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História Vínculo - Marca.



Notas do Autor


É dois de janeiro, madrugada, e estamos postando esse projetinho aqui pro cês. Vínculo estava sendo postada numa antiga conta, mas decidi repostar nessa conta aqui e agora com a ajuda incrível da @rosada_cherry.
E ela tem um recadinho pro cês: Oiii amores, eu e a rachell, entramos nesse projeto com um enredo menor e nos empolgamos, esperamos que vocês também se empolguem junto com a gente nessa história cheia de conflitos, desafios, amor e nosso Sasusaku. Boa leitura e bom tour no mundo de vínculo.

Sem mais, vamos aos avisos iniciais:

□ Naruto não nos pertence, infelizmente. Tio Kishimoto que nos perdoe por pegar emprestado seus personagens;
□ Shortfic Sasusaku;
□ Série Laços Proibidos;
□ Universo alternativo, vampiros x lobisomens (lycans);
□ A trilha sonora de Vínculo está disponível, deixaremos o link nas notas finais;
□ Críticas, sugestões e elogios são bem-vindos;
□ Respeito sempre.
Esperamos que possam embarcar conosco nesse romancezinho clichê. Desculpem quaisquer erros que tenham passado por a gente.

Boa leitura.
Xoxoxoxoxoxo.

Capítulo 1 - Marca.


Fanfic / Fanfiction Vínculo - Marca.

Escrito por Rachell e rosada_cherry

Série Laços Proibidos

"A morte rasteja sob a minha pele, lenta e desesperadora; mas jamais irei me arrepender da escolha que fiz. Custei a admitir para ele e para mim mesma que um vampiro, meu proclamado inimigo natural, tinha meu coração na palma de suas mãos mornas."

I

Sasuke... — sussurrei o nome do vampiro como uma súplica, sentindo a firmeza de seu toque áspero contra a minha pele; marcando meus quadris com seus dedos longos. A ereção quente pulsava entre as minhas coxas escorregadias, o comprimento duro a roçar deliciosamente em minha feminilidade sensível e molhada, enquanto ele se mantinha sentado sobre os calcanhares no colchão macio.

O cheiro forte do acasalamento se espalhava pelo quarto numa dança inebriante de feromônios, enlouquecendo os meus sentidos aguçados. Eu me sentia tão febril, desperta, acesa como jamais estive antes. Minha cabeça girava, meus ouvidos zumbiam. Nada do que ouvi ao longo dos anos — a respeito do primeiro cio de uma fêmea lycan — pareceu chegar perto de descrever o misto de sensações malucas a me assaltar durante todo o dia.

O desconforto começou no meio da aula de biologia, e em minha inexperiência, não dei tanta importância, acreditando se tratar de algo passageiro. Foi quando eu notei a movimentação ao meu lado. Neji Hyuuga, meu amigo, parceiro de bancada e matilha, remexia-se desconfortavelmente em seu lugar, levando a mão pálida ao nariz. Ele havia escorregado o máximo que o banco permitia para longe de mim. Uni as sobrancelhas, torcendo os lábios, estranhando o comportamento repentino. Então, discretamente, me cheirei. Apesar de seu olfato ser tão apurado quanto o meu, e meu cheiro estar um pouco diferente do que eu me lembrava, não estava ruim. Era algo entre o floral, terra e algo que eu não conseguia colocar o dedo. 

Na aula de história, por outro lado, o meu corpo queimava, um aperto estranho no baixo ventre. Eu me sentia tão quente que mal prestava atenção ao que o sr. Morino discorria sobre a segunda guerra mundial. Neji não estava presente. Ele não estava em lugar algum à vista, o que me preocupou, ele não era de matar aula. O primeiro tempo se arrastava e eu não sabia o que estava acontecendo comigo.

Eventualmente, a realização do que me acometia ocorreu no meio da aula de educação física. Em suas vestes verdes chamativas, Maito Gai fez a turma dar voltas e mais voltas em torno da quadra. Àquela altura, eu ofegava, não pelo esforço físico, mas por algum fator desconhecido. Minha cabeça parecia nublar a cada segundo em que meu corpo exigia algo na qual eu não sabia como dar ainda. Quando o latejar insistente se fez entre as minhas pernas, eu soube de minha ruína. Eu estava constrangedoramente molhada, excitada a um ponto de sentir dor física. Eu precisava sair dali o mais rápido possível. Tendo isso em mente, corri sem rumo para fora da quadra, sem me importar com nada, exceto murmurar um pedido apressado de “desculpas” ao treinador, meus nervos à flor da pele, gritando por libertação. Eu já não conseguia pensar racionalmente. Não pensei ao permitir um vampiro me tocar de maneira tão íntima quando sequer havia tido minha primeira experiência sexual.

Eu não medi as consequências, de fato.

Em um momento de extrema lucidez, seria inadmissível trair minha natureza desta maneira; mas o maldito sanguessuga não conhecia limites, abusava do tratado para surgir feito uma assombração nas horas mais inoportunas possíveis. Não importava onde eu estivesse, Sasuke Uchiha se mostrava disposto a fazer de minha existência miserável, com sua língua afiada e sorrisos mordazes, impondo sua presença indesejada. Sempre ignorando os avisos, as ameaças de morte. Havia dias, mais que outros, que eu definitivamente não suportava a visão dele.

Hoje não foi o caso, entretanto.

Ele estava no estacionamento quando passei correndo, cega demais em minha angústia para reconhecer sua presença. Irritantemente, o Uchiha não podia me deixar em paz, ao menos daquela vez. Ele devia ter sentido o meu cheiro também. Acho que o odor podia ser sentido a quilômetros. Rosnei e mostrei meu conjunto de presas para ele, furiosa, por ter me seguido floresta à dentro. Frustrada, por querer ficar sozinha em um momento tão delicado. Mas, principalmente, por ansiar alívio. Um alívio que parecia distante com ele ali, parado a me olhar, olhos negros feito carvão. O que enxerguei neles, pouco me agradou. Discutimos mais um par de coisas sem sentido que se perderam no segundo em que me vi subjugada contra uma árvore alta. Seus olhos haviam mudado, suas intenções ficaram claras quando me calou com um beijo inesperado, bruto, destruindo meus lábios e o que restou de minha sanidade. Foi um choque para o meu sistema. Foi a gota que faltava para o copo, que já estava cheio, transbordar e acabarmos nus em meio aos lençóis escuros de sua cama.

Não pensei.

Não resisti.

Minha primeira vez… 

Com um vampiro, não menos.

Logo, nada importava além do desejo cru de acasalar loucamente… Selvagemente. Sentir o membro duro e grosso se desfazer e me desfazer no mais puro êxtase. Eu precisava acabar com aquela necessidade repentina e intensa. Eu estava tão imersa nas sensações, nos meus impulsos mais selvagens, que não houve dor ou o menor constrangimento de minha parte ao ser desnudada e invadida por ele. O vampiro sabia bem o que estava fazendo, onde me tocar, como me levar. Havia perdido as contas de quantas vezes ele me tomou, de quantas vezes me vi sobre as mãos e os joelhos ou subjugada contra as superfícies de seu quarto.

Mas ainda não foi o suficiente. Precisava de mais com a mesma necessidade de respirar; com a mesma ferocidade na qual ansiava destruí-lo. Oh, sim!

Engoli o ar, ligeiramente, mordendo o lábio. O lampejo de racionalidade desaparecendo à medida que o posicionava com as mãos trêmulas na entrada do meu corpo, olhando-o nos olhos vermelhos de vampiro. A única luz no quarto vinha do brilho majestoso da lua cheia, atravessando o vidro transparente das portas francesas. Ainda que não houvesse iluminação alguma no quarto, nada me impediria de enxergar com perfeição os traços elegantes e bem delineados de seu rosto. Este vampiro era bonito demais para o seu próprio bem.

— Monte em mim, loba, faz-me gozar!

Obedientemente, fiz como pediu.

Com um movimento ágil dos meus quadris, deixei-me cair violentamente sobre ele. Porra! Isto é tão errado, sujo, eu sou uma fêmea lycan, não podemos coexistir desta maneira. Deslizei em sua extensão rija até envolvê-lo quase completamente. Oh, céus, é tão bom! O vampiro gemeu de prazer, rouco, sensual, jogando a cabeça para trás, enquanto esmagava meu bumbum com uma força sobre-humana.

Mantendo os joelhos apoiados no colchão, ao lado de seus quadris estreitos, agarrei seu pescoço e me apertei contra ele, gemendo, sentindo os seios inchados e sensíveis pelas longas carícias de outrora tocar no peito afogueado. Movi-me com rapidez, subindo e descendo, montando-o, possuindo-o, arfando e gemendo alto. O vampiro impulsionou o quadril para cima, indo mais fundo, as mãos grandes fincadas em minha bunda. Ele passou a comandar o ritmo, curvando-me de uma maneira que fazia com que a cabeça de seu pau alisasse um ponto bastante sensível dentro de mim. Encaramos-nos longamente, duramente, envoltos pela névoa densa da luxúria. Quanto mais se enterrava em minha boceta, mais esquecida me tornava de nossas diferenças alarmantes, do mundo a pulsar do lado de fora daquelas paredes. Das consequências.

— Oh...! — Inspirei quase sem fôlego, remexendo os quadris, rebolando, cavalgando. O prazer se espalhou em meu sistema, no meu sangue, nas minhas células. Meu interior queimou em ebulição. Eu sentia o orgasmo ir se construindo rapidamente em torno dele, intenso, devastador.

— Você é minha, loba! — Sentenciou ele, em um grito selvagem, que reverberou em meu íntimo. — Só minha, sempre e para sempre! — Estava me alargando com maestria, tão fora de si quanto eu. Não registrei suas palavras de imediato. Minha cabeça ficou em branco, enquanto ele me abraçava, a cabeça enfiada entre meu pescoço e ombro. Apertei-me contra ele, sentindo o misto arrebatador de sensações distintas me dominarem inteira.

Vagamente, senti as presas perfurando meu ombro esquerdo e ele estava se alimentando de mim, não havia dor e era... bom. Algo no fundo da minha mente nublada piscou em alerta máximo sobre deixá-lo me morder durante o primeiro acasalamento, na lua cheia e... O vampiro gozou, derramando-se dentro de mim, sugando o meu sangue como um recém-nascido faminto, grunhindo, esmagando-me contra ele. Perdi totalmente a noção do tempo. 

Quando voltei a mim, ele havia se deixado cair de costas no colchão, levando meu corpo lânguido e saciado com ele. Eu estava sendo embalada por um vampiro, braços possessivos a me aprisionar. Minha cabeça descansava em seu peito, onde um coração inumano pulsava com vida, minha respiração normalizando aos poucos.

Durma, amor! — a ordem estava implícita em seu barítono. Apesar de relutar no início e a vontade de dizer que eu não era o seu amor, eu estava cansada demais para não obedecer. 

Adormeci profundamente, sem sonhos, mas temendo acordar em um pesadelo.

II

Arrependimento.

Foi o primeiro sentimento que eu senti ao abrir os olhos na manhã seguinte e antes mesmo de poder assimilar a presença sobrenatural às minhas costas. A baixa claridade do amanhecer cinzento de um sábado inundava o quarto elegante, enquanto fragmentos vívidos do dia anterior assaltaram a minha mente, enchendo-me de um pesar e culpa esmagadores. Engoli em seco, paralisada por agonizantes segundos, meu coração trovejando no peito. Eu tinha um braço masculino em torno da minha cintura e a respiração uniforme soprando meus cabelos. Que diabos eu fiz?

O cheiro de sexo impregnava o meu olfato apurado como uma resposta para a minha pergunta. Desespero. Desvencilhei-me com certa resistência da parte dele, afastando o braço para longe do meu corpo. Horror. Cambaleando, nua, para fora da cama, procurei freneticamente minhas roupas. Onde estavam? De todos os machos lycans solteiros da matilha ou da cidade inteira para acasalar na primeira vez, tinha que ser um vampiro?! E Sasuke Uchiha, não menos. Deuses! Onde eu estava com a cabeça? Praguejei, amaldiçoando-me para sempre. Medo, culpa e vergonha pesando feito toneladas.

Localizei minhas roupas espalhadas entre o tapete fino e a elegante poltrona escura, rente a lareira apagada, sem nunca me atrever a virar e olhar em direção a cama, onde ele estava tão nu quanto. Quando me curvei para apanhar a calcinha e o sutiã, senti uma fisgada dolorosa no ombro esquerdo. A mordida saltava aos olhos numa odiosa exibição, atestando a minha inconsciente submissão e total perda de controle.

— Suas manhãs são sempre tão alegres, amor? — A voz rouca de sono era zombeteira. Mantive toda a atenção naquela região do meu corpo. A pressa para me vestir e fugir com alguma dignidade esquecidas, temporariamente. Por que não curou? Franzi a testa, mordendo o lábio, olhando mais de perto. — Sem dúvidas, é uma bela visão de seu traseiro, uhn? — O tom provocativo continuou. Eu o ignorei. A nudez era vista de maneira diferente pelos lycans, algo natural e não nos envergonhamos dela.

Droga! Por que não curou como outro ferimento teria feito? Arrumei minha postura, estremecendo ao sentir a estranha eletricidade na ponta do dedo quando toquei na marca da mordida. Engoli em seco, recolhendo a mão. "Você é minha, sempre e para sempre", a voz dele pareceu ecoar em minha mente como uma ladainha sem fim. Ele as disse antes de me morder. Mordida durante o primeiro acasalamento. Era lua cheia. Não. Aquilo não podia estar acontecendo. Comecei a respirar com dificuldade, meu coração diminuindo as batidas. Ele era um vampiro, e como vampiro, jamais faria algo assim com uma lycan. 

— O que se passa? — A pergunta soou distante. Eu não queria acreditar que meu destino seria este a partir de agora. Não! — Será que pode me dizer o que está havendo? — Somente quando senti o toque morno em meu ombro, foi que percebi que ele estava atrás de mim.

— Você me mordeu — sussurrei, angustiada.

— Sim — concordou, sem emoção alguma na voz. — Costumamos nos alimentar durante o ato sexual, amor.

— Eu não sou o seu amor! — minha voz continuou baixa, porém cheia de raiva. Meus olhos fitos no ombro e naquela coisa. — Você não tinha o direito!

— Creio que não a ouvi reclamar quando eu estava aterrado em sua boceta gulosa. Lembro-me muito bem de ouvi-la gemer e gozar feito uma cadela no cio — veneno escorria de cada palavra. Ele estava fazendo pouco de mim. Foi o suficiente para me tirar da inércia.

Furiosa, eu me movi rápido, girando o meu corpo. A diferença de altura não impediu que eu o atingisse com tudo no rosto pálido. A força do golpe o empurrou violentamente para trás enquanto o som dos ossos da mandíbula se partindo enchia o quarto, agora silencioso. Não importava que na forma humana, os vampiros nos fossem superiores em força. Nada importava. Meu ódio por ele era maior que aquele detalhe. Levou uma batida do meu coração para ele se recuperar e avançar em velocidade de vampiro.

— Eu podia matá-la agora! — Minhas costas bateram bruscamente contra a parede branca atrás de mim, sua mão grande em volta do meu pescoço. — Já matei por muito menos — rosnou, mostrando-me o par de presas afiadas, os olhos em um vermelho mais profundo.

— V-vá... e-em f-frente! — Grunhi de volta, quase sem fôlego, revelando meus próprios caninos, minhas garras arranhando o braço que me mantinha suspensa. — M-mate-me! T-tenho… Certeza q-que a morte... S-será m-mil vezes... M-melhor d-do que... O-o d-destino m-miserável... Q-que me e-espera e-estando l-ligada… A v-você.

Eu não queria pensar em como as coisas seriam para mim carregando a marca vergonhosa de um vampiro. Mas, odiosamente, a culpa era tão minha quanto dele. Os malditos instintos lycans.

— Oh, que destino cruel estar presa ao vampiro de um dos clãs mais poderosos do mundo. — O seu desdém era revoltante, o rosto uma máscara de fúria, embora a mão em meu pescoço não mais impunha força suficiente para me sufocar, apenas me mantinha no lugar. Eu podia respirar de novo. Ar encheu os meus pulmões. Aproximando o rosto do meu, forçando nossas respirações se misturarem, ele acrescentou com arrogância: — Qualquer ser da comunidade sobrenatural mataria, e morreria, por uma oportunidade como esta. As vantagens que um vínculo como esse traria.

— Eu não sou qualquer um, seu desgraçado! Não quero nada que venha de você, exceto distância. — Meus olhos queimavam pelas lágrimas que eu recusava a derramar em sua frente. — Eu te odeio! Você me arruinou completamente. Qualquer lobisomem ou maldito sanguessuga desta cidade irá sentir o seu cheiro desprezível impregnado em mim. Automaticamente vão me ligar a você e descobrirão que me marcou. — Não queria parecer fraca. Eu não era fraca, tampouco chorona. Aprendi a resolver meus problemas de frente. E, apesar de neste momento parecer impossível, deveria começar de algum lugar a assumir meus atos. — Você tem alguma noção do inferno que será a minha vida agora? Eu sou uma fêmea lycan, Sasuke! Uma maldita lycan e você a porra de um vampiro. Dois seres de naturezas inimigas! Em que infernos isto é uma coisa boa?!

Estava ofegando, tremendo. Raiva. Ódio. Desespero. Culpa. Vergonha. Medo. Tudo ao mesmo tempo.

— Não pode ser desfeito!

Cedendo totalmente o aperto ao que me pareceu uma eternidade depois, em um silêncio revoltante, caí pateticamente de joelhos. Seus olhos brilhavam perigosamente enquanto se afastava. Queria matá-lo ao invés de mostrar e me sentir derrotada perante ele. Mas como feri-lo fisicamente quando já significava ferir a mim mesma? Era isso o que um vínculo como aquele fazia. Éramos como partes de uma mesma alma. Um só corpo. Em algum momento, começaria a sentir o que o outro sentia. Saber onde o outro estaria. Além, é claro, da maldita atração. O desejo de agradar o companheiro. De tocar. De estar perto. De querer colocá-lo em primeiro sempre. Foi o que ouvi de quem forjou vínculos em minha alcateia. Mas, novamente, todos eram parceiros lycans. Não um lycan e um vampiro.

— Você não parece surpreso. — O que ele ganharia em troca? Fazer de minha existência miserável? — F-foi de... propósito?! — Constatei mais que perguntei.

— E se o tivesse feito? — O que você pode fazer? Seus olhos desafiadores questionaram o que sua boca não terminou de proferir. Grunhi, trêmula, as mãos fechadas em punho ao lado do corpo. Eu estava em uma situação humilhante, em uma posição humilhante, de derrota e impotência.

— Você é um bastardo! Um maldito sanguessuga! De mim, só terá ódio e desprezo.

— Acredite, não vai durar para sempre, amor — usando sua velocidade, ele estava agachado na minha frente, os dedos mornos puxando o meu queixo, forçando-me a encará-lo. — Querendo ou não, você é minha companheira. Minha vinculada. Não há meios de fuga ou a remota possibilidade de eu deixá-la ir. Este é o lugar que você pertence agora, ao meu lado, porque eu queria que fosse assim. Você é minha, sempre e para sempre. Acostume-se, pois não irei permitir qualquer distância entre nós dois. Nunca mais. — disse ele, possessivo, o toque diferente de um vermelho mais profundo manchando suas íris e se sobressaindo ao vermelho característico dos vampiros.

Repeli o toque indesejado como se me queimasse, arrastando-me de costas para colocar alguma distância. Ele suspirou, pesadamente, mas não tentou outra aproximação. Eu precisava clarear minha mente, sair dali o mais rápido possível, quem sabe encontrar uma solução? Sim. Catando minhas roupas sem voltar a olhá-lo, corro em direção a sacada, salto e aterrisso em frente a mansão, desejando mais que tudo apagá-lo de minha pele e de minhas entranhas. O tempo inteiro eu pensava na reação da alcateia, principalmente, na reação do meu pai. Como eu iria esconder de todos? Mas, de imediata importância, como explicaria o desaparecimento de ontem?

A luxuosa construção, afastada da cidade e de seu próprio clã, ficou para trás quando corri em disparada para longe. Havia assumido minha forma lycan, minhas roupas se perdendo pelo caminho de terra. A floresta entrou em meu campo de visão. Deuses! Eu tinha uma marca. A marca de Sasuke Uchiha. Um vampiro. Meu inimigo!

Uivei alto, ganhando impulso e saltando o tronco caído de uma árvore alta, coberto de musgo. O que eu faria?


Notas Finais


Link da playlist no Spotify:

https://open.spotify.com/user/21yeyslwqiasxrlai36lctgoi/playlist/4vJOmjsfZXCC89ZWGBjde8?si=21cwoEceQuuXtCICVBH9Qw

Até o próximo.
Bjs de Rachell, anteriormente Flllor.


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