História Violet - Gol dedicado

Dia de jogo.

Violet Buffon, Turim.

- Tenha um bom jogo, papai – Eu falo beijando sua bochecha demoradamente – Arrase lá! Defenda todas, irei estar lá torcendo.
- Obrigado Vi – Ele beija minha testa – Vá com cuidado para lá ok? – Assinto – Se cuida minha baixinha.
- O senhor também – Dito isso ele sai do meu quarto, abro a conversa do Paulo, digito algumas coisas e mando para ele.

Violet Buffon: Boa sorte no teu jogo Paulo! Irei estar lá torcendo por você. Beijão.

Ele fica online e começa a digitar, arregalo os olhos e saio da conversa rapidamente, voltando logo após ele ter enviado.

Paulo Dybala: Obrigado meu anjo! Quero lhe ver após o jogo, não saia de lá. Beijos do teu Paulo.

Meu coração começa a bater mais forte assim que eu leio “Teu Paulo” e começo a sorrir igual uma idiota. Meu Deus! Eu estou ferrada... Muito ferrada.

- Srta. Violet? – Ouço a voz de Sabine e olho para a porta – No momento que você falar, o motorista está pronto para leva-la até o estádio.
- Tudo bem Sabine, diga ao Marcel que sairemos em dez minutos – Ela assente e sai rapidamente do meu quarto.

Levanto da minha cama e vou em direção ao espelho, olho para minha roupa, tento desamassar a camisa da Juventus e sorrio ao lembrar como ganhei a mesma. Viro de costas e vejo o número 21 estampado ali juntamente com o meu nome. Pego minha pequena bolsa com algumas coisas dentro, saio do quarto descendo as escadas rapidamente indo em direção a garagem onde provavelmente Marcel estaria.

- Marcel? – Chamo o motorista que em segundos aparece ali na minha frente – Estou pronta, vamos? – Ele assente e abre a porta do carro, entro, coloco o cinto e fico esperando.

(...)

Já dentro do estádio da Juventus, olho para o gramado e lá estavam eles aquecendo, assim que vejo Paulo abro um sorriso enorme. Olho para o lado dali da área VIP e vejo a mulher de Daniel e do Híguain.

- Violet! Que surpresa você por aqui – A mulher de Dani diz e eu sorrio – Veio ver o papai jogando?
- Tenho que vir apoia-lo não é? – Falo rindo – Vim vê-lo sim e torcer pelos meus tios.
- E um certo Paulo, não é? – Arregalo os olhos e coro violentamente – Qual é Vi, só ele e seu pai não perceberam ainda que você é apaixonada pelo menino Dybala!
- Eu não sou apaixonada pelo Paulo – Digo olhando para o campo onde ele estava se aquecendo – Eu e ele somos... Amigos!
- Amigos? Tudo bem – Joana diz – Eu estou acreditando muito – Nós duas rimos e voltamos encarar o campo.

 Jogo já iniciado.

Meu pai tinha feito grandes defesas até agora no jogo, o time estava bem, só, que o Roma estava levando grande perigo para eles, a Juve já tinha marcado um gol com o tio Híguain.

Paulo estava sendo muito bem marcado então não tinha muito espaço para se movimentar pelo campo e até mesmo pela área para tentar fazer um gol. Eu estava quase enlouquecendo naquela cadeira, eu iria ter um treco já já.

- Como consegue ficar tão calma Joana? – Pergunto a morena ao meu lado que solta uma risada.
- Eu meio que já sou acostumada a ver o Daniel jogar, sei que ele irá se sair bem, calma menina Violet, o seu pai e Paulo estão muito bem no jogo – Solto uma risadinha de nervoso.
- Eu vou ter um treco daqui a pouco aqui se esse jogo não acabar logo – Ouço Joana rir.

Vidrada no jogo, eu fico nervosa quando vejo Paulo pegar na bola e sai driblando todo mundo do campo, ele toca para outro, que toca novamente para Paulo e quando Dybala ia fazer o gol ele é derrubado e automaticamente grito um palavrão muito feio. O juiz dá pênalti e eu quase saio correndo, esfrego uma mão na outra, entregam a bola para o Paulo e eu arregalo os olhos quando o vejo colocar a bola no chão e tomando distancia.

- Vamos Paulo... Vamos... – Falo baixinha com a mão perto da boca – Faz logo esse gol – O juiz apita, Paulo sai correndo e bate firme e forte no meio do gol fazendo toda a torcida ir à loucura – GOL CARAMBA! – Grito alto, o vejo vir correndo e olhar para a área VIP onde aceno que nem uma doida, o mesmo faz aquela famosa comemoração e eu mando um beijo para ele.
- Não são um casal. Aham. – Ouço a voz de Joana e mostro a língua para ela – Parece que o papai não gostou muito desse beijo aí em? – Olho para o meu pai que estava no gol olhando diretamente para mim.

(...)

Após o jogo ter acabado, vou para o corredor onde dá acesso ao vestiário e fico esperando meu pai dar sinal de vida ou até mesmo Paulo, Daniel ou o tio Híguain. Pego meu celular, mando uma mensagem para Dybala informando que eu estava ali e em alguns segundos sinto dois braços me erguer do chão.

- Meu Deus! – Solto um grito – Paulo!
- Vi – Viro e o abraço.
- Parabéns pelo jogo e pelo seu gol – Passo a mão em seu rosto e beijo sua bochecha – Fez um ótimo jogo.
- Obrigado meu anjo – Ele beija minha testa – Seu pai quase arrancou minha cabeça ali no vestiário.
- Por quê? – Pergunto rindo.
- Porque eu disse que dediquei meu gol a você! – Arregalo os olhos – Por isso fui procurar você no meio dos torcedores, foi dedicado a você.
- Ai que lindo – O abraço mais uma vez – Obrigada – Ouço alguém pigarrear e vejo meu pai ali parado olhando para nós dois de braços cruzados – Pai! – Corro até ele e o abraço forte – Parabéns pelas defesas maravilhosas de hoje.
- Obrigado filha – Ele beija minha testa demoradamente – O que você e Paulo estavam conversando em?
- Nada demais Gigi – Dybala se intromete – Só estava falando para ela do gol.
- Vamos conversar quando chegarmos em casa mocinha – Papai fala apontando para mim – E Dybala, vá colocar uma camiseta.

Arregalo os olhos, nunca tinha visto meu pai daquela maneira, apenas assinto, despeço de todos em silêncio, apenas com um beijo no rosto e vou para o estacionamento com o Gigi em total silêncio apenas esperando a bronca vir.