14 horas e 15 minutos
( casa dos Butler)
Kimberly estacionou sua Ferrari vermelha no portão da garagem e saiu rapidamente da mesma batendo a porta com força. Começou a caminhar na direção da porta espumando de raiva.
Até aquele momento ela não estava conseguindo acreditar que havia visto Justin e aquela “ nerd desprezível”, como ela intitula Ashley, aos beijos.
― ARGH! ― grunhiu ao passar pela porta.
Aquilo não iria ficar assim. Se Bieber não estava a fim de dar uma explicação plausível do motivo dele está tão agarradinho com a nerd, outra pessoa a daria. Seu irmão, um dos melhores amigos de Justin. Ryan.
Kimberly jogou sua bolsa da Prada no sofá e subiu as escadas batendo o pé. Passou pelo corredor e andou até a terceira porta onde ficava o quarto do irmão.
― Ryan! ― falou abrindo a porta. ― Britney? ― exclamou.
Kimberly parou olhando a cena constrangedora de Britney, uma das garotas lideres de torcida, em cima de seu irmão brincando de gangorra.
― Kimberly? O que você está fazendo aqui, porra? ― Ryan falou com raiva.
― tenho que resolver um assunto com você. ― Kimberly falou tentando ignorar o máximo possível a garota nua tentando esconder o corpo.
― porra, não da para ser depois? Não esta vendo que eu estou ocupado?
― dane-se! O que eu tenho para resolver com você é muito mais importante. ― falou mandona.
Ryan bufou.
― eu duvido muito. ― passou a mão pelo rosto. ― dá para dar licença ou tá difícil?
― eu vou ficar aqui até você vesti uma roupa e essa vadia sair daqui, para que nós possamos conversar. ― Kimberly falou tentando manter a calma.
Ryan bufou e sentou na cama encarando a irmã. A mesma estava encostada na parede de braços cruzados encarando o irmão. Ele percebeu que ela não sairia dali antes de ter uma conversa com ele. Bufou alto para mostrar sua indignação e começou a levantar.
Ele vestiu a boxer ainda sentado na cama e pegou uma blusa que estava no chão e assim levantou.
― Britney, daqui a pouco eu volto. ― falou para a garota enquanto andava na direção de Kimberly.
― sim, Ryan. ― a garota respondeu uma voz sedutora nasal. ― Vamos, Kimberly. ― tentou tocar o ombro da irmã, mas ela o impediu.
― não me põe a mão. ― esquivou-se. ― eu não sei em que lugares essa mão já foi hoje. ― olhou com nojo.
Ryan bufa e revira os olhos. Ambos saem do quarto e Ryan bate a porta.
― agora já pode falar. ― Ryan disse quando tomaram uma distancia boa da porta do seu quarto.
― que historia é essa do Justin ficar se agarrando com aquela rata de laboratório? ― Falou estressada.
― Ashley, o nome dela é Ashley. ―corrigiu.
― oh, virou defensor dela também? ― falou dando de mão.
― eu não to defendendo ninguém. ― revirou os olhos.
― não, imagina. ― cruzou os braços. ― então, vai me falar que historia é essa ou não? ― o encarou seria.
― Deixa o Justin em paz com ela. ― falou tranquilamente. ― ele está a fim dela, então deixa ele curtir.
― como assim “ a fim dela”? ― falou incrédula. ― o Justin é MEU. ― apontou para si mesmo. ― Está entendendo?
― não, irmãzinha. ― segurou o queixo dela. ― ele não é seu. ― sorriu fraco.
― não é meu? ― riu fraco. ― então é de quem? Da rata de laboratório? ― zombou rindo forçadamente.
― sim. ― respondeu simples tirando a ironia do rosto da garota.
― NÃO! ― gritou histérica. ― pode falar, é algum tipo de aposta, não é?
― não há aposta alguma. ― jogou a cabeça para trás passando a mão pelo rosto.
― duvido. ― falou.
― ah, pense o que você quiser. ― Ryan falou já estressado. ― eu já disse, se você quiser acreditar ou não posso fazer nada.
Deu as costas e seguiu para seu quarto novamente.
19 horas e 45 minutos
( casa da Ashley)
Justin estacionou sua Ranger Rover em frente a casa de Ashley e caminhou até a porta. Ele tinha que resolver a situação que havia se formado. Depois que ela saiu da quadra ela não respondeu mais suas mensagens, seus telefonemas. Nada.
Ele tocou a campainha e esperou alguém atender. Não demorou muito e a porta se abriu e de trás dela não apareceu Ashley e sim a mãe dela.
― Justin, que surpresa você por aqui. ― Clara sorriu.
― eu vim falar com a Ashley, ela está? ― falou gentilmente.
― sim, entre. ― falou sorrindo ela abriu mais a porta e deu passagem para que o garoto passasse.
Justin entrou pedindo licença.
― ela está lá em cima. ― Clara falou andando na direção da cozinha.
― posso subir? ―perguntou.
― claro. ― respondeu.
Justin assentiu e rumou na direção da escada. Ele começou a subir a mesma calmamente e começou a andar pelo corredor até que parou de frente a segunda porta a esquerda. A mesma estava entreaberta. Bateu lentamente na porta e esperou alguém responder, mas ninguém respondeu.
Foi abrindo a porta lentamente até dá uma abertura suficiente para que entrasse no cômodo. O mesmo estava silencioso, ele foi andando em direção a cama e a mesma estava vazia. Varreu o quarto com os olhos e não encontrou ninguém. Mas ele ouviu um barulho, barulho de agua.
O barulho da agua vinha de uma porta entreaberta perto de uma estante. Ele começou a aproximar-se lentamente da porta até chegar a mesma. Pela fresta da porta ele espiou o que estava lá dentro e se surpreendeu com o que viu.
Ele entreabriu mais a porta e para ver melhor. Do vidro embasado do box dava para ver a silhueta da garota se banhando. Justin nunca imaginou que Ashley escondia curvas assim por baixo de suas roupas.
Justin escorou no patente da porta e ficou admirando. Seu corpo estava começando a reagir aquela visão. Ele começou a sentiu seus olhos ficarem escuros e seu corpo estranho. Droga, a veela está querendo assumir o controle outra vez.
Quando ele ouviu o chuveiro sendo desligado seu ser voltou a si e ele saiu do banheiro rapidamente e voltou para o quarto.
― Droga, Ashley. ― falou andando de um lado para o outro. ― por que você faz isso comigo? ― passou as mãos pelo rosto.
― o que você está fazendo aqui? ― a voz da garota ecoou pelos ouvidos do garoto fazendo ele encara-la imediatamente.
Os olhos dele se perderam no corpo da garota. Ela estava só de toalha e com uma expressão espantada.
― Droga! ― falou se encolhendo. ― vira de costas. ― exigiu.
― ok. ― respondeu meio aéreo e virou para trás.
― agora você pode me responder o que está fazendo aqui?
Começou a procurar roupa para vestir dentro de suas gavetas.
― você não respondeu as mensagens e nem atendeu os meus telefonemas. ― falou.
― te responder não era a melhor opção. ― começou a vestir a lingerie.
― e por que não? ― virou para trás quando ela ia vestir o Sutiã.
― vira! ― falou.
― ok. ― revirou os olhos e virou. ― eu preciso conversar com você, explicar as coisas.
― não há nada para explicar. ― terminou de ajeitar o sutiã.
― claro que tem. Eu não quero você longe. ― falou cansado.
― Bieber, essa sua mudança repentina está muito estranha. ― vestiu o short. ― um dia você só me procura em casos extremos para que eu faça seus trabalhos. ― colocou uma regata. ― e no outro está me beijando e dizendo que estamos namorando e não que não consegue ficar longe de mim.
Respirou fundo ajeitando seus cabelos.
― você tem que repensar seus sentimentos. ― respirou profundamente.
― eu não preciso repensar nada. ― Justin jogou as mãos para o ar. ― posso virar?
― pode. ― autorizou.
― nem tudo na vida precisa fazer sentido, Ashley. ― a olhou nos olhos. ― principalmente o amor.
― não confunda as coisas, Bieber. ― falou calma caminhando até uma escrivaninha.
― eu não estou confundindo nada, Ashley. ― falou começando a ficar irritado. ― será que é tão difícil acreditar que alguém possa sentir algo por você?
Aproximou-se da garota fazendo com que ela o olhasse nos olhos.
― está fazendo aquilo outra vez. ― sussurrou olhando os olhos do garoto escurecer.
Justin sentiu uma dor no peito vir, mas tentou não demonstrar. Respirou fundo para disfarçar e vê se a dor apartava.
― ok. ― respirou fundo mais uma vez. ― só tenta acreditar em mim. ok?
― Justin...
― Ashley, pelo amor de Deus. ― segurou os braços da garota. ― você está com medo de se envolver comigo? Tá com medo de se apaixonar? ― riu fraco e desanimadamente.
― escuta, eu não posso te dar o que as outras garotas de tão.
Apertou as mãos do garoto, que ainda estavam em seu rosto.
― você está falando de sexo? ― falou sem rodeios. ― você pensa que eu estou com você só para te comer?
― poderia usar um palavreado mais suave. ― comentou.
― brincar de gangorra? ― encarrou a garota.
― bem mais leve. Mas não sou criança. ― falou.
Justin revirou os olhos e bufou.
― Ashley, eu não estou te pedindo nada disso, você que está com os pensamentos férteis demais.
Sorriu ao imaginar a garota em sua cama.
― não vou dizer que não sinto atração por você. ― mordeu os lábios analisando a garota de cima a baixo. ― mas eu sei ir com calma. Ok?
Ela o encarou e mordeu os lábios levemente. Enquanto ele a olhava esperando uma reação, resposta ou ação da parte dela.
― amigos. Ok? ― falou depois de algum tempo.
― por que amigos? ― questionou cruzando os braços.
― por que você disse que iria com calma. ― respondeu prontamente. ― e com calma, para mim, significa não pular nenhuma fase. ― o encarou.
― ok. ― concordou. ― mas...
― sem “mas”. ― Ashley falou enquanto o garoto se aproximada dela.
― posso terminar de falar? ― segurou o rosto dela com delicadeza. ― como amigos ainda posso fazer isso com você? ― perguntou já unindo os lábios dos dois em um beijo que começou calmo e foi intensificando.
Aquela sensação apesar de ser nova para a garota e rotineira para o garoto já tinha se tornado viciante para ambos. Em menos de vinte e quatro horas desde o primeiro beijo entre eles e ambos não conseguiam mais viver sem sentir um ao outro.
Ashley mesmo dizendo que não se importaria de ficar sem beija-lo. No fundo desejava mais do que tudo sentir o gosto dos lábios de Justin. E durante o beijo implorava para que o relógio parasse para que o beijo durasse mais.
Justin foi finalizando o beijo com vários selinhos até parar de vez. O que ele não queria, mas era necessário. Seus pulmões já estavam implorando por oxigênio.
A respiração dela estava descompensada e seu rosto estava em um tom avermelhado. Justin riu do estado em que a garota ficava depois de todo beijo.
―Desde que não seja na frente de todos. ― sussurrou.
― vou tentar. ― riu fraco.
― agora eu acho melhor você afasta-se. Antes que...
Sua fala foi interrompida ao ouvi a porta se abrir e de trás dela aparecer sua mãe, que olhou para os dois com um sorriso de segundas intenções ao ver as mãos de Justin segurando a cintura de Ashley e a proximidade entre os dois.
Ashley corou ao receber o olhar malicioso da mãe e afastou-se rapidamente de Justin. Ficando a uma distancia boa.
― eu vim avisar que o jantar está pronto. ― falou calmamente ainda olhando para os dois.
Principalmente para Ashley, que corava a cada segundo. Toda mãe conhece seu filho ou filha, e pela reação da garota sua mãe percebeu que a mesma estava com vergonha de algo.
― não será necessário, o Justin já está de saída. ― Ashley respondeu. ― não é? ― olhou para o garoto.
― sim, claro. ―respondeu rapidamente. ― já estou de saída.
― pensei que ficaria para o jantar?
― outro dia, não é? ― Ashley falou pegando a mão do garoto e o levando para fora do quarto. ― eu vou leva-lo até a saída. ― falou passando por sua mãe.
― Tchau, senhora Jhonny. ―Justin despediu-se de Clara enquanto Ashley o puxava.
Ashley foi conduzindo Justin até a porta principal.
― Tchau, até amanha. ― falou já fechando a porta.
Mas Justin impediu segurando a mesma.
― que falta de educação Ash. ― falou sorrindo de lado. ― se despeça direito.
Revirou os olhos e deu um selinho rápido nele.
― assim não. ― balançou a cabeça negativamente. ― assim. ― a puxou para um beijo mais intenso.
― Tchau, Justin. ― a voz de Clara foi ouvida fazendo com que Ashley se assustasse e separasse rapidamente fingindo ajeitar os óculos.
Justin sorriu para Clara que os olhava com um sorriso de segundas intensões.
― amanhã eu passo aqui para te buscar de carro. Iremos para a escola juntos. ― falou próximo ao ouvido da garota.
― não. ― ela respondeu rapidamente. ― não, carro não.
― moto?
― não.
― bicicleta?
― não.
― skate?
― já falei que não.
Justin bufou alto e revirou os olhos.
― venho de buscar andando então.
― Justin, não. ― falou mandona.
― amigos vão para a escola juntos. Sabia?
―Justin, não ouse me desobedecer. ― falou seria.
― ui, está assim agora? ― ironizou.
― não. ― cruzou os braços e arqueou a sobrancelha
― pensarei no seu caso. ― virou de costas e foi andando até seu carro.
Ashley bufou alto e revirou os olhos.
Homens, tão complicados. Pensou.
Ashley virou de costas e entrou em casa fechando a porta logo em seguida.
― não, nem vem. ― falou ao virar e ver sua mãe de braços cruzados e um sorriso de segundas intenções nos lábios.
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