História Você é minha - Akari と Sakura

   Eu acordei e fui direto para o banheiro. Quando sai para a cozinha Itachi me esperava lá com uma expressão séria no rosto. Eu sei que foi por causa de ontem mas o que eu posso fazer? Como evitar pesadelos? Eu me sentei em uma das cadeiras e ele logo começou a falar.

Itachi - Por que não está indo mas ao psiquiatra? - Perguntou e eu fechei a cara. É sobre isso que ele quer falar?

Sakura - Não me dou muito bem com ele. - Comentei e ele me lançou um olhar severo.

Itachi - Então você gosta de sofrer não é?

Sakura - Do que está falando?

Itachi - Ele é seu psicólogo e seu psiquiatra. Ele pode te ajudar mas você o que faz? Não vai mais as consultas o que só me faz pensar que gosta de ter esses pesadelos e sentimentos ruins.

Sakura - Ele não pode me ajudar Itachi.

Itachi - Então quem pode? O que pode!? - Perguntou aumentando um pouco a voz.

Sakura - VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR ASSIM COMIGO! - Gritei já irritada com tudo aquilo e ele se levantou me encarando.

Itachi - Você quer se casar comigo? - Perguntou simples. Como assim? O que ele quer dizer com essa pergunta?

Sakura - É claro que eu quero! - Respondi e ele me olhou de uma forma que não sei explicar mas me deu medo.

Itachi -  Então NUNCA, mas nunca mais diga que eu não tenho direito de me preocupar com você. - Falou mais sério ainda e eu estremeci um pouco.

Sakura - O que quer de mim? - Perguntei antes que ele se afastasse.

Itachi - Que se cuide! Vá ao psicólogo direito! Tente se livrar disso para que possamos ser felizes. Enquanto você fizer isso eu vou fazer a minha parte.

Sakura - E qual é a sua parte?

Itachi - Pegar a pessoa que te fez ficar com tanto medo mesmo já tendo essa idade. E antes disso, cuidar para que ninguém mais encoste um dedo sobre você. - Respondeu e em seguida a campainha tocou.

Akari - Bom dia Itachi.

Itachi - Ah, que bom que chegou. Eu vou indo então. - Ouvi Itachi dizer e logo ele saiu sem me dirigir mais a palavra.

Akari - Bom dia Sakura. - Falou e me deu um beijo no rosto se sentando perto de mim.

Sakura - Bom dia. O que faz aqui? Não vou começar hoje no trabalho?

Akari - Eu vim conversar com você. - Sorriu e eu já sabia o que vinha por aí.

Sakura - Itachi te pediu isso?

Akari - Por que não vai mais as consultas? A gente às vezes precisa de uma ajuda para lidar com certas coisas.

Sakura - Eu estou cansada de falar sobre essas coisas! Mas as pessoas não entendem o quanto isso é chato e ainda por cima… Tenho medo do Itachi me deixar por causa disso. - Contei e me bateu uma vontade de chorar com o pensamento de ser odiada pelo Itachi.

Akari - Não acho que ele te deixaria só porque precisa de um tempo para você conseguir fazer isso.

Sakura - Um tempo? Um tempo eu sei que tudo bem mas e se eu nunca conseguir fazer? - Perguntei e ele nada me respondeu mas depois começou a falar.

Akari - Itachi está magoado achando que tem medo dele.

Sakura - Ele te disse isso?

Akari - Não. Mas é o que eu acho.

Sakura - Eu não tenho medo dele!

Akari - Seria bom começar deixando isso bem claro. - Sorriu para mim.

Sakura - Eu também não quero falar da minha vida sexual com meu pai. - Disse e ele novamente sorriu, dá para acreditar?

Akari - Legal que já me veja como pai. Obrigado.

Sakura - E… E sobre a minha mãe biológica? - Fiz a pergunta mas ele ficou sério.

Akari - Precisamos de mais um tempo para que ela se acostume com a ideia.

Sakura - Ela te contou o motivo de ter me perdido? Quero dizer… A Mebuki me roubou não é?

Akari - Eu ainda não sei nada sobre isso.  Por que não vamos ao hospital e te ensinarei umas coisas?

  Sakura On

E nós fomos, e de alguma forma eu soube que ele só quis mudar de assunto mas mesmo assim o dia foi legal. Aprendi várias coisas. Eu teria uma mesa na ante sala do escritório dele e receberia o telefonema de outras funcionárias para que eu avisasse quando ele estivesse disponível para atender pessoas ou telefonemas. Também agendar reuniões mas isso ele disse que eu aprenderia aos poucos. Meu pai é um cara legal. Me fez pensar em como teria sido se eu fosse criada com ele, o simples pensamento me fez rir a toa.

Akari - Do que está rindo?

Sakura - Ah… Estava imaginando como seria se você tivesse me criado.

Akari - Você não estaria morando com um homem antes de casar. - Respondeu e eu ri.

Sakura - Sabe que não fazemos nada.

Akari - Mas se depender do Itachi. - Brincou e eu pensei que caso eu não tivesse meio que ataque de lembranças do estupro se dependesse de mim também.

Sakura - Você é bem ocupado não é?

Akari - Um pouco.  Vamos comer alguma coisa?

Sakura - Claro. Já estava com fome.

 Então eu fui a uma lanchonete aqui perto com ela. Nos sentamos para comer e jogar conversa fora e não foi só ela que imaginou aquilo… Eu também estava preso em perguntas do tipo : E se eu a tivesse criado? Bem, minha resposta foi que certamente ninguém a teria estuprado e nesse momento, me peguei culpando o meu irmão. Itachi comentou comigo que suspeita sobre Uchiha Madara e que Kizashi não tenha nada a ver. Me deu alívio mas não deixo de pensar que foi falta de responsabilidade da parte dele, ter deixado uma criança ser estuprada?  Deixei esses pensamentos de lado e iniciei outro assunto.

Akari - Sakura… Não tem vontade de fazer alguma faculdade?

Sakura - Eu? Não. Não me imagino mais em uma sala de aula.

Akari - Tenho certeza que Itachi não tem nada com isso de você querer ser apenas a esposa dedicada mas… Nenhum sonho de profissão você tem?

Sakura - Não. Nenhum.

Akari - Entendo.

Sakura - Decepcionado comigo?

Akari - Claro que não. - Sorri para ela e ela me sorriu de volta.

Sakura - Desculpe mas é que… Apenas não tenho nenhum sonho. - Ela me respondeu e eu me perguntei como isso seria possível.

Akari - Já pode me chamar de pai. - Brinquei e ela me olhou séria.

Sakura - Okay… Pai. - Disse meio sem jeito e eu senti uma lágrima nos meus olhos. Acho que estou meio gay.

Akari - Aa, estou feliz. Obrigado.

Sakura - Haha Se sente estranho não é?

Akari - Eu me sinto ótimo.

 E enquanto os dois conversavam não sabiam o que estava rolando na mídia sobre um certo Itachi.