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História Venda (i)lícita - Duplicidade


Escrita por: F_Wonderland

Notas do Autor


Olá amorinhas!

Capítulo um pouco curto para poder atualizar a fic mais rápido depois de uns meses de sumiço. Sei que prometi voltar no início de janeiro, porém o bloqueio criativo me pegou de vez, Eu sei exatamente o que escrever daqui a dois capítulos, mas os capítulos atuais para chegar naquele ponto me deram uma travada de leve... Espero que não fiquem decepcionados com a qualidade duvidosa desse capítulo hahah'

Sem mais delongas, tenham uma excelente leitura!

Capítulo 4 - Duplicidade


Predjama, 24 de agosto de 1360.

Scaramouche estava com uma expressão serena enquanto observava o clima agradável, pela janela de seu quarto, que era um pouco atípico para aquela época do ano, afinal, o rapaz detestava o verão, mas as poucas nuvens no céu, a brisa suave e refrescante, trazendo uma temperatura amena para aquele dia, pedia um pequeno passeio pelo lago que ficava próximo às terras do seu pequeno castelo. Chamou o seu fiel mordomo Thoma, para poderem organizar um piquenique com a moça que andava tirando suas noites de sono.

— Se me permite dizer, o senhor está mesmo apaixonado pela senhorita Megistus.

— O que te faz pensar isso, Thoma? — Scaramouche arqueou uma de suas sobrancelhas, fazendo com que o mordomo desse um sorriso discreto. — Está tão na cara assim?

— Achei que o senhor não tivesse a intenção de esconder esse fato. Não faz tanto tempo que estou neste castelo, porém sou uma pessoa observadora. Consigo ver o quanto se importa com a senhorita Megistus.

— Sabe, quando a vi naquele leilão, eu não consegui vê-la como um mero objeto, não depois de ver aquele olhar forte e determinado a não se deixar sucumbir pelo desespero, diante daqueles homens que a devoravam só com o olhar e, eu não me perdoaria se não fizesse algo em relação a isso, afinal, não podia deixar que o brilho dos olhos dela se esvaísse, então sequer cogitei virar as costas para Mona.

— Vejo que é realmente um caso sério de amor mesmo. Mas agora, se o senhor me permite, irei realizar os preparativos para o piquenique.

— Espere, Thoma. — Scaramouche o deteve, antes que o loiro se retirasse do recinto. — Você conhece alguma cozinheira? A dona Lourdes precisará ser afastada por conta da idade, e ela também manifestou a vontade de passar o resto de seus dias na casa de um de seus filhos. Eu sei que posso contar com você, para por alguém de confiança na cozinha do nosso castelo.

—  A minha amiga de infância poderia entrar no lugar dela. — Thoma disse, depois de pensar por alguns segundos. — Ela é uma pessoa maravilhosa na cozinha. Ah, a torta de maçã dela... São magníficas! Eu vou verificar para o senhor se ela ainda está disponível para aceitar este cargo.

— Ótimo. Você pode voltar aos seus afazeres, e assim que tiver alguma novidade em relação à sua amiga, não hesite em me procurar.

[...]

Mona estava aproveitando aquele dia agradável debaixo de um guarda-sol acompanhada por um livro de romance qualquer e uma bela limonada. Ao seu lado, estava Noelle, sempre disposta a atender aos caprichos e os pedidos da azulada. Apesar de que, Mona não fazia pedidos comuns, afinal, a platinada recebeu um pedido um tanto peculiar da sua nova senhora, antes de irem até o jardim do castelo, naquela manhã: Mona pediu a Noelle para serem amigas.

— Noelle, já te disse, sente-se ao meu lado, não precisa ficar em pé atrás de mim não. Apenas essa limonada maravilhosa já é o suficiente para passarmos a manhã relaxando.

— Senhorita Me... M-mona... — Noelle se corrigiu assim que recebeu um olhar furioso da azulada. — Eu estou em horário de expediente. Não posso me dar ao luxo de relaxar.

— E se for uma ordem minha? Você pelo menos faria o esforço de se sentar ao meu lado?

A azulada viu Noelle hesitar por uns longos minutos, porém viu que a expressão da platinada se amenizava aos poucos, e assim que ela se aconchegou na cadeira confortável ao lado de Mona, a mesma lançou um sorriso satisfeito para a moça e fechou o seu livro, para começar a conversar.

— Obrigada, Noelle. Eu sei que é difícil quebrar as regras, que você precisa ser profissional, mas... Você vai ter que ficar parada sem fazer nada, porque eu não vou lhe pedir para fazer algo por um bom tempo. Eu acho que assim, fica melhor para todo mundo, não concorda?

— E-...eu não sei... Não deveria estar sentada com a senhorita, aproveitando a tarde. E...

— Eu sei que Scaramouche te deu ordens expressas para não me deixar faltar nada. E realmente, não está. Está fazendo um excelente trabalho e merece descansar um pouco.

Antes que Noelle cogitasse a responder, Mona avistou Thoma de longe, e ambas voltaram à atenção ao loiro, que estava com um vestido de seda bem leve na cor verde-esmeralda, e com delicadas flores bordadas na barra da peça em suas mãos. A platinada se levantou da cadeira e adotou novamente a sua postura rígida.

— Noelle, vejo que finalmente conseguiu descansar um pouco. Eu fico feliz por isso. — Thoma sorriu, fazendo com que a mais nova ficasse sem graça . — É importante prezar pela disciplina no trabalho, porém de vez em quando não faz mal algum tomar um pouco de sol.

— Vejo que está carregando um vestido maravilhoso, Thoma. Qual será a ocasião? — Mona perguntou animada, tomando o último gole da sua limonada. — Pelo formato e a leveza do vestido, creio que não seja algo tão formal assim.

— Acertou em cheio. O senhor Scaramouche quer levar a senhorita até o lago próximo ao nosso castelo para fazer um piquenique, agora pela tarde.

— Oh, isso seria maravilhoso. Noelle, me ajude a ficar maravilhosa para este piquenique. Estou tão animada!

Mona comentou assim que pegou o vestido delicado das mãos do Thoma para admirar melhor a peça. Pôs ele na frente de seu corpo para ter noção de como ficaria em seu corpo, e se admirou ao perceber que caberia como uma luva nela. Colocou o vestido na cadeira onde estava sentada a uns minutos e abraçou a Noelle e o Thoma ao mesmo tempo, animadíssima pelo passeio que iria acontecer.

[...]

Polônia, 26 de agosto de 1360.

Jean estava diante de uma escrivaninha, organizando papéis, abrindo correspondências com solicitações de reforços e as encaminhava para os seus respectivos departamentos. Levou uma de suas mãos aos olhos, cansada de ver tantos papéis. Apesar de saber que era um trabalho muito importante, e que ela mesma se ofereceu para ajudar o Diluc, que ficou com a parte da contabilidade e compras de equipamentos, Jean sentia falta de sair em busca de vampiros, coletar informações e criar estratégias junto de Diluc, Kaeya e Tartaglia.

Agora que Kaeya foi atrás de Bárbara e Venti, ambos desaparecidos depois do incidente na França, e Tartaglia ao conseguir mais pistas sobre a localização de Scaramouche, fez as malas e saiu em direção à Eslovênia, Diluc e ela ficaram ainda mais ocupados com a parte administrativa. A loira suspirou, preocupada se os seus dois amigos estavam bem, afinal, não suportaria lidar com a perda de mais entes queridos. Tomou um gole d'água antes de voltar ao seu trabalho, depois de um leve devaneio e não pôde deixar de sorrir ao ver a carta de Tartaglia no meio daquela montanha de papéis.

Leu com atenção e rapidez a carta, afinal a mesma estava com o selo, indicando que aquela correspondência havia uma leve urgência na prioridade. Arregalou levemente os olhos ao descobrir que, finalmente, a ordem conseguiu seguir as pistas corretas e conseguir identificar o paradeiro de Scaramouche, uma das figuras mais caçadas na ordem. O problema era o pedido de Tartaglia, que solicitava a presença dela para se infiltrar naquele castelo. Pensou em chamar Diluc, para discutirem sobre, quando ela viu a letra de alguém familiar no logo abaixo da carta do ruivo.

— Não me diga que... — Jean pegou a carta e analisou bem a letra elegante e bonita que estava nela. — Eu não acredito... Isso vai tornar as coisas ainda mais interessantes...

Com as duas cartas em mãos, foi até a pequena sala de Diluc, que estava organizando os papéis para começar a fechar o livro-caixa daquele mês. Jean nada disse, apenas mostrou as correspondências, para poder ver os olhos rubis do ruivo se iluminarem a cada linha que ele percorria. O raro sorriso vindo de Diluc fez com que a loira também o acompanhasse e sorrisse, ansiosa para o que ele iria falar.

— Jean, não se preocupe com o trabalho administrativo. Irei pedir para que Eula e Amber me auxiliem com isso. Agora, eu quero que faça as malas para Eslovênia agora mesmo.


Notas Finais


Espero que tenham um excelente dia e até a próxima!!

F.


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