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História Você é definitivamente um mau caminho!!! - Medo


Escrita por: Nihalksc

Capítulo 18 - Medo


Fanfic / Fanfiction Você é definitivamente um mau caminho!!! - Medo

Acho que faz uns 20 minutos desde que ouvi algo que não fosse eu mesma, ou seja, desde que o homem me trancou aqui! Estou em pé na porta, mas tenho certeza que não vão me deixar sair.
Eu estava completamente e totalmente, tentando me concentrar em não entrar em pânico!
Não conseguia ver um único feixe de luz, no mais mínimo lugar, não sabia se meus olhos estavam abertos ou não, tinha que colocar minhas mãos para sabê-lo.

Me encostei à parede e deixei meu corpo deslizar até estar sentada e logo abracei minhas pernas e deitei minha cabeça em minhas pernas.
Nunca fui uma criança de sentir medos, que outras crianças costumavam ter.
Desde que me lembro, moro com meus avós, no interior. Sempre fui muito moleca o que deixava meus avós preocupados constantemente... Lembrar-me deles, faz meu coração se apertar! Como devem estar? De repente a imagem de Vint aparece em minha mente, seu sorriso branco e perfeito em um rosto forte, que contrastava com seu cabelo loiro mel.
Eu espero de coração, que ele esteja bem! Pergunto-me se ele pensa se estou bem...
Fecho os olhos e tento dormir para ver se as horas passam mais rápido. Meus olhos pesados logo se fecharam.

Acordei ofegando, pelo pesadelo que tinha acabado de ter com meus avós e Vint, e olhar para os lados não ajudou muito. Apertei os olhos com força com as mãos e me concentrei em me acalmar. E para dizer a verdade não estava funcionando. Eu podia ouvir o barulho ensurdecedor de meu coração bombeando freneticamente contra minhas costelas. Minha respiração era alta e áspera. Esses estranhos barulhos estavam me enlouquecendo! Barulhos que não se costuma ouvir no nosso normal dia a dia. Tentei me acalmar e pude sentir e ouvir com precisão cada um dos barulhos se desacelerarem.

Me levantei, porque minha coluna estava doendo e pude sentir e ouvir meus ossos estalarem e roçarem um no outro. Encostei-me a parede e me concentrei em manter a sanidade.
Estava pensando em Vint, e em como ele me faz ter diversas sensações e sentimentos ao mesmo tempo como em um turbilhão! Sua mão forte que às vezes era muito fria ou muito quente. Seus dedos longos e elegantes que me faziam ter sensações que... Deus... eram muito boas!
Dei uma risada e me sentia mais confortável. E foi quando ouvi um pequeno som de farfalhar de que me era estranho, não sabia dizer exatamente que tipo de som era, e agucei meus ouvidos, poderia ser um rato talvez?

O barulho se fez de novo e dessa vez acompanhado de um estridente som de algo metálico se arranhado na parede. Aquilo me assustou tanto que minhas pernas tremeram e meu coração começou a soar escurecedor aos meus ouvidos novamente.
O que poderia ser? Não estou sozinha? E se for alguém, será alguém que devo me preocupar?
O som começou de novo mais alto ainda e incessável me fazendo tampar os ouvidos.
Medo corria em minhas veias, minhas pernas tremiam muito, com esse escuro, sem poder ver nada, como posso lutar?
— Q-Quem e-está ai? — perguntei com voz tremida.

Não ouve resposta e o som tinha parado. Esperei ansiosa por outro barulho qualquer, porque só assim poderia soltar o ar que estava prendendo.
O som não voltou, e meus músculos estavam relaxando aos poucos. Endireitei minha coluna e tentei relaxar. Se tiver alguém aqui é melhor estar preparada para o que der e vir. Mas alguns minutos tinham se passado e o barulho não tinha sido feito de novo. Comecei a fazer um exercício de respiração para controla-la e me acalmar, o que estava dando certo e foi quando achei que meu sangue tivesse virado gelo de tão arrepiada que estava, quando senti uma respiração em meu pescoço. Dei um grito e corri para o outro lado da parede.

Olhava para os lados tentando sentir onde estava quem quer que fosse. Meus joelhos batiam um no outro de tanto tremer.
Passos estava vindo em minha direção com algo metálico sento arrastado ao chão me fazendo choramingar de medo. Comecei a andar encostada a parede bem devagar tentando não fazer barulho, mas era a coisa mais difícil de fazer aqui dentro desse lugar.
A coisa, seja lá o que for estava me acompanhando em minha volta pelo quarto, eu podia saber pelos passos e o negocio se arrastando. Minhas lágrimas começaram a escorrer silenciosamente por meu rosto, eu estava desesperada e consumida por um medo que latejava em meus ouvidos!

Os passos pararam e eu parei também e esperando sinal de qualquer movimento.
Mas, não ouve. De repente tudo parou acho que até mesmo as batidas de meu coração, quando sem nenhum aviso, ou passos, o que quer que seja, estava agora respirando bem em um rosto a centímetros de distancia, e eu queria vomitar com o cheiro de podre, fétido e cadavérico. Esgueirei-me milímetros por milímetros, tentando me afastar e também não respirar. Consegui sair e andei para longe. E foi quando senti minha cabeça bater com força e estava no chão. Minha cabeça doía muito, engatinhei para longe e senti algo gelado e metálico em minha perna, dei um chute e gritei, e então senti e também não senti quando aquele negocio gelado tinha entrado em minha perna rasgando minha pele fazendo sangue escorrer.
Eu podia ouvir minha pele sendo dilacerada e logo sendo abafado pelo meu grito de dor, era uma dor que queimava e rasgava. Logo ouvi a risada e os dentes brancos e pontiagudos macabramente sorrindo para mim, gritei mais ainda e me arrastei para longe. A risada ficou mais sonora fazendo o medo me consumir em ondas.

Chorei de alivio quando vi aporta se abrindo e luz entrando. Comecei a gritar para me ajudar mais ninguém vinha. Arrastei-me para a luz com toda minha força e velocidade que conseguia e finalmente tinha saído da escuridão.
Levantei a cabeça para ver quem tinha aberto a porta e me salvado e vi que era James Clark encostado a parede de maneira elegante. Sorria para mim com arrogância. Logo se abaixou de ante de mim e eu agarrei em sua calça e apontei para dentro do lugar escuro sem conseguir falar. Ele sorriu.
— O que foi querida Jenna?
— D-Dentro... — não conseguia falar. Ele não conseguia ver minhas pernas sangrando? — Minhas pernas...
— O que a de errado com elas? — perguntou sorrindo de novo. — Não a nada nelas!

Olhei para minhas pernas e não tinha nada em minhas pernas, estavam intactas e sem nenhum arranhão. Olhei para ele sem entender.
— Se deixando ser consumida pela escuridão, ora, ora, não é mais uma criança querida. Achei que fosse mais forte que isso! Mas vejo que até você pode ter alucinações em um quarto totalmente escuro. Está curiosa em saber quanto tempo passou ai dentro? — perguntou de maneira suave. — Exatas duas horas minha querida!

Não pude acreditar. Parecia muito mais!


 



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