltando minha mão da dele e ficando de pé. Eu fiquei de costas, olhando para cima e tentando controlar as lágrimas.

- Depois de tudo? – Cameron disse, enquanto se levantava também. – Isso não é o fim do mundo... A gente consegue passar por cima delas, você sabe disso.

- Cameron! – eu disse, me virando pra ele, ao mesmo tempo em que uma lágrima estúpida rolava pela minha bochecha esquerda. – Você acha que eu quero isso? É claro que não! Mas não é algo que eu possa controlar...

- Você não pode fazer isso. – Cam disse, me olhando com a boca aberta em surpresa. – Você não pode...

Eu fechei os olhos, deixando as lágrimas caírem de uma vez. O meu coração doía, e tudo o que eu queria fazer era correr para os braços de Cameron. Saber que eu não podia me fazia querer morrer.

- Dakota... – a voz dele me fez abrir os olhos, mesmo com dificuldade. – Você tem certeza de que é isso que você quer?

Eu apenas assenti com a cabeça, incapaz de dizer uma palavra sequer. Cameron respirou fundo, passando a mão no cabelo.

- Eu não posso deixar você terminar comigo por um motivo desses. – ele disse, com a voz firme. Eu franzi a testa, sem saber o que ele queria dizer. – Você merece ter um motivo melhor... Você merece perceber que a culpa não é sua.

- Cameron... Do que você tá falando? – eu perguntei, engolindo em seco.

- Eu... Eu fiz uma coisa... Ridícula. – Cam disse, desviando o olhar. – Eu não consigo falar isso olhando nos seus olhos.

- O que você fez? – eu perguntei, já sentindo o meu coração acelerar. – Cameron?

- Depois que você foi embora... – ele disse, olhando para o chão. – Eu fiquei com a Carmen.

A minha boca se abriu em surpresa, enquanto eu dava um passo para trás. Os meus olhos se arregalaram e foi como se eu tivesse perdido a voz. Eu fiquei encarando-o, enquanto ele tinha os olhos fechados, na espera da minha reação.

- Olha pra mim. – eu disse, com a voz trêmula. – Seja um homem e olhe pra mim, Cameron Dallas.

Ele respirou fundo e ergueu o rosto, olhando nos meus olhos. Eu engoli em seco, sentindo o meu sangue ferver. Quando me dei conta, eu estava a poucos centímetros dele. Abri a minha mão e levei-a até o seu rosto, fazendo com que ele se abalasse um pouco com o choque do meu tapa. Uma lágrima desceu na minha bochecha, enquanto eu me afastava.

- Você é um filho da puta. – eu disse, sem conseguir acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Eu desci as escadas correndo, feliz por encontrar a casa de Cameron vazia. Todo mundo já tinha ido embora, o que não poderia ser melhor. Ninguém tinha que me ver naquele estado. Destruída, como uma garota idiota chorando pelo seu ex namorado. Eu sacudi a cabeça, abrindo a porta da casa dele e batendo-a com força atrás de mim.

Peguei o meu celular e liguei para um táxi, que chegou em menos de dez minutos. Eu dei o endereço da casa de Lydia e ele dirigiu na velocidade máxima, enquanto eu pensava no que eu estava fazendo. Tudo o que se passava na minha cabeça era que eu era uma idiota.

Eu paguei o taxista e desci do carro, limpando as minhas lágrimas com as costas das mãos. Toquei a campainha repetidas vezes, até que a porta finalmente foi aberta. Lydia estava ali, e ela arregalou os olhos ao me ver. Uma lágrima desceu involuntariamente, e tudo o que eu fiz foi correr para abraçá-la.

- O que aconteceu? – ela perguntou, enquanto fechava a porta com o pé.

- Eu terminei com o Cameron. – eu disse, surpresa por conseguir manter a voz firme.

(Parem a música)

- Você tá brincando? – a voz de Melanie surgiu, me indicando que ela também estava ali.

Eu assenti com a cabeça, indo até o sofá e me sentando. Lydia e Melanie se sentaram na minha frente e ficaram me encarando com expectativa, esperando que eu explicasse o que tinha acontecido.

- Por favor, eu não quero falar sobre isso. – eu sacudi a cabeça. – Me distraiam.

- Tudo bem. – Lydia disse, respirando fundo. – Quer saber o que aconteceu comigo hoje? Bem... O Sam apareceu lá em casa e me beijou, cinco minutos antes de eu ir para a casa do Shawn e... adivinha? Fui beijada lá também.

- Ai meu Deus, Lydia. – eu disse, abrindo a boca em surpresa e sentindo a minha tristeza desaparecer por alguns segundos. – Como assim?

- Pois é. – ela disse, com um sorriso preocupado. – E agora, na casa do Cameron, os dois vieram falar comigo... Eu posso ter saído um pouco do controle.

- Um pouco? – Melanie exclamou. – Ela começou a gritar com os dois, até que eu finalmente a tirei de lá. Ela ia acabar gerando a terceira guerra mundial.

- Com razão. – eu disse, surpresa por conseguir sorrir naquele momento. – E você, Mel?

- Bem... – ela mordeu o lábio inferior. – O Nash me levou no cinema, e eu acho que ele realmente pensa que eu quero alguma coisa com ele. Mas eu simplesmente não sou essa pessoa. Vocês sabem disso, né?

- Tinha que ser o Nash. – eu sacudi a cabeça.

- Óbvio. – Lydia disse, num tom de voz incrédulo.

Eu mordi o lábio inferior, enquanto os meus pensamentos voavam. Elas começaram a detalhar o que tinha acontecido com os garotos, numa tentativa clara para tirarem Cameron da minha cabeça. Eu estava feliz com aquilo, mas eu sabia exatamente do que nós três precisávamos.

- Sabe o que eu acho? – eu as interrompi no meio da conversa. Elas me olharam com expectativa. – Nós três estamos na merda. Nada tá dando certo... Tudo o que a gente precisa é de um tempo sozinha. Só nós três, numa cidade diferente, para pelo menos podermos colocar nossos pensamentos em ordem...

- Você tá pensando no que eu estou pensando? – Lydia sorriu, com os olhos brilhando.

- Uma viagem pra San Diego? – Melanie disse, sorrindo quando eu e Lydia concordamos com a cabeça.

- Isso é perfeito. – Lydia disse. – Sabe, eu podia pegar o carro da minha mãe. E as minhas roupas servem em vocês, então não há necessidade de passar em casa... Nós podíamos sair agora.

- Você tá falando sério? – eu exclamei.

- Eu tô dentro. – Melanie disse, quase pulando de alegria.

Eu sorri, enquanto nós ficávamos e pé e corríamos até o quarto de Lydia. Um tempo com as minhas duas melhores amigas, longe de todos os garotos e das fãs idiotas era exatamente o que eu estava precisando. Nada poderia dar errado. 


Notas Finais


Link da música - Life of the Party: http://www.youtube.com/watch?v=5fcTCMWx2-s

Link da música - Stay: http://www.youtube.com/watch?v=OFd-LwQLfJM


TRAILER 1: https://www.youtube.com/watch?v=BkZrepQk2LQ&feature=youtu.be

TRAILER 2: https://www.youtube.com/watch?v=OtOWDW1x0X4

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EU QUERIA AGRADECER PELOS 800 COMENTÁRIOS E 500 FAVORITOS, VOCES SAO OS MELHORES!!!!!!! EU TO MUITO FELIZ POR TODO MUNDO QUE VOLTOU A COMENTAR E POR TODOS OS MEUS LEITORES NOVOS, DE VERDADE, EU TO SUPERRRR ANIMADA COM A FIC AGORA E ESPERO QUE VCS NAO ME ABANDONEM!!! VOU TENTAR POSTAR O MAIS RÁPIDO POSSIVEL, AMO VOCES!!

nao deu tempo de responder os comentarios do cap passado, mas vou tentar responder agora! espero que vcs tenham gostado E NAO ME MATEM AHAHAHAHHA amo voces!!! to no twitter qualquer coisa: @MATTURNTAF <3


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