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História Verdades de Uma Vida de Mentira - Reghan


Escrita por: Wrong_World

Notas do Autor


Sei que demorou, mas ta ai. E agora vou postar com mais frequência, prometo ^-^

Capítulo 3 - Reghan


Desde o dia do suicídio da minha mãe venho tido alucinações, de acordo com meu psiquiatra. Geralmente quando  acordo de manhã e vou até o banheiro. Lavo o rosto e quando olho novamente no espelho estou na minha antiga casa, no dia do falecimento da minha mãe, na hora que ela aponta sua arma para própria cabeça. Eu tento salva-la, tento gritar e/ou faze-la parar de alguma forma. Mas não consigo.  Fico ali na porta, parada, assistindo tudo. Até os miolos dela estarem por todas as partes do quarto.

Júlia - que se mostrou bem prestativa tanto como assistente social, quanto como amiga e as vezes até uma fodinha casual.- me aconselhou a ir à algumas sessões de terapia com Mary, minha mãe adotiva, ou com algum colega dela. Fui algumas vezes num tal de doutor Carl Reghan, era meu psiquiatra, me receitou alguns remédios, muito bons por sinal- principalmente com uma boa garrafa de vodca.- Mas ficou viciado em anti-depressivos e calmantes. Sendo psiquiatra, tinha fácil acesso aos remédios e os misturava com bebidas.

-Só assim para aguentar as chatices desses "loucos"- dizia ele. Com aspas, pois acreditava que não tratava ninguém realmente louco, além de mim há anos.- São todos uns ricos metidos a besta que querem contar aos amigos das "maravilhosas sessões com o doutor Carl Reghan."- Falava ele, sempre com um tom de deboche.- É por isso que eu gosto tanto de você e por isso aceitei seu caso gratuitamente. Você faz do meu trabalho uma coisa importante. Pelo menos para alguém.

Doutor Reghan é amigo da família há anos, sempre foi muito competente mas de uns anos pra cá se desiludiu com a própria vida.- Nas minhas sessões nós conversávamos muito mais sobre ele do que sobre mim. Mas isso me fazia muito bem. Ele era mais meu amigo do que psiquiatra.- Após sua esposa falecer sua carreira desmoronou e sua filha foi morar com o namorado em outro estado. Então se sentia extremamente sozinho e dizia que eu era a unica amiga que sobrara para conversar.

Carl morreu de overdose ano passado, pouco depois de eu parar de tomar meus remédios por incentivo do mesmo. Acho que ele queria me ajudar mais antes de partir.- Eu gostava de ficar chapada as vezes, mas, ao meu ver agora, fiquei bem melhor quando parei. A verdade é que eu queria fugir dos meus pensamentos, sentimentos e das minhas lembranças. Eu queria fugir de mim. Mas Carl me ajudou a perceber que de nada adianta fugir, tudo só piora. E acho que ajudei ele a perceber que ele fazia o mesmo. Então fizemos um acordo, eu pararia de tomar tantos remédios se ele procurasse sua filha. Então achamos ela no Facebook e os dois retomaram contato. Ele foi visita-la e descobriu que era avô. Ficou tão feliz ao me mostrar fotos e contar sobre sua neta, que era uma linda menina loira de encantadores olhos castanhos. Estava planejando passar as ferias de verão na casa de sua filha, mas alguns meses antes faleceu. Nunca o vi tão bem. E não paro de me perguntar por que isso acontece com as melhores pessoas.


Notas Finais


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