Chegando à feira, as barracas já estavam quase todas montadas, e muita gente passava procurando frutas e legumes de qualidade. A menina passava pelas barracas como se fosse um juiz, vendo os produtos e selecionando-os em sua mente. Conhecia os feirantes, pois toda terça visitava a mesma feira, alguns ate estavam em feiras de outros dias, ela ia quase sempre a quase todas. O sol já estava alto no céu e o clima começava a ficar mais quente. A bailarina passava pelas pessoas cumprimentando-as, os feirantes que gostavam da menina de vez em vez davam algumas frutas a ela. Animada corria e dançava entre as pessoas que andavam para todos os lados buscando os melhores preços. Quando chegou ao fim da feira parou sua dança já cansada, e então começou a reparar numa família que chegava de carro na feira: O homem dirigia e estacionava o carro, a mulher estava ao lado se olhando no espelho, e da porta de trás saia um menino que parecia zangado. A mulher saiu do carro e o homem seguiu viagem sozinho. Ela arrastava o filho em direção a feira, e ele parecia não querer ir de forma alguma. A pequena estava intrigada, “como alguém podia não querer ir à feira?”-pensava ela. Continuou olhando e seguindo-os, ate então o menino se soltar da mão da mãe e finalmente conseguir permissão para sair de perto dela. Ele foi até a praça, sentou-se num banco qualquer e começou a jogar pedrinhas no lago. O menino resmungava enquanto atirava as pedras com toda força. Um pouco brava e curiosa a bailarina se aproximou:
--Por que joga as pedras tão forte assim em?
O rapazinho que parecia ter mais ou menos a mesma idade que ela apenas a olhou de forma rude, o que serviu apenas para irritá-la mais:
--Eu perguntei POR QUE joga as pedras no lago. –estava com os braços cruzados e agora na frente do menino impedindo-o de olhar o lago, dessa vez ele respondeu:
--Não acho que seja da sua conta.
--Tudo que fere o meu ambiente é sim da minha conta sabia?
--Ah me desculpe senhorita- disse irônico- Não sabia que a praça pública era sua.
--Não, não é minha!- o fitou.
--Então não meta o bedelho no que não lhe chamaram. -e ele saiu de volta ao encontro de sua mãe.
Muito zangada com a impertinência daquele rapazinho a bailarina das ruas o amaldiçoou de todas as formas que achou possível. Voltou pra sua casa em cima do prédio e continuou inconformada praguejando sem parar. Achava que pessoas assim não mereciam continuar por ali.
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