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História Vermelhos como Sangue (HIATUS) - Sentimentos a Flor da Pele.


Escrita por: Mary-Dawn

Notas do Autor


Acho que estou postando meio tarde..?
De qualquer forma, aqui esta!

Capítulo 2 - Sentimentos a Flor da Pele.


Depois de muito tempo pensando em como fazer eu fiz a minha nova e mais brilhante obra. Minha obra-prima.

Finalmente eu tinha algo para encher minha mente além daqueles olhos tão sedutores, e depois de mais dois dias sua perna estava curada, então tudo estava mais do que perfeito!

Voltando a minha arte...

Um quadro horizontal, 70x160, de uma floresta a noite com a lua cheia sendo testemunha de um encapuzado com uma lanterna e um manto grande iluminando um caminho obscuro na floresta, pintado em cores escuras e quentes, bem trabalhado na iluminação e com toques em aquarela (se meu professor de artes me visse agora ele ficaria orgulhoso).

Eu a mostrei ao museu, e para minha felicidade eles aceitaram a proposta de expor este e outros trabalhos, eu estava tão nervoso, que quando aceitaram eu quase desmaiei. Eu chorei muito mas “logo” me reergui. Horas depois eu volto quase pulando para casa. Eu preciso me preparar para no dia seguinte levar todas as minhas obras para museu e prepara-las para a exposição. Mas assim que eu chego na vila eu sou tomado pela vontade de contar minha proeza para alguém. Não um simples alguém, alguém importante.

Alguém que convenientemente avia chegado na vila pouco tempo antes de mim.

Eu deixei minhas coisas em casa e corri pela vila em direção à casa da família Especter, onde eu sabia que um velho amigo estava, não nos víamos a anos mas eu soube assim que cheguei que aviam boatos de que ele tinha retornado a vila. Ele é um estudante de uma prestigiada escola inglesa, amante de ciência, cultura (e secretamente de livros de romance) e está servindo de discípulo de um grandioso cientista e médico. Ele não costuma mais passar tanto tempo nos campos da França, mesmo quando ele não está estudando, forçando eu e a família dele a mantermos comunicação apenas por cartas.

Foi algo horrível para mim, ele e outro amigo nosso termos que nos separar. Éramos o trio fantástico quando jovens, éramos melhores amigos, mas crescemos e cada um seguiu o seu caminho. Eles foram embora e eu continuei na vila ajudando meu pai no comercio, praticando e estudando para um dia eu poder me tornar o artista que eu tanto almejo ser.

De qualquer forma, ele voltou, e mesmo estranhando que ele tenha voltado sem ter dito nada, eu estou muito animado para vê-lo e contar as boas novas.

Quando cheguei ao terreno do casarão eu me deparei com uma carruagem nova. O indicio de uma visita me deixou mais confiante. Eu chego a um dos serviçais e pergunto gentilmente se poderia entrar, ele me reconhece e me deixa passar com um sorriso. Eu entro pelo salão e me deparo com a senhora Especter, ela me pergunta como eu estou eu digo que bem, que tenho novidades e que ouvi que o filho dela estava de volta a vila (se bem que com as coisas evoluindo e crescendo, logo essa será uma cidade). Ela me diz que eu tenho razão e me diz que ele estava no antigo quarto dele, eu agradeço com um abraço e corro em direção às escadarias, mal ouvindo ela terminar de falar.

Eu corro pelo corredor e abro a porta do quarto do meu amigo bruscamente. Com um sorriso de orelha à orelha no meu rosto. Eu assusto o meu amigo ainda de costas para mim com o barulho e ele deixa uma pilha de livros caírem por minha causa, ele dá um mini gritinho e vira para me olhar quando nossos olhares se encontram, seus olhos azuis escuram brilham como estrelas ao me ver e eu sinto que ambos estamos prestes a chorar.

ENCRE?! – Ele grita abismado.

– ORION!!!

 

 

 

JASPER!! My Lord, abra a porta por favor!

O jovem continua a ignora-lo, Suave era o último dos serviçais que sobrou em sua porta, mas mesmo com a situação assim ele continua insistindo para que o jovem Lorde abra. Jasper estava trancado lá desde que o doutor fora embora. E isso seria normal se Jasper não fosse a pessoa mais travessa, viva e energética daquele castelo.

Mas Jasper não saia do quarto, nem que para falar com o pai desde o momento em que ele se acordou, dizendo que não poderia encara-lo depois de ser responsável pela sua quase morte.

 

 

Na noite do conflito com aquelas bestas, Jasper estava demorando mais do que o habitual em sua caçada, até mesmo Charles, o discípulo um tanto arrogante do Lord Fallacy avia retornado. Suave, Fibi e Gazelle ficaram obviamente tensos, mas não eram os únicos, o próprio Lord Fallacy estava preocupado, e ele geralmente não mostrava muito as emoções em frente dos criados, o que fez que Suave suar frio.

Ele não podia mentir, mesmo sendo um vampiro de segunda categoria, sem poder e nem merecimento, ele avia se tornado amigo de Jasper. E apesar de ser inadequado ele ter algo com seu superior, ele não poderia evitar se preocupar com ele.

Minutos depois, que para ele pareceram uma eternidade, Lord Fallacy avia lhes dito que tinha algo errado, ele rapidamente mandou Gazelle usar suas cartas magicas (o que se escreve nelas chegaria a folha mais próxima do destinatário) para chamar o doutor Simon e pediu para ele e Fibi se preparassem pois era provável que precisassem de material de cura, naquele momento, todo o castelo se assustou. O senhor Fallacy não se envolveria se seu filho não estivesse em real perigo, e pior, não pediria que eles buscassem material de cura atoa. A maioria dos ferimentos superficiais de um vampiro poderia ser curado automaticamente se eles se abastecessem de magia, ou seja, comecem (comida magica curava praticamente tudo aos poucos, e sangue mortal automaticamente). O fato dele ter pedido material de cura e exigido a presença de Simon significava que ele esperava que os machucados futuros fossem sérios. 

Nos próximos 40 minutos todos os seres do castelo esperaram ansiosos pela volta de ambos, principalmente Suave. Ele não passou um minuto não pensando no seu rei, que o salvou e deu a ele um lar e um proposito, e em seu jovem mestre, seu melhor amigo e paixão ainda não declarada. Até que então, os vigias da torre do castelo avisam que um morcego se aproximando.

Era Jasper.

Ele, Fibi e Gazelle correram para os portões do castelo para segura-lo quando ele desmoronou dos céus em sua forma monstruosa. Suave então corre em uma velocidade alucinante em direção dele que cai quase inconsciente nos seus braços.

My Lord! My Lord! O senhor está bem?!” Perguntou o servo ao jovem nobre que abre os olhos choroso. Exausto e com o braço quebrado e sangrando ele murmura sobre lobisomens e mortais. “Lobisomens?!” Gazelle exclamou assustada, e em seguida Jasper desmaiou. Suave tocou em sua testa, e franze a sua própria ao sentir a quentura no outro. Ele o carrega até seu quarto no castelo enquanto as empregadas levam o material de cura.

Minutos desesperados depois o senhor Simon chegou ao Castelo, e cuidou do jovem mestre, a febre diminuiu e ele já não estava completamente acabado, o braço ainda estava mal mas não sangrava mais e em poucos dias o osso se curaria completamente. Quando Jasper acordou, quase 20 minutos depois, ele acordou assustado, perguntando se seu pai avia retornado e se estava bem, apenas Suave teve coragem de dizer que não tiveram noticiais dele. No momento em que ele disse isso, Jasper quebrou.

O jovem nobre chorou em desespero contando ao médico, ao amigo e as empregadas que avia sido tolo de se afastar do território, que avia sido fraco ao lutar com os lobos, que em pouco tempo avia perdido para eles, que foi culpado pelos machucados do mortal que tentou ajuda-lo e que foi covarde demais para ficar e lutar ao lado de seu pai quando o mesmo o resgatou. Ele gritou em prantos para todos em seu quarto que não queria que seu pai sofresse, que não queria que ele morresse, que ele não se perdoaria se deixasse ele morrer!

Durante os minutos seguintes Suave e Fibi tiveram que segura-lo em meio a soluços e espasmos para acalma-lo, dizendo que se pai não avia morrido, que ele logo retornaria. Mas não se houve sinal dele nas próximas duas horas.

Vampiros foram mandados a floresta a sua procura e Simon acalmou o herdeiro do trono explicando a ele que ele sentia a magia de seu pai viva. Ele evitou dizer que isso não significava que ele não estivesse ferido ou à beira da morte. Ele mentalmente rezou para que seu amigo estivesse bem e escondeu seu medo e tremedeira por trás dos ósculos. Ele amava muito Fally e esperava que o caso dos espanhóis não tivesse sido a última vez que ele o avia visto, mas sabendo o quanto era impotente na situação ele apenas respirou fundo e esperou. E ele esperaria até que visse pelo menos o pó do amigo.

Apenas quando os primeiros raios de sol do outro dia foram vistos que Fallacy retornou.

Inconsciente, esgotado e quase morto nas mãos de alguns soldados vampiros do castelo.

Simon, Suave e Jasper correram ao portão do castelo em seu encontro. O soldado explicou a Simon que avia encontrado ele caído em uma parte da floresta perto de Unclear e Jasper avançou para abraçar o pai ainda desmaiado em alivio pela sua vida. Mas seu corpo estava surpreendentemente frio “Papai! ..Pai? PAI!?!“ Jasper gritou enquanto abraçava o pai ferido a espera de uma resposta seus chamamentos indo de alegres a desesperados. Para o pânico de todos, pó começou a se formar em suas vestes.

Jasper paralisou de horror junto com Suave, lagrimas rolando por seu rosto enquanto um grito silencioso ficou preso em sua garganta.

Ele estava morrendo.

Em segundos Simon puxou Fallacy para seus braços, gritou para que acordassem para a vida e correu para dentro do castelo mandando que levassem medicamentos às pressas para seus aposentos.

Ele não deixaria Fally morrer.

As próximas quatro horas foram de completo trabalho da parte do médico e das empregadas para manter o senhor do castelo vivo e cura-lo. Simon usou magia de monstro, suas poções e elixies, e até mesmo encantamentos druidas para recuperar o amigo, e no fim, deu certo.

Ele estava vivo, e relativamente bem.

Jasper estava dormindo de exaustão do lado de fora do quarto (ele avia lutado para entrar e ficar ao lado do pai mesmo que o doutor tivesse dito que ele não poderia para não atrapalhar o procedimento), e quando o seu pai avia sido curado, ele finalmente sucumbiu ao sono. Suave decidiu leva-lo para seu quarto, decidindo que seu jovem mestre deveria descansar.

Simon ficou ao lado do amigo, descansando em uma cadeira ao lado de sua cama enquanto se recuperava do esforço das últimas horas. Vampiros, não, monstros em geral viviam muito, os vampiros poderiam viver quase eternamente, sendo o sol, algumas armas e Lobisomens a única coisa que os faziam se aproximar da morte. E bem... Ninguém desse castelo estava preparado para uma situação tão próxima da morte. Nenhum vampiro estava depois que a Era dos Caçadores de Vampiros avia acabado. Simon suspirou, sem querer parecer modesto, mas o que aconteceria com Fally sem ele?

Ele sabe o que poderia acontecer. Calamimi era a memória disso.

Ele afugentou esses pensamentos. Não era hora disso.

- S-Simon..? – Veio a voz cansada mas fingidamente firme de seu amigo. Simon virou-se para ele em surpresa e felicidade. Seu amigo avia acordado, faltava pouco para ele não abraça-lo! Mas ele decidiu manter a pose – Claro que sou eu, Fally. Acha mesmo que outra pessoa poderia curar você tão bem além de mim? – Ele disse meio risonho, o amigo franzio a testa para ele em um bufo e ele ri, ele sabia que o outro odiava esse apelido mas adorava fingir que não.

- Você está bem? Do que se lembra? – O doutor perguntou e Fallacy começou a responder ainda grogue de cansaço e sono – Estou... Hum.. Basicamente tudo, eu me envolvi numa batalha com parte da matilha de Horreur ontem e fui ajudado por um monstro mortal, nós lutamos com os cães para proteger o... JASPER! – Ele quase pula da cama – Onde está Jasper?! Ele chegou ao castelo? Meu filho está bem?! – Ele pergunta no tom mais desesperado que Simon ouviu nele em anos (desde Ela, pelo menos), quebrando sua voz controlada e dominante de sempre.

- Não se preocupe, Fallacy. Ele está bem, está se recuperando, dormindo em seus aposentos, logo irei ver se ele está se recuperando, por enquanto, se acalme. Ele está bem e você precisa descansar – Simon responde calmo e claro ao amigo, fazendo o lorde soltar um suspiro de alivio. E eles passam por um segundos de silencio amigável.

- Genos deve estar se revirando no tumulo ao ver me desta forma, não é? – Fala Fallacy para o amigo, que ri – Aposto que se pudesse seu irmão brigaria com a morte para deixa-lo voltar apenas para lhe dar um cascudo!

Ambos riem mais um pouco e tem uma conversa leve sobre coisas que somente eles entenderiam. Apenas velhos amigos com um laço de carinho e confiança forte juntos, isso antes de Simon se levantar e decidir avisar ao castelo que seu rei estava acordado e a ativa novamente. Deixando Fallacy para assistir algumas memorias roubadas e fazendo que seu secreto melhor amigo tenha que ficar de olho em um mortal bastante interessante.

 

Atualmente Jasper ainda não avia falado com seu pai, que estava ainda de cama e incapacitado de se levantar direito, ou seja, sem poder ir até o filho. O que faz que o Jasper tenha que ir até ele. Fallacy estava perguntando de seu filho desde que o médico foi embora e apesar de dizer que não se incomoda e que o filho pode levar o tempo que precisar, ele obviamente está chateado pela ignorância que seu filho estava mostrando com ele.

Todas as empregadas, até mesmo Charles avia tentado fazer com que ele falasse com o pai, mas ele continua isolado, fazendo que Suave se sinta forçado a agir. Todos desistiram de fazê-lo sair, mas Suave é diferente deles, ele nunca desistirá de seu rei ou do jovem mestre!

Mas ter paciência é outra história.

- Já chega my Lord. EU ESTOU ENTRANDO! – Diz Suave arrombando a porta com uma força sobre-humana (vampiros, fazer o que?) e encarando com olhos determinados o assustado nobre que está quase tremendo de medo da mudança brusca de sua paix- mordomo. Suave então se acalma e se aproxima – My Lord, por favor, seu pai está tão triste, a única coisa que ele quer é vê-lo, eu sei que o senhor se sente culpado, mas pense em como seu pai se sente também, ele lutou com todas as forças pelo filho, quase se sacrificou, tudo para ser ignorado por ele? Por favor, vá vê-lo, eu lhe juro que ele não lhe culpa de nada! – Diz Suave se aproximando da cama de Jasper e sentando ao lado dele.

O jovem nobre chora silenciosamente mais escuta suas palavras, de alguma forma, Suave sempre está certo. Ele começa a fungar alto, tristeza e culpa o corroendo. Mas Suave não entende? Jasper poderia ter sido a ruina de seu pai! Poderia te-lo matado! E tudo por descuido da parte dele. Como ele poderia olhar para o pai, todo machucado e frágil, lembrar dos momentos em que ele soltou poeira e aguentar sem gritar e sentir vontade de sumir?! Como?! Ele só tem o pai! E ele próprio poderia ter matado ele! Então como... Como ele..?!

- Se pai perdeu o irmão anos atrás, sua mãe, e achou que ia perde-lo, como ele vai conseguir aguentar sem ver que você está bem? – Pergunta Suave a ele fazendo que todos os outros pensamentos que roldavam sua mente sumir. E então ele se sentiu mais culpado e incompreensivo ainda. Seu pai também só tinha ele, e ele estava aqui, forçando seu pai a ficar sozinho. E aguentar como se não fosse nada! Quão ruim ele é como filho?! Ele respira fundo, ele não poderia mais ficar fazendo isso.

Ele enxuga suas lagrimas e se vira para Suave – Você está certo seu gênio gostoso – Ele beija sua boca em um selinho rápido e corre para fora do quarto gritando um – Valeu, Suave! – Enquanto saia, deixando o mordomo chocado demais para ter outra reação se não corar violentamente enquanto colocava a mão no rosto. Um dia desses você vai me matar, My Lord!

Correndo pelos corredores do castelo ele para apenas quando está na porta do quarto do pai, ele respira e abre.

Ele dá de cara com o pai, na cama com o rosto apático olhando para a janela, nem percebendo ele lá. Ele engole o seco e caminha em sua direção – ..Pa-Pai?

E então Fallacy se vira para ele, seus olhos ganhado brilho e seu rosto emoção, surpresa e depois felicidade – Jasper – Ele diz antes de abrir os braços para o filho.

E então sua coragem some e Jasper corre aos braços do pai em prantos, chorando pedidos de desculpa como se não houvesse fim. Ele mal percebe o pai começar a chorar também.

 

Naquele momento, Jasper promete a si mesmo, ele fará o impossível para compensar o pai e faze-lo feliz.



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