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História Veela, Draco? - Chapter XXIII


Escrita por: SofiaDuarte

Capítulo 23 - Chapter XXIII


No domingo de manhã fora a vez de Draco despertar com carícias pelo seu rosto. Ele abriu seus olhos lentamente, tendo que piscar um par de vezes antes que realmente percebesse que não era um sonho.

-Você parece melhor.

-Eu me sinto melhor. Sem dores, sem nada.

-Sem nada você não pode dizer. Está completamente vestida!

-Não por sua vontade.

-Calor humano ajuda a curar o mal-estar, não sabia disso?

-Nunca pensei que fosse ter um engraçadinho bem aí dentro.

-Eu tenho todos os motivos do mundo para ser um piadista, Hermione. – Draco deu um pequeno beijo na ponta do nariz da namorada – Acho melhor você ter alguma desculpa para dar aos seus amigos pelo seu desaparecimento.

A cor sumiu do rosto da garota.

-Eu nem me lembrei deles...

-Isso é um excelente ponto para mim. – Draco se gabou, recebendo em troca uma cotovelada.

-Não é não. O máximo que pode acontecer é Rony ter uma crise de ciúmes e Gina me importunar com essa história de Lufano.

-Isso significa então que Potter não liga muito para o seu sumiço, não é? Se ele não vai falar nada.... – Draco não se contentou em não alfinetar Hermione, era mais forte do que ele.

-Ah, Harry? Ele com certeza seria mais discreto com seus comentários. Ele gosta de ser o único a saber. Mas pensando melhor.... É, talvez ele faça um escândalo por saber o que eu estava fazendo. – Hermione falou se divertindo com a expressão de Draco.

-Como é?! Você contou ao Testa Rachada?!

-Você não contou a Zabini? – Ela comentou enquanto se espreguiçava, se sentando, enquanto o garoto ainda olhava assustado para ela, deitado.

-Mas... Potter...

-Não tem nada com você, não precisa se preocupar. Eu gastaria minha energia pensando em como fazer com Rony, porque ele sim vai dar dor de cabeça.

-Nada que um rosnado não resolva.

-Garotos... – Hermione revira os olhos, indo em direção ao banheiro.

Era impressão de Draco ou sua pele estava mais pálida e brilhosa?

***

-Hermione! Por onde a senhora andou todo o final de semana, posso saber?

Não havia muito tempo que a garota sentara para tomar café da manhã quando Gina interrompeu o silencio do Salão, com uma boca bem grande. Antes mesmo que pudesse responder, Hermione conseguiu ouvir a risada abafada do namorado no outro lado do salão. Ela apenas o encarou fixamente, vendo-o se esconder atrás de um copo de suco.

Que aliás, não era de abóbora.

-Eu estava aqui o tempo todo, Gina.- Hermione tentou manter a expressão neutra, como quem não queria nada.

-Ah, com certeza não estava não, eu te procurei por todo o canto!

-Eu também! – Rony se manifestou.

Hermione levantou sua sobrancelha, desconfiada de como sairia da situação. Ignorou Harry que tentava não se engasgar com a saia justa que eles colocavam na garota, juntamente com Draco que parecia se divertir com o sofrimento da garota. Respirando fundo, pensou que o modo dramático seria mais eficaz.

-Sabe, não me surpreende nada essa atitude de vocês. Dizem que me procuraram, mas sequer conseguiram me enxergar debaixo dos seus narizes! Pensaram em olhar na biblioteca? Na poltrona ao lado da lareira? Aposto como não. Vocês só se lembram de mim quando precisam de alguma coisa, é incrível isso! Não me enxergam e depois me acusam de sumiço, querendo deturpar minha imagem com segundas intenções. – Hermione deixou algumas lagrimas caírem, não fazendo a menor ideia de como estava fazendo aquilo – GRANDES AMGOS VOCÊS SÃO! – E sem dizer mais nada, se levantou num rompante e saiu pisando duro para fora, enxugando as poucas lágrimas.

-Hermione!

-Não, Rony! Deixa que eu vou. – Harry saiu correndo atrás da amiga, sabendo que nenhuma palavra do que ela dissera era verdade.

A encontrou não muito tempo depois, rindo sozinha no jardim, enquanto olhava o banho de sol da lula gigante.

-Não sabia que fazia teatro. – Harry implicou se acomodando ao lado da amiga.

-Nem eu.

-Sabe que eles estão preocupados, não é?

-Eles realmente me procuraram ontem?

-Bem.... Não.

-Então bem feito. Quem sabe assim eles não se tocam. – Hermione revirou seus olhos dramaticamente.

-Muito obrigado por se incomodar em querer saber se eu também estava preocupado com você, Hermione.

-Você estava?

-Levando em consideração que eu sabia com quem você estava enfurnada? Nenhum pouco, mas eu talvez devesse ter ficado. Ele tem presas, não é?

-De vampiro, não? – Hermione fez piada.

-Ah, com certeza. Não podemos nos esquecer disso e de não ser um Malfoy de sangue.

-Se você soubesse como fiquei com pena da pintura de Septimus....

-Como você conheceu ele?

-Passamos o dia ontem na mansão.

-Ele.... Ah não.... Vocês...?

-É.

Harry respirou fundo antes de continuar.

-Sabe, eu não tenho a menor vontade de saber como foi, mas sendo o único cara que sabe dessa situação toda e vendo como você está desesperada para falar para alguém....- Ele respirou fundo antes de continuar -  Como foi, Hermione? – Harry colocou a melhor expressão de curiosidade e interesse no rosto, somente para a amiga colocar tudo para fora.

-Não precisa fazer isso, Harry.

-Não preciso, não quero, mas você sim. Ande, agora está com vergonha dessas atividades impuras que andou praticando desde sexta a noite, Hermione? – Ele disse divertido.

-Foi estranho, muito estranho para falar a verdade. Bem dolorido também. – Ela respondeu rindo, dando um leve empurrão no amigo.

-É só isso que tem para me contar? Pensei que vocês fossem mais atentas aos detalhes.

-Está insinuando que eu deveria relatar toda minha experiência e medidas para você?

-Se você se sentir confortável – ele deu de ombros – por mais que essa ideia não me agrade nenhum pouco.

-Se você falar isso mais uma vez vou começar a acreditar que é mentira sua.

-Talvez... – Harry fez a melhor expressão feminina que conseguiu, arrancando gargalhadas da amiga.

-Ele não usou o charme para me convencer... Eu que quis...

-Ainda bem, né? Porque se você recusasse aquele cara tenho a certeza que todas as garotas iam te azarar.

-Deixa de ser chato, Harry! Eu fico feliz que seja eu... Tenho a sensação de que as outras garotas não compreenderiam aquela situação...

-Como assim? Ele não funciou?

-HARRY!

-Eu não posso fazer nada se você não me passa as informações completas e eu apenas posso supor!

-É longe disso, pelo amor de Deus! É só que tenho a certeza absoluta que se fosse com outra, elas esperariam aquele Draco, e poderiam acabar magoando a criatura quando descobrissem que...

-Você está me dizendo que Draco Malfoy, O garanhão de Hogwarts, é virgem? – Harry disse com os olhos completamente arregalados.

-Era, né? – Hermione completou com um sorriso presunçoso.

-Isso é novidade, não acredito que eu perdi antes dele!

-Perdeu em teoria, né Harry? O que a Walburga conta não deve ser levado a sério. – Hermione se referia ao boato que meses antes havia sido instalado pela Torre, o de que Walburga havia dormido com Harry. Obvio que era tudo invenção da garota, mas que ele não fez muito esforço para desmentir.

-Não posso fazer nada se tem gente que acredita. – Ele deu de ombros, rindo.

-Você fez alguma coisa com seu cabelo? – O garoto perguntou enquanto passava a mão pelo emaranhado de fios castanhos da garota.

-Não, porque?

-Não sei, ele parece cheio de purpurina.

-Você quis dizer brilhoso?

-É, pode ser.

***

Draco realmente não conseguia conter o sorriso em seu rosto. Havia decidido passar no Salão da Sonserina após o café da manhã. Agora que ele já havia conseguido o seu propósito, poderia passar um pouco mais de tempo com seus amigos. E foi chegando lá, e ainda se lembrando do desconforto de Hermione mais cedo, que ele não conseguia tirar o sorriso do rosto, chegando a encarar estranhamente Goyle do outro lado da sala.

-Sabe, se continuar a encara ele assim vão começar a achar que talvez não seja de uma garota que você precise. – Zabini chegou de fininho, se sentando com o amigo no sofá.

-Eu não dou a mínima, você sabe.

-Posso ao menos sabe o motivo do seu desaparecimento desde sexta feira?

-Ficou preocupado, Blás? – Draco finalmente se virou para o amigo, com um sorriso divertido.

-Não que eu queira admitir, mas... sei lá, depois que você bebeu aquela poção todo cuidado é pouco.

-Eu estava em boas mãos, acredite. – Draco relaxou no sofá, encostando sua cabeça no recosto, fechando os olhos, mas não contendo seu sorriso largo.

Zabini passou algum tempo encarando o garoto de cima abaixo até que se tocou.

-O que está fazendo aqui, Draco?

-Pensei que estivesse sentindo minha falta e agora já quer me expulsar?

-Pensei que a sua nova rotina fosse baseada em tentar não morrer.

-Eu não vou morrer. – Ele disse simplesmente.

Levaram mais alguns segundos até que o amigo ficasse surpreso.

-Vocês...?

-Aham.

-Você não sabe o alivio que me dá escutar uma coisa dessas!

-Acho que é o que todo pai sente quando o filho finalmente perde a virgindade com uma garota, não é? – Draco rolou os olhos.

-Está a salvo agora? – Blásio ignorou o comentário anterior.

-Absolutamente. Pode desfrutar mais da minha companhia se quiser.

-Eu vou passar.

-Weasley?

-Nem tanto, ela prefere o Potter.

-E quem não prefere, não é mesmo?

-Realmente, não é mesmo? Não foi Hermione que saiu com ele hoje cedo?

Draco respirou pesadamente, sentindo seus olhos escurecerem um pouco.

-Cala a boca, idiota.

***

O domingo correu normalmente como um ano antes, sem Draco e Hermione se encontrarem em momento algum, já era bem tarde quando Draco finalmente decidiu ter uma conversa com seus amigos, tirar algumas dúvidas. Ele havia acabado de sair de um banho quente, estava de pijama quando se sentou com pernas de índio no sofá em frente a lareira e mesmo encarando sua pintura na parede de forma estranha, decidiu chamar a atenção deles.

-Eu sou tão estranho assim?

-Acredite, você é exatamente assim, Draco. – Samuel havia adquirido mais intimidade com o garoto após a tarde anterior, permitindo-se ser mais amigável.

-Sabe que sou da sua linhagem, não é?

-Ei, eu mantive o padrão alto na minha época, não é minha culpa se você não! – Eles riam.

-Jerry, Jack.... Posso fazer uma pergunta a vocês?

Eles se entreolharam.

-Acho que já sabemos do que se trata.

-Quando vocês completaram a marcação... A companheira de vocês ficou esquisita?

-Esquisita como?

-Com dores, não tão fortes quanto na nossa transformação, mas.... Desconfortável?

-Não. – Eles responderam em uníssimo.

Draco ostentou um semblante preocupado no rosto.

-Isso quer dizer.... Que tem alguma coisa errada com Hermione?

-Não necessariamente.

-Draco, sabe qual o motivo de injetarmos o veneno nelas? – Jacques perguntou.

-Para as outras criaturas saberem que ela nos pertence e nos acalmar, não é? – Ele estava confuso.

-Também, mas não principalmente isso. Nós somos criaturas que conseguimos viver por muito tempo, não o tempo humano normal, e precisamos que elas vivam o tempo conosco. O veneno ajuda na longevidade, além de dar mais tempo de vida, ajuda a conservar mais a sua beleza.

-Então não se assuste se vocês tiverem sessenta anos de idade com cara de trinta.

-Ou cento e vinte com cara de cinquenta.

-Cento e vinte?! – Ele se assustou – Vocês viveram quantos anos?

-Cento e trinta e dois. – Jeremiah começou.

-Cento e quarenta – Jacques revelou.

-Dezessete. – Samuel revirou os olhos dramaticamente. – Achei fosse querer saber.

-Minha Nossa Senhora...

-É, mas nenhuma delas sofreu nada disso do que você relatou, ou...

-Draco, você percebeu Hermione ronronar e silvar por aí?

-Eu pensei que tivesse sido a minha imaginação, mas...

-Peraí, vocês estão dizendo que existem possibilidade de Hermione também estar se transformando? – Samuel ficou em alerta.

-Não, definitivamente está não é uma possibilidade. – Jeremiah se adiantou.

-Se Hermione fosse uma veela vocês teriam percebido no momento em que ela colocou os pés aqui.

-Como Hermione era no Primeiro Ano, Draco? – Samuel estava apurando os fatos.

-Estranha. Os cabelos pareciam uma vassoura bem-acabada e meio dentuça. Ninguém falava com ela.

-Definitivamente, ela não é.

-Então como explicam esses... sinais? Os silvos, a pele dela estar mais pálida?

-Nós temos uma teoria.

-Que também é a única explicação lógica para isso tudo.

-E então? Alguém pode me explicar? – Draco parecia meio aflito sob a luz vinda das chamas da lareira acesa.

-Isso tudo começou no momento eu que você colocou seus dentes nela, certo?

-Aham.

-O que é mais do que certo que aconteceu foi que o veneno despertou alguma parte adormecida dela.

-Como assim?

-Pense bem, Draco. Se em algum momento na família dela uma veela feminina se casasse com alguém, isso passaria de geração para geração, mas o gene tenderia a se espaçar e se ralear cada vez mais.

-Estão tentando me dizer que ela pode ser parte veela?

-Eu não diria parte, apenas uns 0,05%. É uma porcentagem ridiculamente baixa que sozinha não faria diferença ou efeito nenhum, mas no momento em que entrou em contato com o veneno de um veela puro, começou a ser ativado.

-E o que isso quer dizer?

-Que além de você já saber de onde veio seu sangue mágico? Não muito. A porcentagem é muito baixa para que ela expresse alguma coisa fisicamente além da pele pálida e ronronados esporádicos. – Jacques deu de ombros.

-Acho que isso é muita coisa para absorver.

-Um conselho, Draco? Conte a ela o mais rápido possível. Ela merece saber.

-Não duvidaria nada se ela passasse por aquela porta agora mesmo já sabendo da verdade.- Ele resmungou, fazendo todos os quatro de virarem para entrada, mas nada aconteceu.

-Porque esse tipo de coisa só acontece comigo...? - Draco murmurou exasperado se jogando em sua cama antes de dormir;

***

Na segunda feira não havia acontecido nada de anormal, nada de estranho. Hermione parecia bem, havia puxado Draco para um beijo rápido entre uma aula e outra. Ela parecia tão bonita e bem consigo mesma que ele chegou a esquecer por alguns minutos a condição mágica da garota, apenas se preocupando quando percebeu sua irritação por Pansy estar falando com ele. Aquilo era estranho, mas.... Ela não havia partido para cima da garota como ele fazia com os outros, então considerou ser algo normal.

Já na terça feira Draco observava a garota de longe, quando notou que havia um pouco de sangue em seus lábios.  Ele deu uma leve corrida até ela, mas antes que pudesse fazer alguma coisa Gina Weasley já estava ao seu lado, podendo apenas escutar parte da conversa.

-Sabe, sua pele e cabelo andam bem mais bonitos ultimamente. Isso costuma ser sinal de quem anda fazendo muito sexo. – A ruiva sugeriu.

-Experiência própria? – Hermione respondeu desinteressada.

Aquilo era estranho, ela nunca trataria com esse desprezo a amiga.

-Acho que me enganei, acidez é justamente a falta disso.

Hermione revirou os olhos, tentando ignorar.

-Vai me dizer que não é verdade? Esse lábio machucado aí é o que? De raiva ou um amasso forte?

Hermione não disse nada, apenas se levantou e foi em direção ao banheiro, intrigada com o machucado.

Já na quarta, Draco não encontrou a namorada em canto algum. Sabia que ela estava bem, mas preferia a manter por perto nessa época de observação. Ele poderia não ter encontrado com ela, mas Harry Potter e Ronald Weasley sim.

Eles estavam no Salão Comunal resolvendo uma lição de casa quando Rony resolveu abrir a boca, proveniente do tempo em que ficava observando a amiga.

-Hermione, você uma vez nos disse que havia diminuído um pouco seus dentes com magia, né?

-É... – Ela não estava arisca, apenas curiosa com o assunto de repente. – Porque?

-Não sei... eu andei reparando – suas orelhas ficaram avermelhadas – E parece que o feitiço se reverteu. Isso é possível?

-Do que está falando, Rony? – Harry encarou a boca da amiga.

-Olha bem só, os caninos parecem meio disformes.

Hermione tocou ligeiramente em seus dentes, primeiro com os dedos e depois com a língua.

-Parecem afiados? – Harry sugeriu, recebendo um empurrão.

-Não digam besteiras, está tudo como sempre foi.

-Você tem certeza?

-Acho.... Acho que sim.

O problema de verdade fora na quinta-feira, durante a aula prática de Trato de Criaturas Mágicas. Toda a turma já estava reunida nas proximidades da Floresta Proibida, apenas esperando os últimos alunos atrasados chegarem – dentre eles incluindo Hermione e Harry, que haviam perdido a hora por ficarem até tarde especulando sobre o crescimento ou não de seus dentes. Draco já estava ficando nervoso, se sentia como um espécime a ser estudada na aula devido aos olhares dirigidos a ele, ele parecia bem mais bonito agora que já se sentia completamente realizado, o que piorava consideravelmente todo o assédio despercebido.

-Tem certeza que você não é a nossa prática hoje, Draco? – Lilá se chegou para o lado do Sonserino, o deixando em estado de alerta imediato.

-Malfoy, Brown. – Ele tentou se esquivar, sem sucesso.

-Que seja. Você bem que poderia ser, não é? Você é uma criatura, essa aula ensina como trata-las....

Draco olhava com certo desespero para os lados em busca de ajuda, mas ninguém parecia disposto a se meter. Todos estavam se divertindo com o seu horror.

-Brown, eu não quero te machucar. – Ele disse com um pouco de dificuldade devido o cheiro pavoroso dos hormônios, tentando não a olhar diretamente – Por favor, me solte.

-Você precisa entender, Malfoy, que evitar o contato com as garotas não vai te ajudar em nada! Você precisa de uma noiva, e eu estou bem aqui, a sua disposição – Lilá praticamente o prendeu a uma árvore, se encostando nele – Porque não experimenta e vê se não sou eu? – Lilá ficou perigosamente perto de sua boca, fazendo Draco se arrepiar por completo. Ele estava sem reação, não conseguia processar as coisas direito e definitivamente não queria usa sua força. Engoli o bolo que havia se formado em sua garganta e no momento em que estava prestes a empurrá-la conseguiu ouvir um grito histérico ao longe;

-O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, LILÁ?! – Hermione não se conteve ao ver o namorado agarrado aquela árvore, completamente indefeso da garota. Onde estava aquela fera que rosnaria naquelas horas?

-Isso vai ser divertido. – Harry vinha mais atrás, já rindo da situação.

-O que nenhuma garota teve coragem de fazer até agora, Hermione. – Lilá sorriu ainda mais, passando um dedo pelo peito de Draco.

Ninguém falava nada, se tivessem câmeras com certeza estariam filmando este momento.

-De onde você tirou que ninguém teve essa ideia antes: não se lembra que ele quase morreu por uma idiota que nem você ter tentado se aproximar?! – Hermione estava mais perto, com a respiração pesada.

Mesmo naquele momento Draco podia notar em como ela ficava linda irritada. Por motivos como esse que ele sempre a atazanou sua vida inteira. Espera, dificuldade para respirar?

-Eu não estou dando uma poção para ele, Granger! Um beijo sempre resolve tudo...

-Lilá, isso pode ter acontecido com Rony, mas com Draco não....

-Draco? Desde quando tem essa intimidade toda com ele? – Lilá a cortou.

-É melhor você se afastar agora... – Sua voz estava mais agressiva, embora o timbre não tivesse mudado.

-Ou o que Hermione? Vai me bater? Quem você acha que é, por acaso? – Lilá desdenhava.

Hermione num primeiro momento não respondeu nada, apenas a olhou fixamente, com um olhar meio alucinado antes de avançar para perto deles.

-A namorada dele. – E dito isso, empurrou Lilá de longe do corpo de Draco, silvando diretamente para a garota, com seus pequenos caninos a mostra.

-Como...? – Lilá quase havia caído no chão, se não fosse por Rony a segurá-la.

-Quer que eu desenhe, Lilá?

-Mas isso é impossível!

-Você sabe que não.

-Draco? Não vai desmenti-la? – Ela jogou sua última cartada.

-E porque eu deveria fazer isso? – Ele conseguiu se desgrudar da árvore e se recuperar, enfiando o rosto do pescoço de Hermione e cheirando, deixando seus olhos se escurecerem e a voz engrossar, apena para provocar Lilá. – Se ela é realmente minha namorada?

Hermione inspirou profundamente, fazendo uma careta.

-Agora, se nos dá licença professor, eu tenho que cuidar de uma criatura mágica que está fedendo a perfume barato no momento.

-Hã, claro, Senhorita Granger...

-Pensei que nunca fosse sair daqui. – Draco falou alto enquanto tinha seu pulso puxado pela garota de volta até o castelo.

-E NÃO SE ESQUEÇAM DE REVISAR O CONTEÚDO DA AULA! –Harry gritou, sabendo que eles com certeza ouviriam,

-Você já sabia disso Harry? – Rony estava em choque.

-Eu quem juntei eles, cara! – Ele inventou propositalmente.

***

Draco estava surpreso com toda aquela situação. Quer dizer que Hermione podia surtar e reclamar ele, mas ele não? E aquele ataque de ciúmes? Era normal ou...? Antes que pudesse seguir outra linha de raciocínio sentiu ser jogado contra uma parede, logo em seguida seus lábios serem atacados furiosamente. Quando eles haviam chegado ao dormitório? Sem pensar, ele retribuiu da mesma forma, apenas tendo tempo novamente para pensar quando se afastaram em busca de ar.

-Hermione, você está bem?

-Não fala nada, só me deixa tirar esse perfume barato dela.

-Quer me dar banho? – Ele estranhou.

-Não quero tirar de outro jeito; - ela disse antes de grudar seus lábios novamente, desta vez permitindo suas mãos passearem por seu peito, indo até seu abdômen e voltando para sua nuca, onde deu um leve arranhão, deixando o corpo de Draco completamente eriçado.

Ele não teve outra escolha – ou desejo – a não ser o de puxá-la para o seu colo, enganchando suas pernas em volta de sua cintura e apertando sua bunda enquanto devorava sua boca. Mesmo com movimentos limitados Hermione conseguiu abrir os primeiros botões da camisa do namorado, perdendo sua paciência com sua gravata. Foi quando ela silvou de raiva que Draco se afastou o suficiente para olhar em seus olhos, se perdendo em toda aquela dimensão castanha. Eles tiveram um pequeno momento d=romântico se encarando, sendo totalmente destruído quando Draco deixou seu lado mais animal tomar conta e beijá-la com paixão, sendo retribuído da mesma forma.

Parecia que ele mesmo havia caído no charme quase inexistente da namorada.

Aos tropeços, conseguiram encontrar a porta do quarto, nem percebendo quando tiraram suas roupas, apenas voltando a realidade quando já se engalfinhavam nus na cama.

-Hermione?

-Cala a boca, Draco!

Ele nunca havia pensado que ela poderia deixar marcas por seu corpo, mas era justamente isso que ela fazia. Oras, se ela podia, porque ele não também? Num movimento rápido, ele distribuía chupões por todo o seu corpo, fazendo a garota ronronar bem alto.

-Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas é melhor você não parar.

-E quem disse que eu tinha intensões disso?

Um silvou para o outro antes que voltassem a se beijar com violência.

-Mas o que...? – Draco se assustou ao ser virado brutamente na cama.

-Quero que Lilá saiba que estava errada o tempo todo. – Hermione foi direta, montando em cima de Draco, encostando suas intimidades e se permitindo se esfregar, vendo Draco fechar os olhos e respirar pesadamente, antes de agarrar com força seu quadril, a impedindo de sair do lugar – e até mesmo forçando seu quadril a se movimentar contra o dele um pouco.

-Sabe que ela não está aqui. – Sua voz não estava normal a muito tempo.

-Mas eu posso fingir e fazer questão que ela saiba mais tarde. – Hermione passou de leve seu dedo indicador pelo peito do namorado, rebolando um pouco.

-Você não existe...

-Não, ela quem devia ter me escutado da primeira vez.

Em meio a ronronados, Hermione se curvou lentamente para beijar os lábios do namorado, desviando no último segundo e indo até seu pescoço. Draco soltou um gemido contido, apertando com toda força sua bunda, chamando atenção. Com um rosnado, ele conseguiu seu objetivo e entrou com tudo na garota, que rosnou de volta tomando todo o controle da situação. Era ela quem ditava todo o ritmo e velocidade, levando o sonserino a loucura e o veela ao delírio por aquela visão. Draco que não era bobo, aproveitava para passar sua mão grosseiramente por seu corpo, virando seu corpo quando a situação começou a ficar bem mais intensa e tensa para os dois. Em meio a arranhões e estocadas violentas que com certeza a impediriam de sentar direito pela próxima meia hora, os dois vieram com violência, cravando as presas um no outro.

Quer dizer... Draco enfiou suas presas em seu ombro por adorar fazer isso, reforçando o quanto ela era dele, mas estranhou ao sentir uma leve dor em seu pescoço. Ele se soltou de Hermione – nos dois lugares -  e se apoiou em um braço só, enquanto o outro verificava seu pescoço.

-Isso é.... Sangue? – Ele perguntou, estranhando.

-Eu.... Me desculpe, não sei como fiz isso. – Hermione estava chocada ao ver os dois pequenos furos no pescoço alvo do namorado.

Draco não disse nada, apenas olhou bem para sua boca e a abriu levemente, analisando os seus caninos. Eles definitivamente haviam crescido um pouco, não tanto quanto os dele, mas o suficiente para rasgar alguma coisa se quisesse.

-Hermione, nós precisamos conversar.



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