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História Vestígios do Destino - Perfeitos Estranhos


Escrita por: UmaSomerholic

Notas do Autor


Leiam as Notas Finais.

Capítulo 1 - Perfeitos Estranhos


Fanfic / Fanfiction Vestígios do Destino - Perfeitos Estranhos

                                                   

Era apenas mais um dia comum, ou pelo menos parecia ser. E aqui estou eu, trancada nesse pequeno quarto escuro. Com apenas um banheiro sujo, uma cama, e um armário que parecia que se aberto chuparia toda a felicidade do mundo.

Ouço a porta sendo destrancada, me encolho por debaixo do meu fino cobertor. Eu já sei quem é. É aquele que me causa um medo extremo.

Uma sensação ruim percorre o meu corpo, me fazendo arrepiar por inteira.

Com passos lentos ele se aproxima, deixando aos meus pés apenas uma tigela com meio pão e um pequeno copo de leite.

-Bom apetite. Diz ele com um tom severo na voz. Dando meia volta e saindo pela porta.

Levanto-me devagar, olho para aquela refeição, e mesmo faminta ela só me faz ficar sem apetite. Pelo simples fato de saber que foi feita pela mão daquele que só quer meu mal. Meu padrasto, se é que posso considera-lo assim.

Toda vez que olho nos olhos daquele homem me lembro da minha mãe, o jeito que ela me acalmava quando eu estava nervosa, o jeito que ela me abraçava e até como me dava broncas por tirar nota baixa . Mas onde ela está? É um mistérios o seu sumiço. Ela me largou com aquele que me mantém trancada aqui, sem vida, sem felicidade. Tudo para mim se resume em solidão. Todos sempre me abandonam. Por exemplo meus amigos que nunca mais ouvi falar, meu pai quando eu tinha 6 anos e  minha mãe quando eu tinha 14. Já se passaram 2 anos que ela se foi, e desde então estou aqui. Eu me pergunto se ela confiava nesse homem, se sabia que eu sofreria tanto nas mãos dele.

Começo a andar pelo meu quarto procurando meu livro favorito, mas está tudo muito escuro, então eu desisto. Como vou ler sem qualquer iluminação? Sento no banco perto da janela alta e começo a observar o escurecer, provavelmente já se passavam das 18 horas. O céu está lindo, a lua esta cheia com várias estrelas brilhantes a sua volta. Debruço-me no parapeito da janela e acabo adormecendo ali mesmo.

Ouço francos barulhos lá fora, que vão ficando mais intensos a cada segundo, mas quando vou abrir os olhos, a janela é aberta e rapidamente levo um empurrão. Alguém pula para dentro do meu quarto e começa a andar em minha direção, tampando minha boca com a mão.

- Não grita, não vou te machucar. Diz uma voz masculina, destampando minha boca.

- QUEM É VOCÊ? O QUE VOCÊ QUER? Falo assustada.

- É... é que tem uma pessoa me seguindo e preciso me esconder. Comenta ele.

- A e por acaso você resolve escalar o segundo andar de um pequeno prédio ao invés de entrar em uma loja ou algo do tipo? Falei desconfiada.

Ele começa a se aproximar ficando bem perto de mim, que dou um passo grande para trás batendo as costas na porta. Ele me prensa com as mãos contra ela e me olha nos olhos.

- Vai ser bem rápido, vou embora em 10 minutos, por favor. Diz ele Olhando diretamente para mim.

Ele começou a se afastar e sentou na beira da minha cama. A luz da lua iluminava o quarto. Eu comecei a olha-lo fixamente. Tão lindo. Seu cabelo completamente preto caia sobre seus olhos brilhantes que vieram de encontro aos meus.

-Qual seu nome? Pergunta ele com um tom de curiosidade.

-Luna. E o seu? 

- Daniel.

Um silencio constrangedor tomou conta do quarto. Então notei que Daniel tinha um relógio no pulso e fazia muito tempo que eu não sabia as horas nem o dia em que estávamos. Eu só tinha uma pequena noção do tempo, pois o meu aniversário era no ano novo e os fogos deixavam o dia bem claro para mim.

- Será que você pode me falar a hora, o dia e o mês que estamos? Perguntei um pouco sem graça.

-São 2 horas da manhã, 03 de Julho. Mas como assim você não sabe o mês que estamos? Ele perguntou desconfiado.

-Bom, é que... deixa pra lá. Respondi

Eu queria contar, quem sabe ele podia me ajudar a descer pela janela e fugir, ou pelo menos chamar a policia. Mas eu nem o conhecia, e se ele se aproveitasse da situação, me sequestrasse. Eu já passei por muita coisa, sempre penso no pior que pode acontecer.

Ele não respondeu, só ficou me encarando por uns 5 segundos.

-Acho que já se passaram seus dez minutos. Eu comentei

- Sim, acho que já posso ir. Obrigada.

- Espera! Já que eu deixei você ficar aqui esses dez minutos, será que você poderia qualquer dia desses me trazer umas velas e uma caixa de fósforos? Eu perguntei envergonhada.

Ele me olhou desconfiado. E percebi que ele pensou em perguntar algo, mas mudou de ideia.

- Claro, eu trarei. Ele disse e então começou a descer pela janela.

Eu corri para perto da janela e o vi descendo-a, parecia tão fácil sair dali, mas se eu tentasse provavelmente morreria. Ele chegou lá em baixo e começou andar rapidamente e olhou uma ultima vez para trás vendo- me o observar indo embora. Aos poucos fui perdendo ele de vista, até me sentir completamente sozinha novamente.

Meu estomago roncava, eu estava com muita fome, então me aproximei do pão e o comi tão rápido que eu parecia estar degustando um ótimo pedaço de picanha. O leite era puro, mas apreciei cada gole.

Entrei no banheiro para tomar banho. Estava tão escuro a ponto de assustar qualquer um que entrasse nele, mas foi uma ducha revigorante. Escovei meus dentes com a escova que já deveria ter uns 2 anos e meio de uso. Penteei meu cabelo, e me lembrei de quando minha mãe fazia isso por mim, lembrei de quando ela falava que eu tirei a sorte grande de ter esse cabelo. Até porque quantas pessoas tem o cabelo loiro quase branco, completamente liso na raiz e ondulado nas pontas?

Quando ia me deitar, senti algo afiado espetar meu pé. Era uma grossa farpa que provavelmente havia se soltado do armário, eu a peguei e tive uma ideia.

Cheguei na madeira da minha cama, e com muita força escrevi 3/07.

Me deitei, puxei o cobertor sobre minha cabeça, e lembrei de exatamente tudo que tinha acontecido hoje. Será que eu veria Daniel novamente?
Senti meus olhos se encherem de água, até uma lágrima percorrer minha maça do rosto até cair no colchão, em seguida outra, e mais outra, até eu acabar adormecendo. 


Notas Finais


Essa é minha primeira Fic. Eu sempre tive muita vontade de escrever, mas eu nunca tinha tido uma boa ideia, até ontem. Nem dormi pensando em como eu iria começar, em como seriam os personagens e tudo mais.

Espero de coração que vocês tenham gostado. E me dêem um desconto por ser minha primeira.

Vai depender de vocês para ela continuar. Comentem o que acharam e critiquem


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