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História Venom - It's The Devil's In Your Kiss


Escrita por: LzzyHale e PamelaDalme

Notas do Autor


Boa tarde!!
Mais um capítulo de Venom para vocês, com as coisas voltando a ficar interessantes aos poucos rs
Sentimos falta de alguns de vocês comentando no capítulo passado. Nós não mordemos, tá? Queremos saber a opinião de vocês xD
Boa leitura.

Capítulo 8 - It's The Devil's In Your Kiss


Fanfic / Fanfiction Venom - It's The Devil's In Your Kiss

A semana pareceu se estender mais do que o normal, como se o tempo custasse a passar, mas quando o sábado enfim chegou, e junto, o dia de folga de Matthew, ele estava tão cansado que acabou dormindo mais do que devia. Era de se surpreender com o sol já alto e o relógio na cabeceira da cama indicando que já passava do meio dia.

Depois de um banho rápido para ajuda-lo a despertar, Matt vestiu um conjunto simples de bermuda e camiseta. Então saiu do quarto, tentando imaginar o que almoçaria naquele dia, já que sua vontade de cozinhar nunca era muito grande. Estava cansado dos pratos que encomendava ou encontrava nos restaurantes mais próximos.

Quando chegou na sala, Laura não estava ali, e ele já se perguntava se ela havia saído quando ouviu um barulho alto vindo da cozinha. E foi pego de surpresa pela pequena bagunça que havia ali, com temperos e condimentos espalhados pela bancada, mas não parecia haver alguém.

— Merda – uma voz feminina praguejou de trás do balcão e ele se inclinou, encontrando Laura abaixada recolhendo várias panelas que estavam espalhadas pelo chão.

Quando ela se levantou, se deparou com os olhos verdes surpresos a encarando, e quase deixou os objetos caírem novamente, os colocando com segurança sobre o balcão.

— Ah, droga! Eu te acordei? Desculpe...

— Não, eu já tinha levantado – ele a tranquilizou.

— Por que diabos você guarda as panelas do armário superior? – Ela virou as costas para ele, esticando os braços para fechar as portas sobre sua cabeça com certa dificuldade devido a sua altura.

— Nunca tive problema com ela antes – disse Matt com um sorriso, fechando as portas por ela, com a facilidade que seu 1m85cm concediam.

— Não é nada prático – ela resmungou.

— O que você está fazendo?

Laura parou o que fazia e se virou para ele, como se somente agora percebesse realmente sua presença no cômodo. Ela parecia levemente envergonhada, e desviou o olhar ao responder:

— Pensei que talvez pudesse fazer um almoço para você. Uma forma de agradecer pela ajuda...

— Não é necessário, Laura – disse ele, surpreso com a atitude dela.

— É, sim. Eu não sei o que faria se não fosse você... – ela se interrompeu, tentando não se abater com as lembranças de todos os seus problemas. – Enfim, eu não sou a melhor cozinheira do mundo, mas aprendi uma coisa ou outra com a minha avó. O que vale é a intenção, certo?

— Acho que sim. – Matt sorriu. – O que está cozinhando?

Laura pareceu se lembrar das panelas que já estavam no fogo naquele momento, então correu para verificar seu conteúdo, arrancando uma risada de Matt, que também se aproximou do fogão.

— Strogonoff. Você gosta, não é?

— É claro. Eu posso provar? – Perguntou ele, observando a panela e sentindo o aroma da comida, que realmente parecia saborosa.

Ela pareceu surpresa pelo pedido, mas apenas assentiu, então pegou uma colher e despejou uma porção do molho na palma da própria mão, em um gesto automático, somente depois percebendo o que havia feito. Matt não pareceu se importar segurando levemente o pulso dela e levantando sua mão, tocando com delicadeza a pele dela para sorver a pequena porção de molho.

Quando ele ergueu o rosto, encontrou os olhos claros dela o observando atentamente. Os olhares se prenderam por alguns instantes, timidamente, até que ele finalmente sorriu e soltou a mão dela.

— Está muito bom – ele disse, mas ela levou alguns segundos para conseguir responder.

— Obrigada.

— Então, como posso ajudar?

— Não pode! Se estou fazendo o almoço para você, tenho que fazer sozinha – ela lhe lançou um olhar divertido. — Já está quase pronto, de qualquer forma. Estava tentando guardar as panelas quando elas me atacaram.

— Muito bem – Matt riu. – Vou pelo menos guardar as coisas, não queremos nenhum acidente por aqui.

Laura concordou com um aceno, voltando sua atenção para a panela novamente, tentando manter sua concentração em sua tarefa, e ignorar a sensação que o toque dele em seu pulso havia deixado.

Uma vez que tudo estava pronto, Laura pôs a mesa – que na verdade era apenas uma extensão da bancada, já que o apartamento não era muito grande –, e os dois sentaram lado a lado para aproveitar a refeição que ela preparara. Matt pegou uma garrafa de vinho que tinha guardada e ela sorriu ao ver o líquido tinto em sua taça.

— Vinho? – Olhou contente, inalando o familiar aroma e sorvendo um generoso gole.

— Por que não? Você preparou uma refeição para mim. É o que você gosta, não?

— Sim. Como você sabe?

— Bom, você carregou uma garrafa dessa para fora do depósito do seu prédio. Não foi muito difícil de descobrir... – ele explicou e Laura riu.

O momento foi de descontração. Tanto Laura quanto Matthew sentiam que precisavam de uma fuga de todos os problemas que surgiram nos últimos tempos, de toda a tensão e o desconforto que os perseguiam como sua própria sombra, e perceberam que na companhia um do outro tinham essa chance.

Mais de uma vez Matt elogiou os dons culinários de Laura, mas em todas elas, a moça fez questão de dizer que era um dos poucos pratos que sabia preparar, e que estava feliz que ele tivesse apreciado.

Depois daquele almoço delicioso, ele ficaram com suas taças de vinho, degustando cada gole, e querendo permanecer naquele momento tanto quanto possível. Já estavam há algum tempo em silêncio, perdidos em seus próprios pensamentos, quando Laura se pronunciou:

— Eu realmente sou muito grata pela sua ajuda.

— É o mínimo que eu podia fazer – respondeu ele sinceramente.

— Você não precisava. – Retrucou ela. – Eu só trouxe problemas para você com toda essa história, não devia querer me ajudar.

— Mas eu quero. Eu ajudei a colocar você nessa situação, Laura. Você mesma disse...

Laura riu com desgosto.

— Nem tudo o que digo eu realmente penso, Matt. É muito fácil para mim colocar a culpa em outra pessoa, quando fui eu que provoquei, eu que fiz com que tudo acontecesse – ela fitou o liquido escuro em sua taça, pensativa.

— Eu também tenho culpa. Você tem razão, eu não comecei, mas isso não diminui o tamanho do meu erro.

— É por isso que está me ajudando? Para aliviar sua culpa?

— Em parte – respondeu Matt e os olhos dela faiscaram à procura dos dele. — Seria mentira dizer que não. Mas não é só por isso...

Novamente o silêncio recaiu sobre eles. Nenhum dos dois esperava que tivessem uma conversa tão aberta em um momento como aquele, mas ambos tinham seus pecados para confessar.

— Eu sinto muito por ter causado isso. Sei que você e Zacky eram amigos desde sempre, não queria que...

— Não fale nele agora – ele pediu, interrompendo o que ela dizia.

— Por quê?

— Não preciso me sentir mais culpado.

Matt se virou para ela, permitindo que os braços se tocassem sobre a bancada, os rostos tão próximos que ele podia ver o contorno mais escuro das íris claras dela quando os olhares se encontraram.

— Por que está me ajudando? – ela insistiu naquela pergunta e Matt abriu um singelo sorriso.

— Porque acho que você não merece sofrer dessa forma.

— Eu...

Laura se interrompeu quando, em um gesto inconsciente e delicado, Matt levou uma das mãos até seu rosto. Se ela ficou surpresa com o ato, não demonstrou, e retribuiu, colocando sua própria mão sobre a dele.

Os olhares se encontraram de forma hesitante, expressando tudo o que não seria possível através de palavras. Todo o medo e a insegurança estavam presentes naquele toque, e na forma como ela analisava o semblante dele. Naquele momento, ambos tinham consciência do que estava prestes a acontecer, divididos entre a surpresa, o desejo e a culpa.

No instante seguinte, os rostos já estavam tão próximos que ela podia sentir o vinho no hálito dele, o aroma de uva, e assim que os lábios se tocaram, Laura pareceu congelar por um breve instante. Levou as mãos até a nuca de Matt, sentindo a textura de seus cabelos castanhos ondulados.

Ela entreabriu os lábios quando sentiu o toque quente da mão dele em sua cintura, e conduziu o beijo de uma forma suave como ela nunca havia experimentado. Havia desejo, sem dúvida, mas ambos eram movidos pela incerteza daquele ato, sabendo que aquilo significava tantas coisas, mas nenhuma delas importava naquele momento.

Logo Matt se afastou bem pouco, e sua expressão era indecifrável ao contemplar a beleza dela tão de perto, quase como se custasse a acreditar que o beijo não era fruto de um sonho. Ambos trocavam olhares cúmplices e duvidosos, incapazes de expressar seus pensamentos. Eles iriam continuar, se poupando de qualquer esclarecimento, deixando apenas que o momento acontecesse quando...

A campainha tocou.

Para sorte ou azar dos dois, o som estridente se repetiu e Matthew permaneceu estático, incapaz de reagir tamanha era sua confusão naquele momento. Então Laura lhe lançou um breve olhar antes de soltar as mãos dele que ainda permaneciam em seu corpo, tratando de se afastar para atender a porta.

Nunca saberia dizer com certeza o que teria dito a Matt naquele momento, caso não tivessem sido interrompidos, mas logo aquela passou a ser uma preocupação menor, pois ao abrir a porta foi tomada imediatamente por uma surpresa: a figura de Brian parada no corredor.

 

***

 

Por longos três segundos Brian encarou o rosto de Laura, sem saber o que dizer. Olhou para os lados rapidamente, confirmando que estava mesmo em frente do apartamento certo.

— O Matthew está? – Ele perguntou, enfiando as mãos nos bolsos do jeans. Mas foi ver o amigo aparecer atrás dela que sua feição logo passou da confusão para o mais puro alívio.

— Ei, Brian, entra aí. – Disse Matt, meio sem jeito.

A situação dispensava apresentações, afinal todos se conheciam. A presença dela era uma surpresa com a qual Brian não contava. Mas em todo o caso, o professor sabia como disfarçar a curiosidade.

— Vou deixar vocês à vontade. – Laura veio com duas cervejas enquanto eles se acomodavam no sofá. — Qualquer coisa, estarei na cozinha.

Matt agradeceu e quando ela se afastou, entregou uma longneck para Brian. Agora eles podiam conversar.

— Algum problema na academia? Não esperava visitas hoje.

— Desculpe aparecer assim, tentei te ligar ontem à noite para avisar que viria, mas você não atendeu. Deixei um recado com o Rev e o Johnny para que me procurasse, já que não apareceu mais nas minhas aulas.

— Recado? Ah, sim, eu recebi. – Disse colocando a garrafa na mesa de centro. – Aliás, quando James me avisou você já tinha ido embora. Essa semana foi mais difícil por causa de... Você sabe, tudo que aconteceu.

— Pois é, você sumiu da minha vista, por isto estou aqui. – Brian deu mais um gole em sua bebida, indo direto ao assunto. — Temos um empresário querendo patrocinar a Deathbat.

Sanders abriu um sorriso largo.

— Você só pode estar brincando.

— Felizmente não. Se chama Brooks Wackerman, e eu não sei qual a proposta dele, mas posso apostar que o projeto das escolas tem a ver com isso.

— Puta merda... – Matt coçou a cabeça e se recostou na almofada, quase sem palavras. — Essa é a melhor notícia que me dão em muito tempo.

— Ele pediu para ligar e marcar uma reunião com os sócios. Farei isso quando souber que por você tudo bem.

— Como assim, “se por mim tudo bem”? Marca logo esse encontro.

— Então você concorda em estar na mesma sala que o Vengeance?

Matthew se esticou e agarrou sua cerveja de volta.

— Qual é, Brian. Você sabe que o problema dessa história é Zachary e o temperamento imaturo dele.

— E você, com essa teimosia em provocar o cara. A propósito...  – Brian esquivou e diminuiu o tom, quase cochichando. — O que a ex dele está fazendo aqui? Vocês estão...

— Não. – Matt completou sem muita firmeza, lembrando do que aconteceu pouco antes de Brian chegar. — Laura estava precisando de ajuda e, como amigo, foi o que eu fiz.

— Amigo, hu? – O professor relaxou no lugar, com ar de quem tinha suas dúvidas. — Certo.

— Ela vai morar aqui até achar um lugar definitivo, só isso.

— Não vou me intrometer, mas espero que você saiba o que está fazendo. Se Zacky ficar sabendo, ele não vai querer dividir nem o mesmo planeta com você.

— Eu não tenho medo daquele idiota, todos sabem. Mas se ele machucar Laura outra vez, quem vai extinguir ele da Terra sou eu.

Brian suspirou pesado. Deu mais uma goleada e espiou a entrada da cozinha onde Laura lavava os pratos de maneira barulhenta. Depois voltou para o amigo.

— Só toma cuidado, Matt. E por favor, tenta não piorar as coisas. Brooks é um homem de negócios, não vai fechar contrato se perceber essa instabilidade entre vocês. Os dois precisam ceder se quiserem que isso dê certo.

Era difícil de admitir, mas Brian tinha razão. Aquela confusão entre eles colocaria em risco a melhor chance que tinham de crescer, de dar um objetivo para aquele sonho de tantos anos. E pelo visto, nenhum deles abriria mão disso.

 


Notas Finais


E aí?
O que dizem sobre esse clima entre o Matt e a Laura, será que vai dar em alguma coisa? Ou será que o aparecimento do Brian serviu para lembrar da treta maligna que isso pode gerar? Queremos saber :3
Façam suas apostas para onde essa história vai andar kkk
Até domingo que vem! Beijos


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