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História Vidas em Jogo - Vidas diferentes


Escrita por: Fehchann

Notas do Autor


Oiee para os já conhecidos leitores e oiee para os novos. Explicando a fanfic um pouquinho. O primeiro capítulo será dos quatro principais personagens, fiz ele especialmente para vocês conhecerem um pouco sobre a personalidade de cada um e os demais vão se desenrolar conforme o planejado por mim. Espero que essa fanfic agrade todos vocês. Comentem e deixem suas opiniões. Beijos e boa leitura.

Capítulo 1 - Vidas diferentes


Fanfic / Fanfiction Vidas em Jogo - Vidas diferentes

Hinata Hyuga

“Há momentos que você precisa decidir entre virar a página ou fechar o livro”

Eu estava a mais ou menos 15 minutos parada olhando aquela maldita frase estampada em um quadro bem na parede da minha sala. Ela dizia claramente que eu precisava decidir minha vida e começar a fazer as coisas por mim própria, mas na pratica era mais difícil.

Nascer na família Hyuga sempre foi um fardo pesado que eu tive e tenho que carregar, mas sempre consegui ficar bem apesar das inúmeras cobranças.

Nunca quis ser uma advogada mas quando se é filha de um dos juízes mais importantes de Konoha é mais do que obrigação seguir os passos.

Uma chamada no meu celular me fez parar de pensar naquela frase e me concentrar no meu trabalho.

-Alô! –disse esperando a pessoa do outro lado responder.

-Preciso que você vá em uma audiência hoje e anote todos os dados possíveis pra mim. –A voz do meu primo Neji Hyuga ecoava como uma ordem do outro lado. Era sempre assim, eu tinha que bater continência e fazer tudo que ele mandava afinal ele era um dos advogados bem mais sucedidos do país e eu apenas uma novata.

-Neji eu não posso. –Respondi já sabendo que a ordem viria em imediato. –Tenho um cliente daqui meia hora e acho que vai demorar.

-Faça o que eu mandei. Cancele. Eu preciso de um relatório na minha mesa amanhã de manhã. O caso é super deliciado e eu vou precisar de toda ajuda necessária.

A chamada foi finalizada e eu desejei nunca ter atendido aquele telefone. Procurei entre minha frases de auto ajuda uma que me aliviasse.

“Se você ainda não desistiu é porque sabe que vale a pena”

Bem que eu queria ter desistido na primeira chance mas eu não tive como escapar.

-Akemi –chamei minha secretária que prontamente me atendeu. –Cancele por gentileza com o senhor Hiroshi, marque para amanhã no mesmo horário e peça mil perdões. Tenho uma audiência para ir e não poderei atendê-lo.

-Sim senhora Hinata.

Depois que desliguei comecei a andar de um lado para o outro na sala. Meu salto fazia um barulho estridente no piso de mármore e eu contava sem parar. Tinha uma mania terrível de toda vez que estava sem saber o que fazer contar e assim aliviar o que estava sentindo.

Neji não havia explicado nada sobre a audiência nem o caso que eu teria que seguir. Seria um golpe no escuro e conhecendo meu primo como conheço, ele estava tentando me jogar no buraco.

Peguei tudo que eu precisava organizando em minha bolsa e saindo logo em seguida para o fórum.

-Akemi não sei que horas volto, fique de olho na minha agenda caso algum cliente esteja marcado e eu não houver chegado ainda.

-Sim senhora. Antes que a senhora saía o senhor Shino ligou e disse que vai passar aqui no fim do dia.

Shino era meu amigo na verdade o único. Ninguém se aproximava de mim ou era o contrário? Eu sempre fui muito isolada e tida como a estranha.

Apenas assenti e acenei para minha secretária saindo pra pegar o elevador.

Na garagem encontrei com vários senhores parados em volta de um carro. Um deles me olhou e deu um sorriso. Eu conhecia ele, sempre estava com meu pai em sociais que ele dava.

-Senhorita Hyuga seu pai se encontra no escritório?

Eu fiz força para lembrar o nome dele, mas eu não conseguia.

-Não senhor. Ele deve estar por chegar ou deve estar em alguma audiência. A secretária dele poderá manter o senhor melhor informado.

Procurei a chave do meu carro na bolsa e esperei que aquele senhor se desse por convencido, não gostava de falar com estranhos.

-E a senhorita está de saída?

-S.sim tenho uma audiência. Sinto deixa-lo mas estou atrasada. –Não estava atrasada, mas mentiria, aquele cara me dava medo.

Entrei no carro trancando a porta do meu lado. Nunca que eu me arriscaria. Dei partida deixando aquele senhor parado ali naquele ambiente. Ele era assustador. 

-Deu arrepios –Falei comigo mesma.

Liguei o rádio fazendo uma música romântica ecoar pelos auto falantes. A cantora falava sobre voar e se libertar. Como eu desejava isso. Mesmo sendo uma mulher de 21 anos eu não era independente, não tinha minha própria casa e não sabia me virar sem meus familiares. Sempre criada sobre pressão aprendi a engolir minha opinião.

Eu queria ser uma advogada civil que ajudasse alguém necessitado mas ate nisso minha família deu palpite e eu tive que me especializar na área criminal. Era horrível ter que condenar alguém. Ver uma mãe ou um pai chorando porque seu filho seria preso e as vezes ele era ate mesmo inocente. Chegava a cortar meu coração.

Afastei meu pensamento tentando focar em alguma coisa que não me lembrasse morte ou crimes.

As pessoas do lado de fora caminhavam tranquilamente e pareciam envolvidas em seus próprios problemas mas elas sorriam com facilidade e conversavam como se nada tivesse acontecendo. Eu sentia um pouco de inveja dessas pessoas queria ter uma vida diferente da qual eu levava.

Cheguei ao fórum bem rápido afinal o trânsito fluiu muito bem hoje o que não era comum. Algumas pessoas se acumulavam do lado de fora e eu já imaginava que o caso era grave.

-Aquela é da família que vai colocar nosso filho atrás das grades.

A voz saiu do meio da multidão e todos os olhares se voltaram para mim. Meu corpo tremia e eu estava com vergonha

Pedi licença e passei por entre as pessoas de cabeça baixa. Meu primo estava condenando alguém e era eu quem pagava o pato.

Quando entrei na sala que seria feita a audiência meu pai estava em pé conversando com um senhor. Ele se surpreendeu ao me ver e eu também. Não sabia que ele estaria ali.

-Pai o que faz aqui? -Me aproximei dele lhe dando um beijo no rosto.

-Eu que pergunto o que você faz aqui? Sou o juiz que vai presidir a audiência.

-Neji me mandou vim para uma audiência. Acho que estou no lugar certo.

Meu pai estava sério, alguma coisa de errado estava acontecendo.

-Esse não é o lugar certo. Seu primo está tirando alguns dias de férias. Pelo que eu sei, ele tinha uma audiência em Suna e não aqui.

Eu não podia acreditar, Neji tinha me pregado uma peça? Era demais para mim. Peguei meu celular e disquei o número do Neji que atendeu na segunda chamada. 

-Espero que você já esteja em Suna priminha.

-Você fez isso de propósito Neji. Porque você fez isso?

Ele gargalhava feito uma hiena do outro lado da linha e a minha vontade era de matar ele.

-Eu apenas esqueci de avisar. Se você pegar o avião ainda da tempo de chegar, mas se aprece. Relatório na minha mesa amanhã.

Desliguei o celular e comecei a sair da sala.

-Você não deve ter ouvido seu primo quando ele disse que era em Suna. Você nunca ouve, sempre no mundo da lua.

Eu queria ser uma pessoa que conseguisse lidar de frente com situações como essa, mas eu não era essa pessoa. Pra mim era mais fácil abaixar a cabeça e concordar.

-É pai eu estou muito sobrecarregada de serviço. Erro meu. Bom eu preciso ir, boa sorte na audiência.

-Se precisar de alguma coisa ligue para minha secretária.

Sai da sala e direção ao meu carro novamente.

Quando me acomodei atrás do volante deixei as lágrimas me consumirem. Precisava desabafar.

-Quando é que minha vida vai mudar?

E com essa frase eu partir para seguir minha vida como em todos os outros dias. Submissa da minha família!

 

 

 

Sakura Haruno

 

 

-Sakura você está dormindo?

O som da voz da Ino parecia música para meus ouvidos. Pulei assustada da minha mesa, eu havia dormido isso não podia ter acontecido.

-Você está bem?

-Acho que peguei no sono por alguns minutinhos.

-Há quanto tempo você não dorme? 30 horas? Você precisa ir pra sua casa e descansa um pouco.

Porque todas as pessoas que me viam me mandavam dormir? Eu sou uma médica e médicos não podem se dar ao luxo de dormir ou aproveitar um dia de folga. Pacientes esperam por você, eles precisam de uma luz, uma salvação e eu era essa ajuda que eles tanto necessitavam.

-Eu estou bem Ino só preciso de um pouco de café e estarei pronta para mais um dia.

Levantei da minha cadeira me espreguiçando. Olhei pela janela avistando uma cidade tranquila. O sol refletia uma sombra em mim e eu me via no reflexo do vidro. Minha aparência não estava ajudando apesar de ter 21 anos naquele momento eu parecia uma doida com seus 30 anos.

Meus pacientes sempre esperavam alguém mais velha e eu sempre os surpreendia. Por algum tempo tentei um disfarce: coque bem apertado e óculos velhos e fora de moda, mas nada adiantou então agora eu apenas contava com minha falta de sono e falta de tempo para me maquiar. Isso já me deixava com aparência de senhora.

 -O que foi Sakura, você está bem?

-Eu sou estranha. Sei la Ino depois que me formei em medicina esqueci de mim de me cuidar. Pra mim só importa a saúde e o bem estar dos meus pacientes.

-Você é linda. -Ela se aproximou de mim e começou a arrumar meu cabelo com suas mãos. -Olha só esse cabelo, macio e cheiroso além dessa cor fabulosa. E seus olhos são de deixar qualquer um a beira de um infarto. Seu corpo é lindo só que você o esconde atrás do jaleco. Você precisa sair e se divertir Sakura, tem médicos excelentes aqui e eles não vão deixar ninguém sem atendimento.

Sai das suas mãos indo ate a pequena cafeteira que eu tinha na minha sala e pegando um pouco de café.

-Você aceita?

-Não obrigada. Você sabe que não tomo café.

-Ate um tempo atrás eu fazia o mesmo, mas café me deixa acordada. Me diz algum paciente novo?

Ino era minha melhor amiga e a única também, além de ser uma das médicas mais confiáveis que eu tinha naquele hospital depois da Tsunade a minha inspiração para praticar medicina

-Uma criança resgatada das ruas deve chegar a qualquer momento. Pedi que o helicóptero á buscasse juntamente com o conselho de menor. Parece que ela sofreu muitos danos enquanto estava na rua.

Meu coração partia quando alguma pobre criança em condições iguais ou piores que essa dava entrada no hospital. Eu abri a clínica como forma de ajudar quem necessitava e muitas vezes nem cobrava pela consulta ou tratamento. Minha família era bem financeiramente e eu tinha em mente que estamos nessa vida para ajudar o próximo.

-Vou atender essa criança pessoalmente. Depois da minha avaliação gostaria que você a encaminhasse para uma sessão de terapia.

-Pode deixar.

Peguei meu jaleco tomando o último gole de café e depois sai junto com Ino em direção a sala preparada para receber a criança.

Era um garotinho com pouco mais de quatro anos. Seu estado era lamentável, sujo, desnutrido e cheio de hematomas pelo corpo. Ele havia sido sedado por um dos enfermeiros porque dera muito trabalho.

Enquanto olhava Ino preencher a ficha dele comecei a tirar aquela roupa suja que ele vestia. Tirei o grosso casaco que usava, por baixo ele vestia uma roupa rasgada e suja de sangue.

-Tesoura. -Gritei pra Ino.

-O que houve?

-Esse garoto está ferido, olhe as manchas de sangue pela sua roupa.

Ino me passou a tesoura e eu comecei a cortar sua camisa. Feridas enormes se espalhavam por todo peito, eram feridas sujas e infeccionadas.

Lamentável ver como um ser humano pode ter coragem de fazer tal atrocidade com alguém igual á ele.

-Preciso de gazes, faixas, uma pomada antibacteriana. Vacina combinada: sarampo, caxumba e rubéola. Trás também contra diferia, tétano e coqueluche.

-Pode deixar. E a pneumocócica infantil?

-Essa também pode trazer. Obrigada por me lembrar.

Enquanto Ino buscava tudo que eu precisava eu limpava aquele garotinho e conversava com ele.

-Tudo vai se resolver. A tia Sakura vai cuidar de você e daqui um tempo você estará correndo e brincando com outras crianças da sua idade. Nada de mal vai te acontecer.

-Doutora Sakura pediatria, Doutora Sakura pediatria.

O som do alto falante me alertava que alguém precisa de mim

Ino chegou correndo na sala acompanhada por uma enfermeira que trazia tudo que eu precisava.

-O que houve?

-Criança brincando com faca, hemorragia venosa.

-Faz o que é preciso ai, volto quando puder.

Sai correndo rumo à sala de cirurgia provavelmente teria que dar pontos. Uma enfermeira já veio ao meu encontro colocando a roupa adequada para aquela emergência. A mãe da criança estava na porta de acesso a área infantil.

-A senhora precisa salvar minha filha.

-Mãe vai dar tudo certo vou fazer o impossível.

Entrei na sala e me deparei com uma menininha já no soro

-Ela desmaiou antes de chegar aqui, colocamos no soro, acabamos de anestesia-la.

Era um corte profundo no braço. O sangue estava se espalhando pela maca. a menina ainda estava acordada, mas seus olhos já mostravam sinais de sonolência. 

-Vai dar tudo certo... Como ela chama? -Perguntei

-Nara.

-Oi Nara é a tia Sakura, vai dar tudo certo viu? Não precisa ter medo vamos dar uns pontinhos nesse seu dodói e depois colocar um curativo de bichinhos. Eu sei que você vai gostar.

Quem entrava no hospital pela primeira vez achava que eu era louca, mas eu gostava de conversar com meus pacientes e deixá-los calmos mesmo eles estando dopados ajudava a acalmar os nervos.

-Estanque todo sangue e vamos suturar esse ferimento. Qual o tipo sanguíneo dela?

-AB doutora.

-Traga uma bolsa para ela e já podem colocar.

Era uma pequena menina, seus cabelos loiros encaracolados caiam sobre seu rosto, fiz a sutura nela.  Cinco pontos, era uma pena ver alguém tão pequeno passar por tais acontecimentos a pior parte da minha profissão era a morte e eu dava a minha alma para não deixar ninguém morrer no meu hospital.

-Podem levá-la para o quarto. Curativo 2 vezes ao dia e anti inflamatório. Peça Ino pra fazer a receita.

Saindo do centro cirúrgico infantil encontrei com Tsunade que já estava de saída.

-Você está péssima Sakura, que dia você dormiu?

-Pra falar a verdade eu não sei Tsunade. Talvez uns cochilos em minha mesa.

Ela me olhou séria e a coisa ficaria feia pra mim.

-Pra casa agora. Não posso deixar você trabalhar desse jeito, você está exausta e sabe muito bem o perigo. Você pode por a vida de alguém em risco.

-Eu sei e lamento por isso Tsunade, mas eu não posso ir agora.

-Sakura eu estou mandando. Como sua sócia é mais do que sua obrigação me obedecer.

Ela começou a tirar meu jaleco, eu não tinha como argumentar com ela.

-Vou buscar minha bolsa.

-É assim que se fala. Não volte aqui ate você ter dormido 12 horas ou 48 você precisa. 

Apenas assenti e sai em direção a minha sala. Já havia pegado a minha bolsa e estava pronta pra sair quando alguém bateu na minha sala.

-Doutora acabou de chegar um senhor com ataque cardíaco, sala de cirurgia a senhora pode acompanhar?

Ir pra casa ou salvar um paciente? Salvar um paciente lógico. Meus pacientes em primeiro lugar. Larguei a bolsa novamente indo em direção a porta para mais algumas horas de serviço.

 

 

 

Naruto Uzumaki

 

Acordei sentindo um frio pra lá de desgraçado. Olhei meu corpo e não era novidade eu estar apenas de cueca seja lá onde fosse aquele lugar que eu estava.

Acima de mim havia escadas e do meu lado uma mesinha minúscula.

Minha cabeça rodava e eu tentava me lembrar o que eu havia feito no dia anterior, ou era noite?

Eu não me lembrava como havia chegado ali, mas eu precisava dar o fora.

Era uma casa onde eu estava, mas não havia sinal de ninguém ali nem ao menos um barulho que entregasse alguma alma viva. Sai daquele lugar não me importando por estar apenas de cueca. Era dia ainda na verdade uma tarde e as ruas estavam cheias. Algumas pessoas pegavam os celulares e tiravam fotos, acho que eu estava pra me tornar alguém famoso.

Cumprimentei uma velhinha que quase desmaiou. Eu não tinha culpa de não saber onde estava minha roupa.

Andar pelas ruas de Konoha só de cueca não era tão vergonhoso assim o pior seria chegar em casa. Eu estava torcendo para que meu pai estivesse na prefeitura e não me visse daquele jeito.

-Ei Naruto! -A voz me fez olhar em todas as direções, mas não reconheci ninguém. -Aqui em cima.

Olhei para um prédio do meu lado e avistei Rock Lee rindo pra caramba e apontando pra mim.

-E ai Lee tudo bem com você?

-Nova moda?

-Sempre. Estou aqui criando tendências.

-Melhor se apresar antes que chamem a polícia.

Aquela palavra me dava medo e arrepios. Polícia não era algo que eu precisava naquele momento. Comecei a correr direto pra casa. Acenava para algumas pessoas que me retribuíam o gesto. Mulheres assanhadas isso sim.

A casa estava silenciosa e eu esperava estar sozinho. Entrei pela cozinha e iria direto para o quarto, mas quando ia passando pela sala de jantar acabei sendo pego no flagra.

-Naruto Uzumaki você pode me explicar o que está acontecendo?

A voz do meu pai veio seguida por vários risos e eu nem queria olhar pra frente, sabia que ele tinha convidados.

-Pai eu posso explicar.

-Vai pro seu quarto Naruto.

A mesa estava repleta de senhores usando ternos finos e caros. Todos estavam rindo e eu era o motivo não tinha como ficar pior.

-Com licença senhores.

Quando passei pelo meu pai ele me deu um belo tapa na cabeça que me fez ver estrelas. Eu já estava meio zonzo por causa da ressaca depois daquele tapa não melhoraria por um bom tempo.

Peguei o telefone na sala e subi pro meu quarto ligando para o meu melhor amigo assim que entrei no meu habitat natural. 

-Shikamaru me dê uma luz, o que fizemos ontem?

-Naruto onde você se meteu?

-E acha que eu sei? Acordei só de cueca em uma casa. Não me lembro de nada.

-Apostamos demais ontem e você perdeu tudo. Parece que perdeu ate as roupas.

Ele ria, mas também quem não iria rir de um fracassado como eu?!

-Estou numa maré de azar. Tem aposta hoje?

-Na verdade tem jogo de pôquer você vai?

-Mas é claro, preciso conseguir dinheiro eu estou zerado, mas não perco um bom pôquer.

A porta do meu quarto foi aberta e meu pai entrou.

-Me passa o telefone Naruto.

Entreguei o telefone encerrando a ligação

-Pai eu posso explicar.

-Não quero ouvir. Você me passou a maior vergonha ficando apenas de cueca na frente dos dirigentes do partido você tem noção do papel de ridículo que você fez?

Ah se ele soubesse que eu estava assim na rua também.

Abaixei a cabeça e esperei o sermão. Hoje tinha pôquer e eu não tinha dinheiro, nossa hoje tinha o resultado de uma aposta de luta eu precisava conferir se tinha ganhado alguma coisa. Apostei alto demais.

-Naruto você está ouvindo?

-Claro que estou pai, prossiga.

Obvio que eu não ouvia nada que ele falava. Uma música começou a tocar no quarto e eu sabia que era meu celular. Achei que tinha sido roubado.

-... da próxima vez vou te mandar para um colégio militar.

-Ta pai eu não vou fazer de novo. Agora se me da licença preciso de um banho e vou dormir um pouco.

-Estou saindo para uma rápida viagem se comporta. E nada de andar semi nu por ai, tenha modos.

Casa liberada. Uhu. Meu eu interior dava pulos mortais. Fiz cara de anjo e apenas assenti

Assim que ele saiu peguei meu celular e retornei a ligação.

-Shikamaru se eu desliguei porque é que você ligou outra vez?

-Sua foto só de cueca já está na rede.

-Tenho belos atributos. Aqui onde vai ser o jogo de pôquer?

-Eu não sei Naruto.

-Dê seu jeito e descubra depois traga todos aqui para minha casa. A casa é nossa

-Pode deixar estaremos ai prepare as bebidas e petiscos.

Deitei na cama fitando o teto. Precisava dar um jeito na minha vida, mas naquele momento eu não queria fazer isso. Peguei o notebook e entrei na página de jogos online. Mais de 1000 apostas em aberto e várias outras terminadas e eu não havia ganhado em nenhuma. Já que não tinha nenhuma aposta que me interessava eu iria dar uma olhada no site de leilão.

-Será que adquirir uma cabeça de boi empalhada é satisfatório? -Perguntei pra mim mesmo. -É claro que sim, ela ficará linda aqui no meu quarto. -Eu mesmo respondi. Eu era foda

Eu não sei por que apostava acho que era uma doença li isso em algum lugar, mas eu não me considerava doente na verdade eu me considerava alguém muito inteligente, apesar do mar de azar antes eu ganhava todas, mas agora as coisas mudaram.

Eu tentei parar por algum tempo, mas quase tive um surto. Além das apostas estavam os jogos. Tudo se encaixa eu sei. Eu precisava de um emprego, mas com certeza não duraria nem uma hora afinal hiperatividade é meu sobe nome. Naruto Imperativo Uzumaki.

Adormeci pensando em cavalos e várias notas de 100 na minha frente.

 

 

 

Sasuke Uchiha

 

Eu tomava um gole do meu uísque enquanto uma garota me observava do outro lado do pub. Eu sabia que com umas piscadinhas á colocaria aos meus pés, eu podia fazer tudo que eu quisesse com qualquer mulher. E fazia.

Ter esse poder me agradava muito, me fazia sentir poderoso. Também sendo quem eu era e sendo neto de um dos homens mais poderosos de Konoha era um privilegio para poucos.

A loira do outro lado sorria pra mim obviamente ela pararia na minha cama mais tarde. Mas ela tinha um olhar que desejava algo a mais e esse mais eu não tinha. Era sexo ou nada. Sexo sim porque sexo não era o mesmo que amor e amor é algo desconhecido pra mim, a única coisa que eu procurava era corpos quentes, respirações ofegantes e mulheres que me deixasse satisfeito

Terminei meu uísque ao ver aquela loira se aproximar de mim. Usava uma roupa bem colada o que aguçava minha imaginação. Devia ter no mínimo 24 anos, mas eu não em importava de ter mulheres mais velhas deste que fossem boas na cama.

-Posso me sentar ou você espera alguém?

A voz dela era melosa e eu odiava voz assim, mas eu deixaria passar só pelo seu lindo corpo.

-Mesmo que estivesse você teria o privilegio de substituí-la.

Os olhos da moça brilharam.

-Mas eu estou indo pra casa se você quiser me acompanhar fique á vontade

O sorriso estampado no seu rosto era a resposta que eu queria. Ela segurou meu braço e saímos rumo ao meu carro. Destino final, minha cama.

A viagem foi repleta por provocações de ambas as partes e eu não me aguentava de excitação.

-Então você é o famoso neto de Madara Uchiha?

-Prefiro ser conhecido apenas por meus próprios feitos.

-Sasuke Uchiha não precisa fazer muito, sua beleza já é um atrativo e tanto.

Eu não queria ouvir a voz daquela mulher queria ela apenas na minha cama e depois nunca mais á veria.

Dei graças a Deus por estar sozinho em casa, Itachi naquele momento não seria legal.

A loira que eu não me lembrava o nome mal esperou chegarmos ao quarto. Abriu minha camisa e lambeu minha barriga. Era apenas rosto de inocente. Ficamos algum tempo num jogo erótico ate eu puxar aqueles cabelos e jogá-la de quatro na minha cama.

Parecia forçado demais o que eu ia fazer, mas era algo que eu gostava então eu iria me satisfazer ao máximo. Nunca encontrei uma mulher capaz de me controlar ou de me fazer perder a cabeça, aquele momento ali pra mim era mais comum do que viajar de carro.

Como tudo na minha vida eu reinava em absoluto. Frio e focado. Eu pensava nisso enquanto me satisfazia com aquele sexo casual.


Notas Finais


Então o que acharam? Deixem suas opiniões e comentários, criticas são bem vindas. Beijinhos e ate a próxima.


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