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História Verdadeiro eu - Drarry - “Não vou sair do seu lado”


Escrita por: killou

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 26 - “Não vou sair do seu lado”



 Os dois olharam assustados quando Hermione apareceu com McGonnagall, que deu um grito ao ver o estado do sonserino, ou como Potter estava sujo de sangue.

 - O que você fez?!


 Ron e Harry se olharam engolindo seco. E agora?


 - Uh…. Ele não morreu!- O moreno tentou se explicar, fazendo a diretora respirar fundo, ainda olhando horrorizada para a cena.

 - Senhor Potter- O que você fez?

 - Eu bati nele.- Ele disse meio envergonhado com os olhares que recebia, não se arrependia do que fez, mas não era confortável receber aqueles olhares. Hermione estava tão surpresa que estava quase branca.

 - E porque?!


 - Porque ele tentou estuprar o Draco… Não é a primeira vez que ele faz algo assim. Não consegui me segurar. 

 - O que?! O que está acontecendo aqui?? Segunda vez nesse semestre que fazem isso com o senhor Malfoy!

 - Eu sei. Por isso eu perdi a cabeça.

 Ela colocou a mão sobre o rosto, irritada com aquela situação toda. Não podia simplesmente ficar conversando com os três quando outro aluno estava caído no chão, sangrando.

 - Vocês três, minha sala. Agora. Eu vou levar o senhor Nott até a enfermaria. Torça para que ele sobreviva, senhor Potter.


Ele não iria torcer nada.


 Assim que ela saiu da visão deles, Harry se virou para entrar no Salão Comunal da Sonserina mais uma vez.

 - O que você está fazendo?- Hermione disse brava, correndo até ele. Ainda era um tanto macabro que ele estava sujo de sangue.

 - Vou falar com o Draco.

 - De novo?! Não ouviu a diretora?!

 - Ouvi. Mas prometi que iria voltar rápido. Só vou avisar ele que ele pode dormir sem ficar com medo do Nott entrar. 

 - Eu não posso fazer isso? Ou o Ron? Você já está afundado em problema.

 - Ele não quer que ninguém entre além de mim. Eu juro que já volto.


 Granger tentou pegar ele pelo braço, mas o moreno foi mais rápido, entrando antes que ela pudesse pará-lo.

 Ela suspirou, cansada daquilo.

 - Ele nunca para de se meter em problemas, né?- A mulher falou para o namorado, que negou com a cabeça. Ele apenas pegou na mão dela, os dois esperando Potter voltar.


 Haviam duas pessoas no Salão Comunal da Sonserina, e eles estavam no primeiro ano. Quase infartaram ao ver Harry Potter entrar ali sujo de sangue e indo direto para o dormitório de Malfoy.

 Essa era a rotina em Hogwarts?


 - Será que ele matou alguém?- A garotinha que estava ali perguntou para a amiga, que também tinha olhado um tanto assustada para o homem sujo de sangue.

 - Talvez. Ele é o Menino-que-sobreviveu. Ele pode fazer o que quiser.

 - Verdade….


 O moreno entrou no quarto do loiro, que ainda estava no mesmo lugar de momentos atrás, e olhou assustado en direção a porta. Relaxou ao perceber que era Harry, mas tensionou de novo ao ver que ele estava sujo de sangue. Rosto, mãos e camiseta.

 - O que aconteceu?! Você se machucou?- Draco tentou se levantar, mas caindo em seguida, sem forças nas pernas para ficar em pé. Seu corpo ainda tremia graças a droga.

 - Não. Mas o Nott sim. Eu vou ter que ir falar com a McGonnagall…. Mas você está seguro, amor. Pode dormir.

 - O que você fez, Harry?- O loiro o olhou assustado, e o homem apenas o deu um beijinho na bochecha.

 - Ele nunca mais vai fazer o que ele fez com mais ninguém. Não, ele não morreu. Mas fica tranquilo. Por favor, descansa, okay?

 - Você vai ser expulso…?- Malfoy o olhou receoso, assustado com a ideia de não ter Harry com ele.

 - Não. Não acho que a McGonnagall vá me expulsar. Agora descansa, Dray. Você precisa.


Ele ajudou o namorado se levantar. E o deitou na cama, cobriu ele com a coberta macia e verde escura, deixando o sonserino bem confortável.

 - Bons sonhos.

 Draco sorriu um pouco para ele, caindo no sono quase em seguida.

 Harry o deu um leve beijinho sobre a testa, antes de se retirar, saindo dos dormitórios sonserinos mais uma vez.


 As garotas assistiram ele sair mais uma vez do Salão, com expressões curiosas no rosto. Não esperavam que estudar em Hogwarts fosse ser tão bizarro.


 - Pronto? Já falou com ele?- Hermione perguntou estressada, os três finalmente saindo dali e andando até o escritório da diretora.

 - Já! Meu Merlin, tenha paciência! Não ouviu o que aconteceu com ele? Não queria que ele ficasse com medo.- Harry respondeu no mesmo tom, surpreendendo o casal. Ele nunca retrucava o que Hermione dizia, mas aparentemente, tudo tinha uma primeira vez.

 - Tá…. Pensando assim faz sentido.- Ela admitiu, enquanto o namorado segurou um suspiro. O clima estava horrível.


 - Harry…. Eu sei que é revoltante, mas- Não acha que exagerou um pouquinho?- Ron ousou comentar, percebendo muito bem o quão furioso ele ainda estava. Sem falar que era fácil ficar intimidado por alguém sujo de sangue.

 - Não. Eu acho que ele mereceu, e muito.

 - Mas você quebrou vários ossos dele-

 - Eu sei. Essa era a intenção.- Potter falou frio, assustando os outros dois que estavam com ele. Nunca tinham visto Harry assim.

 - Mas você pode ser expulso!


 O moreno suspirou, parando de andar, o que fez o casal imitá-lo. Os três estavam parados no meio de um corredor vazio, o que deixava a situação um pouco mais dramática do que deveria ser.

 - Eu não vou. McGonnagall não vai ousar me expulsar por bater em um estuprador. Principalmente quando eu ajudei e MUITO, para que essa escola continuasse a existir.

 - Não sei…. Vamos logo, antes que ela fique mais irritada.


 Ron e Hermione não sabiam qual era o estado de Malfoy quando Harry o achou, muito menos qual era a história detalhada, mas parecia ter afetado ele o suficiente para dar um surto. Era de surpreender que ele tinha toda aquela força.


 Ron engoliu seco assim que pararam na frente da porta, nem querendo saber o que eles iriam ouvir. Tecnicamente, ele tinha sido a testemunha de tudo aquilo, praticamente um cúmplice, já que não fez nada.


“Mamãe vai me matar se eu for expulso”- Falou dentro da própria cabeça, só esperando os dois amigos decidirem entrar.


 - Qual é a senha?- Harry perguntou para a garota, que antes estava olhando as mãos dele, machucadas e sujas de sangue. Era uma visão nada bela.

 - Whiskers.

 - Sério?- Potter riu, achando que combinava muito com a diretora.

 - Sério. Só….Vamos logo.- Hermione estava receosa com Harry, só queria ouvir aquela história toda, e poder ficar tranquila. O homem tinha ficado tão furioso que sua magia perdeu o controle, e ela sabia que com isso não se brincava.


 - Whiskers.- Granger pronunciou, fazendo a entrada se abrir, e liberando para eles entrarem. O escritório era exatamente o de sempre, igual ao de quando Dumbledore ainda era diretor. Minerva não tinha mudado nada.


 Ela estava na cadeira atrás da grande mesa de madeira, contendo diversos livros e vidros com coisas que não tinham certeza do que se tratavam.


 - Sentem-se.- Ela disse séria, sinalizando para as cadeiras atrás deles. Os três apenas obedeceram, com medo demais para simplesmente falar qualquer coisa. Ou melhor, Harry não estava com medo, simplesmente ansioso. Não podia ser expulso, tinha que dar um apoio emocional para o namorado, ele não podia sair e deixá-lo sozinho.


Sabia que Draco não iria se abrir com os outros. Tinha que ser ele.


 - Vocês vão me explicar desde o começo, começando do porque vocês estavam na frente dos dormitórios da Sonserina.- McGonnagall disse com a voz firme e brava, ela realmente tinha acreditado que nesse ano eles não iriam fazer alguma besteira grave.


 Harry olhou para os amigos, que deram de ombros. Tradução, ele que tinha que se virar. Iria falar tudo, talvez assim não aconteça nada ruim.


 - Tudo bem… A gente resolveu dar uma olhada no Draco, já que ele não tinha aparecido em nenhuma das aulas, ou no almoço.

 - Desde quando você e o senhor Malfoy se dão bem?- Ela perguntou confusa, lembrando de como os dois viviam tentando se matar.

 - A gente está namorando faz um tempinho.- Harry falou, colocando a mão sobre a nuca, sem jeito graças aos olhares que recebia da diretora. Ela estava absolutamente chocada. Nunca iria imaginar que aqueles dois estavam juntos. Nunca.

 - Vocês…?

 - Sim. Enfim…. Eu fui checar se ele estava bem. E eu encontrei ele chorando, e vi uma marca de chupão no pescoço.- Potter falava muito desconfortável, principalmente quando todos estavam olhando para ele enquanto falava. Hermione se sentia menos irritada com a medida que ele contava a história.


 - Merlin….- McGonnagall sussurrou, já sentindo-se ficar arrepiada apenas em imaginar a cena.

 - Ele me explicou o que aconteceu… O Nott subiu em cima dele enquanto ele estava dormindo e começou o tocar. E beijar o corpo dele- Eu realmente tenho que continuar descrevendo essa parte?- O moreno olhou para a diretora, seus olhos lacrimejando em ter que lembrar do namorado o contando aquilo com tamanho desespero.

 - Não… Pode pular.

 - Eu- Eu saí de lá, completamente furioso, claro. E eu vi o Nott ali. Fui tirar satisfação com ele- E o babaca falou que ele que estava pedindo por isso! Falou que o Draco era uma puta.- Harry fechou os olhos e as mãos em punhos por uns momentos, tentando se acalmar, antes que tivesse outro surto de raiva mais uma vez.

 - Eu não acredito…- McGonnagall falou quase chorando, olhando para os três, que não tinham reações muito diferentes. Ron não chegava a lacrimejar, mas ele tinha o sentimento de ir na enfermaria e acabar o trabalho pelo amigo.

 - Não consegui me segurar, professora. Não deu. Quando vi ele já estava desacordado e a senhora já tinha chegado. E sei que violência não é algo bom e tudo mais. Mas eu sabia que se eu não desse uma surra nele, o Nott nunca iria deixar o Draco em paz. Ele nem conseguiu dormir com medo que esse babaca entrasse no quarto!- Harry se calou assim que percebeu que estava a gritar.


 McGonnagall não sabia o que fazer. Sabia que a situação era séria, e que expulsar Potter era o recomendado, porém ela também não conseguia engolir o que Theodore tinha feito. Não conseguia mesmo.

 - O senhor terá detenção todos os dias, até o final do ano. Não poderá ir a Hogsmeade, e não pode sair depois do horário de recolher. Se descumprir isso, terei que expulsa-lo. Vai ter dever extra em todas as aulas, e também não irá poder entregá-las atrasado.

 Ele assentiu, muito feliz com a notícia. Draco iria ficar aliviado com isso, tinha certeza.


 - E o Nott?- Hermione se pronunciou, fazendo a mulher mais velha a olhar, dando um suspiro em seguida.

 - Isso eu decido quando ele acordar.

 Eles tinham lá suas dúvidas que o sonserino iria acordar tão cedo. Não seria surpreendente se ele entrasse em coma com toda aquela história.


 - Podem ir.

 - Sério?

 - Sim. Ou quer ser expulso?

 - Não, senhora.- Os três saíram felizes dali, já que o amigo ainda iria ficar com eles. Hermione não estava mais furiosa com Harry. Depois dele ter explicado tudo o que aconteceu, que o loiro estava chorando, e o que Nott tinha feito de uma forma mais detalhada, ela entendeu sua fúria.


Aquele garoto era nojento. Só esperava que o universo desse um descanso a Malfoy depois dessa. Ele merecia, afinal, já tinha sido a segunda vez naquele ano.


 Assim que os três saíram da vista dela, a diretora suspirou frustrada. Teria que contactar os pais de Malfoy mais uma vez. Não queria ter que lidar com a fúria de Lucius Malfoy naquele momento.

 Iria fazer aquilo no dia seguinte.

 O aluno definitivamente precisava descansar, chamar os pais dele não iria exatamente ajudar.


 O Trio de Ouro foi para os dormitórios grifinórios depois daquilo. Potter estava sujo de sangue ainda, sem falar nas lágrimas e suor daquele dia inteiro. As mãos do moreno também estavam um tanto machucadas dos socos que deu em Theodore.


Precisava de um banho quente para relaxar.

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 Durante seu banho, Harry não pensou em nada. Realmente desligou, se importando apenas em se limpar, e acalmar a cabeça. Tinha gritado e chorado demais naquele dia, não precisava de mais estresse.


 Só achou estranho que quando ele estava se secando, ouvia um barulho de gente discutindo. Não conseguia disseminar sobre o que se tratava, ou o que falavam, mas definitivamente era uma briga.


 Abriu a porta, se surpreendendo ao ver o namorado sentado em sua cama, de pernas cruzadas, apenas quieto, ouvindo os outros colegas de quarto discutirem. Draco parecia estar sóbrio, mas sua aparência ainda não estava muito boa. Ele estava abalado, e triste. Harry conseguia ver isso, mesmo por trás daquela máscara de indiferença que o loiro costumava expressar na frente de outros.


Dean, Ron e Seamus tinham uma discussão fervorosa, de forma que o ruivo tinha o rosto tão vermelho quando seus cabelos. Neville estava no canto dele, apenas lendo seu livro, ignorando a gritaria. Longbottom era uma ótima pessoa de se ter como colega de quarto. Ele não te incomodava com nada, tirando os fatos aleatórios sobre plantas.


 - Eu não quero um sonserino, Malfoy ainda por cima, dormindo aqui!

 - Não tem dormitório não?! Vaza daqui!

 - Dá para vocês não serem egoístas?! Nem na cama de vocês ele está sentado!


Era de aquecer seu coração, ver Ron defendendo seu namorado de uma forma tão intensa e sincera. Amava aquele tonto.


 - Desde quando vocês são tão amiguinhos, ein?!


 Potter respirou fundo, finalmente saindo do banheiro. Viu que Draco sorriu de leve ao vê-lo, isso fez ele corar de leve. Seu namorado era tão lindo que o fazia idiota.

 - Chega. Vocês gritando me deixam irritado.

Foi o moreno falar isso, que os três pararam de gritar, olhando para ele, que se esticava. Foi em direção a sua cama, e os colegas o assistiam.

 - Vai para o lado.- Harry disse simplesmente, sentando-se ao lado de Draco, que fez o que lhe foi pedido.

 

 - Eu não estou entendendo mais porra nenhuma.- Dean os olhou confuso, e um tanto frustrado. Seamus os olhava da mesma forma.

 - Posso contar?- O moreno olhou para o loiro, que deu de ombros. Não ligava mais. Estava mal demais para dar a mínima.

 - Eu e o Draco estamos namorando. Então sim, ele vai ficar na minha cama. Parem de gritar.- Harry falou sério, fazendo Dean e Seamus saindo na mesma hora. Não estavam afim de ficar ali.


 Ron suspirou cansado de tanto brigar e se sentou na própria cama.


Potter puxou Malfoy para mais perto, de modo que tivesse ele com a cabeça em seu peito.

 - Hey…. Dormiu bem?

 - Mas ou menos…. Tive um pesadelo. Mas não consigo me lembrar o que era.

 - Que estranho.- Harry riu, começando a fazer carinho no cabelo do outro.

 - Mas tá tudo bem agora. Ninguém vai te machucar. Não mais.

 - Eu te amo, sabia?- Draco falou depois de um tempinho em silêncio, o olhando, extremamente sério.

 - Eu também te amo, Dray. Muito.


 Percebeu o quanto o loiro tremia, e foi ficando preocupado, principalmente quando começou a sentir o coração do namorado bater forte e rápido contra o peito. Isso não era normal.

 - Dray? Tá tudo bem?

 - Eu não consegui achar o pó… Eu estou com tanta agonia. É como se fosse uma sede que eu não estou tentando parar.

 - Shh…. Já vai passar, meu amor. Te prometo. Daqui a pouco vou vai até esquecer sobre esse sentimento, okay?

 - Foi você que sumiu com a droga, não é?- Malfoy o perguntou, ainda tremendo loucamente.

 - Fui eu sim. Não iria conseguir deixar você usar isso. Me desculpa.


 Draco só ficou com raiva na hora. Mas agora? Estava grato que o namorado se importava tanto consigo. Ele agarrou com força no moletom de Harry, tentando ao máximo se controlar.

 - Tá tudo bem. Só fica aqui, por favor. É tão horrível… esse sentimento. 

 - Não vou sair do seu lado, meu amor. Não se preocupe.


 Um tempinho depois, viram Neville se arrumar todo apressado, olhando para ele mesmo no espelho, um tanto desesperado.

 - Tem um encontro, Neville?- Ron brincou, pensando que estava errado.

 - Tenho! Eu nunca fui em um… Ah! Malfoy!

 O loiro olhou confuso para Longbottom, não tendo ideia do que o homem iria querer com ele. Ainda estava agarrado em Harry, tentando se acalmar.


 - Eu?

 - Sabe do que Luna gosta? Queria levar algo…

O loiro até mesmo sorriu com isso. Ficou feliz e animado pelo amigue. Luna devia estar muito feliz.

 - Luna gosta de tudo. Mas eu sei que elu estava querendo um livro de mitologia celta faz um tempinho.

 - Muito obrigada!!- Ele exclamou feliz, correndo para fora dali.


 Draco torcia pelos dois. Luna merecia todas as coisas boas naquele mundo. Esperava que Neville tratasse elu bem, se não iria levar um belo de um soco.


Notas Finais


Obrigada pela atenção!!!


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