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História Ventos do inverno. - O Dragão no norte.


Escrita por: AgulhadaArya

Notas do Autor


Notas finais.
Desculpem os erros.

Capítulo 12 - O Dragão no norte.


Fanfic / Fanfiction Ventos do inverno. - O Dragão no norte.

Jon Snow.

Jon Snow almoçava tranquilo no pátio do castelo, sozinho e longe dos olhares obtusos de sua irmã mais nova, Arya, mesmo que expusesse certo arrependimento pelas palavras jogadas contra ele, o rapaz ainda guardava ressentimento.

"— Você não era assim, Jon — dissera Sansa noite passada quando foi ao seu quarto levar alguns pergaminhos.

— As pessoas mudam, Sansa, ela também não era assim.

— Arya ouviu certas coisas sobre você durante o caminho — com muito cuidado, a garota segura sua mão atraindo o seu olhar — É normal que tenha criado outra imagem.

— Não me importo com o que ela ouviu — sem delicadeza, ele a solta olhando para o céu nublado.

— Certo… tenha bons sonhos".

Como ele queria ter bons sonhos, mas tudo o que via ao fechar os olhos eram as criptas, frias e vazias, não ouvia nada além de uma melancólica harpa, Jon andava, andava e andava, toda vez que chegava a estátua de sua tia Lyanna, uma figura com longos cabelos louros-platinados surgia, ele não precisava ver o rosto para saber quem era, o doce perfume de jasmim a denunciava, porém, ela sumia sempre que sussurrava seu nome, nunca Jon, Snow era como o chamava… Um bastardo.

Por quê os Deuses o estava fazendo sonhar com ela? Talvez porque ela estava desaparecida e isso mexia com ele, não era raro vê-lo olhar para o céu, as vezes Jon jurava ouvir os gritos dos dragões procurando a mãe, porém, não passava de sua imaginação, só fazia dois dias que ela havia sumido.

Irritado, a fome se vai como veio, em um piscar de olhos, ele não poderia ficar sonhando com um dragão quando os lobos quase não existiam mais, havia problemas demais para seu povo, a comida era cada vez mais escassa, o frio cada vez mais forte e o povo cada vez menos numeroso, o rapaz havia aberto as portas do castelo para a população, não poderia deixar que morressem de frio e fome, mas agora Winterfell estava superlotada.

Um grande alvoroço o tirou dos pensamentos, soldados corriam para abrir os portões enquanto gritavam para Jon palavras que não compreendia, involuntariamente ele correu para mureta com a mão sobre a espada, as pernas tremiam e o coração saltava como um pássaro na gaiola.

Quatro homens, soldados do castelo, caminhavam para casa, mas um chamou sua atenção, havia algo, alguém em seus braços, era ela, a cabeça platinada encostada no peito do homem que a olhava como se não acreditasse no que tinha nos braços, a olhava como se nunca tivesse visto nada mais belo, tomando por uma fúria irracional, Jon Snow só tomou ação dos seus atos quando se viu atravessar os portões com punhos cerrados.

— Majestade…

— O que significa isso? — rangeu sem tirar os olhos da mulher ensanguentada.

— N-Nós a-achamos no bosque próximo ao meio da floresta, senhor — Disse um dos soldados parado a sua frente — Na Mata dos Lobos.

 — O que?

— Ouvimos o barulho de um cavalo aproximando-se assim que o Sol nasceu, fazíamos uma patrulha quando a achamos encostada em uma árvore, como se alguém a tivesse posto lá.

Jon conhecia o homem que a tinha nos braços, era Sithio O'lory, quando criança ele costumava brincar com Robb, sempre fora magro e pálido, mas isso tinha sido há anos, agora, o jovem apresentava um corpo robusto, estava alto e com cabelos claros assim como os olhos castanhos, a beleza do rapaz fez apenas a raiva de Jon aumentar.

— Por que há tanto sangue? O que fizeram com ela? — seus olhos pareciam lâminas apontadas aos homens quando notara o líquido vermelho entre as pernas da mulher.

— N-Nós a achamos assim, exatamente assim.

— Jon? Jon! Oh! Pelos deuses…— Sansa ainda tinha o rosto adormecido e olhava horrorizada para a cena — O que houve?

— Não sabemos, senhora, a encontramos assim, pela aparência logo vimos de quem se tratava e a trouxemos….

— Fizeram bem, tudo o que não queremos é começar uma guerra.

Jon perdeu-se nas palavras, os sentimentos que começavam criar raízes em seu peito o deixava sem ar, por que ele queria arrancar os olhos de Sithio só pela forma que olhava para a Rainha Dragão? Por que estava tão incomodado com o fato dele a ter nos braços? Ele não notou que apertava os punhos com tanta força que as unhas feriram a pele quando o rapaz retirou uma mecha platinada do rosto da moça com tanto cuidado que o deixou enjoado. Jon lembraria do rosto dele.

— Não é mesmo, Jon? — perguntou Sansa avaliando o estado da mulher.

— O que?

— Ela ficará na Torre Norte — disse ignorando sua cara confusa.

— Mas, Sansa…

— Não negaremos auxilio, mas ela não é uma convidada, pode levá-la.

— Sim, milady, com sua licença.

O ciúmes era algo perigoso e Jon descobriu isso assim que Sithio sorriu para ele.

— Jon, o que você tem? — Sansa o encara, os olhos azuis cintilante vasculhando sua alma o deixava inquieto.

— Nada, só não esperava por isso, encontra-la por aqui e ainda mais, parece que foi violentada.

— Ela está segura agora — Sua irmã era boa, Jon lia em seu rosto, mesmo que ela usasse uma máscara, a dor do outro não lhe fazia indiferente — Devemos avisar a mão da rainha.

— Sim, enviarei um corvo.

Como se uma linha invisível o ligasse a mulher desacordada, seus olhos a seguiram sendo carregada para dentro do castelo, mas ele não era o único a olhar, todos presentes no pátio observavam a cena com curiosidade e desconfiança.

— Por que a garota Targaryen está aqui? — Arya tinha a atenção em Jon e na maneira que seus olhos pareciam confusos — Por que ela está daquele jeito?

— Não sabemos — respondeu Sansa — Acabaram de acha-la.

— Jon está bem?

O rapaz olhou para a irmã mais nova confuso, Arya vinha tentando uma aproximação, mas ele continuava magoado.

— Sim — disse e olhou para Sansa antes de sair — Mandarei o corvo.

— Está vendo? — escutou Arya falar para a irmã.

— Calma, dê um tempo, está certo?

 

Cersei Lannister. 

A notícia da derrota em Jardim de Cima ainda amargava em sua língua, não importava quanto vinho bebesse, nada era capaz de fazê-la sentir-se melhor ou quem sabe fazê-la esquecer, sempre que fechava os olhos o rosto de seu pequeno leão vinha fazer visita,  Tommem era só um bebê, seu precioso leãozinho.

— Majestade, tanto poderá fazer mal a gestação — Qyburn disse com receio.

— O vinho ajuda-me a dormir.

— Um pouco de leite de papoila poderá ajuda-la com mais eficiência.

— É amargo, não gosto… Onde está Jaime?

Cersei não gostava da aparência que agora tinha, os cabelos dourados estavam tão curto, o rosto pálido e magro, porém, o preto a fazia sentir-se mais forte.

— Sor Jaime deve voltar logo.

— Já faz uma semana.

— O banco de ferro não é do outro lado da cidade, vossa graça.

Para o próprio bem, a rainha resolveu não gastar saliva com ironia do homem enquanto olhava a cidade parcialmente destruída, a mulher não sabia dizer que gostava do semblante apavorado do povo… Se o rei louco tivesse deixando Rhaegar casar com ela, tudo seria diferente, pensou.

— Um corvo acabou chegou, majestade. 

— De onde? 

— Winterfell, Daenerys está no Castelo, estão comentando sobre uma possível aliança.

— Reúna o exército — Disse tomada pela fúria — Temos uma guerra para travar.

Um arrepio lhe correu pela espinha quando lembrou-se da profecia feita por uma bruxa.

" — Podeis fazer três perguntas — disse a velha, depois a sua bebida —  Não ireis gostar das minhas respostas. Perguntai, senão fora convosco.

Vai, pensou a rainha que sonhava, controla a língua e foge. Mas a mulher não tinha suficiente bom senso para sentir medo.

— Quando é que me caso com o príncipe? — perguntou.

— Nunca. Casareis com o rei.

Sob os seus caracóis dourados, o rosto da moça enrugou-se de perplexidade. Durante anos, depois daquilo, pensou que aquelas palavras queriam dizer que não casaria com Rhaegar até depois do pai, Aerys, ter morrido. 

— Mas vou ser rainha? —  perguntou o seu eu mais novo.

— Sim. — A malícia cintilou nos olhos amarelos de Maggy. — Rainha sereis... até chegar uma outra, mais nova e mais bela, para vos derrubar e roubar todo aquilo que vos for querido. 

A ira relampejou na cara da criança.

—  Se ela tentar, mando o meu irmão matá-la —  Nem mesmo então parou, sendo como era uma criança obstinada. Ainda lhe era devida mais uma pergunta, mais um vislumbre da vida que a esperava. — O rei e eu teremos filhos? — perguntou.

— Oh, sim. Ele dezesseis, e vós três. 

Aquilo não fazia sentido para Cersei. O polegar latejava onde o cortara, e o seu sangue pingava no tapete. Como pode ser isso? Quis perguntar, mas já não tinha mais perguntas.

Porém, a velha ainda não terminara com ela.

— De ouro serão as suas coroas e de ouro as mortalhas — disse.

— E quando as vossas lágrimas vos afogarem, o valonqar enrolará as mãos na vossa pálida garganta branca e estrangular-vos-á até vos roubar a vida"

Por anos achou que Tyrion a mataria, porém, agora ele nada de mal a poderia fazer, estava livre dessa parte, mas seus filhos haviam morrido, agora precisava acabar com essa puta estrangeira antes que ela fosse engolida pelas palavras de uma velha bruxa.


Notas Finais


Os sonhos do Jon são algo importante, são como avisos que ele ignora.
Há um traidor no Norte.
Dany chegou e Jon ja está bem envolvido e confuso.
Arya e ele vão sim fazer as pazes, eles são meus nortenhos favoritos.
Não posso colocar o Bran agora, pq ele é tipo o Google, não faria sentido ele está lá e o Jon não saber suas origens o que estragaria o futuro de jonerys.
A profecia da Cersei é bem importante e o fato dela está cega por causa disso é ainda mais.
Até logo.


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