História Victoriae Tropaeum - Prólogo

I

A grama antes verde e refrescante de Hogwarts, agora estava negra e o imponente castelo estava em ruínas e com rios de sangue fluindo…e os corpos amontoados ali, tamanha tinha sido a carnificina.

A Batalha de Hogwarts havia terminado e eles…haviam perdido.

Harry Potter, o namorado de Ginny Weasley e melhor amigo de Hermione Granger, o menino que sobreviveu, estava morto. Não sobrevivia mais.

A pessoa que Ginny mais amava, estava morta.

Para Ginny, tudo passara como um borrão de repente, tudo estava perdido.

Ele havia descoberto o que lá ele estivesse fazendo e na terceira Avada Kedavra, ele morrera.

Veio o anúncio que mais doloroso não havia para quem era da Ordem da Fénix e da Resistência : “ Rendam-se ou morram?”.

Mas Ronald Weasley desesperado com a morte de seu melhor amigo pusera-se a correr furioso para perto dos Comensais da Morte, Hermione tentara impedi-lo e segurá-lo, quis gritar e dizer: Não.

Mas a voz congelara ante o choque do que ali vivera, passado poucos segundos seu irmão jazia morto a poucos metros dela.

Lord Voldemort voltara a falar, aquela voz que desde sua infância atormentava seus sonhos, a deixava apavorada voltara a soar: “ Não pouparei quem se ponha no meu caminho, rendam-se ou morram.”

O olhar de Hermione voltara-se para trás lentamente, procurando a família que mais adorava que estava em choque com a morte de mais um filho, ali bem na sua frente, estava os olhos ainda meio chorosos e vidrados de Ron.

As varinhas foram caindo aos pares no chão, o silêncio era ensurdecedor após esse ato, a esperança havia caído pelo chão, nem Neville que estava uns metros atrás de si, já dizia algo, não havia mais discurso incentivador.

Só havia aquele silêncio e então começaram a soar gargalhadas, as mais cruéis gargalhadas possíveis, como alguém podia rir da desgraça e com tantos mortos ali?

Comensais da Morte lançavam agora faíscas para o ar de todas as cores comemorando e outra gargalhada mais cruel sobrepusera-se a todas as outras que foram cessando á medida que essa gargalhava.

—Harry Potter, o menino que não sobrevive mais…- Era a voz daquele monstro. Mais uma rodada de gargalhadas, ele voltara-se para quem havia soltado a varinha.- Quem for de sangue puro, dirija-se a Bellatrix e Rodolphus Lestrange…- Não podia ser possível, aquela naja tinha sobrevivido?- para receber a marca, perdoamos aos traidores de sangue e aos mestiços…quanto aos restantes, deverão provar-se dignos…agora…

Para onde havia ido Merlin e a fé no Mundo? Ginny não saberia dizer, só olhava aquele monstro oficidio com vontade de morrer, sim ,ela não possuía mais vontade de viver.

Então ele aproximara-se de Hermione e um golpe de sua varinha, ficara sem varinha, ela não estava mais ali de pé sob as ruinas de Hogwarts, mas num local escuro, novamente no enorme silêncio.

Parecia com uma masmorra, mas não tivera tempo para reconhecer muito mais.

Não ficara sozinha, passado segundos, Ginny pousara exactamente ao lado dela, no local que estava, ela erguera os olhos para Hermione e as duas encaravam-se com lagrimas nos olhos.

E abraçaram-se chorando como nunca haviam chorado na vida,porque quem amavam haviam morrido, elas não queriam ter sumido de onde estavam, queriam ficar junto dos que amavam. Sofrer a desgraça que havia-se abatido sob elas.

Porque Voldemort as havia tirado de Hogwarts? Porque não podia deixá-las, viver o pouco tempo que tinham em paz?

As horas passavam, mas ambas não ligavam para isso. Nada mais interessava.

Quando olharam para a frente ainda abraçadas, depararam com o olhar vitorioso, frio e despiedado de Voldemort.

— Vocês serão os meus troféus da vitória…Weasley e Granger…

Com isso, desparatara e deixando-nos ali naquele local escuro e sem nenhum resquício de luz, sem ser a da Lua, olharam uma para a outra, não acreditando que a crueldade pudesse ser tanta.

Como era possível, elas terem virado troféus da enorme derrota que o Mundo Bruxo sofrera?

Que passaria com elas, dali em diante?

E mal sabiam, o que lhes reservaria o futuro…