História Vivendo com você, Livro dois - 3

Lily’s POV:

_Você tirou a nota máxima, amor, parabéns – eu digo dando um abraço em Christian.

Ele estava cursando a faculdade de engenharia civil e era um dos melhores da turma. Ele acabou de fazer um trabalho super difícil, que ele ficou quase um mês fazendo e conseguiu a nota máxima, eu estava orgulhosa.

Christian e eu estávamos firmes depois de mais de quatro anos de namoro, apesar de que tivemos uma briga a um tempo atrás e ficamos três meses separados. Mas agora estávamos juntos de novo e mais fortes do que nunca. Louisa brincava que nós dois já estávamos perto de casar, mas eu não sei. Ainda faltam dois anos para eu terminar a faculdade, e ele também. Mas todo mundo sabe que medicina gasta muito do tempo e eu ainda tenho a residência pela frente, então não sei, vamos ver o que vai acontecer com o tempo.

Christian estava me levando de volta para casa, já que hoje eu saia da casa da minha mãe e voltava para a casa do meu pai. Tayna tinha evoluído muito nesses anos. Ela hoje era uma mãe muito boa e até tinha arranjado um marido legal dessa vez. Ian era um cara legal, tratava ela é meus irmãos direto e dessa vez eu não tinha um padrasto escroto, o que me deixou feliz. Os meninos não perguntavam mais de Bread, Nem tocavam no nome dele. Agora que eles estavam maiores, minha mãe sabia que logo logo ela teria que explicar tudo que aquele canalha fez, o que não seria nada fácil, mas os pirralhos eram espertos e sei que iriam entender.

Dou um abraço em cada um, com uma advertência para se comportarem.

_Vejo vocês no fim de semana – eu digo e eles confirmam com um aceno de cabeça.

_E você Ian, cuide deles, principalmente de mamãe.

_Pode deixar Lily – ele puxa minha mãe pela cintura e lhe dá um beijo carinhoso na testa – Eles estão em boas mãos.

_Lembre-se que eu estou sempre de olho.

_Eu sei.

_Filha você tem que ir mesmo? – Tayna pergunta. Ela vivia insistindo para eu me mudar para cá, mas eu não ia sair da casa do meu pai, aquele lugar era meu lar e por mais que eu amasse minha mãe, eu jamais deixaria Will.

_Tenho sim mãe – eu falo – Agora que a semana de prova acabou, eu preciso ir embora, sinto muito.

Ela suspira.

_Tudo bem, sei que não vai adiantar falar para você ficar, então, tenha juízo e se comporte – ela me dá um abraço – Mande lembranças a Will.

Entro no carro com Christian e nós finalmente seguimos para casa.

No caminho, enquanto nós dois contratos conversávamos, eu parei para apreciar o quanto os 21 anos fizeram bem para ele. Chris agora tinha um ar mais adulto e maduro. O cabelo tinha um corte mais elegante, a barba por fazer o deixava mais estiloso e seus olhos agora pareciam mais azuis. Talvez seja o amor falando, mais eu o achava muito lindo.

Eu também estava diferente. Meu cabelo que antes batia na bunda, agora estavam um pouco abaixo dos ombros, quase alcançando meus seios. Eu tinha ganhado alguns quilinhos, nada para me deixar gorda, mas eu estava mais encorpada do que antes. Apesar disso eu gostava do meu novo visual, os anos estavam me fazendo bem.

Chegamos na porta de casa, e sabe aquela sensação que você tem, quando ficou muito tempo viajando e finalmente chega em casa? Era aquilo que eu estava sentindo. Eu amava ficar com minha mãe, mas aqui era minha casa, era aqui que eu me sentia a vontade.

Subo a tampinha da entrada e abro a porta, logo o cheiro divino de bolo saindo do forno entra no meu nariz, indicando o fato que Louisa ainda estava em casa.

_Que cheiro divino – eu digo entrando.

Ela me liga surpresa por alguns segundos e logo depois vem em minha direção me dando um abraço apertado.

_Louisa .... Lou tá me sufocando – protesto e ela me solta.

_Desculpe – ela fala meio envergonhada – Eu só estava com saudades.

_Eu também. Cadê o meu pai? – eu olho de um lado pro outro, mas não consigo ver Will.

_Ele está ajudando Jamie a se vestir para a escola, e Jamie está ajudando ele a arrumar Sam. O seu irmão, apesar de pequeno, já entende muito bem a condição do seu pai e o ajuda muito – ela sorri orgulhosa – Isso me deixa – ela suspira e limpa uma lágrima da bochecha – Você sabe como me deixa.

_Sim – eu falo sorrindo – eu sei.

_Esse bolo está só cheirando, ou está gostoso? – fala Christian atrás de mim e Louisa nos conduz até a cozinha.

_Prove e me responda – ela fala colocando uma fatia em um prato e entregando para Chris, depois corta uma e entrega para mim.

Realmente, estava uma delícia. Começamos a comer e a conversar, contei a Louisa algumas coisas que aconteceram na faculdade e ela me disse algumas coisas que aconteceram aqui. Com o tempo de prova, eu mal tinha preso de vir em casa e acabava que eu quase não convivia com eles. Jogamos conversa fora, até que eu ouvi uma coisinha que eu conhecia Benz me chamar.

_Lily! – Jamie grita atrás de mim.

Eu saio do banco que eu estava sentada e corro para dar um abraço no meu irmãozinho , que estava bem maior do que da última vez que eu o vi.

_Ei garotão, deixe eu olhar para você – me afasto um pouco e vejo ele vestido com seu uniforme, ele estava muito fofo – Você cresceu.

_Sim, mamãe marcou na parede, depois eu te mostro.

Eu sorrio assentindo e logo minha atenção e tomada pelo meu pequeno monte de cabelos castanhos correndo em minha direção. Abraço Sam, sentindo seu cheirinho de neném. Eu observei com tristeza que meu bebê estava crescendo e logo logo já não iria mais ser o meu Caçulinha.

_Eu estou ficando velha ou vocês que estão crescendo rápido demais?

Os dois riem.

_Acho que um pouco dos dois – Louisa grita lá da cozinha.

_Eu acho é que vocês têm que me dar outro irmão, pra eu ter outro bebê pra adular.

_É fácil falar, não é você que troca as fraudas – Olho para trás e vejo meu pai parado na frente do corredor.

_Na verdade, ela fala isso pro que não é ela que vai carregar o irmão nove meses e depois aguentar a dor do parto – Louisa comenta e eu ignoro o comentário indo dar um abraço no meu pai.

_Sentiu saudade? – pergunto.

Ele da de ombros.

_Na verdades nem percebi que tinha saído – ele fala seco.

Semicerro os olhos para ele, mas posso ver um sorriso brincar na beirada dos seus lábios e acaba rindo também.

_Estou brincando, senti sua falta sim filha, bem vinda de volta.

_Obrigada pai.

Terminamos de tomar café e Jamie insistiu que o levasse para a escola, mas depois de muito insistir, eu consegui convencê-lo de que eu precisava dormir um pouco. E realmente precisava, depois de tantas provas, tudo que eu queria era uma boa noite – ou nesse caso, tarde – de sono. Sam também queria ficar comigo, mas Louisa o levou para trabalhar com ela e todos saíram, deixando apenas eu e Christian na casa.

Nós dois arrumamos a cozinha do café da manhã e fomos direto para o meu quarto, nos jogando como duas pedras em cima da cama, os dois exaustos de tanto estudar.

_Finalmente posso deitar sem ter que levantar para poder correr para a faculdade – Christian fala e eu rio.

_O sentimento é recíproco – Eu digo – Você vai ficar aqui ou vai pra casa?

Ele parece pensar um pouco, mas depois se esparrama mais na cama.

_Vou ficar por aqui mesmo, creio que se eu dirigir agora, vou dormir no volante.

_Em outras circunstâncias – eu falo olhando pro teto – Nós dois faríamos outra coisa invés de dormir.

Olho para ele e vejo ele sorrindo.

_Isso foi antes de virarmos universitários.

Nós dois rimos e depois ficamos em silêncio. Eu já estava quase dormindo quando senti ele me puxar e fui surpreendida por um beijo apressado.

_Mas não estamos mortos – ele fala antes de me puxar para um beijo caloroso e nos perdemos um no outro.