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História Vida de Garota - Doida de amor


Escrita por: FelizDaVida

Capítulo 6 - Doida de amor


Fanfic / Fanfiction Vida de Garota - Doida de amor

Pov. Bisca

A aula finalmente havia terminado para o meu alívio... Ou não.

 Avisei à Erza que não iria direto para a república, passaria na casa do Alzach e portanto não precisavam me esperar.

Passei o caminho até a casa dele ensaiando o meu pedido de desculpas. Meu desejo era que ele entendesse meu lado e se sentisse ao menos um pouco arrependido e me valorizasse mais depois do que fez, eu tinha que mostrar a ele qual era a minha posição e também que não era a única culpada da situação.

Quando enfim cheguei em sua casa, toquei o interfone do número do seu apartamento e o esperei atender.

Alzach morava sozinho e era bolsista na escola. Nunca foi acostumado em morar em cidades grandes e assim como eu, era do interior. Acho que foi justamente esse ponto que nos uniu, nos identificamos de cara um com o outro e depois de um tempo até breve eu diria, começamos a namorar e assim somos felizes ...

Mas não hoje, hoje não estamos felizes.

- Alô ? – perguntou.

- Oi Alzach, sou eu ! – respondi.

Sem dizer nenhuma palavra, o único retorno que eu tive foi o beep do portão ao se abrir indicando que eu poderia subir.

Aliviada, subi pelas escadas e sem nem precisar bater ele abriu a porta pra mim.

- Entra – Disse, sem cerimônias.

Coloquei minha bolsa no seu minúsculo sofá e comecei:

- Bom eu vim pra conversar, precisamos conversar... – Continuei

 - Depois do que houve ficou um clima chato entre a gente, eu sei que fui meio impulsiva, mas você agiu mal e ...

- Espera ai, já pode parar por ai – Ele me interrompeu.

Alzach me olhava com olhos de raiva naquele momento, como eu não nunca havia visto antes. Tudo bem que eu possa ter exagerado um pouco, mas ele também era culpado afinal...

- Bisca, você chama aquele ataque histérico de “meio impulsivo”? – Perguntou.

Talvez tivesse sido mesmo, mas eu não pude me conter. No intervalo da aula, estávamos no refeitório da escola. Eu o deixei sozinho na mesa enquanto fui na máquina pegar refrigerantes pra gente, e quando voltei a surpresa. Jenny Realight e seu par de melões em cima do Alzach com conversa fiada e cerca de 5 cm separando suas bocas.

Não me segurei, pulei em cima da vagabunda e arranquei tufos daquele aplique loiro e oxigenado que ela chama de cabelo. Todos ficaram horrorizados e Alzach não me mandou uma mensagem o dia inteiro.

- Quando foi que eu agi mal? Ela estava me devolvendo o caderno que eu emprestei para que pudesse terminar de copiar, você mesma estava perto na hora que ela pediu lá na aula lembra? – Alzach disse.

- Eu só não entendo por que alguém para entregar um caderno precisa se jogar em cima do outro, eu... eu pensei outra coisa... – Ironizei.

- Você sabe muito bem como esse pessoal da elite é, mas o pior foi pensar que eu te trairia ... – Alzach disse, em tom decepcionado.

- Se você tivesse me explicado isso antes... – Tentei me justificar.

- Mas eu gritei isso enquanto você se atracava com ela no chão – Respondeu.

- Por que então você não a empurrou no ato, no momento em que ela se aproximou? Você parecia estar muito confortável com ela quase sentada no seu colo – Gritei

- Você esta prestando atenção no que esta dizendo? – Alzach falou.

Me calei.

Acho que no fim ele estava certo. Deve ter sido justamente o fato de ela ser tão bonita e desprezível que me fez perder totalmente o controle. Eles estavam perto, mas não estavam um em cima do outro e ao contrário do que eu dizia, Alzach realmente parecia incomodado.

- Você é muito insegura de si Bisca, e se não temos confiança um no outro não temos nada – Ele disse por fim.

- Al me desculpa ... Eu te amo de verdade ... – Começei a falar em um tom que insinuava que eu estava prestes a chorar.

- Eu dispenso esse amor doentio, você quase deixou uma menina careca por ficar um pouco próxima de mim, tem noção do que fez ? – Falou.

Abaixei a cabeça, no fundo eu não me considerava uma pessoa ciumenta, mas não podia negar que eu havia passado dos limites.

Como se não bastasse a Mirajane não ter ficado do meu lado e a detenção de 2 semanas fazendo trabalhos comunitários para a escola, que de acordo com Erza foi até gentil em não me expulsar, tinha que ouvir as duras verdades que vinham de Alzach.

- Vai embora daqui, você tem muito o que aprender sobre o que é amor e confiança.

Meus olhos se encheram de lágrimas, peguei minha bolsa e sem mais corri em direção a porta, desci as escadas e me dirigi à República.

A noite já começara a dar suas caras quando eu cheguei em casa.

- Finalmente chegou, separei um prato de macarronada que a Juvia fez, só não garanto que ficou muito bom – Disse Mirajane, quando abri a porta.

- Eu já comi na casa do Al e não estou com fome... – Menti ao subir rapidamente as escadas tentando disfarçar as lágrimas que desceram pelo caminho.

- Você quer conversar sobre hoje cedo? - Perguntou Mira

Bati a porta, ignorando-a, troquei de roupa, deitei na cama e em meio aos meus pensamentos adormeci ali por algumas horas.

# Quebra de tempo #

Acordei assustada quando escutei um som estranho que vinha da janela.

Mas o que? – balbuciei.

Caminhei devagar até o parapeito e então vi Alzach lá em baixo no jardim dos fundos, com pedrinhas na mão que tinham como objetivo acertar minha janela e me chamar a atenção.

- Eu queria me desculpar – Ele falou, quando abri a janela – Fui meio grosso com você hoje de tarde, eu estava irritado com a conversa...

- Não... Eu que peço desculpas... não devia ter agido feito uma louca por uma coisa tão besta! – Disse.

Al me deu um sorriso, e então se aproximou da parede.

- Posso subir ai? – Ele perguntou.

- Não dá você conhece as regras, se a Erza te ver por aqui...

Era uma das regras da República, garotos não eram permitidos em hipótese alguma, não sei exatamente o porquê, mas posso imaginar...

- Então não vou usar a porta da frente – Fez um sorriso malicioso.

Alzach se aproximou da janela do andar de baixo que dava para a sala e ao se aproximar, impulsionou um pé sobre o parapeito da janela e conseguiu colocar a mão na minha janela. Ele então olhou pra cima e ao me ver sorriu.

- Tem certeza que não vai cair? – Perguntei.

- Você está falando com alguém que veio do interior, isso é fichinha – Disse rindo.

Estendi a mão para ajudá-lo a subir, ao passar pela minha janela ele pulou e cantou vitória:

- Eu disse que seria fácil! – Falou.

- Shhh fale mais baixo, não queremos acordar ninguém! – Sussurei.

Ambos sentamos na minha cama e demos as mãos. Estava claro que estávamos arrependidos pela discussão de hoje, queríamos ficar um com o outro, mais que isso... Precisávamos um do outro.

- Você fica linda com essa camisola! – Brincou

Seu olhos negros iam de encontro aos meus, arrumei seu cabelo para que pudesse ver claramente seu rosto.

Ele acariciou meu rosto, e então me beijou de leve. Sua boca estava terna, pude sentir ali seu verdadeiro eu, aquele garoto do interior tímido e gentil que eu o conheci e por um momento pareci esquecer tudo que havia no mundo. Naquele momento era só eu e ele.

O calor me tomou totalmente quando ele tirou a camisa e me envolveu em seus braços. Ali me senti a pessoa mais segura do mundo.

Quando ele levou a mão para tirar minha camisola, eu o parei.

Apesar de estarmos sempre juntos, nunca havíamos elevado a nossa relação a esse nível, eu era virgem e sim... Eu estava insegura...

Por um instante eu exitei. Passou pela minha cabeça que talvez ele fosse bom de mais para mim, depois de tudo o que eu fiz ele ainda gosta de mim afinal.

Não importa, pensei. Se ele estava disposto a me desculpar depois de tudo, eu estava disposta a confiar 100% nele.

Levei suas mãos á alça da camisola e de modo um pouco tímido ele a desceu lentamente e me voltou a dirigir o olhar pra mim.

- Não precisa fazer isso se não quizer – Ele falou.

- Tudo bem, confio em você – Disse.

Ambos sorrimos um para o outro e nos beijamos à luz da lua que iluminava aquela noite, que estava apenas começando.

 



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