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História Vendida para um mafioso - Lembre-se: Ponha o cinto de segurança


Escrita por: puppybey

Notas do Autor


Oiii :)
Um monte de coisa rolando hoje.
*-*

Capítulo 6 - Lembre-se: Ponha o cinto de segurança


Fanfic / Fanfiction Vendida para um mafioso - Lembre-se: Ponha o cinto de segurança

 

Eu estava tão nervosa com um medo irracional de não ser aceita, de não ser considerada boa o suficiente para Bastian que no fim de todos os abraços gentis e beijos e bem-vinda a família, pareceu ridículo eu ter ficado tão receosa. Eles eram incríveis. Super gentis e divertidos, e não fizeram nenhum tipo julgamento preconceituoso ou coisa parecida. Eles me acolheram como se eu já fosse parte deles.

No momento que eu tinha posto os meus pés na imensa sala de estar foi como se eu tivesse caminhado para dentro de um coração gigante. Eles saltaram de todos os cantos falando alto e rindo. As tias de Bastian, duas senhoras baixas e avantajadas vestidas de maneira simples, apareceram e imediatamente se agarraram em Bastian, emocionadas com sua volta. Depois seus abraços passaram para mim. Fui tomada por uma súbita vontade de chorar. O cheiro de uma das tias dele, May, me fez lembrar da minha mãe. Aquela casa tinha cheiro de lar.

Eu estava abraçando jone, a prima de Bastian quando todos se viram para o som suave de um dedilhar de notas doces no piano negro no canto da sala.

O senhor tinha um tradicional bigode grisalho em cima dos lábios finos, seus olhos eram azuis claros e o cabelo cinzento perfeitamente penteado de lado. Usava um terno a moda antiga, cinza feito sob medida. Na mão que ele dedilhou o piano, um anel redondo de rubi brilhava em seu dedo ao lado de uma grossa aliança de ouro. O pai de Bastian.

Eu consegui ver feições dele no pai. Ele estava com os olhos grudado em seu filho mais velho ao meu lado. Bastian também só tinha olhos para ele. Ele atravessou a sala e abraçou o pai. Um abraço duro e rígido mas ainda assim um abraço. Todos na sala estavam olhando, admirados. Patric jogado em um dos sofás brancos olhava com uma calma serena até ele sorrir, um sorriso sarcástico e olhar para mim e seu sorriso ficar doce. 

-Pai. -Bastian disse. Eles se separam e Bastian com uma mão nas costas do pai se virou para mim e me apresentou.

-Essa é Elise. Minha Elise. -ele acrescenta em voz baixa.

Os olhos do senhor me reconheceram, me estudando. Ele não me olhou dos pés a cabeça daquela forma feia, ele se focou no meu rosto, nos meus olhos. Eu sorri.

Eles vieram andando até mim. O senhor Carter sorri para mim por baixo de seu bigode. Ele parece até jovem. Ele toma minha mão deixando um beijo nela. Os pelos de seu bigode me fazem cócegas, diferente do beijo que Patric tinha me dado mais cedo.

-Estou encantado em conhece-la, bela Elise. -ele fala de uma maneira tão bonita e cavalheira que eu me sinto boba como uma menininha sendo cortejada. -Anthony Carter. 

Anthony Carter, um nome poderoso, chefe de uma máfia inteira. Talvez eu não tenha tanta noção de quem é o homem na minha frente. Tento me lembrar que eles são criminosos, corruptos e assassinos, mas isso não me incomoda. Mesmo sabendo de todas essas coisas eu não consigo querer sair correndo.

-É um prazer conhecer o senhor. -eu tinha dito.

Ele balançou a cabeça como se ele não fosse tão interessante assim e depois olhou para o filho ao seu lado, colocando uma mão em seu ombro.

-Você tem uma joia rara com você filho. Posso ver grandeza nela de longe. Essa menina ainda vai fazer coisas grandes.  -ele disse me deixando completamente surpresa e impressionada, imaginando que tipo de coisas grandes seriam essas. Da máfia talvez? Eu olhei para Bastian que me olhava com orgulho em seus olhos.

Ele assente. -Eu sei. Eu vejo ela. -Foi tudo oque ele disse, mas significou um milhão de coisas. Eu desviei os meus olhos e suspirei.

Agora eu as duas tias de Bastian, May e Ana e sua prima Jone estamos na aconchegante cozinha branca. Depois de conversarmos um pouco na sala May disse que estava preparando o almoço e eu me ofereci para ajudar claro. Os meninos ficaram na sala conversando com o pai. Eu como fui a última a sair, percebi que quando estávamos deixando a sala o clima entre os homens pareceu ficar mais sério, observando a gente sair. Eles realmente tinham oque conversar. Os olhos de Bastian me seguiram até eu desaparecer pela porta.

A cozinha tinha um cheiro bom de carne bem temperada. Eu fiquei surpresa quando percebi que quem estava cozinhando era May e não a empregada baixinha de pele escura com um sorriso animado no rosto, que estava observando com as mãos apoiadas em uma vassoura. Ela ficou surpresa quando me viu e eu sorri para ela. Jone que parecia a mais desinibida dali disse que eu era a namorada de Bastian, oque me fez corar e dar um sorriso sem graça quando ela olhou mais surpresa ainda, mas não de uma maneira ruim.

-Cheira como o paraíso. -eu elogio. Ponho as mãos nos bolsos de trás da calça, principalmente para ter oque fazer.

May olhou para mim feliz enquanto mexia a colher dentro da panela de aço com caldo borbulhante.

-Obrigado filha. Isso é muito doce. -ela responde.

Eu me aproximo. Quero mostrar que não estou dizendo isso só de educação. Eu me inclino para a panela observando o caldo o caldo cheiroso. Eu digo:

-Me lembra quando minha mãe cozinhava, antes de eu mesma ter que assumir o fogão. -minha voz sai leve. Ana franze a testa, percebendo a peça que faltava.

-Onde está sua mãe agora? -ela pergunta. A voz dela é doce e melodiosa, e me da uma vontade estranha de me jogar em seus braços curtos e chorar enquanto ela me acalma com sua voz. Minha mãe morreu. Eu nunca vou esquecer, a dor nunca vai sumir. Ela só fica numa parte silenciosa e quieta do meu coração. A parte da dor que você aprende a viver com.

-Num lugar melhor eu espero. -eu digo em voz baixa. Elas ficam em silêncio por um segundo. Ana dá a volta no balcão branco e me abraça. Ela cheira a perfume de rosas. Eu sorrio para ela quando nos afastamos.

-Ela com certeza está. -ela aperta minhas mãos. -Nós todos sabemos oque é perder uma pessoa importante. Eu perdi meu marido, pai de Jone. Meu sobrinho Mark. -May abaixa a cabeça. -E minha irmã. -Ana diz triste. -Todos nessa família ficaram desolados quando Holly morreu. - Eu franzo as sobrancelhas de leve.

-Holly era a mãe de Bastian? -pergunto.

May que responde mexendo o caldo.

-Sim. Ela não era só mãe dos meninos. Ela era a mãe de todos os Carter. Mãe da máfia inteira. -ela olha para o alto, relembrando. - Patric foi o pior. Ia para a rua aprontar e voltava todo machucado de briga. Não queria ir mais para a escola. 

-Tinha surtos de raiva e quebrava tudo em casa. -Jone adicionou sentada em um banquinho enquanto brincava com uma maçã. Ela fez um gesto englobando o espaço em volta.

Ana da um sorriso sem graça. -Ele sempre foi meio revoltado. A morte da mãe só foi mais álcool na fogueira.

Eu escutava tudo em silêncio. Ana se moveu para cortar alguns legumes e eu me ofereci para fazer isso por ela, querendo ter minhas mãos ocupadas.Ela sorriu para mim e dirigiu sua atenção para um recipiente com massa de pão, eu acho. Gostando de cozinhar, estava mais que satisfeita em ajudar. Me coloquei na lateral de Jone na bancada, cortando os legumes em pequenos cubos. 

-Enquanto a Bastian -May continua -O menino mais controlado. Sofreu em silêncio. Não falava com ninguém. Patric se irritava pensando que o irmão era insensível e não se importava com a morte da mãe, oque fazia Bastian explodir e começarem a brigar. -ela balança a cabeça. -Bem, foram tempos difíceis mas foi preciso. Tomamos o nosso tempo para nos recuperarmos e darmos o troco. -Ela diz orgulhosa.

-Bastian me disse que vocês puseram a casa a baixo. -eu digo. Eu não sinto nada sobre isso. Acho que eles mereceram pelo oque fizeram não importa como o castigo venha. 

-Há sim. Um potente explosivo importado do Japão na mansão deles e BUM!!! -Jone meche as mãos simulando uma explosão. Eu arregalo os olhos. -Eu Bast e Patric -ela conta nos dedos. Suas unhas gigantes, impecáveis pintadas de preto. -Mais reforços. Foi como uma mini guerra. Emocionante. -Ela sorri largamente. Eu me sinto um pouco assustada mas dou uma risada mesmo assim. Jone é meia doidinha.

-Cruz credo menina - a empregada, Ruth era o seu nome, estremesse e da um olhar atravessado para Jone, que sorri estende um braço e abraça Ruth contra sua lateral enquanto a outra tenta se afastar.

-Pode parecer uma ruim para você, filha. Mas eles mereceram. Tiraram nossa Holly de nós da pior forma possível. -May parece meia emocionada. Ela apaga o fogo e se vira totalmente para nós.

-Ela era tão clássica, fina e gentil. bonita como uma atriz de cinema. -Ruth suspira de saudade. May franze as sobrancelhas claras e finas para ela. Fico sem entender.

-Gostaria de te-la conhecido. -eu digo.

-Ela teria amado você. -Ana sorri docemente para mim. Eu devolvo o sorriso.

-Você sabe da máfia -Jone diz de repente. Uma súbita mudança de assunto. -As outras não sabiam. 

Me contorço um pouco. Eu sabia que Bastian já teve namoradas. Ele mesmo me disse que nunca nenhuma foi sério, que não passavam de dois meses no máximo. Mas não me disse nada sobre trazer garotas para a família conhecer.

-Ele trouxe outras aqui? -tento não demonstrar o meu incomodo. Jone sorri. Ela tem dentes perfeitos para uma pessoa que parece fumar tanto. Ela balança a cabeça.

-Não, você foi a única até agora. E a única que eu não vi Bast olhar entediado nas raras vezes que nos encontrávamos na rua.

Me sinto meia orgulhosa com isso. Eu sou diferente. Mesmo que a razão de estarmos aqui agora seja por que o sr.Carter chamou Bastian. Não quer dizer que ele não queria me trazer junto. Ele poderia muito bem ter me deixado em casa e vindo sozinho com o irmão, mas ele escolheu me trazer junto. Eu dou um sorriso orgulhoso. Elas reparam e riem.

-Você é a única que ele poderia amar. -May diz distraidamente.

Eu paro. Eu sou a única que ele poderia amar? Isso me assombra de um modo que não sei explicar até o fim do jantar.

                                                                    

Estamos quase todos na parte de trás da casa agora. Aqui é tão grande com algumas árvores balançando ao vento, trazendo paz ao ambiente. Jone e sua mãe estão nas espreguiçadeiras aproveitando o sol. Patric sumiu depois do almoço. Bastian disse que ia trocar a roupa para uma mais leve. E a outra parte da família que estava aqui fora e só pareceram quando o almoço foi servido. Uma mulher baixinha mãe de um casal de gêmeos fofos de 7 anos, esposa do filho de criação de May. Ela disse que ele era filho de sua melhor amiga que morreu no parto, então ela assumiu a guarda do menino a pedido da mãe. Os filhos dele eram uma graça. A menininha tinha uma janelinha nos dentes da frente. 

Agora assistindo eles brincarem com a mãe embaixo de uma árvore me faz suspirar. Infância, melhor parte da vida. 

Eles eram boas pessoas. Não moravam realmente ali, só estavam passando alguns dias por causa dos ''problemas'' que estavam acontecendo. Eu estava começando a ficar curiosa demais sobre isso, mas não queria dar uma de intrometida então ficava na minha. Por fora eles, só alguns seguranças espalhados pela propriedade.

Eu tinha tirado a minha jaqueta e as botinhas, ficando só de blusa e descalço. E puxei a bainha da minha calça até os tornozelos. Ponho as mãos na cintura agora respirando o ar fresco. Me sinto tão bem aqui, me sinto... em casa.

De repente sinto braços forte me rodearem por trás, me tirando do chão por segundos. Esse é o outro lugar onde me sinto em casa.

-Bastian! -dou um gritinho batendo minha mãos em seus braços, rindo. Ele fuça o meu pescoço e eu coloco minhas mãos em cima das suas. 

-Eles amaram você. -ele diz baixinho -Oque você tem que deixa as pessoas encantadas sem nem tentar? -Sem precisar ver eu soube que ele tinha franzido as sobrancelhas enquanto beijava a minha nuca. Eu me viro em seus braços ficando de frente para ele. Seus olhos parecem mais claros aqui na claridade, lindos como sempre. Coloco meus braços ao redor de seu pescoço fazendo com que ele se curve um pouco para ficar ao meu alcance.

-Meu poder especial. -eu digo brincando. Eu não acredito que eu seja uma pessoa encantadora, só sou uma pessoa normal que tem afinidade com outras pessoas bondosas. Ok isso foi um pouco estranho.

-Eles que são encantadores. -Eu digo por que é verdade. -Me sinto bem aqui. Me sinto bem ao redor deles. No almoço sentada naquela mesa -conto -Foi como se aquilo fosse a realidade de sempre, e eu  só tivesse voltado das férias. -tenho impressão de que ele não entendeu nada pelo modo como só fica me olhando, e eu desvio os olhos lutando comigo mesma. -Como se eu...droga. 

Isso parece totalmente estúpido, eu penso.

-Eles são sua família Elise. -meus olhos voltam para os dele. -Eles já sentem isso. -ele fica em silêncio por um momento, depois. -Família -uma pausa -Nem sempre quer dizer sangue. Família são aqueles que te amam, te protegem e te guardão no coração. Eles já te guardaram no coração Elise. Você pertence aqui. Talvez sempre pertenceu.

Talvez eu pertença. Eles me aceitam, mal me conhecem e já me aceitam. E eu os aceito também. Cada pessoa dessa família. Parece tão certo.

Eu abro um sorriso e e estico até ele, que se abaixa para receber meu beijo. Nossos lábios se tocam levemente. Ele parece estar brincando comigo. Ele sorri contra minha boca e puxa meu lábio inferior entre os seus. Eu suspiro, ele está me provocando. Com uma ousadia desconhecida eu o ataco. Prendendo meus dedos na camisa azul clara que ele está usando agora, puxando-o para mim. Eu o beijo com possessividade. É um pouco engraçado agir assim, não é muito eu, atacar com mãos e beijos de polvo. Bastian parece mais que encorajado e trata de responder meu beijo a altura. Sinto sua mão discretamente encontrar a pele por baixo da minha blusa. Oh.

-Elise... 

-Ei vocês -a voz rouca de Jone ecoa nos parando -Arrumem um quarto. -Claro que ela diria algo assim. Nós viramos o rosto para ela deitada na espreguiçadeira, sorrindo.

Eu coro. Tinha me esquecido de como é fácil esquecer das pessoas em volta quando as mãos de Bastian estão em mim. Eu escondo o rosto em seu peito.

Bastian faz uma careta para ela. Eles parecem ter uma boa relação implicante.

-Vem. -ele me chama. Andamos de mãos dadas até uma das árvores perto das crianças brincando. A sensação da grama nos meus pés descalço é muito boa. Eu me sento e dou um tapinha nas minhas pernas cruzadas. Ele em pé da um sorriso de lado e deita na grama bem aparada, apoiando sua cabeça em meu colo. Eu penteio seus cabelos com os dedos em um silêncio cúmplice. 

Bastian tem seus olhos fechados pela sensação boa que é ter os cabelos massageados. Seu rosto tão sereno. Eu sorrio.

 

Jone inventou que temos que sair hoje a noite para comemorar a volta de Bastian. A noite dos jovens, ela disse. Achei que seria divertido mas eu não tenho roupa para usar em uma boate, nem qualquer tipo de roupa na verdade, a não ser a que estou usando. Bastian me deu o seu cartão de crédito preto e brilhante, para eu fazer algumas compras com Jone. Pelo visto ficaríamos por aqui alguns dias. 

-Olha esse aquiii - Jone vem andando até mim segurando cabide com um micro vestido de alças vermelho de um tecido meio aveludado. Ela não pode estar falando sério. -Olha como dá certinho com seu tom de pele. -ela estende ele junto ao meu corpo. Eu olho para baixo.

-Jone eu não acho... -começo mas ela me interrompe, fazendo um gesto de enxotar -Vai logo, provador.

Eu olho para as duas vendedora da boutique chique, que parecem estar se divertindo. Elas tem seus cabelos presos em coques, uniformes e sorrisos gigantes para os nossos cartões de crédito. Eu não gostei muito delas. A maquiagem delas eram tão forte, pareciam duas bonecas de cera.

Resmungando eu vou para o provador. Tiro os sapatos chutando e depois minha calça e a blusa. Estudo o vestido em minhas minhas mãos. Ele tem um tecido macio e flexível e nenhum tipo de botão ou zíper, vou ter que vesti-lo por cima. Tiro meu sutiã e coloco o vestido pela minha cabeça. Por sorte ele me permite respirar, é como uma segunda pele, me sinto nua. Os meus olhos se arregalam quando me viro para o espelho. Ele tem um decote baixo oque deixa meu peito quase pulando para fora e os faz parecerem maiores. Fico assustada em ver tanta pele minha exposta.

-Pode sair amorzinho -a voz rouca de Jone chama do lado de fora. -todo mundo nessa família parece ter um apelido para mim, me sinto feliz com isso.

-Ehh Jone, acho que esse número é pequeno demais. Talvez outro vestido -eu grito acrescentando em voz baixa -Menos colado e decotado. 

Ela abre a porta do provador, em uma mão segurando um vestido preto e brilhante e na outra sapatos. Ela esta usando um dos vestidos da loja agora. Um preto de mangas compridas e de paetês dourados. Seu cabelo esta preso no mesmo coque desleixado com a comprida franja loira dividida ao redor de seu rosto. 

Sua boca faz um perfeito ''o''.

-Bastian vai ter um sangramento nasal quando ver você. Quer dizer olha pros seus peitos. Eu daria qualquer coisa para ter os seus peitos pequenos e bonitinhos. 

Eu suspirei e já tínhamos voltado para casa, cheias de sacolas de sapatos e vestidos de grife. Jone comprava tudo oque via, era uma verdadeira consumista. Depois das compras fomos ao cabeleireiro e fizemos as unhas. Pelo menos eu fiz, por que Jone já tinha suas unhas bem feitas. Eu optei por uma cor cinza metalizada. Eu não era o tipo de garota que pintava as unhas de rosa ou estava com os cabelos sempre impecáveis, essa realidade de roupas caras e salão de beleza  era diferente mas não difícil de se acostumar. Digo, que garota reclamaria dessa vida?

Já maquiada e com os cabelos em ondas vestindo um outro vestido de uma cor entre preto e azul. Também de alças e também fazia meus peitos saltarem, só que menos extravagantemente. Eu me sentia bonita, e mais que isso eu me sentia sensual, sexy. 

Jone optou pelo vestido que ela estava usando na boutique e uma maquiagem pesada dourada. Estava bonita. Ela tinha cara de ser a filha drogada de um cara rico.

Os meninos estavam um máximo. Patric estava vestindo jeans escuros e uma blusa branca de mangas curtas. Seus olhos quase brancos estavam escuros na noite. Bastian vestia jeans pretos também e uma blusa preta. Era bem casual e atraente. Quando nos olhamos no espelho eu meio que vi como se fosse pelos olhos de outra pessoa. Eu e ele lado a lado, parecíamos certo. Um casal poderoso e separado do mundo. Meu batom vinho me fazia sombria e temível, e eu tive a impressão de que quando entrássemos naquela boate as pessoas parariam para olhar para a gente.

E foi oque aconteceu. Nossa entrada foi impactante. Patric sumiu na mesma hora em meio a comoção.

O lugar estava lotado, com a música eletrônica no último volume. Feixes de luz colorida como raios na escuridão. É louco o modo como só entrar em um lugar assim a energia do local te toma rapidamente, e você começa a se mover sem nem perceber. 

Estava tocando uma seleção de músicas do Calvin Harris e as pessoas dançavam loucamente esbarrando umas nas outras sem se importar. As mulheres se esfregavam nos Homens e até umas nas outras, de um modo sexy tenho que admitir. 

Eu estava encantada com tudo que eu via, até mesmo os casais se pegando nos cantos mais escuros ou nós sofás de couro. Era minha primeira vez em uma boate. E aquelas era gigante e linda, frequentada por pessoas com dinheiro.

Bastian me mantinha contra o seu corpo, com um braço ao redor da minha cintura me protegendo dos olhares maliciosos dos outros caras, enquanto fazíamos nosso caminho em direção ao bar decorando de luzes de neon. Nos sentamos nas banquetas e Bastian fez o pedido por mim. Um drinque meio rosa e lilás.  Eu olhei para ele.

-Oque é isso? -perguntei gritando sobre a música alta.

Ele sorriu . Eu conseguia ver seu rosto mais claramente quando alguma luz ou lazer verde passava por ele. Um lazer iluminou seus olhos por um segundo. Ele sorriu.

-Lafayette. -ele só mexeu os lábios mas eu entendi. Olhando meia desconfiada eu dei um gole. Era bem doce e refrescante, eu adorei. Se eu entrei aqui mesmo sendo de menor beber era tipo nada demais. 

Depois de mais outros drinques coloridos e tequila. Bastian bebia pouco, preferindo ficar em seu whisky. 

Tudo bem, eu confesso que estava me sentindo um pouco alterada. Minha primeira vez bêbada que emocionante! E Bastian estava mais gostoso do que nunca. Eu tinha impressão de que estava olhando para ele de uma forma galanteadora e bêbada. Ele me olhava quieto de maneira intensa. Me inclinando eu beijo sua boca de maneira lenta e intensa. Sinto ele se arrepiar. Eu me puxo para trás olhando para ele por baixo dos meus cílios falsos. Me levanto e puxo sua mão arrastando-o para a pista de dança.

No meio da comoção e das luzes e da fumaça artificial. Comecei a remexer o meu corpo contra o dele de forma sensual, eu esperava. Ele agarrou os meus quadris com suas mãos grandes, se movimentando comigo.

Eu não gostava dos olhares que algumas mulheres estavam dando a Bastian. Ele era meu. Só meu. 

Dando um olhar feio para uma loira tingida, eu me aproximei mais e o beijei. Suas mãos passearam pela minha cintura até a parte baixa das minhas costas, para me puxar para mais perto dele. Coloquei minhas mãos para cima em seu pescoço e arranhei sua nuca com minhas unhas. Ele gemeu contra minha boca e foi me empurrando e empurrando até sairmos do meio do povo. Minhas costas encontraram uma parede. Eu abri meus olhos brevemente e vi que estávamos em um dos cantinhos escuros da pegação. Ele apertou minha bunda por cima do vestido e eu gemi manhosa. Sua cabeça desceu para o meu pescoço beijando e passando a ponta de sua língua. Eu estava desmontando em seus braços, com seu corpo pressionando o máximo o meu contra a parede. Eu suspirei.

-Basti...

Ele puxou uma das minhas pernas para cima, em volta dele. Ahh desse modo era mais contato, muito mais contato. Ele roubou os meus lábios mais uma vez. Eu não sei por que, mas uma risada me escapou.

-Do que esta rindo -ele murmurou entre o beijo. 

-Eu... ahh -ele pressionou mais firmemente contra mim sua ereção crescente.

-Hun

-Bastian! Bastian!. -alguém gritava. Nós nos separamos rápido girando em busca do dono da voz. Era Patric. No momento que eu vi seu rosto toda a graça e excitação sumiram. Bastian sentiu o mesmo, ele pegou minha mão puxando me com ele. Quase me atrapalhei em meus saltos.

-Oque foi ? -Bastian gritou.

-Jone!!! porra!! Jone foi drogada.

puta merda.

 

Ela estava jogada no chão de um canto mais calmo da boate com um segurança ao seu lado. Com a maquiagem borrada e desmaiada. Eu corri para ela me ajoelhando ao seu lado.

-Eu estava procurando ela quando encontrei os dois filhos da puta tentando carregar ela para fora. -Patric gritava -Eles fugiram quando viram que eu estava armado.

Eu olho para o segurança procurando algum sinal de problema, não encontrei nada. É meio difícil me concentrar com a mente nebulosa. Dou tapinhas em sua pele fria. Ela esta muito pálida. Eu olho para Bastian conversando com os seguranças. Algumas pessoas em volta olham curiosas mas não se movem para ajudar.

-Patric. -eu chamo. ele vira para mim e vem me ajudar a levantar Jone. Ele pega ela no colo quando vê que eu nem consigo me manter em pé direito.

-O senhor não quer que chamemos a polícia? -o segurança pergunta.

-Não. - Bastian nega -Assumimos daqui. Vamos leva-la para casa.

Nós saímos da Boate com as pessoas olhando Patric na frente carregando Jone nos braços. Eu e Bastian vamos atrás. Ele me ajuda a andar. Eu estou com vergonha de mim mesma. Bêbada e inútil. Como uma noite maravilhosa se transforma numa tragédia assim?

Eu e Bastian nos sentamos nos bancos da frente, e Patric atrás com Jone caída em seu colo. Ele coloca os cabelos dela para longe de seu rosto com carinho.

-Ponha o cinto. -Bastian ordena. Ele parece todo fechado agora enquanto manobra o carro para a estrada. Eu coloco o meu e chamo a atenção de Patric para colocar o dele. 

Quando estamos fazendo uma curva de retorno no silêncio da noite, eu sinto um arrepio que vai da minha cabeça aos pés. Foi um segundo antes de um fleche de farol e depois o impacto.

Os vidros explodem e o airbag se ativa protegendo meu rosto de encontrar o painel. O tempo parece diminuir a velocidade, cada segundo é uma batida de coração. Meus olhos se viram para Bastian quando sua cabeça volta contra o banco. Ele já está desmaiado. 

Eu sei como a noite pode piorar. Ela pode piorar assim.

Quando minha minha cabeça volta em uma bagunça de cabelos negros, tudo escurece.


Notas Finais


Oque acharam ? Nossa que cap grande mds.
desculpe qualquer erro
xoxox


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