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História Vermillus - Mea Culpa


Escrita por: MissQueenBee

Notas do Autor


Chegou a sexta!

Vambora de capítulo novinho ❤️

Capítulo 9 - Mea Culpa


Fanfic / Fanfiction Vermillus - Mea Culpa

— Jovem Mestre! As caçadoras acabaram de sobrevoar a área. — um dos guardas vinha informando, montado em seu cavalo. — Está tudo destruído. 

Hyunwoo assentiu em silêncio ainda focado na trilha que o levaria até a vila do povo do lua. 

— Que cheiro é esse? — perguntou tapando o nariz com a capa que usava. 

— São os corpos dos licans. — responderam. — Estamos perto da vila. 

A informação gerou no vampiro um certo sentimento de compaixão e de algum modo, temia o que estava prestes a ver.

 Não fosse pelo pedido da mãe que insistia para que ele trouxesse notícias sobre Daeliu e Hoseok, jamais se permitiria visitar aquele local. 

A mãe tinha motivos para acreditar que talvez o chefe dos licans estivesse morto e que Arando lhe dizia que estava vivo e foragido para que a mantivesse sob seu total domínio, caso contrário, ela não teria mais qualquer motivo para permanecer no Domum, pois tudo o que fazia e ao que se sujeitava era pra manter Daeliu e o filho - que ela acreditava ainda estar vivo - em segurança. 

Hyunwoo e sua comitiva enfim chegavam a vila e o cheiro de carne apodrecida que se percebia ao longe agora ficava mais forte. Improvisaram máscaras com os lenços que traziam guardados em seus bolsos. Evitavam falar muito pois as moscas que sobrevoavam os corpos em estado inicial de putrefação eram os mesmos que davam contra eles conforme andavam pelo lugar. 

Todos olhavam para o chão repleto de licans, bruxas e humanos. O vampiro que nasceu para ser o líder de Akai e treinado para a guerra, olhava aquele cenário macabro e sentia uma incômoda vontade de chorar, sobretudo, ao ver corpos infantis e inocentes entre os defuntos. 

Tirou o lenço do rosto por um momento, deixando o braço cair de qualquer jeito, enquanto observava a cena triste de uma pequena agarrada a uma mulher que muito provavelmente era a sua mãe. 

 A culpa invadia o seu inconsciente. O ataque a vila nada mais foi do que uma resposta dos humanos ao ataque que os vampiros conspiraram e que ele liderou. Todas aquelas mortes eram de sua responsabilidade. A criança que acabava de ver não cresceria por sua culpa. Abaixou a cabeça e segurou o choro já que não podia agir dessa forma diante dos guardas. 

— Senhor! — um deles gritou de dentro de uma cabana. 

Abandonando os pensamentos, Hyunwoo seguiu para o local e assim que adentrou ao espaço se deparou com um cômodo destruído e revirado. 

— Veja o que achei naquele móvel. — disse passando uma folha amarelada para Hyunwoo. 

— Essa pintura…

— Eu diria que sem dúvidas é a Grande Mãe. A senhora Hani.

— Sim, é ela. — dizia analisando a imagem. — É a minha mãe. 

Encarava o desenho e uma série de dúvidas lhe acometia. Encontrar aquilo na cabana só poderia significar que estavam na casa de Daeliu e se assim estivessem, existia uma grande chance dele descobrir coisas a respeito do irmão se apenas dedicasse um certo tempo para procurar pistas pelo lugar. 

Virou o papel e em seu verso se lia:

Minha amada mãe. 

Os olhos aumentaram de tamanho e deu um sorriso que nem mesmo o guarda que dividia o espaço com ele pôde compreender. 

A pintura da mãe respondia a grande dúvida que ele tinha sobre o irmão ter morrido durante a fuga na floresta quando era apenas um bebê. 

Ele sobreviveu e isso era motivo o suficiente para sorrir e dar a boa notícia para Hani assim que chegasse ao Domum.

Apesar da grata descoberta, não podia negar que outras situações o preocupavam. Ainda que Hoseok tivesse sobrevivido na infância, isso não significa que ele teve a mesma sorte no ataque recente dos humanos a vila. 

Hyunwoo repassou mentalmente o rosto de cada morador morto daquele lugar e nenhum se assemelhava a mãe ou a Daeliu. O futuro líder do clã podia dizer sem errar que o lobo alfa e antigo amante da mãe não estava ali e isso confirmava as palavras de seu pai. Ele provavelmente fugiu, mas o paradeiro de seu irmão lobo permanecia oculto. 

— Jovem Mestre, encontramos um corpo próximo do rio. 

A mensagem fez os pelos do vampiro se arrepiar. A notícia não poderia ter chegado em pior hora. Se a pessoa morta no rio fosse seu irmão não saberia como contar isso para a mãe. 

Buscando esconder o nervosismo, respirou fundo e seguiu o guarda até um pouco mais a frente. Avistou o rio do qual o homem falava e de longe era possível perceber que o corpo era feminino. Levantou o pano até o rosto e tapou as narinas pois o cheiro se fazia forte. 

— Quem é ela? — perguntou.

— Parece ser Eomani, a bruxa mais velha de toda Akai. Era a líder do povo da lua e estava acima até de Daeliu. — um dos guardas respondeu virando o corpo de volta. 

— Como ela veio parar aqui? Vejam, essa sandália está mais gasta que a outra. Ela certamente tinha dificuldades para andar por conta da avançada idade. Não poderia ter fugido. Além disso, tem uma flecha no peito. — Hyunwoo analisava. 

— Não veio para cá sozinha. — um guarda concluiu. — Alguém a trouxe nos braços para salvar-lhe a vida mas vendo que era inútil deixou o corpo aqui e se foi. 

— Daeliu? — um outro guarda levantou a hipótese. 

— Não acho que seja. Ela é pesada e ele já não é mais nenhum garotinho. Na vila encontramos corpos humanos com a marca da mordida que ele deixa quando mata as suas vítimas. Isso significa que ele lutou. — o primeiro respondeu.

— Então, talvez alguém mais jovem tenha feito isso? — a voz de Hyunwoo surgiu no meio da discussão de seus guardas. — Alguém talvez da minha idade ou muito próximo dela? 

Os guardas confirmaram com a cabeça. 

A esperança voltava ao coração bondoso do rapaz. Ainda que não pudesse afirmar para a Hani que o irmão era a pessoa que tentou salvar Eomani e fugiu, podia ao menos dar a ela a esperança de que poderia ser.  

— Vamos voltar ao Domum. Lembrando que meu pai não pode em hipótese alguma saber que estivemos aqui, certo? 

Os homens com ele concordaram se olhando. 

— O que faremos aos corpos na vila? 

— Eu gostaria que tivessem um enterro digno, mas são muitos. — Hyunwoo dizia. 

— A melhor opção é queimar esse lugar e com isso, os corpos seriam queimados juntos. 

Todos ficaram em silêncio aguardando a reação e resposta do jovem líder perto deles. Mesmo parecendo uma atitude cruel, cremar aqueles corpos junto com a vila ainda se mostrava mais certo do que deixar que apodrecessem ao ar livre. 

— Façam isso. — Hyunwoo dava a autorização. 

— E quanto a velha? — um deles questionou. 

O jovem vampiro encarou a respeitosa imagem da senhora de cabelos compridos e brancos próximo de seus pés. Lembrou vagamente de ter escutado sobre ela na infância e se não estivesse muito enganado, sua mãe lhe contava histórias sobre essa mulher jogada na grama ser uma deusa. Olhando dali, ninguém diria que era. Deuses não deveriam morrer e se morressem, mereciam ao menos uma partida que lhes fizesse justiça. 

— Peguem o corpo. Ao menos ela nós iremos enterrar. — disse. 

Hyunwoo fazia isso consciente de que ainda que ele não acreditasse no caráter divino  da mulher, sua mãe acreditava e contar a ela que a bruxa foi gentilmente velada por ele, seria algo que a deixaria feliz, pois era para isso que Hyunwoo vivia, para fazer a sua mãe feliz. 

*

Abriu os olhos e viu o marido ao seu lado. Os cabelos compridos desciam pelas costas bem definidas. Arando estava nesse mundo há muitos anos mas ainda resguardava o frescor da juventude na aparência.

 Hani poderia facilmente se apaixonar por ele, afinal, era a criatura mais bonita que já tinha visto na vida, mas aquela relação estava fadada ao fracasso desde o princípio, a partir do momento em que ela precisou se casar com ele contra a própria vontade. 

O vampiro não dormia, mas gostava de se manter deitado na cama espaçosa e confortável com os olhos fechados após uma noite com alguma de suas esposas. 

Com o cantar dos pássaros do lado de fora, Hani virou o rosto para a janela que se mostrava um pouco embaçada pelo frio que fez durante a madrugada. O passarinho que arrulhava na janela saltitava pelo beiral, indo daqui e ali para em seguida abrir as pequenas asas e voar para longe do Domum. 

— Eu te invejo. — Hani dizia baixinho, desejando a liberdade do pássaro.

Levantou-se da cama com cuidado e sem fazer barulho, mas ainda assim, quando seus pés tocaram o chão frio, percebeu a mão do marido circular o braço. Não conseguiu segurar o soluço rápido que surgiu com o susto mas se manteve digna, olhando para ele sem o temer. 

— Já cumpri a minha parte do acordo. O que mais quer de mim? 

As palavras soavam com desprezo. Hani fazia questão de dizer que estava ali obrigada e fazia porque sabia o quanto isso afetava o vampiro. 

— Quero que me ame. 

A confissão era inesperada. 

— O que eu te fiz para que me desprezasse tanto? Desde o princípio, quando te vi chegar no Domum, trazida por seus pais, eu te amei. Fiz de tudo para te agradar, no entanto, tudo o que recebi foi desdém e traição. 

Hani olhava sem acreditar. O vampiro era como um livro aberto. A manifestação de sua dor parecia sincera e Hani quase podia se solidarizar a isso. 

— Todas as outras queriam estar na posição em que você está hoje. Hyuna mataria para ser a minha primeira. Imani morreu por isso. 

— Não falemos dos mortos de maneira tão leviana. Ao menos tenha um pouco de respeito após a sua passagem já que em vida foi incapaz de ter isso por ela.

A mulher saiu da cama, puxando o braço com força. Caminhou com seu corpo nu e  curvilíneo até a poltrona onde um roupão vermelho lhe aguardava e escondeu a sua  nudez com ele.

Arando saiu pelo outro lado, indo de encontro a mulher. A abraçou ainda que contra a sua vontade e as mãos geladas seguraram o rosto fino a obrigando a olhar para ele. 

— Apenas me ame, Hani. — suplicava. — Me ame. O que aquele cachorro imundo tem que seja melhor do que eu? 

O rosto alvo do vampiro começava a ficar vermelho. 

— Daeliu é um selvagem sem qualquer classe que não pode te oferecer metade do que te dou. 

— Me deixe em paz, Arando. — evitava os olhos dele. 

— Seu coração será meu. — dizia de uma forma obstinada. — Até o dia do meu descanso eterno, eu não desistirei desse objetivo.  

Selou a frase com um beijo forçado. Ela não teve forças para recuar. Aceitou a aproximação, correspondendo aquele beijo ainda que não tivesse desejos por ele.

Arando se afastou devagar encarando a mulher que mirava o peito nu do marido sem coragem para encará-lo. 

— Pois a única forma de você possuir o meu coração, Arando, é arrancando ele de dentro do meu peito. — levantou a cabeça e finalmente trocou olhares com o vampiro. — Ainda assim, tudo o que você vai possuir é um pedaço de carne que em vida bateu apenas por três pessoas, e nenhuma delas era você. 

O quarto se tornava mais frio agora. Silenciado pela mulher que amava, o vampiro sentia mais uma vez o quanto ela o desprezava e não havia nada que ele pudesse fazer para mudar isso. O coração de Hani pertencia a outro desde o princípio. Ela já era apaixonada por Daeliu quando foi dada a ele como noiva e seu objetivo de conquistá-la era algo impossível. 

— Você tem o meu corpo. — continuava. — Jamais terá o meu coração. 

Aos poucos, as mãos do vampiro soltaram os braços de Hani. Neles, duas grandes marcas vermelhas se faziam notar ,tamanha a força com que ele a segurou. Hani foi se afastando, fechando o roupão fino e transparente até dar as costas para Arando que em silêncio a observava deixar o quarto. 

Quando fechou a porta atrás de si, soltou um suspiro de alívio. Os guardas do lado de fora a aguardavam para conduzi-la de volta ao Santuário. Caminhavam logo após ela que mantinha a sua postura velada, refletindo sobre tudo o que fez, ouviu e disse no quarto do marido. 

De repente, algo lhe chamou a atenção. Justo quando estava prestes a virar no corredor seguinte, avistou no outro a imagem de alguém nu e encolhido em frente a uma porta. 

O corpo do desconhecido tremia de frio. Era possível perceber de onde ela estava. Olhou para o caminho que deveria fazer e depois deu as costas para ele seguindo para a direção do quarto de Hyungwon.

— Senhora, não está autorizada a andar por este corredor. Precisamos te levar direto para o Santuário.

— Pois eu sou a senhora deste castelo. A primeira de todas. O que vai fazer se eu desacatar as ordens de seu Mestre? Pretende me impedir? 

Os guardas se entreolharam e abriram o caminho. 

Hani seguiu pelo corredor vendo a imagem da pessoa aumentar. Era um homem, jovem e musculoso, típico de todos os servos de Hyungwon. Não fazia ideia do que poderia ter acontecido durante a noite para que o enteado deixasse seu escravo no corredor e completamente nu, mas a visão do pobre rapaz dormindo no chão, encolhido e tremendo de frio lhe comovia. 

Tirou do próprio corpo o manto que revestia o seu roupão e jogou por cima do escravo. Ainda que tivesse passado a noite inteira exposto ao tempo, ao menos tinha com que se esquentar agora. 

Sorriu, olhando para o jovem que aos poucos parecia se sentir mais confortável. O corpo não tremia tanto quanto antes e isso deixou Hani contente. Não conseguia ver o rosto do jovem, visto que ele se enroscou no próprio corpo para aplacar o frio, mas para ela, bastava que ele estivesse ao menos aquecido até o momento que seu mimado e cruel enteado resolvesse recebê-lo outra vez. 

Fez o caminho de volta para o Santuário sendo escoltada pelos guardas e o som dos passos despertou Hoseok que abriu os olhos devagar, reconhecendo o ambiente pouco a pouco até perceber onde estava. Levantou de repente olhando para o manto que o cobria e ele cheirava a rosas. 

No fim do corredor, viu a mãe sumir de costas. Os cabelos negros como a noite que chegavam até abaixo da cintura, dançando conforme ela se movimentava. O manto cheirava como ela e perceber isso fez com que sozinho ele se emocionasse abraçado ao tecido. Pensou se talvez ela o tivesse reconhecido e maldizia a si próprio por ter perdido a oportunidade de vê-la mais uma vez. 

A luz do sol cruzou a janela no fim do corredor. Hoseok apenas levantou a mão sobre o rosto para impedir que a luminosidade afetasse seus olhos. Se levantou com dificuldade, coberto pelo manto da mãe e parado diante da porta considerou abri-la. A mão tocou de leve a superfície metálica da maçaneta e arriscou empurra-la para dentro. Ouviu Hyungwon trancando a mesma durante a noite, então, caso estivesse aberta agora, isso significaria uma trégua. 

Click

A porta abriu sem dificuldades. Hoseok sorriu de imediato, ainda que após refletir sobre essa reação tenha se envergonhado. Entrou devagarinho no quarto, fechando a porta com o mesmo cuidado que abriu e quando se virou de volta para o interior do cômodo, viu Hyungwon deitado sobre a cama onde antes ele também estava deitado e da qual ele foi expulso. 

Se aproximou em silêncio, colocando o manto que vestia na ponta da cama. Andou nu até onde o vampiro dormia e ele não se mexia.

Como pode ser tão bonito? Tão desejável e desprezível. — pensava, olhando o vampiro de cima. 

A blusa que ele vestia para dormir estava um pouco aberta na altura do peito e Hoseok sentiu uma forte curiosidade sobre a mancha negra que viu na noite anterior. Encostou a mão lentamente e foi abrindo o tecido até ver a ferida por completo. Hyungwon não se mexeu o que motivou o lican a abrir um pouco mais das vestimentas do outro. 

— Eu fiz isso. — confessava olhando para o vampiro.

Hoseok não sabia porque estava agindo daquela forma, mas parecia desafiador falar abertamente para o vampiro que a mácula fora causada por ele. 

A palma da mão correu pelo peito branco de Hyungwon e Hoseok se lembrou de como o vampiro reagiu quando percebeu que ele via a cicatriz. Lembrou de como ele pareceu envergonhado e frágil, por isso o expulsou do quarto. Era a forma que conseguiu para se proteger e este talvez fosse o ponto fraco de seu jovem Senhor. 

Estava distraído em seus pensamentos, conjecturando formas de como usar aquela fraqueza a seu favor. Subiu um pouco mais a mão pelo tórax magro, chegando ao pescoço esguio e quando tocou a mandíbula pronunciada percebeu os olhos de Hyungwon abertos, o encarando em silêncio. 

O lican deu um suspiro curto imaginando há quanto tempo ele estaria ali, observando ele tocar a cicatriz de seu peito e se talvez ele tivesse escutado a sua confissão. 

— Você tem sérios problemas em obedecer ordens. — Hyungwon disse com voz de sono. 

O vampiro se apressou em tapar a ferida com as próprias vestes. 

— Terei que te ensinar a me obedecer, por certo. O que faz aqui se te deixei lá fora? 

— Eu poderia ter morrido de frio. 

— E eu não teria me importado. — disse se sentando na cama. — Afinal, escravos são muito fáceis de se substituir. Caso um morra, podemos comprar outro, e outro e mais outro. — se aproximou do rosto de Hoseok como se o desafiando. 

— Você se importa, sim. — o lican disse surpreendendo Hyungwon. — Foi capaz de atuar em Servan daquela forma tão baixa  apenas para que eu me tornasse seu escravo quando poderia conseguir qualquer outro. 

Hyungwon sorriu nervoso. O escravo era mais esperto do que pensava. 

— Isso não significa nada. 

— Significa que por alguma razão que eu ainda desconheço, você me queria.

— Na verdade, significa apenas que nós, os Ettore, estamos acima de tudo e de todos, e que para pessoas miseráveis como você não existe lei, não existe deus, não existe justiça se nós não quisermos que haja. — disse o encarando.

As palavras eram duras e verdadeiras. Aquela era a realidade de todos que viviam em Akai. Os Vermillus eram a justiça. Faziam o que bem entendiam e não havia nestas terras quem pudesse os julgar ou os punir por isso. 

Silenciou diante das considerações de seu Senhor e percebia que apesar dos palavrórios de desprezo, ele ainda se mantinha perto o suficiente como se estivesse a ponto de lhe beijar a boca. Pensava consigo se por alguma razão esperava que ele o beijasse como foi na noite anterior. Era o que parecia querer mas não tinha coragem de fazer. 

Hyungwon virou o rosto devagar e se aproximou do maxilar do lican. Hoseok sentiu a pele fria e se questionava sobre o que ele pretendia fazer depois de falar todos aqueles absurdos. 

Imaginava que ele teria ao menos a decência de se manter distante, mas o vampiro era tão seguro de si e dissimulado, que mesmo o humilhando mais uma vez com suas palavras, se via agora afundando no pescoço dele, passando a língua devagar sobre as marcas que seus dentes fizeram na noite anterior. 

Hoseok suspirou. Queria saber se controlar mas não conseguia. Se maldizia em pensamentos. Odiava aquela criatura mais do que a qualquer outro, talvez até mais do que a seu pai, o senhor tirano daquelas terras. 

— Eu odeio você. — sussurrou.

— Que bom. — Hyungwon respondeu baixinho em seu ouvido. — Existe sentimento mais excitante do que o ódio? — cravou os dentes no pescoço de Hoseok. 

O lican gemeu e se moveu devagar no lugar. Sentiu o sangue lhe escorrer pelo ombro e a pele repuxar com o sugar de Hyungwon. Os lábios grossos lhe tocavam a pele branca e quente, trazendo a ele sensações inexplicáveis e nunca antes experimentadas. 

Hoseok não via qualquer sentido em se ver daquela maneira, excitado por ser mordido por um vampiro. Às vezes tinha a impressão de que Hyungwon o enfeitiçava ao cravar os dentes afiados em seu corpo, mas embora soubesse que não havia magia naquele momento, sabia que existia alguma espécie de poder. 

— Você é uma delícia, Wonho. — ele resmungava enquanto se alimentava do lican. 

Odiava aquele nome. Não tinha certeza se era por não saber a origem ou se lhe desagradava a ideia de que Hyungwon não fazia questão em saber seu nome verdadeiro. 

Ainda se perdia em pensamentos levianos com seu Senhor quando percebeu a mão grande e fina dele lhe tocando o pau rígido e babado. 

— Já está assim e eu mal lhe toquei. —  o vampiro sussurrou para em seguida voltar para o pescoço. 

Sugava o sangue do lican ao mesmo tempo em que descia e subia a mão no pau dele. 

Hoseok suspirava fundo, gemendo a cada vez que os dedos de Hyungwon escorregava pela cabeça melada com o princípio do gozo. 

— Pare… por favor… —  pedia entre os gemidos, segurando a mão do vampiro. 

— Você não quer? — perguntava provocativo. 

Hoseok abaixou a cabeça respirando forte. Se tivesse o mínimo controle de si, fugiria dali. A sua razão lhe dizia para se transformar e terminar o serviço que começou nos campos, mas o corpo queria mais dos toques dele. 

A razão o levava a se envergonhar por estar prestes a gozar para um vampiro, contudo, o corpo necessitava do alívio merecido, visto que desde o dia em que tentou matar o arrogante vampiro, nunca mais soube o que era ter paz. 

— Me diga que não quer, selvagem. —  provocava. 

—  Eu…não quero. —  ofegava. 

— Seu corpo me diz o contrário. —  sussurrou ao ouvido dele. 

Hyungwon prosseguiu lhe tocando e era delicioso ver as reações do corpo do outro ao seu toque. Voltou a chupar o sangue quando percebeu que isso intensificava as sensações do escravo que aquela altura, já estava complemente dominado por ele. 

— Eu vou te ensinar a me obedecer, selvagem. — disse para em seguida dar uma leve lambida na orelha de Hoseok. — Você vai querer ficar e fará tudo o que eu quiser.

Hoseok ouvia mas não reagia. Estava imerso na sensação de prazer que lhe invadia. 

— Vai pedir para que eu me alimente de você. 

A mão friccionava com mais força o pau do lican. 

—  Vai implorar por isso. 

—  Ahhh… Hyungw…

— Mestre. — corrigiu, segurando o rosto dele com a mão que estava livre.

— Me… mestre… —  disse arrastado. 

Hyungwon sorriu e voltou para o pescoço. Prosseguia em chupar o sangue e tocar o pau de Hoseok. Percebeu o membro reagir na própria mão. 

—  Mestre… eu vou…

O vampiro intensificou os movimentos e se alimentando dele, o mesmo começava a se perder em seus próprios desejos, sorvendo o gosto tão único que aquele homem tinha. Os gemidos do outro aumentavam e Hyungwon também gemia sufocado no pescoço dele. 

Todo o ambiente se mostrava tenso, quente e percebendo a aproximação do gozo, Hoseok deitou a cabeça no ombro do mestre. 

— Eu… não aguento mais. — Hoseok sussurrou e para sua surpresa não teve respostas. 

Hyungwon não estava mais em condições de provocá-lo pois ele mesmo parecia cair na própria trama a que tinha submetido Hoseok. Era igualmente seduzido e envolvido pelo momento, traído pelos desejos de seu corpo e foi nesse ambiente erótico que Hoseok gemeu alto, liberando o gozo que espirrou na cama de Senhor, sujando também a mão dele. 

Esperava ouvir alguma frase debochada de sua parte, cantando vitória por ter feito o escravo rebelde gozar, mas quando Hoseok olhou para ele ainda sentindo os espamos de seu orgasmo, viu que Hyungwon tinha a boca suja de sangue e os olhos confusos parados para a calça que vestia.

— Você… gozou sem que eu te tocasse. —  Hoseok dizia ofegante. 

A respiração rápida do vampiro denunciava que o lican estava certo. Contudo, admitir que apenas chupar o sangue dele e ouvir os seus gemidos o fizeram gozar, parecia humilhante demais. A ideia era controlar o escravo e não o contrário. 

— Hyungwon… — se aproximou, lançando o corpo contra o dele. 

— Já basta. — o vampiro disse segurando o corpo do lican com a palma de uma das mãos. — É o suficiente por agora. 

No rosto de Hyungwon se percebia a tensão com o momento. Ele ainda respirava forte em reação ao que acabava de acontecer e julgava que seria melhor manter o escravo longe. 

Era uma completa loucura para Hoseok também, ele sabia que se Hyungwon não o impedisse ele não hesitaria em sentir o corpo dele. As suas impressões estavam deturpadas. Mal tinha certeza se fazia aquilo para seduzi-lo ou se realmente queria foder com ele, mas tinha certeza que agir desta forma era talvez o ato mais inconsequente dentre todos que já teve.  

Da mesma maneira, Hyungwon não entendia como permitia que um escravo fosse tão informal com ele, o chamando pelo nome e intentando o dominar na cama. 

O vampiro queria se despir de suas roupas e sentir o corpo do escravo no seu, mas era impossível ignorar a insegurança que a cicatriz no peito lhe proporcionava. Olhava para Hoseok, em um misto de prazer, medo e vergonha e estranhava o fato de se sentir assim por um escravo. 

Hoseok obedeceu ao pedido do jovem mestre e saiu da cama, se dirigindo até às suas roupas jogadas no chão desde a noite passada. 

Hyungwon permaneceu em silêncio, com o olhar parado no teto, remoendo a incapacidade que tinha de apenas dominar aquele servo. Não conseguia foder ele e muito menos se entregar a ele. Se recompôs,  observando o outro esconder a sua nudez nos maltrapilhos em que chegou vestido ao Domum e assim que ele estava totalmente vestido, mordeu os lábios com um semblante pensativo lhe dizendo:

— Me espere do lado de fora. Eu preciso te levar a um lugar. 

A sonoridade grave da voz de Hyungwon denunciava que algo ruim estava para acontecer, mas não entendia a razão dele falar aquilo com algum tipo de pesar. Talvez ainda estivesse sob o efeito do momento que os dois tiveram há poucos minutos, por isso, aproveitou que a guarda parecia baixa para perguntar: 

— Onde pretende me levar? 

Hyungwon o encarou em silêncio como se pensando sobre como falar. Normalmente diria aquilo com facilidade, mas o selvagem de alguma maneira o intimidava. Assumiu a postura de amo e senhor, voltando a tomar total controle de si e disse: 

— Vou te levar até o ferreiro. — saiu da cama e caminhou até a porta da casa de banho. — Você… será marcado com o brasão do nosso clã. — entrou no cômodo sem olhar a reação do escravo. 

Se tivesse visto, talvez se compadeceria ou se divertiria ao perceber que os olhos de Hoseok demonstravam sem qualquer pudor, o horror daquela possibilidade. 

*

Não era tão simples acompanhar Juno e perceber isso fazia Minhyuk repensar a ideia de mostrar para a criança alguns lugares do Domum. 

Ela corria na frente com o olhar curioso, atenta a toda parte, enquanto cabia a Minhyuk seguí-la para não perdê-la de vista. 

A verdade era que o vampiro fazia aquilo unicamente para lhe distrair, pois no mesmo instante em que andavam inocentemente pelo castelo, Jooheon se encaminhava com um grupo de guardas em direção ao ferreiro. 

Juno questionava por vezes sobre o paradeiro do irmão, mas julgando desnecessário dizer o que realmente acontecia com ele, o vampiro apenas mentia para a criança. 

— Ei! Não corra tanto. Não tenho o mesmo vigor que você, seu pestinha. — brincava. 

— Achei que vampiros fossem sempre jovens. — Juno zombou vendo os olhos de Minhyuk se apertarem. — Isso aqui é enorme. Queria poder conhecer todos os lugares. 

— Ah… mas isso é impossível. Nem eu que vivo aqui desde que nasci, conheço. — Minhyuk respondeu se aproximando. — O castelo é quase como uma grande fortaleza. Eu tenho acesso apenas a essa parte onde meus irmãos e eu fomos criados, mas do outro lado, vivem algumas famílias que pertencem a nossa côrte. 

— E tem outras crianças aqui? 

— Sim, mas são filhos de outros vampiros do clã. Ainda não sabem como controlar seus instintos então eu recomendo que fique longe delas para não se machucar. 

Juno abriu os olhos um pouco assustada. 

— Fique calmo. Elas não frequentam essa ala do Domum. — Minhyuk explicava aos risos. — Meu pai não suporta gritaria ou choradeira. Quando meus irmãos e eu éramos mais jovens, vivíamos no Santuário das Mães Vermelhas e só tivemos permissão de sair de lá quando já éramos grandes o suficiente para não o irritar com pirraças. 

— Seu pai deve ser bem chato. 

Minhyuk gargalhou com a sinceridade e vendo o comportamento de Juno, tinha certeza que a criança jamais poderia ser apresentada a ele. 

— O que é esse Santuário das Mães Vermelhas? 

— É o lugar onde vivem as esposas de meu pai, incluindo a minha mãe. Estamos indo para lá agora. 

— Quantas esposas o seu pai tem?

— Cinco. Na verdade, quatro. A quinta esposa dele faleceu quando o meu irmão caçula era bem jovem. 

— Igual a mim. — Juno disse abaixando a cabeça. 

O semblante da pequena mudou. Por um momento, se lembrou da mãe que a deixou sozinha no mundo com o confuso desconhecido a quem ela se apegou. Tinha sorte de ter encontrado Jooheon no momento em que mais precisava, mas não deixava de imaginar às vezes, como seria bom se nada disso tivesse acontecido e ela pudesse apenas voltar para a casa no final de um dia repleto de brincadeiras, encontrando a mãe na mesa com o delicioso ensopado que só ela sabia fazer. 

— Não precisa ficar triste. — Minhyuk se aproximava. — Eu sei que sua mãe era muito importante para você, mas ao menos tem o seu irmão. Não está sozinho, Juno. — tocou o ombro da criança. 

Juno confirmou dando um tímido sorriso. 

— Além disso, neste castelo o que não falta é mãe. Você pode até escolher uma para você. — brincava ao mesmo tempo que passava pelo véu que separava o Santuário do restante do castelo. — Aqui vivem as Mães Vermelhas. Venha, eu quero te apresentar a elas. 

A boca pequena de Juno se abriu em uma surpresa com o lugar. Era como se estivesse no paraíso. O Santuário tinha um grande espaço ao ar livre onde haviam belas mulheres servindo outras belas mulheres e uma imensa fonte com peixes no centro de tudo. A pequena sorriu ao ver aquilo e antes que pudesse sair correndo em direção a fonte para brincar com os peixes que lá haviam, Minhyuk segurou a sua mão.

Kiary tocava harpa no meio do lugar e foi apresentada por Minhyuk como a esposa mais séria do pai. Logo em seguida, apresentou a própria mãe, Hyuka, que apertou as bochechas de Juno com tanta força que ela saiu de sua câmara com o rosto doendo. Hyuna não foi apresentada pois apenas em se aproximar do local de seu descanso, se ouvia os gritos que dava com as criadas que lhe davam massagem nos pés. Então, saíram de lá direto para o último local possível a ir, a bela tenda da Grande Mãe, em outras palavras, a tenda de Hani. 

Quando Juno entrou no lugar, tudo o que viu foi os cabelos compridos da mulher. Ela estava de costas e ao perceber a presença de alguém, se virou gentilmente dando as costas para o cavalete e sorrindo com o pincel na mão. Era a mulher mais bonita que a pequena havia visto, mas ainda assim, sentia a tristeza dela no sorriso que dissimulava naturalidade por viver reclusa naquele paraíso. 

— Essa é uma das melhores pessoas que você conhecerá na vida. — Minhyuk dizia apontando para a madrasta. 

Hani sorriu balançando a cabeça, lisonjeada com o elogio. 

 — Quem é este pequeno cavalheiro? — perguntou. 

— Este é Juno. Ele será meu pajem. Estou apresentando o Domum para ele. 

— Você é tão linda. — Juno dizia encantada. 

— Como podemos ver, já é um galanteador. — Hani disse ouvindo as risadas de Minhyuk. 

Juno se afastou dos adultos e andou devagar até as muitas telas pintadas por Hani no canto de sua tenda. Se mostrava impressionada com a beleza dos traços, as cores e os desenhos. 

— Você gosta? — Hani perguntou observando a curiosidade infantil. 

A cabeça pequena fez uma afirmativa e foi quando então ela viu o quadro que mais lhe chamou a atenção. Se aproximou com calma dele ouvindo atrás de si Minhyuk lhe dizer:

— Agora que conheceu a primeira esposa de meu pai, só falta eu te apresentar aos meus irmãos. 

A criança virou a cabeça de repente e olhou para o rosto da mulher ao lado de Minhyuk. Mal piscava, pois em sua mente, o diálogo do dia anterior entre Hoseok e Jooheon se repetia como se ela pudesse ouvi-los agora. 

Hoseok? Filho de Daeliu, o alfa? Então você é… — Jooheon questionava. 

— Sim, sou o filho bastardo da primeira esposa de Arando. 

— Do que ele está falando? —  perguntou para Jooheon.

— Você é nova demais para entender isso. 

Agora entendia. Aquela era a mãe de Hoseok. A mulher que passou por eles no corredor e que por ocasião dos costumes no castelo, o pobre lican não pôde sequer ver o rosto dela. 

Juno tinha o privilégio que Hoseok não tinha. Imaginou como ele ficaria feliz se pudesse estar em seu lugar, observando seus traços delicados e bonitos e o sorriso quase infantil que talvez até lembrasse o dele se Juno tivesse ao menos visto Hoseok sorrir alguma vez naquele lugar. 

Voltou a observar o quadro que lhe chamou a atenção e fazia sentido a impressão que teve em achar que o jovem desenhado ali era Hoseok. Ainda que não fosse totalmente parecido, havia alguma semelhança nos traços e isso mostrava o quanto as mães poderiam ser mágicas. 

Talvez, tenha sido essa magia que fez a sua mãe confiar a Jooheon o cuidado dela e mesmo sem conhecer aquele forasteiro, sabia de alguma forma que ele seria o seu salvador e protetor na sua ausência. Hoseok também merecia que alguém o protegesse, que alguém cuidasse dos seus interesses assim como Jooheon fazia com ela, por isso, em um repente disse em toda a sua inocência: 

Conheço alguém que se parece muito com essa pessoa no quadro. 

O coração de Hani disparou e quando intentou questionar a criança sobre a sua última afirmação, viu Hyunwoo entrar na tenda ansioso. 

Minha mãe, trago boas notícias. dizia animado. Minhyuk, o que faz aqui? 

Apenas roubando um pouco da atenção de sua mãe. sorriu. Mas já estou saindo. Sei que quer conversar em particular com ela. Juno, antes de irmos me deixe te apresentar meu irmão mais velho. 

A criança se virou empolgada para conhecer mais um membro da família de seu adorável Senhor e correndo até perto dele, enfim olhou para cima ficando estática com a imagem a sua frente. 

Este é Hyunwoo. 

O vampiro sorriu gentilmente para ela esticando a mão em um cumprimento polido. A mão ficou parada no ar enquanto a criança se mantinha estática com o olhar fixo naquele homem. 

Juno, ele está falando com você. Minhyuk dizia para a criança. 

Ainda que o Senhor o alertasse, ela permanecia sem reação. Hyunwoo olhava para Minhyuk e depois para a mãe, sentindo um leve rubor com a forma que era ignorado pela pequena criança. 

Juno por sua vez encolhia os braços para mais perto do corpo e foi se apequenando diante do futuro líder do clã que ela foi parar atrás do corpo de Minhyuk. 

Eu não quero falar com ele. disse em sua sinceridade infantil.

Os adultos presentes se entreolharam confusos com a atitude. 

Juno, o que está acontecendo?

Eu tenho medo dele. 

Fique calmo. Ele não é como Hyungwon. Esse é um dos meus irmãos mais amáveis. Não precisa ter medo dele. 

Foi ele… a menina disse com a voz falhando pelo choro. 

Minhyuk se virou e abaixou até o tamanho da criança a segurando pelos ombros. 

— Foi ele, Senhor Minhyuk. 

Hyunwoo observava a criança chorar e trazia na expressão toda a confusão que o momento exigia. 

— O que ele fez? — Hani perguntou ao lado do filho. 

— Foi ele que atacou a colônia. — disse de uma vez, rompendo em um choro alto e abraçando Minhyuk. — Ele é culpado pela morte da minha mãe. — fechava os olhos com as lágrimas escorrendo de forma intensa pelo rosto vermelho. 

Hani se virou para o filho que a encarava segurando o próprio choro. Ela mesma tinha o consolado quando perturbado pelas imagens daquela noite do ataque, ele invadiu a sua tenda procurando por ajuda. 

Agora, tinha diante de si uma de suas vítimas e presenciando a reação dela, o vampiro mal sabia como ele deveria reagir. 

Minhyuk apertava a criança contra o peito, lhe fazendo carinho nas costas para que se acalmasse, mas dentro de si também não sabia as palavras certas para usar e o fato de tê-la comprado não parecia uma boa ideia agora. 

A menina prosseguia em seu lamento sentido, evitando olhar para o rosto do vampiro mais velho, muito embora em sua mente se lembrasse perfeitamente do rosto dele, quando no instante em que ela saía do beco e Jooheon a seguia com sua mãe ainda viva nos braços, viu Hyunwoo montado em seu cavalo ordenar aos guardas que queimavam a cidade, que saíssem da colônia pois tudo já estava feito. 

 

 


Notas Finais


Pois é, gente....tenso.

Para quem não se lembra desse momento em que a Juno viu o Hyunwoo, é só voltar lá no capítulo 4.

Triste para o nosso vampiro que já tava se sentindo mal desde o princípio, agora com essa verdade sendo jogada na cara dele vamos ver como ele vai reagir na semana que vem.

Nos vemos na próxima sexta, amores 😘


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