1. Spirit Fanfics >
  2. Virou Simplesmente Amor >
  3. Quase

História Virou Simplesmente Amor - Quase


Escrita por: MaryeMimym

Notas do Autor


We back u.u
Podem brigar conosco pela demora, merecemos. Mas! Saibam que vida de estudante não é fácil. E, mesmo com a demora, esse capítulo poderá recompensar a espera de vocês :3

Capítulo 11 - Quase


Depois do que aconteceu entre os professores e por estar perto da hora do almoço, a manhã na praia estava terminando.

–Mari, Sieg, vocês vêm? – Perguntou a professora Elena. Mari recolheu suas coisas e juntou-se ao grupo próximo do táxi.

Zero havia ido embora sozinho.

–Podem ir, eu vou ficar. - Já o moreno permaneceu sentado numa pedra observando o horizonte.

Não se cansava de passar o fim da tarde na praia. Olhou para o grupo e acenou sorridente. O grupo adentrou o carro, só faltava Mari que observava Sieg desde que guardara as coisas na mala do carro. A azulada olhou para o livro em sua mão e olhou para o moreno. Ela sorriu.

Os professores partiram e Sieg voltou a observar a divisa entre o céu e o mar. Seu dia estava completo: amigos, praia, o pôr-do-sol, uma brisa e um sorriso como lembrança.

***

Ronan entrou em casa, olhou ao seu redor e notou que não havia ninguém. Subiu para o seu quarto de dois em dois degraus para chegar mais rápido.

Olhou para a direção do escritório de seu pai. Suspirou.

Dirigiu-se para seu quarto e percebeu que a porta estava entreaberta. Encostou a palma da mão na porta e a empurrou devagar.

–Ah! – Edel levantou-se da cama num susto ao ver a porta se abrindo. Colocou a mão no peito e sentiu seu batimento descontrolado.

–Quem é você? – Perguntou Ronan, parado na porta – O que faz no meu quarto?

Edel havia largado a espada na cama.

–Perdão, eu não queria invadir a sua privacidade.

–É, mas invadiu. Espera... – Ronan uniu as sobrancelhas e voltou a questionar – Quem é você?

–Edel, Edel Frost. – Ela caminhou até ele e estendeu o braço como forma de cumprimento.

Ronan a olhou estranhamente e, relutando muito, cumprimentou a jovem.

–Eu sou...

–Ronan Erudon. Já ouvi falar de você.

–Hum... – Soltou a mão dela – Também ouvi falar de você.

Ela sorriu timidamente.

–O que faz no meu quarto?

Edel abriu a boca.

–Você é insistente. – Observou.

–Você está em meu quarto e é apenas uma visita, como acha que eu me sinto ao chegar em casa e ver você... – Ele espreitou a cama – Mexendo nas minhas coisas?

Edel olhou para trás e depois para Ronan.

–Eu sinto muito, é que... – Lembrou as palavras do Sr. Erudon e fechou os olhos rapidamente – Eu tenho uma paixão por espadas e, quando passei pelo seu quarto, Sebastian – Mentiu – me contou que você tinha uma linda Tirfing em seu quarto, uma espada de família, não é?

–Sebastian disse isso, foi? – Suspeitou Ronan.

–Sim. – Respondeu a menina, balançando a cabeça.

–Sei... – O rapaz semifechou os olhos e a encarou – Já que viu a espada, pode se retirar agora.

–Ah, claro. – Edel abaixou o rosto e passou por Ronan, que se sentiu abatido pelas palavras mal pensadas que disse à menina.

–Olha, não é uma bronca, por favor, é só que... – Ronan passou a mão no rosto e Edel se virou para ele – Eu cheguei de uma manhã um pouco confusa com os amigos e...

–Não precisa me contar. Somos estranhos ainda, lembra?

–Acho que não... – Ele riu – Eu já sei seu nome e você o meu.

A menina também sorriu.

–Podemos conversar depois, eu acho. – Comentou o azulado, passando a mão no cabelo e sentindo a areia por toda parte.

Edel voltou a rir.

–É incômodo areia no cabelo, né? Meu irmão e eu íamos muito à praia juntos e meu cabelo voltava cheio quando chegávamos em casa.

–Exatamente. – Disse Ronan, mudando um pouco o jeito com Edel – Isso é horrível. – Fez uma careta.

Ela riu e o silêncio se instalou.

–Acho que já importunei muito por hoje, até mais. – Saiu do quarto sem nem esperar alguma reação de Ronan.

Edel foi para o seu quarto, entrou e pensou muito no que deveria fazer. Agora conhecia Ronan, não exatamente conhecia a personalidade dele, mas percebeu que o menino não era tão rude quanto o pai.

–E até que ele é uma gracinha... – Murmurou para si mesma, balançando a cabeça.

***

Rey estava impaciente em casa. Há tempos não fazia nada de interessante desde o dia que se encontrou com Elesis e deu um susto em Lass.

–Seria divertido acabar com o relacionamento daquela ruiva detestável com o Erudon idiota. – Riu – Mas eles dois precisam ficar juntos... Eu preciso de uma diversãozinha nestas férias. E, até Lupus realizar o meu desejo, preciso me distrair com outras coisas...

Mary apareceu na porta do quarto de Rey e latiu.

–Eu sei que você também quer se divertir, mas... – A cachorrinha foi até Rey e ficou olhando-a – O que farei é para maiores e você não completou nem cinco anos, meu amor.

Rey fez carinho em Mary, se levantou da cama e saiu.

–James! – Gritou, descendo as escadas – Prepare o carro, irei fazer compras!

–Sim, madame.

–E vê se não demore tanto na próxima vez que eu o chamar.

O mordomo suspirou e saiu para preparar o veículo. Assim que foi avisar para a Rey, a menina já estava na porta esperando.

–O motorista está ao seu dispor.

–Todos precisam estar, queridinho. – Sorriu. Passou por James e esperou que a porta fosse aberta.

Quando entrou no carro, o motorista deu partida.

Parou em um sinal próximo a uma quadra pública. Rey estava olhando para fora pela janela fechada.

–Lupus... – Murmurou, franzindo a testa. Ajeitou-se no banco. O sinal ficou verde.

O carro saiu da inércia e Rey pôde ver mais uma pessoa se aproximando da quadra.

–Então os dois andam se encontrando... Mas por quê?

O motorista olhou pelo retrovisor e, quando seus olhos se encontraram com de Rey, voltou a prestar atenção na pista.

–Já que é assim... – Recostou-se no banco, cruzou as pernas e concluiu – Acho que a diversão está apena começando...

***

Lupus estava encostado à grade da quadra com os braços cruzados e olhando para o chão. A franja escondia mais ainda o seu rosto.

Lin estava andando a passos lentos. Aproveitou que o sinal estava aberto para os pedestres e atravessou a rua. Aproximou-se de Lupus com o coração acelerado. Ela estava segurando um leque, achou melhor usá-lo desta vez.

–Não precisa perguntar o porquê de eu ter escolhido um local público. Não irei te responder. Aliás... – Lupus ergueu a cabeça e a encarou – Não iremos falar mais nada.

Lin moveu os lábios num “mas” questionador, que foi ignorado por Lupus.

O rapaz entrou na quadra. Lin fez o mesmo. O espaço era grande, mas não chegava a ser como o ginásio do colégio e também não tinha a restauração do mesmo.

Lin uniu as sobrancelhas numa careta pensativa.

–Você me trouxe aqui para que eu me controle a todo custo, senão...

Lupus parou de andar e se posicionou no centro da quadra e sorriu.

–Eu não posso! – Lin abriu os braços – Posso ferir alguém e... E se... As pessoas irão nos ver!

Lupus virou o rosto para o outro lado da rua. Tinha uma creche. Voltou a olhar para Lin.

–O quê!? – Lin também havia visto a instituição – Isso é perigoso demais! Ei! Lupus, por favor... – A menina viu que ele não falaria nada – Eu não sei o que você está querendo com isso, mas eu me recuso a permanecer aqui. É loucura!

Virou-se para sair, mas Lupus foi rápido o bastante para segurar o braço da menina e quebrar o seu silêncio.

–Loucura foi eu ter aceitado ajudar você. Loucura foi o que aconteceu no último treino. – Lupus fitou o chão.

–O que aconteceu? – Lin se afastou dele – Eu... Eu te feri? – Perguntou inocentemente.

Lupus se virou e voltou para o centro da quadra. Preferiu não contar nada.

–Não irá sair daqui. – Pegou sua arma e apontou para Lin – Ou terei que te matar.

–Acho que já discutimos sobre isso. E agora não tem ninguém para te impedir de realizar o seu desejo.

–Não tente blefar comigo, garota. Acha que não sinto o cheiro do teu medo emanando neste lugar?

Lin ficou em silêncio. Largou o leque no chão e abaixou a cabeça.

–Não quero ferir ninguém, Lupus.

–E não irá.

–Como sabe que não? – Lin o olhou e chorava – Eu nunca lembro o que aconteceu nos treinamentos! É como se tudo o que eu fiz fosse cruel demais para ser recordado.

–Você não chegou nem perto de ser cruel. – Desabafou o rapaz, sem que Lin se desse conta.

–Como eu posso acreditar nisso? – Enxugou o rosto.

–Porque eu sei o que é ser cruel.

Lin abraçou a si mesma um tanto pensativa. Não queria causar nenhum caos naquele lugar. Sabia que seu controle estava fraco de mais e, talvez, o lado que ela não queria que lhe dominasse poderia falar mais alto e causar estragos.

“–Lin tem os dois lados dentro de si. Em um dos treinos que tive com ela, Lin poderia ter me ferido gravemente, se quisesse. Mas ela usou o outro lado de sua magia, a da Luz, e conseguiu dissipar a magia das trevas.

–E você acha que assim conseguirá fazer com que ela escolha um lado?

–Sim”

Lupus lembrou o que Zero lhe disse.

–Não quero lutar contra você. – Começou Lupus, tendo a atenção da menina, que estava pensativa também. Abaixou a arma, apontando-a para o piso – Quando eu comecei meu treinamento para o Campeonato, tive uma aula onde eu teria que atacar. Mas precisamos saber também como nos defendermos. E é isso que acontecerá aqui. Se você conseguir controlar o lado que te defenderá, já será um bom caminho para a sua escolha.

–Eu ainda acho perigoso.

–Você não tem que achar nada! – Irritou-se Lupus – Você não se sente segura e isso te consome. O seu medo está se tornando seu inimigo, Lin!

A menina deu um passo para trás. Arregalou os olhos com as palavras de Lupus.

–Por que quer me ajudar? – Insistiu a menina.

Lupus fechou o punho, olhou seriamente para Lin e soltou:

–Porque te salvando, eu sei que posso me salvar também, de alguma maneira.

Lin ficou surpresa. Surpresa o bastante para se aproximar de Lupus e ficar observando o rosto do menino.

–O que foi? Por que está fazendo isso? – Ele se afastou.

–Porque você está estranho. – Disse ela, sorrindo – Gosto mais quando você age assim. Parece mais... Humano.

Agora Lupus se surpreendeu.

–Você deveria me odiar, não dizer que estou mais humano. – Disse ele, encarando aqueles olhos tão gentis e medrosos.

Lin segurou a mão livre de Lupus, que estava fechada.

–Você disse que era para eu perder meu medo... – Ela engoliu em seco – Você é o meu medo. Mas eu não quero te perder, quero apenas que me faça sentir mais segurança ao seu lado.

Lupus abriu a boca. Mas silenciou-se quando percebeu que a menina continuaria a falar.

–Estou pronta para o treino. E, por mais que eu me sinta mais confortável com Zero, acho que você também pode me ajudar bastante. No final de tudo... – Lin o abraçou. Nem ela mesma estava acreditando em tudo o que fazia, como se outro alguém a impulsionasse a agir daquela forma. Talvez fosse sua própria confiança – Eu sei que poderei sorrir para você e você sorrirá para mim.

–Por que... Por que está dizendo isso, menina? – Lupus se afastou.

–Eu também não sei. Talvez seja esse tal sentimento, sabe?

–Não, eu não sei.

Lin irritou-se também.

–Como você não sabe do sentimento que estou falando?

–Mas você não falou nada!

Ela riu.

–O que foi?

–Jamais pensei em ter uma conversa assim com você. Tipo, começamos de um jeito e agora estamos meio que discutindo.

Lupus balançou a cabeça.

–Então acho melhor começarmos a falar sério. – Pegou a arma e apontou para Lin.

–Antes de começarmos, quero que saiba que... Eu não te odeio tanto assim.

Lupus, por um momento, pensou em parar de mirar em Lin.

“–Até parece que consegue ficar longe de mim. Não pensa que já reparei no jeito que me olha?

–O quê? Acha que está falando com a Rey? Acha que sou algum tipo de menininha que cede aos seus encantos?

–Acho.

Lin o empurrou.

–Pois acha errado, porque eu te odeio...”

–Lupus? – Chamou a menina. Lin sabia no que ele pensava, pois ela mesma estava pensando – Não lembre minhas palavras, eu estava...

–Eu estou. Eu estou confuso.

–Acho que eu atraio esta confusão de pensamentos. Por isso já deveria ter puxado esse gatilho, para poupar qualquer sofrimento.

–Não posso.

–Mas...

–Não posso mais.

–Lupus?

–Não consigo.

–O que foi... – Lin recebeu um beijo inesperado.

Nada mais fazia sentido naquele treinamento. Nada.

***

Após Jin se juntar a Amy, a rosada resolveu mostrar sua casa ao ruivo. O "tour" foi interrompido, quando a mãe de Amy os chamou para almoçar.

Logo após o almoço, ainda na mesa de jantar, Jin, Amy e os pais conversaram acerca de assuntos aleatórios. Tentaram perguntar um pouco sobre o ruivo, mas não havia algo que a rosada não houvesse comentado. Quando os pais de Amy se deram por derrotados, em relação a assuntos, Amy tirou Jin da mesa para que, enfim, pudessem passar a tarde na piscina.

Ela mostrou onde o ruivo poderia se trocar, um banheiro simples próximo à piscina. Amy já havia se trocado, uma canga estampada de corações de tamanhos diversos e coloridos com tons entre rosa e vermelho amarrada como um vestido cobria seu biquíni cor de rosa. Quando voltou, o ruivo usava uma bermuda de fibra vermelha com detalhes em amarelo e preto.

Amy estava retirando a canga para mergulhar quando viu o ruivo se aproximando.

–Na sacola que lhe entreguei também havia uma sunga. - Comentou a rosada, inocente.

–Ér... - Jin corou um pouco com o comentário. - Eu estou usando... Mas... É que eu prefiro ficar de bermuda mesmo...

a

A garota arregalou os olhos. Só depois se deu conta do que dissera.

–Ah! Claro, claro. - Disse sem graça percebendo, em seguida, seu namorado rindo. - O que foi?

–Você fica fofa quando está corada... - Comentou.

–N-Não estou corada.

–Está sim. - Insistiu o garoto.

–É o sol!

–Não é não... - Cantarolou enquanto se aproximava mais para fazer cócegas na barriga da rosada.

–Para com isso! - Reclamou inutilmente.

Era claro que Jin não pararia e, a única coisa que a rosada pensara em fazer, e fez, foi sair correndo pela borda da piscina sendo seguida pelo ruivo.

Uma volta e meia ao redor da piscina, fora o suficiente para Jin conseguir segurar Amy e fazer ambos escorregarem para dentro da piscina. Ao emergirem, Amy começou o que seria uma futura guerra d'água, se não fosse por Jin que mergulhou novamente e puxou a rosada para baixo. Voltaram para a superfície abraçados e o ruivo deu um beijo em sua amada.

***

Depois do almoço, a mãe de Ronan chegou e se dirigiu ao quarto do menino.

–Filho?

Ronan apareceu na porta, com uma toalha enrolada na cintura e outra no cabelo. Retirou a do cabelo e jogou a toalha na cadeira.

–Oi, mãe.

–Preciso falar com você... – Ela o olhou – Isso são modos? – Apontou para a cadeira.

Ronan riu.

–Depois eu arrumo, prometo. – Disse, aproximando-se da mãe e lhe dando um beijo na bochecha.

–Sei... – Ela também sorriu humorada e depois entrou no assunto que queria – Eu saí esta manhã para resolver as coisas do seu aniversário.

–Sabe... Eu acho desnecessário. – Ronan deu sua opinião, escolhendo uma roupa.

–Mas é uma tradição, filho. E eu já resolvi tudo. Buffet, decoração, DJ...

Ronan bufou.

–O que foi? – Perguntou a mãe.

–Diz que o buffet alimenta um buraco negro.

A Sra. Erudon riu.

–Por que está dizendo isso?

–Ryan, mãe, tudo pelo Ryan.

–Ah, sim. Esqueci-me que aquele menino não tem um fim no estômago. Mas pode ficar tranquilo, o Buffet é muito bom e tem bastante comida.

Ronan riu e voltou a escolher a roupa.

–Eu vim aqui mesmo para tratar sobre a dança.

Ronan abaixou a cabeça, segurando uma blusa vermelha e esboçou um sorriso grandioso.

–Preciso que Elesis – Continuou a Sra. Erudon – venha aqui antes de sexta para que ela aprenda o básico de uma dança a dois. Marque um almoço com ela e o irmão.

Ronan se virou para a mãe e assentiu. Seu coração batia forte e um nervosismo lhe percorreu pela veia.

–Ronan? – Edel o olhou da porta e depois para a mãe – Des-desculpa! Eu... Ai Deus. – Virou o rosto para a escada.

Ronan franziu a testa e perguntou:

–O que foi, garota?

A mãe de Ronan riu da situação. Olhou para o filho e depois para a menina.

–Ah... – O azulado entendeu – Eu estou de toalha...

A Sra. Erudon saiu do quarto e fechou a porta.

–Então você é a tão comentada Edel Frost?

–Sim, senhora. – A menina a olhou.

–Sem tratamentos elevados, afinal, você ficará por aqui um tempinho, pode me chamar de “você”.

–Tudo bem. – Edel sorriu.

–Espere só um pouco que Ronan terminará de se arrumar, o.k.?

–Desculpe-me ter atrapalhado a conversa de vocês.

–Não se preocupe, meu anjo, eu já havia resolvido.

A menina assentiu e a mãe de Ronan se dirigiu para seu quarto. Depois de um minuto, dois no máximo, Ronan abriu a porta.

–O que deseja? – Perguntou.

–Eu queria saber se posso usar a piscina...? – Ela ficou sem jeito de perguntar.

–Claro. Fique a vontade, Edel. – Ronan deu uma pausa – Por que não perguntou a minha mãe?

–Fiquei com... – Ela mordeu o lábio – Sabe... Eu ainda não conhecia a sua mãe e fiquei com vergonha.

–Ah tá... Mas não precisa ficar perguntando as coisas, você já é de casa.

Antes de Ronan fechar a porta e sair, a menina viu que a espada continuava na cama.

–Obrigada. – Disse e deu espaço para Ronan descer a escada.

O menino balançou a mão no ar como quem não se preocupa.

Edel voltou para o quarto e se trocou. Passou à tarde na piscina; Ronan uma vez ou outra ficou observando-a nadar. Admirou tamanha habilidade. E admirou-se mais ainda com o fato de Edel passar horas nadando e não sentir dor. Ou, pelo menos, não aparentava sentir.

Quando o crepúsculo tomou seu lugar no céu, a menina entrou com uma toalha enxugando o rosto. Ronan estava na sala vendo algo na televisão. Um filme, talvez.

–Gosta de super heróis? – Perguntou Edel, ao passar por ele.

Ronan se virou na poltrona e assentiu.

–Você gosta bastante de nadar. Não sentiu seus músculos queimarem, não? – Perguntou, antes de se voltar para a televisão.

–Sinto, mas nado até meu corpo não aguentar mesmo a dor.

–Edel? – Chamou a mãe de Ronan parada na escada.

A menina a olhou e depois se deu conta de que estava molhando o piso da sala.

–Desculpa, Senhora Erudon, eu posso secar o chão depois.

A mãe de Ronan arqueou as sobrancelhas e sorriu.

–Não, meu amor, não é nada disso. Até porque, esses pingos no chão não são nada comparados às poças que meu filho faz quando os amigos estão aqui.

Ronan estalou a língua.

–Bem, eu só queria saber se você irá querer jantar, porque nós não temos muito este costume.

–Ah, sim. Não se preocupe. Eu geralmente tomo uma vitamina antes de dormir.

–Ouviu, Ronan? – Chamou a mãe e o menino virou o rosto para ela – Ela se alimenta bem, deveria aprender muito com a Edel, ao invés de comer pizza, biscoitos e hambúrgueres antes de dormir.

–Mãe, essas comidas são tão saudáveis quanto à vitamina.

–Como, Ronan? – A mãe cruzou os braços.

–Esses alimentos me deixam felizes. Tem coisa mais saudável do que ser feliz? – Brincou.

Edel e a Sra. Erudon riram. A mãe de Ronan pediu licença e se retirou.

–Ronan? – Chamou Edel.

Ele novamente tirou os olhos do filme e a olhou.

–Desculpa por hoje.

–Pelo o quê?

–Por ter entrado no seu quarto, mexido na sua espada, te visto sem... – Suspirou ela – Enfim, por estar te incomodando. Acho que seja chato para você ter uma visita, já que se acostumou a ser o único adolescente da casa.

–Ah, não se preocupe com isso, Edel. Vai ficar tudo bem. Logo, logo você será como uma irmã mais nova para mim.

A menina abaixou a cabeça e ficou apertando a toalha nas mãos. A consciência pesou.

–Está tudo bem? – Perguntou Ronan.

Edel levantou o rosto. Assentiu e forçou um sorriso. Ronan balançou a cabeça e voltou a ver o filme; a menina subiu para o seu quarto.

Ao entrar e fechar a porta colocou a mão no rosto e abafou o choro que se pronunciou naquele silêncio.

–Eu não sei mais o que devo fazer... Mas... – Ela olhou para fora da janela. A noite já caía e dava para ver algumas estrelas – Se for para salvar a sua vida, irmão, eu darei o máximo de mim...

***

Arme enviou uma mensagem no grupo de um aplicativo do celular para saber se o encontro do dia seguinte estava confirmado.

Não demorou muito e algumas respostas foram sendo dadas. Por enquanto, a maioria estava afirmando a presença.

–Ou amanhã eu farei aqueles dois ficarem juntos ou eu vou desistir e nunca mais me intrometerei na vida da Elesis. – Suspirou Arme, apertando o celular nas mãos.

***

O motorista ficou aguardando ao lado de fora do Shopping, ouvindo a música do carro. Estacionou perto de uma avenida, que não era distante de onde Rey estava.

–O que será que ela está comprando nesse Shopping? – Questionou-se o motorista – Todas as lojas?

Olhou para o seu relógio. Fazia quatro horas que estava ali. Rey saiu com apenas duas bolsas pequenas de joalherias.

–Fala sério... – Resmungou o rapaz, se desencostando do carro – Tanto tempo para duas sacolas e... – Ele arregalou os olhos – Meu Deus!

Atrás de Rey surgiram mais dez homens, seguranças do Shopping, carregando inúmeras bolsas em cada punho.

Rey ficou olhando para o motorista como quem dizendo “Imprestável, vem me ajudar logo!”. E, deduzindo o que a menina queria, foi até Rey. Assim que se aproximou, ela suspirou.

–Tome! – Entregou as duas sacolas – Estava ficando cansada de segurá-las.

O motorista assentiu e guiou os rapazes para o carro. Quando Rey se aproximou, toda pomposa, o motorista avisou:

–Não sei se todas as sacolas caberão no carro.

–Eu passei horas escolhendo estas roupas! Elas precisam chegar à minha casa antes de mim, ouviu bem?!

Rey quase fez um escândalo. O rapaz assentiu e deu seu jeito. Quando todas as sacolas, incrivelmente, estavam no carro, ele deu partida e buzinou para agradecer aos seguranças.

No trajeto, Rey pôde ver um conhecido na rua.

–Pare! – Exigiu e o motorista deu uma freada brusca, deixando cair algumas bolsas que estavam no banco da frente.

Rey saiu do carro e abriu a porta do motorista.

–Saia.

–Mas...

–Saia!

–Senhorita Von Crimson, eu preciso leva-la para casa.

–Eu disse...

–Eu já vou sair.

O rapaz tirou as mãos do volante e, quando foi tirar a chave da ignição, a menina protestou.

–Deixe a chave.

–Mas...

Rey apenas o olhou.

–Tudo bem, a senhorita quem sabe.

–Estou perdendo tempo! Saia!

O motorista saiu apressadamente e Rey entrou.

O carro saiu da inércia e o rapaz abriu os braços, batendo-os depois nas pernas.

–O Sr. Von Crimson irá me matar.

Rey aumentou o som do carro. Hot N Cold.

***

Dio estava na calçada, à noite, não estava a fim de ficar em casa ou em qualquer outro lugar que não fosse a rua. Uma rua deserta.

Olhava para o celular e via a última ligação que não atendeu de Gyna. O relacionamento deles já havia acabado, mas Dio tentou suportá-lo enquanto pôde. Não por gostar realmente da professora, mas gostava de se sentir dono de algo. Ou pelo menos achava que era.

–Droga! – Guardou o celular no bolso.

Viu uma luz forte indo a sua direção, mas estava na calçada. O carro só poderia ter perdido a direção. Bem, se fosse outra pessoa dirigindo essa hipótese seria válida. Mas era...

–Rey?! – Dio foi lançado contra a parede de um estabelecimento já fechado.

A menina saiu do carro, que ficou com metade atravessado na calçada e a traseira do veículo na rua, com um sorriso debochado no rosto.

Dio se levantou com a mão no abdome e fazendo uma careta de dor.

–Acho que deveria ter batido com mais força. – Disse Rey.

–Você é louca ou o quê?

–Eu sou o que você quiser, Dio. – A menina o puxou pela blusa e o empurrou para o capô do carro.

–Solte-me, Rey! – Dio tentou se levantar, mas sentiu seu abdome latejar de dor – Ai...

–Eu vou fazer seu dodói sarar. – Rey se inclinou em cima dele e passou a mão por debaixo da camisa.

–Sai, Rey! – Dio a empurrou contra a parede.

–Ai! – Ela resmungou. Ajeitou o cabelo e, com a luz do farol do carro, foi desfilando a passos lentos até onde o rapaz estava. – Você anda bem nervosinho ultimamente.

–Não me provoque.

–Mas eu não fiz nada.

–Você me atropelou!

–Foi sem querer... – Rey se aproximou mais ainda e beijou o canto da boca de Dio.

Ele suspirou pesadamente e segurou o braço da menina, afastando-a.

–Somos irmãos, sua louca.

–Eu faria de tudo para descobrir que isso é mentira. – Disse ela mordendo o lábio inferior e usando o tom mais sedutor que pôde.

Dio engoliu em seco. Sabia que as palavras de Rey eram apenas palavras soltas, mas ele ainda escondia uma verdade, que poderia mudar tudo naquele momento.

–Mas não é. – Dio ficou de frente para Rey – Olha, eu não quero mais que você aja assim. O Sr. Von Crimson não irá gostar nada disso.

–O nosso pai, você quis dizer.

–Tanto faz. Não ligo para isso de família, você sabe.

–Você não liga para muita coisa, não é? – Ela se aproximou novamente, passando a mão suavemente no braço de Dio – Poderia não ligar para...

Quando foi beijá-lo, Dio se esquivou e saiu daquele local. Entrou no carro.

–Vamos.

Rey se sentiu constrangida pelo que fez. Algo estava estranho. Ela viveu toda a sua vida ao lado de Dio, mas agora... Alguma coisa estava despertando entre os dois.

O rapaz olhou para o lado e depois para trás. E, assim que Rey entrou no carro, soltou:

–Vai fazer doação ou algo do gênero?

–Calado. – Resmungou.

Dio ligou o carro e saiu. Como a rua estava deserta, talvez com poucas pessoas caminhando, não houve tanto alvoroço depois da cena recente.

Os dois seguiram para casa em silêncio. Até o rádio havia sido desligado.

***

A noite caiu. O céu estrelado enfeitou o espaço até o amanhecer pedir licença para iluminar mais um dia. O segundo encontro que Arme planejou havia chegado.

Arme acordou cedo junto com a mãe, reclamou muito até as duas começarem a arrumar a casa, pois a baixinha já se acostumara a acordar depois de meio dia e ainda nem eram sete da manhã.

–Ninguém mandou dar essa ideia para o seu padrasto.

–Mãe! – Arme a olhou – Vamos terminar logo de arrumar a casa, antes que eu me arrependa.

A mãe da baixinha riu e continuou a faxina.

Na hora do almoço, já estava tudo nos trinques; Arme foi para o seu quarto tomar um banho e nem almoçou, deitou na cama e dormiu. Acordou com travesseiros batendo em seu corpo.

–Acorda dorminhoca! – Gritou Ryan, dando outra “travesseirada”.

–O que vocês fazem aqui? – Arme se sentou na cama com o braço no rosto para não receber outra pancada de surpresa.

Ryan não se importou com a pergunta e deu outra. Arme segurou o travesseiro, arrancou da mão de Ryan e deu uma “travesseirada” na cara do menino.

–Eu fiz uma pergunta!

Todos os quatro: Lire, Ronan, Lass e Elesis, que estavam ao redor da cama, deram um passo para trás.

–Ér... Lembrem-me de nunca mais acordar essa fera. – Avisou Ryan, se afastando também.

Arme passou a mão no rosto e suspirou.

–Desculpa, eu esqueci totalmente a hora que vocês viriam e apaguei.

–Chegou até roncar. – Murmurou Ryan.

Arme olhou para o lado, pegou um doce de pelúcia e jogou em Ryan, que pegou e observou o objeto.

–Admiro esse doce ainda sobreviver ao seu lado. – Disse Ronan, fazendo as meninas e Ryan rirem.

Arme procurou mais travesseiros ou objetos de pelúcia, mas só viu o celular próximo. Respirou fundo, cruzou os braços e revirou os olhos.

–Enfim! – Decretou a baixinha – Podem descer que eu já estou indo.

–Limpa aqui, ó. – Ryan passou a mão no canto da sua boca para indicar à baixinha – Está sujo de baba.

Arme fechou o punho e encarou Ryan, que saiu correndo do quarto. A baixinha ficou de joelhos na cama e, quando Lass passou, o puxou para um beijo.

–Eu te amo, viu?

Ele murmurou um “Também”. Depois do beijo, desceu junto com os amigos. Não demorou muito e todos já estavam na sala.

Sentaram no chão.

–O que iremos fazer? – Perguntou Lire.

–Bem, eu pensei em jogos. – Começou Arme – Mas não qualquer jogo... – Fez uma expressão marota e concluiu – Vamos brincar de Jogo da Verdade!

Só Arme sorriu com a sua sugestão.

–Qual foi gente?! – Abriu os braços e se levantou – Vai ter lanchinho durante o jogo...

–Opa! Quando começamos? – Ryan se manifestou esfregando uma mão na outra e com um sorriso no rosto.

Arme conquistara um, faltavam quatro.

–Poderemos demostrar nossos sentimentos... – Ninguém se protestou – Ér... Podemos descobrir momentos constrangedores dos amigos.

–Gostei. – Disse Lass, encarando cada oponente sentado.

–Interessante... – Ronan passou a mão no queixo e fez a mesma coisa que Lass, olhando cada um ao seu redor.

Só faltava convencer as meninas. Arme pensou bem e olhou para Lire.

–Podemos descobrir algumas coisas que são duvidosas. – Xeque! Pensou Arme, pois Lire tinha dado um sorriso e balançado a cabeça positivamente. Só faltava a Elesis – Podemos fazer com que os idiotas paguem mico. – A ruiva olhou para Ryan e Ronan e soltou uma risada. Mate!

Todos aceitaram a brincadeira.

–Quando começamos a comer? – Perguntou Ryan estreitando os olhos pela casa a procura de alimento.

O avô de Arme apareceu com uma bandeja de misto quente e uma garrafa de refrigerante, os copos, pratos e guardanapos já estavam expostos a mesa.

–É bom ver os jovens reunidos e longe daqueles celulares com “Wautzap”.

–Com o quê, senhor? – Ryan se conteve para não rir.

O restante colocou a mão na boca.

–“Wautzap”. – O avô de Arme parou um pouco e, depois que deixou a bandeja e a garrafa na mesa, acrescentou – Ou no “feceibook”.

–É Facebook, vô. – Corrigiu Arme.

–Também não quero saber desse não. – E saiu da sala.

Ryan colocou a mão na barriga e caiu para trás de tanto rir.

–Véi, seu avô é o melhor. – Disse, depois que conseguiu cessar as gargalhadas.

–Você achou tanta graça, que esqueceu até da comida. – Observou Elesis, que, ao terminar de falar, passou a mão no rosto.

–Oi? – Perguntou Ryan, com a boca cheia.

–Esquece.

–Bem, já temos comida, bebida e todo mundo aqui. Podemos começar? – Perguntou Arme, que pegou uma garrafa com um pouco de água para dar peso, que estava ao lado do sofá e colocou no meio da sala. Sentou-se.

–Vai ser assim: Começa com alguém e esse alguém roda a garrafa, quando cair...

–Não somos burros, não, Arme. – Disse Ronan.

–Deixe-me terminar?

–“Deixe-me terminar?” – Repetiu com uma voz irritante.

–Cala a boca!

–“Cala a boca!”.

–Idiota. – Arme encarou Ronan, pois se ele a chamasse de idiota apanharia.

O azulado entendeu o que aconteceria e se calou.

–Enfim! – Arme continuou – Quando cair numa pessoa, ela tem as opções. Sendo que a pessoa que caiu, não irei rodar, seguiremos a ordem da roda, pode ser? E terá o lance da moeda para saber se é verdade ou mentira.

Todos concordaram. Arme pegou a moeda da mesa e segurou.

A roda estava posicionada com Elesis em frente ao sofá, Ronan ao seu lado, depois Lire, Arme, Lass e Ryan, que ficou com as costas para a porta.

Começou com a ruiva, que rodou a garrafa e parou em Lire. Elesis observou bem os dias que passou com a loira e a sua mudança de comportamento, aproveitaria isso para começar.

–Lire: Verdade, situação, nota ou desafio? – Perguntou a ruiva.

–Verdade.

–Como o Ronan está entre as duas e não está no jogo da pergunta ainda, ficará com você a moeda. – Arme entregou para ele – Cara, verdade. Coroa, mentira.

–Ui... – Ronan esfregou as mãos e pegou a moeda – Eu tenho o poder.

Elesis revirou os olhos e Ryan fez sinal positivo com as duas mãos.

–Lire, é verdade que está acontecendo algo com você, que vem te deixando um pouco... Fora do normal? – Mandou.

–Sim. – A loira encarou o Ryan – Tem algo me deixando muito estressada. Muito estressada!

Ryan olha para um lado e depois para o outro.

–Tá... Tem algo realmente a estressando. – Sussurrou para Lass, que apenas balançou a cabeça.

–Ronan, verifique se isso é verdade. – Disse Arme, vendo a tensão se formar no jogo.

Ronan jogou a moeda.

–Ah! – Colocou a mão na boca com ar de surpresa – Mentira, Lire! Logo você? Que decepção. – Ronan fez todo o drama.

Arme bateu palmas, o jogo estava esquentando. Elesis analisou bem a situação.

–O que aconteceu com você tem a ver com certa pessoa? – Continuou a buscar a verdade.

Lire, sem precisar disfarçar, olha novamente para Ryan.

–É! É uma pessoa.

–Vamos ver se agora vai. – Ronan jogou a moeda, pegou com a mão direita e bateu nas costas da mão esquerda – Ainda não é toda a verdade...

–Oh... My... God! – Arme estava começando a rir da situação.

–Gente! – Lire começou a ficar vermelha.

Elesis aproveitou o clima extasiado.

–Lire, essa pessoa que te deixou estressada está entre nós?

A loira fica em silêncio.

–Bem, vou aceitar o seu silêncio como sim. – Disse Elesis, que olhou para Ronan.

O azulado jogou a moeda.

–Verdade! – Comemorou Ronan – Você anda estressada com uma pessoa que está aqui. Hum...

O silêncio se instalou no jogo. Ronan pigarreou e girou a garrafa.

–Lass... – Encarou o amigo com um sorriso maléfico – Verdade, consequência, situação ou nota?

–Verdade.

–Hum... Você quer colocar para fora seus podres, né? – Ronan começou a rir – Vamos lá... – Encarou Lass e mandou: – É verdade que, quando eu e Ryan chegávamos ao colégio, você tinha bala e não dava para a gente? E ainda por cima! – Levantou a voz – Dizia que não tinha uma mísera pequena quantidade de açúcar misturada com substâncias aromáticas e solidificada, que se deixa dissolver na boca?

Lass olhou para Ryan, que balançava a cabeça negativamente e cruzara os braços.

–Ér... Bem, cara, todo mundo iria me pedir bala, então era melhor fingir que não tinha do que ficar sem.

–Concordo com o Lass. – Disse Ryan – Até eu escondia meus doces, confesso.

–Eu estava bem com amigos mão-de-vaca. – Disse Ronan.

Ronan já tinha passado a moeda para a Lire que jogou e caiu Cara, era verdade.

–Bom saber que você não mentiu, rapazinho. – Ronan encarou Lass.

–Eu mentiria? – Disse e virou o rosto.

–Acho melhor eu rodar. – Comunicou Lire, dando a moeda para Arme e depois girou a garrafa – Ryan: verdade, situação, nota ou desafio? – Perguntou de forma ríspida.

–Ér... – Ryan pensou bem, ele sabia que estava se afastando um pouco da namorada e, mesmo que tivesse motivos, não poderia magoá-la – Nota.

Sem analisar muito, perguntou:

–Que nota você daria para a minha beleza?

–Lire, claro que é... – Ryan olhou para Ronan e depois para Lass, respirou fundo e disse: - Nove e meio.

Arme jogou a moeda e caiu verdade.

–Nove e meio, Ryan? – Lire começou a sentir dúvidas.

–Foi o que a moeda disse, então, não vamos contrariá-la.

–OK! – Lire resolveu encerrar o assunto.

–Minha vez. – Disse a baixinha, para que não começasse uma discussão entre Lire e Ryan.

Rodou a garrafa.

–Elesis: Verdade, consequência, situação ou nota?

–Vamos continuar na nota.

–Então... Que nota você dá para a nossa amizade? Nossa queria amizade!

–Tenho que responder? – Perguntou a ruiva, um pouco envergonhada, afinal, sua vida mudara completamente depois que conheceu aquela turma.

–Sim.

–De quanto a quanto?

–De zero a dez.

–Vocês foram... Os únicos amigos que ficaram comigo até agora, metade do ano, e isso foi uma coisa que eu pouco conquistei na minha vida, então... A nossa amizade não poderia ser menos que dez.

Lass estava com a moeda e jogou. Coroa...

–Mentira! – Gritou Ryan – Polêmica! – Começou a passar uma mão envolta da outra – Pode falar os podres dessa amizade, nós deixamos.

–Bem, se é para falar, então tá... – Elesis respirou fundo – Ryan, você é irritante; Ronan é irritante; Lass fica no meio disso. Ér... Arme fica tomando conta da minha vida e Lire é indecifrável, então, por não sermos perfeitos, nove. Porém, - Elesis olhou para cada um da roda – vocês são as melhores pessoas e os melhores amigos que eu poderia ter.

Lass jogou a moeda e deu verdade.

–Muito linda as suas palavras. – Comentou Ryan – Mas... Eu sou irritante, Elesis? Eu sou irritante?! EU?! Irritante?!

–Eu também amei o que disse. – Informou Arme – Mas eu tomo conta da sua vida, Elesis? Tomo mesmo? Eu já disse que sou curiosa, pois quero me tornar jornalista.

–E eu não sou irritante. – Concluiu Ryan – Só sou feliz ao extremo.

Arme e Ryan cruzaram os braços. Elesis apenas revirou os olhos.

–Enfim. – Disse Lass, girando a garrafa – Arme: verdade, situação, nota ou desafio?

A baixinha sorriu e ficou olhando para o namorado.

–Desafio, mas pega leve, viu? – Arme deu um beijo na bochecha dele.

Lass pensou por um tempo.

–Já que você gosta de falar, vai até o meio da rua e fica gritando.

–Não, poxa. – Disse Ronan – Isso ela já faz naturalmente.

–Verdade... Tem que ser algo polêmico, não natural. – Acrescentou Ryan – Eu sei que você consegue pensar em algo melhor, Lass.

–Idiotas. – Arme ficou emburrada com os dois.

–Se eu a mandar comer doces, também é algo natural... – Lass entrou na brincadeira, mas parou ao receber um olhar nada meigo de Arme.

Ryan se aproximou do amigo, mas Lass o empurrou.

–Pera, cara, eu quero te dar uma ajuda.

–Não, Ryan.

Ele continuou insistindo e Lass o empurrando com a mão.

–Sai daqui!

–Cara, é só uma dica.

–Não! – Lass usou força o suficiente para fazer Ryan cair perto das pernas de Elesis.

–Fiu fiu. – Brincou Ryan, que recebeu mais um soco da ruiva.

O menino resolveu parar e voltou para o seu respectivo lugar no jogo.

–Arme, duvido você jogar algo em alguém de nós.

–O quê, por exemplo? – Perguntou Arme.

–Qualquer coisa.

–Por quê?

–Porque é o meu desafio. – Lass ficou sério o bastante para a baixinha parar de mudar o assunto – Pode jogar na pessoa mais querida.

Arme olhou para todos.

–Tadinha da Lire, já sofre todo dia com essa amiga ao lado e ainda vai levar uma coisada da Arme. – Ryan riu, mas parou ao ver que Lire não achara graça.

–Ou melhor... – Lass pensou em algo para esquentar o seu desafio – Arme, com algum de nós você, com certeza, tem intrigas. – Todos olham para a ruiva – Eu te desafio a jogar a mochila na Elesis.

–Polêmica, polêmica, polêmica! – Ryan ficou animado – Momento Rocky Balboa!

Arme ficou pensativa, olhou para a sua mochila no sofá, retirou tudo, voltou para o lugar onde estava e jogou a mochila.

Elesis se levantou.

–Olha só!

Arme se levantou também.

–Olha só o quê?

–Polêmica, polêmica! O mundo está polemizado! – Ryan cutucou Lass, que apenas ignorou.

–A sua sorte é que estamos numa brincadeira. – A ruiva voltou a se sentar.

Arme se sentou e suspirou aliviada. Era a vez de Ryan.

–Ronan: verdade, situação, nota ou desafio?

–Se eu escolher verdade, você sabe muito da minha vida e pode dar treta. Desafio... Você me fará fazer algo constrangedor. Nota... Estou ferrado mesmo. Então... Situação. Não, não, pera. – Ronan pensou bem – As situações também podem ser constrangedoras. Vai verdade mesmo.

–Interessante... – Ryan lançou um olhar fatal para o amigo – Ronan, é verdade que... – O coração do azulado começou a acelerar.

–Que...?

–Que...

–Fala!

–Quer mesmo que eu pergunte isto?

Ronan engoliu em seco. Fechou os olhos.

–Pode mandar.

–Todos saberão, Ronan.

–É a vida. – Ele abriu os olhos.

–Tudo bem. É verdade que... Você deixa a melhor parte do biscoito para o final?

O pessoal começou a rir.

–Droga! Eu queria guardar segredo, Ryan!

–Foi mal, aí. – Ryan aproveitou o assunto sobre comida e pegou mais um misto e encheu o seu copo de refrigerante.

–É verdade. – Afirmou Ronan.

Elesis jogou a moeda.

–É mentira! – Insinuou a ruiva.

–Então você come a parte mais gostosa e jogo o biscoitinho fora? – Perguntou Ryan, com a boca cheia.

Ronan encolheu os ombros. Elesis novamente jogou a moeda. Cara.

–É verdade... Que desperdício, cara. – Comentou Ryan.

–Não me julguem! – O azulado cruzou os braços.

–Pode guardar os biscoitinhos e depois me dá. – Sugeriu Ryan, tirando outro pedaço com queijo, fazendo aquela ponte infinita.

Ronan fez um sinal positivo com o polegar e riu; o jogo continuou. Elesis rodou a garrafa.

–Arme?

–Situação.

Elesis pensou um pouco.

–Bem, já que você está com a mão leve em jogar as coisas, vamos ver quem mais você irá machucar.

–Ui! – Ronan e Ryan falaram juntos.

Arme deu de ombros.

–Vamos à situação: Você na escola e o professor Sieghart começa a soltar sua fúria.

–Eu já passei por isso e não é legal, não. – Disse Ryan, relembrando os treinamentos.

–Enfim, - prosseguiu Elesis – E ele acaba soltando o “Golpe dos cem cortes”.

–Ih... Não vai prestar. – Ryan fez uma expressão de dor.

–E você só pode ajudar uma pessoa, das duas que estarão lá ao seu lado. A Lire, sua amiga desde sempre ou o Lass, seu namorado; quem você salvaria?

Ronan bate com as mãos no chão para dar mais tensão. Arme olhou para Lire e Lass.

–Quem você deixa sofrer a fúria e quem você salva? – Insistiu a ruiva.

–Bem, eu poderia salvar o meu namorado e deixar o Ryan salvar a Lire! – Arme achou que conseguiria equilibrar a situação.

–Não! – Elesis protestou – É você, Lire e Lass. Só. E o Sieghart para causar tudo isso.

–Poxa, eu seria o herói, cara. – Ryan olhou triste para a ruiva.

–Não!

–Tá, eu não queria mesmo. – Ele empinou o nariz e olhou para o lado.

–Ok... Ok. – Arme se deu por convencida – Eu salvaria a minha amiga.

Um coral de “ownt” se fez presente na sala. As duas se abraçaram e depois a baixinha deu um beijo no Lass.

–Te amo, tá?

Lass apenas riu.

Ronan estava com a moeda e jogou. Verdade. O azulado rodou a garrafa.

–Lire?

–Nota.

–Lire, que nota você daria para as emoções explosivas da Elesis?

–Como assim, Ronan? – A ruiva o encarou.

–É só uma pergunta. – Defendeu-se – Enfim, Lire.

–De quanto a quanto?

–De zero a dez.

–Eu dou... Seis. – Disse, um pouco acanhada.

–Seis?! – Elesis se manifestou intrigada.

–Desculpa, mas tem momentos que você me assusta.

–Mas seis?

Lire murmurou para Arme jogar logo a moeda.

–Deu verdade, então vamos encerrar o assunto. – Disse Ronan.

Lire girou e caiu na Arme.

–Verdade.

–Arme, é verdade que, quando você está discutindo com a Elesis, você nunca me dá ouvidos? Por que eu tento, juro que tento falar com falar com você, mas parece que nunca me ouve.

–Você fala comigo quando eu discuto com a Elesis? – A baixinha juntou as sobrancelhas.

Lire abriu a boca e ficou paralisada.

Lass jogou a moeda.

–Por essa eu não esperava ser verdade. – Disse Lass.

–Desculpa, amiga. – Disse Arme, girando a garrafa, Lire apenas reprovou a atitude dela, mas considerou – Ryan.

–Desafio.

–Então, Ryan...

–Espera! Respira fundo e lembra os nossos anos de amizade!

Arme bateu as mãos e sorriu.

–Relembrando a nossa amizade...

–Droga...

–Quando nós éramos crianças.

–Ai, não lembra. – Ryan colocou as mãos no rosto.

–Adorávamos várias músicas.

–Não...

–E tinha uma em especial que você A-DO-RA-VA.

–Não... – Ryan tirou as mãos do rosto e olhou com uma expressão de choro para Arme.

–Polêmica! Polêmica! – Disse Ronan, colocando mais lenha na fogueira.

–Não. – Ryan fez bico e balançou a cabeça negativamente – Você não pode fazer isso.

–Por que não? É polêmica. – Ronan ficou encarando o amigo.

–Só eu que posso fazer isso, cara.

–Sem graça. – Ronan se deu por convencido e parou.

–Enfim, qual é música? – Elesis estava interessada.

–Dance Conga para nós.

–Não, não, não. – Ryan implorou.

–Conga, cara? – Ronan começou a rir – Bem que eu suspeitei de você no começo da nossa amizade.

–Parou! – As bochechas de Ryan começaram a ficar vermelha – Achei ofensivo, vamos parar com a brincadeira. Acho até que chegou a hora do lanchinho.

–Nada disso! – Arme bateu com as mãos no chão – Vai dançar Conga!

Ronan e Elesis começaram a cantar.

–“Conga la conga. Conga conga conga. Conga la conga. Conga conga conga”.

Ryan se levantou.

–No meio! – Exclamou Arme.

A mãe e o avô de Arme apareceram na sala.

–Quem vai dançar Conga? – Indagou o avô.

–Eu... – Ryan levantou a mão.

–Estamos de saída, mas acho que dá para vermos isso. Relembra quando vocês eram crianças. – Disse a mãe da baixinha.

Ronan e Elesis contaram novamente e Ryan dançou com a mão no rosto. O avô e mãe de Arme caíram na gargalhada.

–Uhu! Arrasou! – Ronan bateu palmas e começou a rir.

–Aguarde, Ronan. – Ryan olhou com uma expressão vingativa.

A mãe e o avô da baixinha passaram pelo grupo.

–O lanche está todo pronto lá na cozinha, quando quiserem é só pegar lá, tá bom? – Avisou a mãe.

–Depois desse mico todo, acho que eu mereço comer sozinho esse lanche, tia. – Disse Ryan, com um sorriso no rosto.

–Tem uma grande quantidade especialmente para você, Ryan. – A mãe de Arme riu e saiu de casa.

O jogo deu sua sequência. Lass girou a garrafa.

–Elesis?

–Verdade.

–Ah, sacanagem! - Ryan bateu com a mão no ar – Verdade tem que cair com o Arme ou Lire, que sabem os podres da amiga... Mas vai logo com o Lass? Ele vai pegar leve.

Lass deu um meio sorriso.

–Ou não... – Ryan ficou surpreso.

–Bem, é verdade que você não usa batom?

–E nunca usarei, Lass.

–Por que não?

–Ah... Gostei... – Ryan sorriu maleficamente.

–Sério isso?

–Anda, Elesis, eu sei que a Arme tem brilho, batom, até manteiga de cacau. – Avisou Lass.

–Verdade... E uso todos eles. – A baixinha ficou surpresa pelo seu namorado saber bem sobre ela.

Elesis demorou um pouco, mas depois se levantou e seguiu para o banheiro, sendo que resolveu ver se tinha algo na cozinha, afinal, Arme gostava muito de doce, poderia ter um Baton...

A ruiva abriu a geladeira, mesmo sendo a sua primeira vez na casa da Arme, e viu uma caixa aberta, tinha um Baton à vista.

–Perfeito. – Murmurou.

Voltou para a sala com um sorriso no rosto.

–Para quem odeia maquiagem, você está bem feliz. – Comentou Lire, desconfiando.

–O seu batom é... – Ryan semicerrou os olhos – Marrom?

–Não me lembro de ter um batom desta cor. – Analisou Arme.

–Parece chocolate. – Ronan, que estava perto dela, pôde identificar.

–É. – Elesis riu – Arme, estou te devendo um Baton, se é que você me entende.

–Boa. – Lass achou legal o fato de Elesis ter articulado tudo para não usar maquiagem.

–Um Baton? Um Baton?! Você roubou um Baton meu?! Você me deve uma caixa!

–Eita... Foi mexer logo com o doce da Arme. – Sussurrou Ryan, que já passara por isso.

–Como assim uma caixa? Essa conta está errada! Eu só peguei um bombom.

–Me deve, pelo menos, meia caixa. – Exigiu Arme.

–Que meia caixa, o quê? – A ruiva desaprovou.

–A inflação, Elesis, a inflação. – Murmurou Ronan, para ajuda-la.

–Isso! – Elesis sorriu – A inflação está alta, então só dois bombons.

–Sete. Só aceito sete, pelo menos. – Arme a encarou.

–Três.

–Seis.

–Três!

–Tá... Eu aceito quatro.

–Ótimo. – Disse a ruiva com tom de superioridade.

–Só isso, gente?

–Ryan, o que você tem a ver com a história? – Indagou Elesis.

–Eu quero comer também, ora. – Ryan ficou emburrado – Aliás, quando eu peguei um bolinho seu, Arme, você me fez pagar uma caixa de bombom e dois pacotes de bolinho Ana Maria. Nem me deu chance de negociação.

–Tá bom, Ryan, tá bom. Naquela época eu era mais neurótica com doce. Pode deixar que eu dividirei esse com você.

–Acho bom.

Arme encarou o amigo, que sorriu para amenizar a sua situação.

Deram uma pausa para lanchar. Conversas aleatórias quebraram o silêncio. Quando voltaram a se sentar, não ficaram na mesma ordem.

Lire ficou no lugar da ruiva, depois ficou Arme, Ryan, Elesis, Lass e Ronan.

A loira recomeçou o jogo. Caiu para Ronan.

–Desafio.

–Tem certeza, Ronan? – Lire soltou um sorriso diferente, mais travesso.

–Acho que sim. – O azulado arregalou os olhos – Por quê?

–Porque eu não sou tão boazinha como pensam. E meu desafio é: Vai até a rua e dê uma cantada “fail” em alguma mulher. Seja criança, mais velha, da sua idade, tanto faz.

–Gente! O que fizeram com a Lire? – Ronan quase caiu para trás.

A loira começou a rir.

–Essa eu não posso perder. – Ryan foi o primeiro a se levantar.

Todos se levantaram depois.

–Eu acho que só a Lire precisa ver isso. – Sugeriu Ronan.

–Nada disso, esse é o melhor mico do dia. – Elesis começou a rir – Hoje eu verei o idiota azul em ação.

Ronan se deu por derrotado.

Arme foi a primeira a sair. A rua não estava muito movimentada, mas esperaram mesmo assim. Perto da casa da baixinha, tinha um salão de festas que estava sendo arrumado. Uma jovem saiu de lá com uma caixa e passou pelo grupo.

–Droga... – Murmurou Ronan, passando as mãos no rosto.

A menina parecia ser da idade deles e era bonita. Elesis sentiu algo em seu peito, uma dor desconhecida e incômoda. Resolveu não olhar mais para a menina.

–Boa sorte, cara. É gatinha. – Ryan deu umas tapinhas no ombro de Ronan.

Quando a menina passou por eles, Ronan pigarreou.

–Ei! – Chamou.

Como era a única a passar no meio da turma, a menina acabou olhando para trás.

–Falou comigo?

Ronan paralisou.

–É. – Disse, por fim – Sabe... – Colocou a cantada em ação – Hoje é o seu aniversário?

–Não... Por quê? – Perguntou a garota.

Ryan começou a rir, não conseguiu se segurar. Até Lass não aguentou e colocou a mão no rosto. As meninas não entenderam.

–Porque, mesmo assim, você está de parabéns. – Ronan passou a mão no cabelo, jogando-o para trás.

–Cantada idiota. – A menina riu timidamente – Mas obrigada.

Lire se aproximou de Ronan.

–Eu sei que você pode dar uma cantada pior. – Sugeriu a loira.

Ronan olhou para amiga de cima a baixo.

–Sério, quem é você e o que fez com a Lire?

A loira se segurou para rir.

–Ei! – Ronan respirou fundo e chamou novamente a menina, que se virou para ele com um sorriso de quem já esperava por outra cantada – Me chama de previsão do tempo e... – O azulado lançou uma piscadela – E diz que está rolando um clima.

Ryan não se segurou e deu uma gargalhada.

–Se você continuar, eu vou acabar cedendo aos seus encantos. – A menina entrou na brincadeira e até jogou um charme para Ronan.

–Acho que está bom, né? – Elesis se virou e entrou para a casa, mostrou-se irritada com o fato de a menina ter gostado.

A turma a seguiu. Ronan foi o último a entrar, pois acabou se despedindo da menina e pedindo desculpas pela cantada.

–Vamos continuar! – Arme ficou bastante empolgada, pois já tinha um plano em mente.

–Sinceramente, acho que poderíamos encerrar a brincadeira. – Elesis deu sua opinião.

–Nada disso. – Lire estava se divertindo também.

–Droga. – Elesis se sentou, assim como todos.

Ryan encarou o amigo que acabara de fazer o desafio.

–Garanhão, hein?

Ronan abaixou o rosto, estava vermelho de vergonha. Mas, além disso, não conseguia parar de pensar em Elesis, no que dissera para ela no dia da praia, o que acontecera neste dia e até mesmo o momento juntos no final.

Que confusão!

–Minha vez. – Arme rodou a garrafa, se não fosse nessa rodada, ela guardaria o que tinha em mente para a próxima – Elesis – O plano entraria em ação.

–Posso ir ao banheiro antes?

–Não.

–Poxa, Arme.

–Escolhe logo.

–Desafio. Acho melhor escolher com você do que com a Lire.

A loira riu.

–Perfeito. – Murmurou a baixinha – Sem enrolar muito: Elesis, te desafio a beijar o Ronan.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...