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História VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - Nostalgia


Escrita por: LyWildBay

Notas do Autor


"A festa é minha e eu choro se eu quiser [···]
Eu vou chorar até as velas queimarem este lugar
Vou chorar até que minha festa de dar pena esteja em chamas"

(Pity Party - Melanis Martinez)

Capítulo 24 - Nostalgia


*** 

10 anos antes. 

A menina estava mais feliz que em qualquer outro aniversário. David tinha lhe dado um livro de presente. Um que ela nunca tinha visto em qualquer livraria. Um manuscrito, cheio de detalhes. Parecia antigo, escrito em um tipo de papel que ela nunca tinha visto. Na capa de couro grossa, o nome entalhado dizia: Lendas Antigas Para Crianças Super-Dotadas - por: Scott Summers. 

Ela não sabia na época, mas ali haviam várias histórias do mundo mutante que ela nem conhecia ainda, mas um mundo ao qual faria parte, no futuro. 

A primeira história que lhe chamou a atenção contava sobre o sequestro de dezenas de jovens mutantes. Uma luta entre poderosos iria definir seus destinos: morte lenta em uma prisão cruel, ou a liberdade que viria. Foi a primeira vez que ela ouviu a palavra "mutante". Ou leu, na verdade. Mal sabia ela o que iria se tronar, anos depois, que a vida lhe pregaria peças. 

Dentre tantas histórias, cada uma delas contava uma lição; companheirismo, ajuda, obediência, sabedoria, união. 

- Achei que você fosse gostar, - dizia David, naquele dia - tem muito a ver com você. E você está crescendo, Terr, e ainda tem muito o que aprender sobre a vida e tudo no mundo. 

- Eu adorei o presente. - dizia a menina. - Obrigada. 

*** 

É para este mesmo presente que Ester olha, agora. Com um olhar que demonstra admiração, respeito e saudade. Aquele livro a ensinou, antes de qualquer coisa, a viver, crescer com os olhos abertos para um mundo muito maior do que o que ela via pela janela de seu quarto. 

Se perguntava onde o irmão havia conseguido tal coisa; no passado, ou no futuro, talvez. Não importava. No começo, ela sentia medo sempre que descobria algo novo sobra a história de David, mas, agora, quase um ano depois de sua morte, não se surpreendia mais. Toda a hostilidade dos parentes, vizinhos, colegas da escola, era compensado pelo amor que dividiam, e era só isso que importava para Ester. 

Ela apóia o livro sobre a mesa da cozinha - onde está sentada comendo o que sobrou do bolo de Jem - para pegar o celular que tocava. Havia recebido algumas mensagens de feliz aniversário. Uma delas era de sua avó, que morava em Los Angeles. Outra era de Peter. Seu coração apertou ao ver o nome dele na tela, e ficou feliz por saber que ele se lembrou do aniversário dela. Quanto a avó, Ester sabia que deveria contar sobre a morte de David, já que era a única pessoa da família com quem mantinham contato, mas lhe faltava coragem. 

Vovó Annabeth, era como Ester a chamava, era uma mulher rica, cheia de autoridade, vaidade e com um rei na barriga. Mas ela é, acima de qualquer coisa, uma mulher distinta, pensava alto, esvaziava até as últimas reservas para conseguir o que queria, e ainda assim, depois que a mãe de Ester foi embora, mesmo não podendo estar po perto - não porque não podia, porque não queria, Ester dizia a si mesma -, ela ainda ajudava os irmãos desde o começo. Vovó Annabeth, por algum motivo, não duvidou - ou simplesmente não deu importância - da responsabilidade do garoto de quinze anos, e o deixou cuidar sozinho da casa e da irmã, mas a desconfiança fixada nos ossos de Ester a fazia pensar que a avó apenas não queria mais preocupação, não queria passar dias entre tribunais a cartórios só porque era o parente mais próximo de duas crianças que nem conhecia. 

O dia-a-dia de Ester, mesmo depois de quase um ano, ainda era difícil sem David, e seu primeiro aniversário sem ele tinha sido um tanto sem sentido, apesar dos esforços de James para fazê-la o mais feliz possível. Ainda mais agora, que só tinha ela e a voz distante de Scott na casa, tudo parecia sentir falta dele, também. 


Naquele dia, Ester conseguiu dormir rápido pela primeira vez em meses. Não houve sonhos àquela noite, nem bons nem ruins, apenas dormiu, tranquila e plenamente, sem tormentos nem problemas que a fizessem acordar gritando no meio da madrugada. Ela sabia que muita coisa​ ainda estava por vir, que a vida ainda lhe reservaria muitas surpresas, e algo a dizia que a muitas delas seriam ruins, mas ela estava pronta para viver qualquer coisa.


Notas Finais


Oi amores. Bem, como eu disse antes, ando bastante ocupada ultimamente, por isso não estou postando com muita frequência. Mas espero que gostem. Esse capítulo não tem muita coisa mas ele é mais pra que conheçam melhor a história da Ester e, quem sabe, se sintam mais próximos dela, de alguma forma.
Volto em breve com mais um cap.
Se possível, me contem o que estão achando da história. Isso vai me ajudar muito a criar algo melhor pra vocês.
Até mais, amores. Bjo na teta esquerda 😘😘😘


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