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História Vende-se Um Véu de Noiva - O Baile da Turma de 91


Escrita por: SnillyHayffie

Notas do Autor


Olá, gente, começando mais um projeto de história aqui (pessoal que já me acompanha aqui pode me matar por querer começar um projeto novo quando já tem vários incompletos ~~ cof cof CG, BDOU, AFTP, AT, etc cof cof ~~, mas enfim). É uma ideia de história que eu sempre achei que se encaixava tipo luva pro casal Lovebottom, então virou ideia fixa pra fazer... Ela foi pensada pra ser oneshot, mas no fim das contas se alongou numa proporção que teve que virar short fic e ter uma liberação de caps mais regularzinha, provavelmente, então as cenas são bem diretas e os conflitos não vão demorar pra acontecer.

Bem, não me alongando muito:
Qualquer erro, sugestão, ideia, elogio, crítica construtiva, dúvida, opinião, etc., podem deixar nos comentários. Livro de visitas e Inbox sempre abertos, EXCETO para divulgação.

Espero que gostem,
Até o próximo,
Beijocas

Capítulo 1 - O Baile da Turma de 91


Fanfic / Fanfiction Vende-se Um Véu de Noiva - O Baile da Turma de 91

 

A iluminação costumeira do Salão Principal de Hogwarts, composta em grande parte por majestosos candelabros flutuantes e grossos archotes posicionados nos espaços entre as janelas, fora substituída naquela ocasião por luzes típicas de um evento jovem e feliz, as quais, na teoria, eram visualmente mais coloridas, vibrantes e animadas — na prática, porém, a impressão que se tinha delas dependia do ponto de vista de quem estava no ambiente.

 

Era a festa de formatura da turma de 91 e o local estava demasiadamente agitado, com a música das Esquisitonas tocando nas alturas e os gritos de comemoração dos alunos ecoando por todos os lados. Algumas das pessoas presentes ali dançavam como se não fosse haver o dia de amanhã, aproveitando cada oportunidade que tinham para se lançar à pista de dança improvisada sem nenhum tipo de pudor ou constrangimento, enquanto outras buscavam alguma forma de levar os pares que haviam convidado para um ponto mais reservado do castelo — o que estava sendo devidamente permitido naquela noite em que a última coisa na qual se pensava eram normas ou regras —, passando com dificuldade pelo meio do tumulto que se formara.

 

As grandes mesas das quatro Casas habitualmente dispostas ali foram recolhidas para, no lugar delas, serem colocadas várias mesas circulares e pequenas cobertas por toalhas brancas com o brasão da escola discretamente bordado. Numa dessas, perto da área onde ficava a saída lateral para os banheiros, estava um rapaz levemente empalidecido e encorpado, com uma barba ainda rala crescendo pelo rosto, um modesto topete nos despojados fios curtos de cabelo castanho e um olhar pensativo nos olhos da mesma cor, observando distraidamente uma pessoa se dirigir de forma atrapalhada ao Saguão de Entrada, enquanto segurava um copo de uísque de fogo com as duas mãos, sem ver muita graça nele ou sentir vontade de bebê-lo logo.

 

Encontrava-se tão absorto em suas reflexões que mal se atentou ao fato de que, próximo a ele, uma garota suavemente bronzeada de sorriso radiante e travesso, mostrando dentes mais brancos que qualquer pérola já existente sobre a superfície terrestre e destacado por um intenso batom vermelho, afastava-se da massa dançante de alunos num gracioso rodopio capaz de prender a atenção de quem quer que olhasse. Seus braços, o rendado vestido salmão caído até os joelhos que estava usando, cujo tecido envolvia seu corpo delicado de um modo encantador, e seu longo cabelo cor de mel ondulado nas pontas e encimado por uma leve franja, a qual lhe cobria as sobrancelhas por ser reta e comprida, esvoaçaram-se lindamente conforme o giro e, quando ela parou a alguns centímetros de distância de onde saíra com um uma frágil e singela pisada, voltou-se para uma amiga que continuava na pista e disse:

 

— Susie, eu já volto. Só vou ao banheiro antes que minha bexiga estoure, mas continue por aqui, sim? — ao receber um aceno de cabeça como resposta, virou-se na direção em que queria ir e começou a andar.

 

Estava quase chegando à saída que levava aos sanitários, correndo inocentemente o olhar por onde passava, no momento em que notou a atmosfera que circundava um dos garotos sentados nas mesas localizadas ali, o qual aparentava ser o único a estar absolutamente sozinho, e sentiu-se compelida a ir até ele, falando assim que ficou de pé ao seu lado:

 

— Sua animação é tão contagiante que eu por pouco não acredito que estamos participando de um ritual de automutilação ou algo do tipo — ela o viu dar de ombros, fazendo com que o uísque de fogo que segurava com ambas as mãos chacoalhasse, e cruzou os baços antes de continuar: — Ora, é a nossa última noite de alforria antes de termos que começar com aquelas coisas de responsabilidade, vida adulta e blá-blá-blá! É assim que você quer que ela passe?

 

Ele deu de ombros mais uma vez e, numa reação mais instintiva do que pensada, ela arqueou a sobrancelha direita, analisando-o profundamente com os olhos esverdeados, e foi de um salto sentar-se em frente a ele.

 

— Sério, para que tudo isso? — insistiu mais uma vez. — Noites como esta você só vai ter uma vez na vida! Você só vai se formar uma vez, só vai ter dezessete anos uma vez, só vai ser jovem uma vez, só vai viver uma vez! Se você está aqui e não quer se arrepender depois pelo que poderia ter feito, aproveite o máximo que você puder da noite de hoje porque uma hora, e eu tenho certeza disso, ela vai acabar.

 

Ele a fitou, um pouco incerto, como se escolhesse as palavras que deveria usar e então manifestou-se pela primeira vez desde que ela chegara:

 

— Sinceramente, eu preferia que nem tivesse começado.

 

O jeito com que ele falou a fez se sentir envergonhada, porém ela logo tratou de retomar o tom motivador.

 

— Ahn... Isso muda a coisa de figura. — afirmou com total convicção.

 

— De que maneira?

 

— Da maneira que agora você tem total obrigação de curtir esta noite na intensidade máxima.

 

— E de onde vem essa obrigação? — ele perguntou com um ar desafiador de curiosidade.

 

— Dessa sua espécie de depressão aí. Ela te pede para que faça isso — respondeu num tom de indicava que aquilo era óbvio, era revirando os olhos. — De onde mais viria?

 

— E como pode saber que essa é do tipo que pede para que eu desafogue?

 

— Porque, não importa o tipo, a maioria se cura da mesma forma.

 

Ele fez menção de falar algo, mas foi interrompido no mesmo instante.

 

— E, antes que você pergunte ou diga qualquer coisa, eu não quero confirmar se o meu palpite está correto — admitiu enquanto via a expressão dele de quem queria muito se livrar daquele peso e, ao mesmo tempo, não queria tocar no assunto. — Problemas introspectivos estão acima da minha capacidade.

 

Ele pareceu ficar tremendamente mais aliviado e assentiu para mostrar que concordava com o que havia escutado. Ela simplesmente levantou e foi novamente para o lado dele, indagando:

 

— Mas, e aí, vai aderir ao que eu sugeri ou não?

 

Pensando uma última vez, ele assentiu de novo com um ar de energia renovada de alguém que achava que aquilo seria divertido.

 

Então, ela estendeu-lhe a mão para cumprimentá-lo.

 

— Anna Abbott — apresentou-se e depois acrescentou: — Lufa-Lufa.

 

Ele apertou de volta.

 

— Neville Longbottom. Grifinória.

 

Anna e Neville observaram um ao outro detalhadamente por alguns segundos e, após isso, ela olhou o copo de uísque de fogo esquecido nas mãos dele com uma certa avidez e o tomou-o para si logo em seguida, bebendo-o de um só gole e deixando ali dentro apenas uma nesga do que sobrou.

 

— Vem, agora vamos! — Anna exclamou num tom de ordem misturado a convite. — Não importa o que aconteça, vamos comemorar a nossa felicidade — gesticulou para todos que estavam em volta. — E a sua também. — e começou a arrastá-lo, indo na direção da pista.

 

— Você por acaso não estava indo na direção do banheiro? — Neville quis saber.

 

— Ah, perdi a vontade — retorquiu assim que adentraram o espaço, sendo recepcionados por Susana Bones, a amiga que Anna deixara lá.

 

(Continua...)

 


Notas Finais


Obrigadona por ler até aqui :*


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