História Veneza - Obikaka - Café com croissant, um Obito estilista e um encontro as cega

Depois do restaurante, em que passaram o tempo todo no bar, Obito pediu que Kakashi acompanhasse a ele e a garota, Konan, até uma pequena cafeteria, sentaram-se em uma das mesas

— Porque você trouxe ele com você?

Hatake soltou uma pequena risada

— Ele não fala a sua língua e precisa que eu traduza

— O que ela disse? — Obito olhou para o homem, com incredulidade no olhar — E o que você disse pra ela?

— Ela perguntou porque eu tô aqui e eu respondi

— Ah, tudo bem, pergunta a idade dela

— Quantos anos você tem?

Os olhos da mulher estavam no Uchiha, com um sorriso tímido nos lábios

— dezesseis anos, e você?

— Ela tem dezesseis anos e a sua idade Obito?

— dezesseis também

— Dezesseis anos, que ótimo, temos a mesma idade

— Você sabe um pouco de inglês — Questionou Hatake, percebendo que essa não precisou de tradução para saber a idade do moreno

— Eu sei um pouquinho, estou tentando aprender para fazer intercâmbio

— Que interessante, para qual país você quer ir?

— Ei, do que vocês estão falando?

— Ela disse que sabe um pouquinho de inglês, que quer fazer intercâmbio e eu perguntei em que país

— E aí, qual país?

— Você não deixou a garota fala — Respondeu indignado

— Desculpa, vou parar de atrapalhar

— Ele só quer saber qual o país

— Canadá

— Isso eu entendi, diz para ela que eu sou canadense

— Você é canadense?

— Eu sou, por que?

— Não parece — Riu pelo canto do lábio, tendo o olhar de incredulidade do homem em resposta

Depois de muitas conversas naquela cafeteira Kakashi acabou conversando muito mais com a garota do que Obito, mas mesmo depois de tantas conversas era o Uchiha quem segurava a mulher contra a parede de um prédio, com sua língua enfiada na garganta dessa, enquanto suas mãos seguravam as nádegas. Enquanto Kakashi, bom, este estava sentado em um banco próximo dali, esperando o Uchiha "acabar o serviço" antes de pode ir para casa

— Obito, está ficando tarde, eu preciso ir embora, e acho que você não precisa mais de mim

O moreno parou o beijo, dando alguns selinhos, depois sentindo a boca alheia descendentes para seu pescoço, beijando e sugando a pele a região

— Espera só mais um pouco, eu já vou, deixa só eu terminar isso aqui

— Isso vai terminar numa cama, e eu quero ir pra mim antes disso

Obito sentiu a mulher mordendo seu pescoço, e soltou um gemido, apertando mais as nádegas de Konan

— Calma gatinha, vai devagar — Soprou no ouvido

— O que?

— Kakashi... — Não teve resposta — Kakashi!

Soltou a mulher, levantando o dedo indicador frente ao rosto desta, pedindo que esperasse, correu em direção ao banco é que Hatake deveria estar, vendo este vazio. Olhou para os dois lados, vendo a cabeleireira banca andando devagar, correu em direção ao albino, colocando a mão sobre o ombro deste, chamando sua atenção, e, um pouco ofegante pela corrida, disse:

— Ei, o que você tá fazendo? Por que me largou?

— Cara, eu mal te conheço e hoje você já conseguiu fazer eu ficar de vela e eu me atrasar ao ponto de meu pai me matar quando eu chegar, me desculpa, mas eu vou pro meu hotel

Obito fitou os olhos castanhos por alguns segundos, suspirou

— Desculpa por isso, eu te acompanho até em casa, deixa só eu me despedir da Konan

— Não sei se eu quero isso, eu não te conheço

— Ei, confia em mim, eu só vou te acompanhar

— Tudo bem, vai logo

Alguns minutos depois o homem voltava, fitando a tela do celular, sorrindo bobo, Kakashi o olhou por segundos, até o homem chegar ao seu lado e começarem a andar junto

— O que foi? — Perguntou vendo o moreno ainda olhando o celular

— Ela me deu o número dela, quer sai comigo de novo amanhã a noite

— Parabéns, conseguiu um encontro com a garota bonita

— Kakashi, você parece um cara legal, eu e a Konan conversamos um pouquinho e... Ela disse que tem uma amiga para te apresentar amanhã à noite com a gente

Colocou sua mão na frente do homem, fazendo com que este parasse de andar e falar

— Você me ofereceu para um encontro duplo às cegas

— Achei que você ia curtir não ser a vela

— E você não pensou em me perguntar se eu queria ou não sair com alguém?! — Exclamou, irritado

— Ei, não grita comigo, eu só pensei que seria legal para você sair com alguém, e é útil para mim porque eu preciso de você

— Eu não quero esse encontro

Parou frente ao albino, que estava de braços cruzados, obviamente irritado. Colocou as mãos sobre os ombros do Hatake, o balançando enquanto dizia:

— Por favor eu preciso de você

— Não precisa não, conseguiu falar com ela sem mim e eu nem sei como

— Nós falamos pelo Google tradutor, mas minha internet raramente funciona aqui, eu preciso de ajuda, vai Kakashi, por favor

— Quer saber, eu quero esse encontro, mas você vai pagar tudo para mim e para garota

— Tudo bem — Abraçou Kakashi — obrigado, muito obrigado... — Se afastou de Kakashi, se afastou e voltaram a andar — Sabe a gente pode sair amanhã de manhã e tomar café — cutucou o homem com o braço — eu te ensino umas cantadas — rio enquanto os caminhavam até pararem em frente ao hotel — Você tá aqui?

— Sim 

— Eu também, quarto 408

— Eu tô no quarto da frente

— Então podemos subir juntos — Kakashi riu, enquanto ambos foram em direção ao elevador, subiram até seu andar, e pararam frente a porta, cada um na de seu apartamento, deram adeus um ao outro, Hatake entrou, fechou a porta e encostou suas costas sobre a madeira maciça — preciso mandar mensagem para Rin

Andou para seu próprio quarto, passando pelo quarto do casal, ouvindo a curta, e entre gemidos, frase: "Vai Sakumo, engole tudo". Kakashi andou mais rápido, com seu rosto avermelhado e fingindo vomitar. 

⁂

Estava prestes a sair do apartamento, sendo parado pela voz de Sakumo. Kakashi virou devagar, colocando as mãos do bolso e sorrindo inocente

— Eu deixei você sair — Disse, encostados no batente do corredor, olhando para Kakashi

— Pai, por favorzinho

Os olhos do albino mais velho passaram lentamente sobre o filho, o olhando dos pés a cabeça, fitou a blusa cinza sem estampa, a calça preta rasgada no joelho, o tênis All Star bordo e a jaqueta jeans azul, com as mangas dobradas até acima dos cotovelos.

— Você tá bonito? — Se aproximou, levantando e mexendo na gola da jaqueta jeans — Tem um encontro

— Pai, eu só vou sair com um amigo

— Um amigo é? Qual o nome dele?

— Já deu Sakumo, eu não estou saindo com ele, quer dizer, eu tô, só não do jeito que você está pensando — cruzou os braços — não é porque você é gay que eu também sou

— Eu não sou gay — A baixa risada escapou por entre os lábios — O Duy que deixa

— Eu que deixo, é?

A voz grossa do homem ecoou alto por todo cômodo, os dois albinos olharam para a estrada da cozinha, vendo o sorriso de canto nos lábios de Duy

— Por favor me deixa ir embora antes de vocês começarem esse showzinho

— Tudo bem, leva uma chave, Duy e eu vamos sair

— Nós vamos — Disse o homem, com a boca cheia de algo que havia preparado para o café

Sakumo deu as costas ao seu filho, olhando para o moreno, com um olhar mortal, respirou fundo, tentando manter a calma e disse:

— Might Duy, o que você acha que nós dois vamos fazer em uma semana inteira em Veneza?

— Se eu falar na frente do Kakashi você briga comigo 

— Já chega, eu não preciso ouvir isso — o Hatake mais novo disse em um tom alto — Eu já vou indo

Pegou uma das cópias da chave, saindo às pressas e fechando a porta atrás de si, agradecendo por sair logo. Fitou por um momento o homem à sua frente, que acabava de sair pela porta de seu apartamento e fecha a porta. Passou seus olhos pelo Uchiha a sua frente, vendo os tênis All Star a pretos, A calça de moletom igualmente preta com uma corrente presa ao lado, uma camisa bordô, com os primeiros três botões abertos — como aparentemente era um costume do moreno —, era possível ver o crucifixo sobre o peito e, em cima da camisa, uma jaqueta preta de couro.

— Nossa, nem precisei bater na porta — Foi a frase dita pela voz grossa de Obito, que tirou Hatake de seu transe

— Eu queria sair de uma vez — Riu sem graça

O moreno sorriu, entraram no elevador juntos, lado a lado. Não demoraram muito para chegarem no térreo, saíram juntos. Enquanto andavam, Obito pigarreou, chamando a atenção de Kakashi enquanto caminhavam pela rua

— Aí, eu quero te perguntar uma coisa

— Pergunte

— Por quê eu não pareço canadense? — Andava com as mãos atrás da cabeça

— Ah, sei lá, você é um pouco grosso

— Ei, eu não sou grosso! — Exclamou

— Obito, eu te vi três vezes e em duas você me xingou, dizendo que eu não olhava por onde ando

— Ei! Eu não sou grosso, você não olha mesmo para onde anda — cruzou os braços, fazendo beiço, Kakashi gargalhava vendo as expressões do moreno — Vai se fuder vai Hatake

— Ei, eu só respondi sua pergunta, eu deveria ter dito que você parece norte-americano

— Eu cresci nos Estado Unidos, o que você esperava — Respondeu, com um leve tom de raiva

Hatake parou o Uchiha, apontando o dedo em seu rosto

— Você pare de brigar comigo, eu só respondi a sua pergunta — cruzou os braços, andando irritado pouco mais a frente do Uchiha

Obito sorriu de canto, acompanhando o mais alto. Teve os olhares irritados de Hatake sobre seu sorriso, fazendo-o soltar uma baixa risada, vendo as expressões de Hatake ficarem mais irritadas, o que causavam ainda mais risadas em Obito

— Para de rir, idiota, tô bravo com você

— Ei, desculpa, tá legal? — Tentava recuperar o ar. Viu o outro evitar olhar para si, como se ignorasse, o moreno começou a cutucar o mais alto — Vai Kakashi, desculpe — continuou sendo ignorado — Vamos fazer assim, eu te pago o que quiser pro café e você me desculpa

— Depende... Pode ser croissant?

— Já disse, o que você quiser

— Tá desculpado, agora vamos, tô morrendo de fome

Obito riu, novamente vendo Kakashi apressando os passos para a cafeteria. Onde, quando chegaram, sentaram-se, fizeram seus pedidos, e começaram a tomar o café da manhã com calma

— Você sabe alguma coisa sobre a garota que a Konan vai me apresentar

O moreno cobriu a boca, por ainda estar mastigando, enquanto dizia:

— Eu não sei, a Konan disse que é para ser uma surpresa

— Espero realmente que seja alguém legal

— A Konan maneira, as amigas devem ser também

Kakashi somente sorriu, enquanto via o homem à sua frente dar um gole na bebida — um moca, com mais algumas misturas além dos ingredientes principais, que com certeza seria a coisa mais doce que Hatake veria em toda sua vida, até mesmo o cheiro já deixava Kakashi enjoado de doces e Obito bebia como uma enorme naturalidade

— Como consegue beber isso, eu tenho diabete só de pensar nisso

— Ei, é gostoso... Eu gosto de doces tá, pode não me julga

— Pega leve nisso aí, preciso de você vivo para pagar o jantar

Ambos riram da situação

⁂

Pouco depois dali deram mais algumas voltas pela cidade, Obito insistiu que queria comprar roupas novas para o encontro. O que fez este sair de uma loja com mais sacolas do que Kakashi conseguiu contar. Depois de horas comprando roupas para o moreno, voltaram para o hotel.

Subiram as pressas pois já era 18 horas e Obito havia mascado para as 20, e, para o Uchiha, duas horas para se arrumar seria pouco tempo "duas horas é o tempo que eu demoro só para arrumar o cabelo" foi o que disse enquanto apressava Kakashi.

Depois de entrar às pressas em seu apartamento, vendo este vazio, Kakashi tomou banho, e escolheu a dedo um bom perfume e começou a procurar roupas que fossem de seu agrado. Não que isso tenha demorado, pelo contrário, em vinte minutos já estava completamente pronto, mas só ao seu ponto de vista.

Uma hora depois de Kakashi estar pronto, Obito apareceu em seu apartamento, vendo o mais alto e fazendo uma cara feia enquanto o olhava dos pés a cabeça

— Você vai assim? — o moreno questionou, incrédulo

— Vou sim, por que?

— Não vai não

O moreno simplesmente invadiu seu quarto, mexendo no seu armário. Mexeu por longos minutos, tirando do lugar tudo que Kakashi havia demorado duas horas para arrumar. Por fim, tirou de lá uma camisa azul de botões — o que aparentemente era um complexo do Uchiha — e um suéter preto, jogando as peças sobre Hatake. Vendo este sem reação

— Tá esperando o que? Troca

— Você que manda

Tirou as peças que trajava em cima, com uma certa vergonha, depois vestiu a camisa azul, começando a abotoar na frente ao espelho. Obito o olhava

— Kakashi para, tira essa camisa e pega essa — dizia tirando seu próprio casaco e sua camisa vermelha, entregando ao Hatake — Me alcança a sua, por favor — entregou o que o moreno pediu — Obrigado

Obito levantou, parando ao lado de Kakashi, frente ao espelho, enquanto vestia e abotoava a camisa, tendo os olhares discretos do Hatake sobre seu corpo pelo curto período em que este não esteve coberto. Era estranho para Obito pensar em Hatake o olhando dessa maneira, mas ainda mais estranho era pensar que queria mais daqueles olhares.

Tentou voltar a se concentrar, terminando de arrumar sua roupa e vendo Kakashi terminar de se vestir. Agora o moreno trajava uma camisa azul claro, tênis All Star vermelho de cano alto, calça preta um tanto colada e um casaco acinzentado leve e Kakashi a mesma calça preta rasgada no joelho, uma camisa vermelha de Obito e um suéter preto, um pouco mais que seu corpo

— Até que eu gostei — Disse o albino, se olhando no espelho

— Eu sei, ficou incrível — Sorriu convencido

— O cheiro nessa blusa é muito forte, cacete Obito, pega leve no perfume

— Eu nem passo tanto assim, não exagera

Ambos riram, o moreno pegou seu celular e abriu a barra de notificação, vendo a mensagem da mulher que avisavara que esperaria os dois no restaurante.

Saíram, ambos um pouco ansiosos, chegando e vendo a mulher sentada sozinha, em uma mesa para quatro pessoas, que ficava do lado de fora do restaurante. Sentaram-se junto a ela

— Onde está sua amiga? — questionou Kakashi

— No toalete — disse entre risadas discretas

— E a amiga?

— No banheiro

Esperaram por mais algum curto período, até alguém sentar ao lado de Kakashi, sorridente, com os cabelos longos e negros preços em um rabo de cavalo, com duas mexas soltas sobre o rosto, que vestia um blazer branco, com uma camisa roxa, uma calça preta e um belo sorriso estampado no rosto

— Kakashi, esse é o Itachi, ele é músico, acho que vocês vão se dar bem — a mulher sorria enquanto falava