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História Veela, Draco? - Chapter XLV


Escrita por: SofiaDuarte

Capítulo 45 - Chapter XLV


Fanfic / Fanfiction Veela, Draco? - Chapter XLV

Em um ano muita coisa mudou.

Hermione tinha organizado o seu primeiro almoço em uma sexta feira apenas para os mais chegados, Gina e Harry estavam noivos, Rony estava conhecendo melhor uma antiga colega de Hogwarts e Mackinnon continuava insistindo sobre o artigo junto de Draco.

Não chegava a ser uma competição como Hermione na escola, mas era algo agradável e até mesmo previsível. Ele sabia que sempre após uma boa disputa de respostas, ela apareceria pedindo pelo artigo.

 Aos poucos a família Malfoy voltava a ter uma posição na Alta Sociedade, graças ao charme do mais novo casal. Festas e eventos já faziam parte de uma quase rotina na Mansão, não sendo surpresa a chegada do convite na sede do jornal no dia anterior.

Por pensarem se tratar de algo corriqueiro, enviaram apenas um repórter e dois fotógrafos naquela tarde de quarta feira. Era início de março, o tempo estava agradável e a Mansão relativamente cheia.

-Greg! Você por aqui? – O jornalista perguntou ao ver seu antigo parceiro (agora independente) fotografar as pessoas no local. – Não sabia que faziam fotos oficiais do chá da tarde agora.

Normalmente apenas a mídia cobria o evento, publicando todas as fotografias.

-Esse não é só mais um chá da tarde, Dwanye. – Greg avisou com uma risada. – Preste mais atenção.

O repórter atiçou seus olhos de águia e vistoriou o ambiente: muitas flores e tecidos espalhados pela sala de estar da Mansão, as portas de vidro que davam acesso ao jardim posterior estavam abertas, e por elas seguia um caminho brilhoso, com cadeiras cuidadosamente espalhadas pelo gramado, com um arco ricamente decorado no fundo. Como se não fosse o suficiente, Draco Malfoy surgiu a sua frente, trajando um belo terno, com seus cabelos penteados para trás.

-Sejam muitos bem-vindos, rapazes. – Seu rosto tinha um sorriso gigantesco, apertando a mão de Dwanye e de seus parceiros. – Por favor, sintam-se à vontade.

-Eu não acredito que eles estão finalmente se casando e mantiveram segredo da imprenssa! – Dwanye exclamou quando Draco já cumprimentava outros convidados.

-Nem tão segredo. Eles chamaram vocês. Aproveitem bem a festa de hoje, porque isso vai vender como água amanhã.

***

Hermione estava bastante empolgada com as horas seguintes. Tinha passado os últimos meses planejando seu casamento junto de Draco, com uma excitação que não cabia no peito ao pedir segredo aos fornecedores, já que aparentemente eles tinham o casamento mais esperado do século. Oras, não se era todo dia que um veela e salvador do mundo bruxo se casava! Embora eles mal vissem a hora que parariam de repetir esse evento, gostaram muito da atenção recebida para o grande dia.

As roupas tinham sido mais uma vez cedidas gratuitamente para eles, com qualidade e beleza exorbitantes. O vestido de Hermione era de Alta Costura, sendo importado diretamente de Paris, de um dos maiores nomes no mundo das noivas. Quando ele chegou Gina, Fleur, Narcisa e Molly Weasley estavam presentes para a primeira prova. Quando ela abriu a caixa a gritaria foi tamanha que teve de segurar a porta para que Draco não invadisse o quarto, temendo ser alguma outra coisa.

Mas agora estava lá, com seu vestido e cabelo arrumados, apenas aguardando que sua maquiadora terminasse seu trabalho.

-Draco parece uma criança que comeu açúcar demais. Não consegue parar quieto. – Luna comentou ao verificar se estava tudo certo com a amiga.

-Espero que ele não seja daqueles que desmaiam quando vêem a noiva. – Gina comentou, rindo ao imaginar a cena.

-Isso seria engraçado. – Hermione tentava não borrar a maquiagem, mas ficava difícil tamanha ansiedade.

-A propósito, quinze minutos, Mione.

Dentro de quinze minutos ela estaria a caminho do altar, e aquilo era incrível. Sua barriga estava revirada, ao mesmo tempo que seu coração estava descompassado, com um sorriso gigante nos lábios. Ela se olhou no espelho e ficou desacreditada com o que via. Céus, talvez ela nunca tivesse se visto tão feliz na vida.

Quem diria que um dia a nerd estaria se casando com o bad boy atleta da escola? Se não bastasse o seu senso de clichês românticos estar apitando desesperadamente a alguns minutos – o que justificava as primeiras gargalhadas – seu lado companheira veela também tinha se ligado, mal contendo a vontade de sair correndo para o altar.

Quando havia acabado com o seu exercício de respiração e se encaminhava para a saída, a porta se abriu, com uma figura alta se esgueirando para dentro do quarto.

-Viktor?! – Aquilo não podia estar acontecendo.

-Herm- Herm…One! – O búlgaro tinha seu queixo caído, a olhando de cima a baixo.

-Aconteceu alguma coisa?

-Hã? Não! Eu.... Queria ver se você precisava de alguma coisa. – Ela tinha entendido o recado. Seus pais não estavam presentes, então nada mais justo que ele se preocupasse em levá-la para o altar devido a toda a sua história.

-Eu quero fazer isso sozinha, mostrar que não dependo de ninguém. Mas obrigada por se lembrar.

-Você.... Está ainda mais linda que no Baile de Inverno.

Aquilo estava mesmo acontecendo?

-Viktor... Eu não....

-Escute, eu preciso te contar uma coisa. Sei que eu deveria esperar, mas já que estamos aqui...

-Viktor, por favor.... – Hermione tentava a todo custo que não se formasse um clima ruim bem no dia do seu casamento, principalmente pelo incidente de um ano e meio antes.

-Eu vou ser pai, Hermione.

-O quê?

O rosto de Viktor expressava o quanto ele estava feliz com aquilo. Naquele momento ela entendeu o significado de sua revelação bem no seu dia especial. Um ano e meio antes ele tinha revelado seus sentimentos no seu próprio casamento, afirmando que fazia isso naquele momento justamente para não estragar o casamento de sua amiga. E naquele momento, ao revelar que seria pai, ela compreendeu que ele finalmente tinha a esquecido. Ela não precisaria mais se corroer de culpa.

-Isso é maravilhoso! – Ela correu para abraçá-lo. – Ela está de quanto tempo?

-Só dois meses. Achamos sensato esperarmos um pouco mais para contar, mas você precisava saber.

-Muito obrigada, Viktor...- Hermione sussurrou ainda abraçada a ele.

-Vamos, vamos. É normal a noiva se atrasar, mas nem tanto. – Ele se afastou e arrumou seu terno. – Quando saí do jardim Draco parecia estar tendo problemas de personalidade de tanta ansiedade.

-Ah, não... – Hermione riu por saber do que se tratava. – Ele estava falando em terceira pessoa?

-Em partes. Agora, aceita a minha companhia? – Viktor perguntou estendendo o braço para ela, assim como no quarto ano.

-Com o maior prazer.

Eles saíram do quarto destinado ao dia da noiva e foram em direção à escadaria, descendo com todo o cuidado do mundo para que Hermione não tropeçasse nos saltos e na saia longa do vestido, rindo durante o caminho. A Mansão estava completamente vazia, com o jardim lotado de seus poucos convidados. Tinham decidido chamar apenas os mais íntimos – o que incluía de certa forma a imprensa.

-Boa sorte, Hermio-ni-ni.- Viktor Beijou sua mão, com a voz carregada de sotaque ao pararem na porta que dava para o jardim.

Ela esperou que ele se sentasse junto com a esposa na plateia para respirar fundo mais uma vez e dar um passo a frente. A primeira coisa que ouviu foi o silêncio, seguido de um coro de respirações entrecortadas, para enfim começar a marcha nupcial.

-Se nós tivéssemos nos casado, você estaria tão bonita quanto ela! – Samuel gritou de sua moldura, mais uma vez lembrando seu trágico fim.

-Não estraga tudo, idiota! – Freya tentava a todo custo fazer com que seu companheiro se comportasse.

Levar os veelas para fora havia sido uma ideia de Draco, já que queria muito a presença de seus tataravós em seu casamento, assim como de seus irmãos.

A cada passo que Hermione dava percebia que algo brilhava nos olhos de Draco. Ele estava chorando? Um flash a trouxe para a realidade novamente. Todos estavam chocados em como ela estava radiante. Seu cabelo estava preso em um coque trabalhado, com alguns fios soltos que caíam por seu rosto. Sua maquiagem era clara, com a quantidade ideal de iluminador ressaltando seus olhos e sardas que se espalhavam pelas suas bochechas e nariz. Mas a atenção estava voltada para o seu vestido: um modelo com ombros de fora, de forro branco perolado bem justo e acentuado, tendo um filó brilhoso por cima, formando não apenas uma segunda camada do vestido, como mangas longas e bufantes. O detalhe principal estava em seu busto, onde pedrarias cinza em forma de rede e flores juntavam o forro com a camada superior do vestido. O véu estava preso logo abaixo do coque, caindo por todo o vestido. Em suas mãos, um bouquet de peônias em tons pastéis.

Pela quantidade de fotos que Greg tirava e pelo modo que Dwanye anotava fervorosamente em seu bloco de notas, o jornal do dia seguinte prometeira. Até já conseguia ouvir Rita Skeeter reclamar por não ter sido chamada.

Fazer aquele caminho sozinha mexia com ela de tantas formas: estava chateada por não ter seus pais naquele momento, mas ao mesmo tempo satisfeita por saber que não seria entregada aos cuidados de seu marido. Por mais que fosse a companheira de um veela, era autossuficiente para viver a sua vida.

-Draco, você está chorando? – Ela sussurrou ao chegar ao seu lado no altar.

-Eu não sei o que está acontecendo com meus dutos lacrimais. Dá um desconto.

-Só porque um passarinho me contou que você trouxe seu amigo para o dia de hoje.

-Ah, se lembrou de mim? – A personalidade de Draco mudou por completo, se tornando mais descontraída.

-Eu nunca me esqueci de você, querido, mas poderia deixar Draco assumir o controle de novo? É a vez dele de assumir um compromisso comigo.

Afinal, suas partes veelas já estavam casadas desde Hogwarts.

-Só porque eu te amo. – Ver Draco voltar ao normal no meio da frase havia sido.... Diferente. Sua postura voltou ao estado nervoso, dando um belo sorriso para ela.

-Bem, agora que todos estão presentes, podemos dar início à cerimônia. – O juiz de paz disse divertido ao ver as mudanças de Draco bem a sua frente. – Estamos aqui reunidos....

Apenas seus amigos mais chegados e colegas de trabalho estavam presentes. Ele tinha chamado seus amigos de faculdade, assim como Minerva. Não tinha sido uma supresa quando ele mencionou o desejo de convidar a garota abóbora para o casamento. Ela tinha feito parte da vida deles, merecia acompanhar de perto aquele grande momento.

O que não deixava de ser uma desculpa para se exibir mais um pouco para ela, na opinião de Viktor e Hermione.

-Se existe alguém contra esta união, fale agora ou cale-se para sempre.

O silêncio nunca tinha sido tão satisfatório.

-Neste caso, por favor, assinem nas linhas pontilhadas. – O juiz instruia o casal, oferecendo uma pena para assinar a certidão e o livro de registro. – Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva, Sr. Malfoy.

-Vem cá, docinho. – Draco puxou Hermione pela cintura, completamente alheio ao público que aplaudia e assobiava para eles, atacando seus lábios com fúria, sentindo seu pescoço ser abraçado com vontade.

Ele teria continuado agarrando a esposa se não tivesse ouvido um rosnado baixo vindo dela. Se separou e a encontrou com os caninos abaixados, na sua forma nada ameaçadora de companheira veela, se tocando que suas próprias presas estavam abaixadas.

-É melhor vocês se recomporem se não quiserem ser vistos pela louca do artigo científico. – Blásio cutucou o casal.

É, Draco tinha convidado Mackinnon para o evento – o que era um grande risco considerando seus irmãos veelas presentes durante a festa.

-Vamos sair daqui.

***

-Você está linda! – A garota correu para abraçar Hermione assim que a festa havia começado.

-Sófia! Eu não acredito que você veio mesmo!

-Seu amigo bonitão e casado veio com ordens expressas do vampirão que eu não poderia deixar de comparecer. E devo dizer que isso é tão....

-Mágico?

-Igual. Quer dizer, exceto pelas pinturas falantes e pelos pavões a solta pelo quintal, não é muito diferente do nosso mundo.

-Passe mais tempo conosco que você vai mudar de opinião.

-Se vocês me chamarem, eu apareço.

-Pode ter certeza que Draco fará questão da sua presença em todos os eventos possíveis. Acho que ele gostou de ser um vampiro com sua noiva prometida por um dia.

-Eu vi os dentes de vocês no altar, então não pense que eu descartei essa ideia.

Ela nunca esqueceria aquilo, muito menos Draco.

***

A festa estava indo de vento em polpa. Com a chegada da noite, luzes começaram a sobrevoar o jardim, dando a impressão que vagalumes iluminavam o evento. Um pavão pensava que a festa era para ele, andando com suas penas armadas entre as mesas, vez ou outra roubando comida de um convidado desavisado. Gina e Hermione dançavam animadamente na pista de dança improvisada, enquanto Draco conversava animadamente com seu professor de Anatomia de Criaturas mágicas. Nada mais justo do que convidá-lo para seu casório, já que era a área que pretendia se especializar.

Os veelas também estavam se divertindo à sua maneira. Quase todos no recinto já os conheciam, então não estava sendo uma dor de cabeça tão grande. Mas tinham sido instruídos de que se uma loira começasse a fazer perguntas demais para eles, que fugissem para as montanhas e esperassem três dias para voltarem, já que estavam decididos a não contarem nada para Mackinnon.

Mas ao que parecia o aviso tinha entrado por um suporte e saído pelo outro, já que Jacques e Jeremiah conversavam animadamente com ela. Por Samuel ser a pintura que carregava mais charme, era óbvio que ela estava bem mais propensa a conversar com ele -  fato percebido imediatamente por Freya, que mais do que imediatamente foi chamar ajuda.

-Parece que a senhorita prefere a companhia de pinturas do que bruxos de verdade. – Blásio correu ao encontro das molduras, disposto a arrancar a mulher de lá.

-Ei! – Samuel se ofendeu, levando uma cotovelada da companheira.

-Temos sempre muito a aprender com bruxos mais velhos. – Mackinnon não dava a mínima para a presença de Blás a princípio.

-Concordo plenamente, mas estamos em um casamento. O evento mais esperado da década, e você prefere gastar o seu tempo batento papo com quadros na tentativa de conseguir informações para um artigo que Draco não te deu autorização para fazer, do que desfrutando da companhia de um bom dançarino? – Seu olhar sugestivo capturou a sua atenção, fazendo com que ela esquecesse temporariamente seus entrevistados.

-Como você sabe...?

-Draco me incubiu de garantir que você não fizesse perguntas demais por aqui. Sabe, ele gosta da sua companhia, mas você insiste em querer aquele artigo...

-Draco costuma ter razão em uma coisa ou outra.... E se ele sugeriu que você me fizesse companhia, deve ser porque você é um cara legal.

-E não porque tem uma lábia incrível. – Samuel deu a sua opinião, sendo ingorado.

-Me permite? – Blásio estendeu seu braço, sorrindo, levando a mulher para pista de dança, que era bem longe dos rapazes.

***

Era perto das onze da noite quando a Mansão começou a esvaziar. Tinham partido o enorme bolo cerca de meia hora antes, sendo a vez de Hermione desabar a chorar, sendo amparada por um abraço confortável de Draco, enquanto ria ao mesmo tempo. Talvez as várias taças de champanhe que tinha tomado não a tivessem feito bem. Viktor, a esposa e Sófia tinham partido assim que o bolo fora cortado, pela gestante não estar se sentindo bem. O repórter e os fotógrafos tinham se despedido desejando felicidades, e que não perdessem o Profeta Diário na manhã seguinte. Gina, Harry e a família Weasley tinham acabado de usar a rede de flu, com a garota acenando com o bouquet que havia pego mais cedo.

Basicamente, as únicas pessoas que ainda estavam na festa era Andrômeda e Narcisa. A loira havia tido sua libertação da prisão domiciliar três dias antes, tomando a decisão que iria morar com sua irmã mais velha, afim de dar privacidade ao casal.

-Seria estranho continuarem morando comigo nessa casa.

Após uma longa despedida eles finalmente estavam sozinhos. Com um aceno da varinha, recolocaram os quadros de volta na biblioteca, tendo a surpresa de todas as molduras da casa estarem vazias.

-Mas o que significa isso? – Hermione estranhava muito tudo aquilo.

-Lembra quando fomos para a cama pela primeira vez, em Hogwarts? – Draco falava mansinho, se aproximando pelo lado direito da garota.

-O que têm?

-Os garotos nos deram privacidade para completarmos a marcação. Disseram que... seríamos muito barulhentos, e não queriam estar por perto. Tenho a sensação que eles avisaram a todos os quadros da casa do que aconteceria, e ninguém quis ficar para contar história. – Draco inspirava o aroma do pescoço de Hermione, começando a exalar o charme que queria.

-E como você tem certeza que faremos barulho? – Sua voz começava a ficar arrastada, jogando o peso de seu corpo para o tronco de Draco.

-Hermione, é a primeira vez em três anos que ficamos completamente sozinhos. Não precisamos mais nos conter em apenas fazer amor dentro do quarto, podemos voltar a explorar a casa. É a nossa noite de núpcias, e só de falar isso eu já me sinto duro. Eu esperei isso por tanto tempo que tenho absoluta certeza que as coisas não vão ficar calmas.

-Não, é....? – Ela também sabia usar o seu charme, vendo Draco ter seus olhos completamente escuros a sua frente, inspirando com força.

-Você sabe o que está fazendo comigo. – Ele afirmou ao perceber suas verdadeiras intenções.

-E você sabe o que eu quero.

Sexo selvagem era uma coisa que ela a muito ansiava por fazer de novo com ele, tendo a curiosidade de saber como ele se portaria agora que não se moviam pelo ciúme veela.

-Não sabe o quanto eu estou me segurando nesse momento para não avançar e rasgar o seu vestido. Você poderia por favor tirá-lo? Não confio nas minhas próprias mãos.

Com um sorriso Hermione desceu o zíper, tirando a peça com o maior cuidado possível, o depositando em cima do sofá de leitura que tinham na biblioteca. A sua visão de espartilho branco, com fio dental da mesma cor e saltos altos ainda com o véu na cabeça fez Draco se perder no tempo, apenas a encarando de cima a baixo, ficando plantado no chão enquanto a via caminhar de costas em direção ao corredor, se virando para que ele pudesse ter a visão de sua bunda rebolando.

Hermione sorriu ao ouvir o rosnado de Draco, segundos antes de sentir seu corpo sendo prensado na parede mais próxima, assim como seu pescoço ser o alvo de mordidas ainda humanas.

-Você só pode estar de brincadeira comigo.... – Sua voz grossa denunciava que estava à beira de perder o controle que tinha, assim como o forte aperto que sentiu em seu quadril, empinando sua bunda em resposta.

Ela recebeu em troca um gemido, enquanto sentia o membro de Draco ser esfregado contra a sua calcinha. Seu rebolado ditava o ritmo que as coisas aconteciam, tendo trabalhado o máximo possível para que ele perdesse o controle logo. Após um gemido longo de sua parte, seu corpo foi virado com ferocidade, tendo suas omoplatas batendo com força na parede.

As coisas aconteciam apressadamente: seu espatilho tinha sido jogado no chão, a deixando com os seios de fora, ao mesmo tempo que Draco arrancava com rapidez o paletó, se concentrando em afrouxar sua gravata enquanto Hermione desabotoava sua calça. Ele estava vestido demais para a opinião dos dois, que trabalhavam pela igualdade de nudez. Quando Draco estava apenas de cueca, camisa social, Hermione o puxou pela gravata frouxa que ainda pendia em seu pescoço, esmagando seus lábios nos dele.

Parecia que iriam se fundir a qualquer momento, já que seus corpos estavam colados um no outro, pressionando a parede com força, além de trabalharem com suas bocas famintas. Mas ao mesmo que não queriam se desgrudar, aquele tecido incomodava Hermione, que o empurrou com certa violência, afim de conseguir enxergar melhor seus botões. Draco estava impaciente, não queria se separar da companheira daquele jeito, indo em direção ao seu pescoço, distribuindo chupões até chegar aos seus seios, onde demonstrou que não estava de brincadeira naquela noite. Tanto sua mão como sua língua trabalhavam pesado em seu seio e mamilo, fazendo com que Hermione curvasse seu corpo para frente, dificultando, mas não tornando impossível a tarefa de abrir sua camisa social. Céus, como ela sentia falta daquilo!

Sem que tivesse percebido, criara forças até então desconhecidas, puxando todos os botões, destruindo parcialmente a peça. Draco se afastou apenas para olhar o que tinha acontecido, se livrando da camisa e gravata antes de olhar bem no fundo dos olhos de Hermione e silvar, exibindo suas presas e olhos escuros, recebendo de volta o mesmo silvo, com um par de dentinhos de vampiro bebê. Imediatamente após se cumprimentarem, a mulher enlaçou seu pescoço com vontade, grudando suas bocas em mais um beijo esfomeado, pulando ao sentir que Draco segurava suas coxas, impulsionando para cima.

Quando envolveu suas pernas ao redor de sua cintura, sentiu que fazia parte da parede, já que seu corpo fora mais uma vez pressionado, tendo suas intimidades quase se fundido se não fosse pela roupa íntima. As coisas estavam ficando loucas por ali, ainda estavam nas preliminares e já pingavam de suor. Nem um minuto sequer deixavam de se beijarem, com seus curtos espaços de respiração sendo substituídos por gemidos e resmungos. Quando um tapa forte estalou pela sua nádega esquerda, Hermione arranhou com força as costas de Draco, soltando um gemido fino -  o que foi suficiente para ele rosnar e sair do lugar.

Eles não conseguiram andar por muto tempo sem que ela fosse pressionada contra outra parede e por outros móveis, deixando que algumas coisas caíssem pelo caminho e se quebrassem. Somente quando Draco a sentou sobre uma cantoneira de madeira onde antes ficava o jarro de flores preferido de sua tia-avó, que se separaram e se olharam mais uma vez. Ao passo que ela abaixava com dificuldades a cueca boxer cinza dele, sentiu suas pernas serem abertas com força. O movimento brusco a fez ir no céu e voltar, suspirando com todas as sensações que sentia.

Draco a esquadrinhou bem antes de fazer o que tanto queria: de um puxão só rasgou a calcinha de Hermione ao meio, a assustando.

-Ah!

-O que é isso? – A voz rouca de Draco entregava o sorriso confuso que ele dava ao notar a depilação de Hermione.

-Meu presente de casamento. Se não tiver gostado, reclame com Gina.

-Eu vou é agradecer, isso sim.

Segurando suas pernas abertas com força, Draco se abaixou e abocanhou sua intimidade com uma fome nunca antes sentida, arrancando gritos da mesma. Sua língua e dedos trabalhavam avidamente, lambendo e chupando os lugares certos enquanto recebia como recompensa puxões e cabelo e gemidos agudos que nunca antes tinha escutado. Sentia que ela estava perto e como não queria acabar com seu tormento tão cedo, se levantou indo de encontro a sua boca mais uma vez. A coitada estava bastante torta naquela cantoneira, quase imitando um frango assado – mas desesperada por mais contato físico.

No momento que Draco a ajudou a ficar em uma posição mais confortável e passou sua mão pesadamente por todo seu corpo até seu pescoço, pressionando o ponto certo para que ela olhasse apenas para seus olhos foi o estopim para ela. Com um silvo Hermione puxou o quadril de Draco com suas pernas, o prendendo no meio de suas pernas e o ameaçando com as presas.

Ele não era burro, tinha entendido o recado. Precisou de apenas um instante para se posicionar melhor e entrar com força, rugindo junto de Hermione. Pela posição perigosa precisam do apoio um do outro, estando em um abraço desengonçado. Com uma mão Draco segurava seu corpo, e com a outra buscava apoio na parede. Hermione se gurava com força suas costas, deixando vergões vermelhos por toda sua extensão cada vez que Draco acertava seu ponto sensível. Não que ele estivesse com pressa, mas todos os seus institntos primitivos tinham sido ativados, junto com os mínimos de Hermione, os transformando naquilo. Ele ia rápido, duro e com força, tendo sua garganta rouca de tanto gemer junto da companheira, até mesmo deixando a marca de suas garras no papel de parede segundos antes ao sentir Hermione apertar seu membro de si.

Aquela noite de núpcias estava rendendo bons estragos àquela casa. As pinturas acertaram em dar privacidade a eles.

Cansado de estar em pé, Draco mais uma vez tomou o corpo de Hermione no colo, desta vez sendo beijado calmamente. Ambos apresentavam sinais de exaustão, mas ainda não queriam parar. O caminho até a sala de estar tinha sido mais devagar e calmo, com ele ainda dentro dela. Os beijos eram uma espécie de descanço para o que ainda viria, tirando sorrisos apaixonados dos dois quando paravam um pouco e se olhavam.

-Vem cá.- Draco sussurrou ao se ajoelhar no tapete felpudo da sala, estando cercado pelo sofá e poltronas, apenas na companhia da lareira acesa.

Ela ainda estava em seu colo, com a respiração descompassada, apenas hipnotizada pelo charme que emanava de seus olhos, voz e suor.

-Lembro como se fosse ontem a primeira vez que coloquei os pés nessa sala.... – Ela sussurrava encarando seus lábios, encostando suas testas.

-E eu ainda consigo lembrar de todas as vezes que fantasiei com você nessa casa. Quando você me deu aquele soco.... Parecia que tinha me acertado com a realidade na cabeça. -  Ele depositou um beijinho em sua boca, continuando sua história – Quantas noites me levantava da cama e imaginava como seria nossa vida juntos....

-Algo me diz que já tinha visto o que estamos fazendo agora muito antes dos dezessete anos.... – A voz de Hermione não passava de um sussurro em seu ouvido, o levando para um estado de torpor.

-O suficiente para saber exatamente o que e quando fazer hoje a noite. Foram muitos anos praticando, Granger....

-Granger não, Draco. Senhora Malfoy. – Um forte arrepio tomou conta de Draco, que se curvou para frente e cravou as unhas na cintura de Hermione ao sentir seu pescoço ser mordido com força por suas pequenas presas.

Eles ainda não tinham terminado o que tinham começado.

Com um rosnado, ele a desencaixou cuidadosamente de seu membro, a colocando de quatro no chão.

-Draco.... – Seu gemido fazia sua cabeça girar, querendo se perder em seus instintos.

Quando ele a invadiu novamente, segurava com força em seus quadris, se apoiando em uma perna. Ele não queria parecer um animal, mas todos os sons que Hermione fazia o convencia de que sua sanidade tinha ido embora a muito tempo. Ela estava tão entregue, puxando os pelos do tapete enquanto implorava por mais, muito embora sentisse que Draco começava a perder seu ritmo constante por falta de forças.

Eles não tinham comido muito durante a festa.

Com um forte empurrão de seu quadril deu a deixa para que ele se sentasse, com ela apenas o seguindo, ficando sentada de costas em seu colo. Ela mais uma vez ditaria as regras e estava disposta a terminar com aquela tortura logo. Com movimentos rápidos e com ajuda de sua mão, Hermione sentava com força, beijando de maneira torta a boca do loiro, que claramente não duraria muito tempo.

De fato, alguns segundos mais tarde um rugido grutual saiu de sua boca, ensurdecendo o ouvido esquerdo de Hermione, logo tendo seu pescoço mordido com força por ele. O veneno despejado tinha sido o suficiente para que ela gritasse e começasse a tremer violentamente em seu colo, pendendo para o lado.

-Seu sangue.... – Ele estava hipnotizado, lambendo seu ferimento e se deliciando com seu aroma.

-Acho.... Acho que talvez você.... Você seja um vampiro. – Ela estava ofegante, deitando no chão para recuperar o fôlego.

Draco também se deitou, porém na posição contrária que ela. Ambos estavam exaustos de toda a atividade física, a última vez que tinham colocado tudo aquilo para fora tinha sido quando revelaram seu namoro para a escola e bem, já faziam quatro anos e meio isso.

“ROAUCHT”

-Docinho, você quer alguma coisa da cozinha? - Draco perguntou se levantando a pedidos dos roncos de sua barriga.

-Se você pudesse trazer o buffet inteiro eu ficaria agradecida. – Hermione ainda olhava para o teto, respirando com dificuldade, com suas pernas encolhidas.

Durante a festa se tinham comido um canapé tinha sido muito, a sorte é que tinha sobrado muita comida ainda. Demorou cerca de quinze minutos para ele voltar com uma bandeja, tendo um pouco de cada coisa: salada com croutons, carne ao molho madeira, canapés, penne ao molho de queijos, junto de uma enorme fatia de bolo. Ele inicialmente tinha quatro andares, com massa de chocolate preto, recheado com creme de chocolate branco, uma ousadia na opinião de Dwanye.

-Sinta-se em casa. – Draco brincou ao se sentar de frente para Hermione, a ajudando se levantar, destampando a badeja.

Ela nem tentou disfarçar comendo a salada: a primeira coisa que fez fora atacar um pedaço de carne, partindo para o carboidrato em seguida. Draco não pestanejou em terminar com a carne rapidamente, sequer percebendo que podia estar sendo meio agressivo com a comida, preferindo tentar um pouco de salada após a proteína. Quando partiram para a sobremesa, riram ao perceberem ter tido a mesma ideia de dar comida na boca um do outro, trombando com os garfos no caminho.

Tinha sido um excelente jantar de casamento, no final das contas.

***

 O relógio batia duas da manhã quando o casal entrou na grande banheira de sua suíte. Tinham decidido não mudar de quarto, apenas fazer uma reforma para adaptá-lo a duas pessoas. O grande banheiro encantava Hermione, nunca tinha visto uma banheira tão grande como aquela em sua vida, ansiando por usá-la desde que colocara os pés na casa. Estavam cansados, então o único movimento que fizeram foi Draco se recostar na parede da banheira enquanto Hermione se aconhechegava no meio de suas pernas, recostada em seu peito.

Eles estavam de molho, aproveitando o calor da água naquela madrugada fresca. Só se mexiam para fazer breves carinhos por seus braços, com um beijinho esporádico.

-Quem diria que depois de toda aquela selvageria lá debaixo estaria apenas aproveitando a água com minha esposa....

Por mais que não estivesse olhando para ele, Hermione ouvia o sorriso em sua voz.

-E que meu marido me traria no colo para o quarto, pelas minhas pernas estarem doendo.

 Eles brincavam agora com as novas alianças, brincando com suas mãos e rindo. O silêncio reinava de vez em quando, permitindo que eles apenas aproveitassem a água e o corpo um do outro

-Viktor quase te levou até o altar hoje.

-Ele vai ser pai.

-Mesmo?! – Draco curvou seu pescoço, olhando espantado para a esposa.

-É. Mas vai precisar guardar segredo, só nós dois sabemos por enquanto.

-Uau.

Eles não demoraram muito mais tempo na banheira, precisavam descansar se não quisessem perder a chave de portal no dia seguinte, para a sua lua de mel.

Apesar de todas as dificuldades, eles estavam enfim casados.

 


Notas Finais


e então, o que vocês acharam do Olivier em Com amor, Draco?


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