História Vermelho Carmesim e Cinza Tempestuoso - Conhecendo.

Todos estavam sentados em um sofá me esperando sair do banho, Ângela colocou uma bandeja de sanduíches na mesa de vidro na frente. 

Hisotski estava servindo o chá para todos eles.

Rias não deixava de ficar encarando discretamente os dois empregados com um olhar ameaçador, a aura dos dois era muito visível para ela e isso a estava deixando nervosa.

— Rias, você percebeu?. – Akeno fala baixo para sua mestra.

— Sim, esses dois com toda a certeza são anjos, essas auras puras que eles emanam são muito poderosas, temos que ficar alertas. – Ela sussurra de volta.

Desço as escadas vestindo apenas uma calça de moletom azul clara, deslizo pelo corre-mão e pulo me sentando na poltrona a frente deles.

— Bom, vamos começar com os estudos. – Ângela olha pra mim e dá uma falsa tosse.

— Goku-sama, por favor, coloque uma blusa, temos convidados. – Olhei para o meu peito e só agora percebi que não estava usando nada.

— Ae, eu já volto- Usei meu teleporte para ir ao quarto e voltar no mesmo segundo. – Beleza, agora sim. – Eu olhei para os jovens e vi suas caras de expanto.

E assim começou aquela tarde de estudos. 

Achei tudo muito estranho. Nenhum deles quase não me fez perguntas sobre antes de entrarem na casa, o máximo que me perguntaram era como podia voar, eu disse que era uma técnica que aprendi a muito tempo que me fazia ficar no ar por alguns minutos. Não era mentira, mas também não era toda a verdade.

Rias quase não prestava atenção no que eu dizia, eu tive que ficar chamado a atenção dela várias vezes.

— "Mas o que está acontecendo? Ele está agindo de forma tão calma que está me irritando, eu esperava no mínimo alguma reação por vermos ele voar, ele é perigoso, eu poço sentir isso". – Ela pensava e eu tive que falar.

— Rias, Rias... Está me escutando? – Falei e ela pareceu despertar de seus pensamentos.

— Hum? Ah sim..  Sim, claro, o senhor dizia. – Ela sorria e voltei a explicar algumas coisas a mais.

Todos já estavam estranhando a atitude de sua presidente, ela parecia nervosa com alguma coisa, mas não sabiam o motivo real disso.

A tarde de estudos se estendeu até às cinco da tarde, Issei e Kiba haviam pedido para ir ao banheiro um depois do outro. Ângela fez questão de conduzir eles até o cômodo e voltar para a sala, não deixando eles irem para nenhum outro lugar.

Ao término de tudo, eles foram embora, eu achei estranho a atitude deles durante todo o tempo, mas deixo isso para lá.

No caminho para casa Rias estava com uma cara séria como se a qualquer momento fosse matar alguém.

— Buchou, tudo bem? – Issei perguntou tocando o ombro dela levemente.

A ruiva para de andar com se tivesse saído de um transe, ela olha para o moreno e dá um leve sorriso.

— Está tudo bem Issei, não é nada demais. – Então um círculo mágico surgi do lado do ouvido de Rias, ela da alguns suspiros e fala. – Bom, parece que temos uma chamada, vamos pessoal. – Eles acenam com a cabeça e seguem em frente.

Alguns dias depois . . .

Esses dias haviam sido um tédio total para mim, não estava acontecendo mais nada, eu fazia as mesmas coisas todo o santo dia;  ia pra escola, dava aula, voltava pra casa, comia, relaxava, dormia e no dia seguinte fazia a mesma coisa.

Dar aulas era mais cansativo do que treinar, pensava que o treino do senhor Whis era pesado, mas falar sobre diversos assuntos diferentes todos os dias era muito complicado. Às vezes ficava com a cabeça tão quente que desmaiava.

Nesse momento estou voltando pra casa, ajeito meus óculos no rosto e puxo um pouco o nó na minha gravata, meus passos eram calmos e lentos, não havia motivo para eu me apressar, o únicos momentos bons era quando eu passava por algumas ruas onde havia muita gente.

Gostava de ver a movimentação, era algo diferente e nunca parei pra perceber que eu já fui igual a todas as pessoas.

Também tinha medo, tristeza e raiva.

O que aconteceu comigo? Passei tanto tempo vendo as lutas como algo divertido que me esqueci que estava lutando para continuar vivo. Já morri duas vezes, não tinha mais motivos pra temer a morte, mas eu queria continuar aqui, não queria voltar para o outro mundo, não era ruim, mas ficar longe de quem eu gostava começou a me fazer sentir uma dor no peito, algo estranho e novo pra mim.

Sai de meus pensamentos ao acabar esbarrando em algo, olhei para frente e vi uma garota caída no chão.

— Oi, você está bem ? Desculpa eu estava distraído. – Estendi a mão para ela.

— N-não foi nada. – Ela falou e segurou minha mão.

A puxei delicadamente, mas uma brisa passou por nós dois, ela usava um pequeno capuz na cabeça e o vento o fez cair para trás, então eu pude notar longos e belos cabelos dourados como o sol, ela tinha olhos verdes brilhantes com uma esmeralda que transmitia não só uma incrível beleza, mas também uma grande inocência.

— Me desculpe por isso. – Sorri e ela ficou com uma leve vermelhidão abaixo dos olhos. – A propósito, o meu nome é Goku. – Me apresentei.

— O-o meu n-nome é Asia Argento. – Ela falou e eu já logo notei sua grande timidez no momento de falar.

— Você não é daqui, é? – Perguntei.

— N-não, e-eu acabei de chegar e não conheço ninguém aqui. – Ela disse.

— Uhum. Ah posso te mostrar o lugar, não conheço muito a cidade, mas assim poderíamos aprender juntos. – Falei sorrindo vendo ela sorrir de volta.

— Sério? Obrigada, na verdade eu queria que alguém pudesse me levar até uma igreja aqui perto. – Asia falou e acabei me lembrando que havia uma igreja aqui por perto.

— Eu te levo lá. – Falei ela sorrio.

— Muito obrigada, Goku-san. – Ela disse.

Passamos a caminhar pela rua conversando sobre assuntos alheios, Asia me disse que vinha da Itália, havia se tornado uma freira e tinham a convidado para vir até o Japão para fazer parte da igreja.

Ela não perguntou muito sobre minha vida, eu falei que já estava ali a mais de seis anos e que era um professor na Academia Kuoh.

No caminho Asia viu um garoto machucado, ela se aproxima dele e de forma calma começou a curar seu machucado com uma energia verde, aquela energia era fraca, mas parecia precisa, como se pudesse aumentar e muito com o tempo.

Depois disso voltamos a caminhar e acabamos por chegar na igreja, Asia que estava ao meu lado fica na minha frente e se curva em agradecimento.

— Muito obrigada mesmo Goku-san, não sei o que teria acontecido comigo se não tivesse sido você a vir falar comigo. – Ela sorrio e eu sorri de volta.

— Por nada Asia, eu já vou, nos vemos por aí. – Eu coloquei os dois dedos na testa e sumi usando o teletransporte.

Não pude ver direito a expressão dela, pois já estava na frente de casa, me espreguicei um pouco antes de entrar dentro de casa onde tudo parecia normal, mas derrepente uma presença desconhecida e ostil começou a rondar o ar.

Do segundo andar eu vi Ângela aparecer e fazer uma reverência.

— Goku-sama, que bom que chegou, tem uma pessoa que veio visitá-lo. –  Ela disse e eu já estranhei.

Junto de Ângela me dirigi até a sala de visitas da casa, minhas mãos tremiam a todo o momento, eu sentia meus instintos me dominando, como se eu fosse realmente precisar deles.

Abri a porta e ao lado de uma poltrona vazia estava Hisotski e na poltrona da frente estava um homem de longos cabelos vermelhos carmesim, olhos azuis, trajando uma espécie de armadura cinza, ao seu lado estava uma bela mulher vestida de empregada de longos cabelos prateados, ela tinha seios bastante fartos e pele meio pálida.

Não pude deixar de notar que a energia daquele homem era igual a da de Rias, mas muito mais poderosa.

— Você deve ser o senhor Son Goku. – Ele falou calmamente.

— Sim, mas quem é você? – Eu falei logo ao entrar na sala.

— Meu nome é Sirzechs, eu vim conversar com você.

Continua . . .