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História Vespas - Mudanças


Escrita por: RaraWolf

Notas do Autor


Desculpem a demora para postar minna >.<
Tive alguns problemas e uma pequena crise existencial mas estou de volta o//

Voz - É bom que o cap. valha a pena!
Eu - Acho que vai agradar, e a partir do próximo as coisas começam a esquentar... hehehe
Voz - É melhor não demorar tanto para postar o próximo se não souto alguns cães bestiais em você
Eu - T-T

Até as notas finais o/

Capítulo 2 - Mudanças


Fanfic / Fanfiction Vespas - Mudanças

Abriu os olhos devagar, conforme os raios de sol entravam e incomodavam seus olhos. Demorou alguns minutos para se dar conta de que não estava em sua cama, em casa.

 Levantou-se assustada em quanto se dava conta de onde estava e o que havia acontecido na noite anterior. Não conseguia entender o que havia ocorrido na noite anterior e tinha medo.

- Mamãe?... Papai?... – Disse com seus pequenos olhos se enchendo de lagrimas.

Com os olhos percorreu todo o cômodo em busca dos pais que não mais voltariam. Encontrava-se ainda em estado de choque enquanto observava as paredes brancas decoradas com diversos quadros, alguns dos quais se recordava dos ensinamentos de seu pai, um fanático por arte, o teto ao contrario das paredes era, por alguma razão, rubro e em volta do lustre todo trabalhado em cristais que reluziam diversos padrões em feixes de luz pelo ambiente. Sua busca por conforto foi interrompida ao notar uma figura sentada ressonando  em uma poltrona antiga aveludada em vermelho que estava localizada logo ao lado da única, embora enorme, janela do cômodo.

Mesmo receosa se levantou e caminhou até a figura da qual se lembrava vagamente da noite anterior. Parou a uns dois metros do homem decidindo se deveria chama-lo ou tentar fugir. Foi quando um fleche dos biscoitos mais doces e saborosos que já comera lhe passaram pela cabeça ao olhar a figura do homem ressonando e de repente quebrando o silencio da sala o estomago da menina roncou alto o suficiente para ser ouvido de todo o cômodo. Seu pequeno coração parou ao perceber que o homem, que antes ressonava confortavelmente agora a encarava com olhos que continham interesse, simpatia e também tristeza transparente.

- Você deve estar com fome, não é mesmo criança? – Disse levantando-se e se dirigindo para a grande porta trabalhada em madeira, com padrões dourados por sobre a madeira vermelha.

A menina simplesmente estava paralisada em choque enquanto o homem caminhava em direção a porta. O que desesperava a menina era imaginar que ele iria sair e deixaria ela ali sozinha e trancada no quarto, contudo, por mais que quisesse gritar para que o homem parasse não conseguia pronunciar qualquer palavra, não sabia se que o que estava sentindo.

Percebendo que a menina não o havia seguido e tão pouco feito menção em lhe chamar se virou, e por alguns segundos se perdeu nos olhos da menina que durante todo o tempo havia permanecido no mesmo lugar. Viu refletido em seus olhos a dor que sofrera quando Nin o salvara. A menina estava sozinha no mundo, e tão pouco tinha consciência disso ainda, contudo o fato de não entender o que acontecia de fato a sua volta não impedia que ela sentisse dor. Dor essa que Xavier sabia que nunca iria sarar e que não importa o tempo que passe sempre irá assombrar a menina.

O homem se moveu como que por extinto, o mesmo impulso que o fizera desonrar a autoridade e confiança que lhe haviam sido dados por sua salvadora, andou em direção a menina a olhando nos olhos e como se necessitasse tanto daquilo quanto a menina a abraçou, e tão de repente quanto o abraço do homem foram as lagrimas da menina. Enquanto a mesma se agarrava as roupas do estranho que lhe havia oferecido conforto, Xavier que até aquele momento sempre havia se julgado uma pessoa fria, não pode conter as lagrimas que lhe correram desenfreadas pela face. Não sabia explicar o que ocorria, simplesmente não conseguia conter-se e chorava tanto quanto a menina, talvez pelo fato da garota lembra-lo de sua tão amada e falecida filha...

Depois de algum tempo chorando em quanto um se agarrava ao consolo que o outro oferecia quase inconscientemente, Xavier se recuperou e com certa relutância afastou a garota de si. Olhando em seus olhinhos vermelhos de choro e observando sua respiração desregulada pelo desespero em que se encontrava, disse sorrindo.

- O que acha de comermos alguns biscoitos? – lhe mostrou seu sorriso mais cordial – os de hoje tem o sabor especial de menta! – Disse animadamente alargando ainda mais o sorriso.

A menina vendo a expressão do homem não pode deixar de sorrir, e apenas sacudiu a cabeça positivamente.

Ele então a tomou pela mão e se encaminhou para a cozinha. A porta do cômodo onde se encontravam dava para uma sala enorme que vista panorâmica, para o centro da cidade. A sala era moderna apesar de possuir itens antigos. O apartamento misturava misteriosamente o antigo ao moderno, dando contraste ao ambiente. Havia espalhado pelo cômodo diversos aparelhos eletrônicos a grande mesa de jantar que parecia estar na copa, tinha em vez de madeira uma tampa de vidro enquanto que suas cadeiras eram aveludadas e antigas, o que apesar de contraditório deixava o ambiente interessante, mais aconchegante e misterioso. Mistérios que pareciam instigar a menina. Seguindo pelo corredor a esquerda subiram um lance de escada até que por fim chegaram até a cozinha, que mais se assemelhava a uma dessas cozinhas de comercial.

Se aproximando do forno, Xavier abriu-o apenas para permitir que o ambiente fosse impregnado como o delicioso cheiro de biscoito com menta. O que só reforçou a fome que a menina sentia e fez com que seu estomago voltasse a roncar audivelmente.

Após comer quase a fornada inteira sozinha a menina começou a se sentir sonolenta e estranhamente relaxada na presença de Xavier. O homem parecia encabulado e surpreso com a tamanha inocência da criança, mesmo após tudo o que havia ocorrido com seus pais a mesma não sentiu dificuldade em confiar num estranho que estava justamente no lugar onde o mesmo sabia que a garota não se recordava de como havia chegado e, agora se encontrava adormecida sobre a bancada da cozinha dormindo como se nada houvesse ocorrido. Sorriu da expressão serena no rosto daquela pequena.

Ao fazer menção de pegar a menina para leva-la para o quarto foi surpreendido por uma figura que se encontrava na entrada do pequeno corredor com uma expressão seria e indecifrável no rosto. Até onde o mordomo sabia sua Lady poderia estar os observando desde que eles chegaram na cozinha e não quis atrapalhar o momento de calma que a criança conseguira.

Sabendo que já a havia notado andou em minha direção e por fim, depois de tensos segundos de silencio.

- Quando pretende contar para a garota? – disse enquanto encarava a pequena sem se dar ao trabalho de olhar para o mordomo – Ela tem o direito de saber. Agora não há mais volta, já falei como o conselho e eles autorizaram a troca de servos uma vez que já haviam passado no mínimo trinta anos que me prestava serviço. Por fim, depois de toda a burocracia consegui autorização da ordem. – ao final olhou nos olhos de Xavier e tornou a perguntar uma vez que sua pergunta havia sido ignorada pelo servo, o que era extremamente raro - Quando pretende contar para a garota?

- Minha senhora... sei que jurei que iria contar a verdade mas parece tão estranho e errado agora que ela se foi...

- Ela não é sua filha! – disse de forma fria enquanto olhava-o nos olhos.

O silencio se instaurou no ambiente por algum tempo e Nin agradeceu internamente pela menina não ter acordado com o tom elevado que usara para com o Xavier. Por fim continuou enquanto olhava em seus olhos, afinal, ela tinha que acabar com a fantasia do homem antes que ele se prendesse de forma irremediável a sua ilusão. Era um fato irremediável que a menina a sua frente era a copia perfeita, da filha do seu, agora, antigo mordomo e fora esse o motivo da garota tê-lo perdoado quando o mesmo foi contra toda a confiança que lhe havia confiado ao longo dos anos, em prol de proteger a pequena. Contudo isso não alterava a realidade, realidade essa que a menina se via na obrigação de fazer com que Xavier enxergasse antes que fosse tarde.

- Sim eu me lembro... – disse de forma mais doce encarando Xavier que durante todo o silencio que se seguiu permaneceu a fitando com um misto de descrença, surpresa, magoa e dor – sei que ela é parecida com sua filha... mas a menina não é ela – disse se aproximando do homem que ainda estava estático enquanto escutava cada palavra que Nin lhe dirigia – ela morreu naquele dia, e não há como traze-la de volta Xavier. Sei que dói, principalmente quando olha para essa criança, mas ela não vai substituir sua filha, ninguém pode fazer isso! – disse a ultima frase com força deixando bem claro para Xavier e, antes que o homem desmoronasse a sua frente a mesma o envolveu em seus braços e deixou que o homem derramasse todas as lagrimas que precisasse e quando o homem enfim se acalmou um pouco se afastou de seu corpo e ainda olhando-o nos olhos continuou – Essa criança já tem um destino traçado por escolhas que não foram feitas por ela mesma, mas  que permitiram a ela continuar viva... Ela já não tem mais controle sobre o seu destino nem a liberdade de viver sua vida de forma despreocupada como deveria ocorrer. Ela não é mais dona da própria vida, ela me pertence e, a partir de agora é minha a responsabilidade por tudo que ela fizer. Ela não poderá ter uma vida normal, viverá entre a doce mentira dos humanos e a sangrenta realidade que agora, a ela pertence. Para sobreviver ela tem que saber de tudo, mesmo sendo pequena ela terá que carregar a perda de seus pais em seus ombros enquanto adentra em um mundo cheio de carnificina e morte...

O silencio se instaurou novamente no ambiente, enquanto Xavier assimilava dolorosamente o destino que a menina era obrigada a sofrer. Sentiu-se um monstro, ele havia escolhido seu destino e já tinha a mente formada, era um homem quando o fez já a criança não teve qualquer preparação para encarar o mundo que dirá a realidade para a qual foi arrastada. Sabia que se não tivesse feito o que fez, a criança teria sido morta, a organização nunca deixava qualquer ponta solta, contudo, ainda sim era o culpado do destino para o qual a enviara. Encarava o chão quando sentiu um toque em seu ombro.

- O que está feito não há como ser alterado, não se culpe por nada. Eu assumirei toda a culpa e responsabilidade e, depois do treinamento da garota você poderá descansar com sua família – sua expressão que durante todo o momento era calma e decidida ao pronunciar as ultimas palavras se tornara triste e seus olhos se nublaram mas antes que pudessem haver lagrimas ela se virou e foi de encontro a garota.

- Vou leva-la para o quarto, não há por que ela continuar dormindo na sala de estar.

Dirigiu-se para seu quarto quando Xavier que voltara ao normal, ou pelo menos era o que tentava mostrar para sua Lady a interrompeu.

- Senhora esse é seu quarto. Não seria mais apropriado para ela, visto a função que irá exercer ficar no quarto dos empregados? – disse da forma mais profissional que podia, mesmo que a ideia da menina ser tratada como uma empregada o desagradasse, como Nin mesmo disse ela deveria ter ciência de sua atual realidade.

- Xavier – disse ainda de costas virando um pouco o rosto, o suficiente para que o mordomo avistasse o pequeno sorriso que se formava em seu rosto – não te disse antes? Essa criança agora me pertence, e se digo que ela vai ficar em meu quarto, uma vez que praticamente não o uso, então é lá que ela irá ficar. – suspirou e com um sorriso ainda maior continuou – Estou cansada disso tudo, acho que está na hora de mudanças, não acha?

Entrou no quarto com a criança em seu colo deixando aquela pequena pergunta retorica no ar e, um mordomo com um sorriso de satisfação e contentamento com a pessoa que escolhera para sua dona no rosto.

- Sim minha senhora... acho que está na hora da senhora se libertar não é? – disse saindo do cômodo.


Notas Finais


E aí o que acharam? O.O
Comentem se gostaram ou não, se está chato ou se está bom ;-;

Voz - Até que o cap. não foi de todo o ruin -.-
Eu - Jura?! O.o
Voz - Não se empolga criatura, que ainda tem como melhorar muito! E se demorar ou escrever algo ruin meus cachorros vão ter uma boa refeição!
Eu - Não faz isso comigo não por favor, vou postar mais rápido eu juro T-T
Voz - Você é gordinha?
Eu - Por que? O.o
Voz - Quem sabe... ( cara maléfica >///<)

Bom gente, comentem e muito obrigada a quem leu ^^
Bjuss


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