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História Você Foi o Melhor Erro - O novo CEO


Escrita por: L-na

Notas do Autor


Bem, o primeiro capítulo reescrito com sucesso! Espero que possam gostar, atualizarei todos os dias, não faltará oportunidade =) Obrigada novamente a todos por continuarem a ler <3

Boa leitura! *^*

(Eu tenho um xodó por essa foto ♥)

Capítulo 1 - O novo CEO


Fanfic / Fanfiction Você Foi o Melhor Erro - O novo CEO

Capítulo 1

 

De um jornalista escandaloso para um beijoqueiro do escritório, é o meu apelido de agora. Só porque brincamos de verdade ou desafio e eu fui o que beijou mais. É até o melhor, porque os de antes não tinham o devido reconhecimento sobre minha pessoa. Prazer, sou Byun BaekHyun e moro em Seul.

Já era a oitava vez que colocavam apelidos sobre minha pessoa, é cansativo e de tanto usarem um, inventam outro e por aí vai.Trabalhar numa editora de moda e aguentar falsidade dos colegas de escritório é horrível! Só que, felizmente, eu sou uma pessoa de bom coração e simplesmente não consigo ficar calado quando existe alguma injustiça.

Trabalho na revista no.1 da Coreia, a tão aclamada e invejada SHYTER. Até hoje eu não sei qual é o significado por trás do nome, talvez o presidente apenas jogou as palavras e nasceu isso. Meu trabalho é editar colunas de ensaios, corrigir os erros de coreano e enviar ao XiuMin, que é meu supervisor, que do XiuMin vai até o presidente da empresa.

Uns dias atrás escutei alguns rumores de que o filho mais novo da família da empresa, os Parks, seria o novo CEO e até agora ninguém apareceu. Seu nome é Park ChanYeol e pelos os murmúrios dos meus colegas, o homem é um deus grego. Bem, eu gostei da ideia, ter um CEO gostoso irá aprimorar meu dia.

- BaekHyun, por favor será que você poderia me passar o caderno de atividades e eventos deste mês?  - KyungSoo, meu melhor amigo e também jornalista, havia se pronunciado.

- Tudo bem, mas não venha com papo de me bajular se o seu trabalho for pegar coisas pesadas. Meus músculos não são tão fortes quanto o do XiuMin. - disse, entregando-o a agenda. - E falando nele… onde ele se meteu?

- Oras, onde ele se meteu - falou com ironia e eu bem… quer dizer, todo mundo que o conhecia já sabia onde ele ficava todos os dias às 14h da tarde.

- Mas aquele menino não se aguenta uma única vez quando vê o Chen. Nem sei como o mesmo não se enfraquece todas às vezes.

A verdade é que o XiuMin era conhecido na empresa por ser cafajeste e por ficar com qualquer um, mas surgiu o Chen, um secretário de vendas da revista e o XiuMin começou a despertar um interesse nada genuíno por ele.

- Nem diga mais nada, apenas olhe para a sua direita disfarçadamente.

Olhei super disfarçadamente e vi o pescoço do Chen com alguns chupões e seus lábios inchados e bastante vermelhos. Ele caminhou super disfarçadamente e sem reparar nos milhares de olhares que recebeu dos outros jornalistas, supervisores, etc. Sentou-se em sua mesa e poucos minutos depois começaram a cochichar.

- Será que ele não se cansa de ser tão maltratado assim, não? - Uma estilista nojentinha havia comentado com a sua amiguinha nojentinha também.

- E o que você tem a ver com o que acontece com o Chen? Aliás, vocês. - todo mundo se estremeceu quando observaram o XiuMin adentrar no escritório. -   Eu tenho uma pergunta, por acaso vocês já terminaram os seus trabalhos? - alguém ia responder, mas o mesmo desistiu pela expressão no rosto de XiuMin - Não? Então que continuem. - e levantou a voz na última frase saindo para a sua sala.

No final, todo mundo se pôs em seu lugar e o dia se encerrou assim: Chen, sendo todo envergonhado pelo que acontecerá minutos atrás, XiuMin, me torturando para acabar logo de corrigir e minha dor de cabeça só aumentava. Ele acha que é fácil corrigir doze colunas, o coreano desgastado dos meus colega, não me surpreenderia se eles errassem até mesmo o seu nome. Ainda tenho que aguentar as piadinhas e ele nem liga, fazer o quê. Kyung conseguiu terminar de finalizar o agendamento do mês, pediram para o mesmo entregar 5 cópias do calendário ao presidente, mas como o tal novo presidente não apareceu, ficou com o XiuMin.

A empresa ficava no centro de Seul e eu morava em Gangnam, então era mais fácil de me locomover. Eu não sou rico, o rico é o Kyung. Enfim, moramos num apartamento simples, com móveis modernos, as cores das paredes eram todas diferentes uma das outras, é uma casa colorida e bastante confortável. Temos uma varanda cheia de flores e, por morarmos no décimo andar, à vista no cair da noite é de tirar o folêgo. O único problema era que não podíamos ter animais domésticos e nem uma mini festinha, baladinha também. A verdade é que no prédio moravam mais pessoas de classe média e nojentinha. Um dia, quisemos fazer uma baladinha, mas a nossa querida vizinha chamou a polícia para gente e quase fomos expulsos do prédio. O jeito é apenas aceitar.

Meus pais moram na ilha de Jeju, foi por causa do meu trabalho que fui para a Coreia. Eu sou filho único, então meus pais sempre esperam o melhor de mim. Nunca passei por necessidade, graças aos esforços deles, consegui ter uma vida confortável. Vim para à Coreia quando tinha 22 anos, agora tenho 26 anos, e conheci o Kyung por acaso do destino. Eu era um inquilino do mesmo. quando morávamos num duplex, tínhamos muitas coisas em comum e por isso nos demos bem. Só fomos morar no prédio porque sua mãe o obrigou dizendo que morar num duplex é perigoso e essas baboseiras. Ela achava que a casa podia desmoronar.

Neste momento, Kyung e eu estávamos no táxi a caminho do apartamento e eu só pude perceber que chovia um pouco pelos pingos que caíam na janela. Amo chuva e só de pensar que voltarei pra casa um pouco mais cedo e poder me aconchegar nas cobertas é um sonho.

Quando chegamos em nosso prédio, eu paguei o táxi e adentramos no prédio. Na verdade, era mais um condomínio do que um prédio. Quando entramos no elevador, Kyung me parou dizendo que havia esquecido seu celular no trabalho, eu até queria ir junto, mas ele me impediu e falou para adentrar logo. Dei de ombros e o vi caminhar novamente para fora. O nosso apartamento é um pouco mais grande que o normal: dois quartos e uma sala-cozinha.

Já em casa, deixei a bolsa e o casaco em cima da cama, tirei os sapatos e joguei pro outro lado do quarto, entrando no banheiro logo depois. Mais especificamente na minha banheira quentinha. Depois do banho um pouco demorado, fui para a cozinha, porque comida é algo que não podemos resistir por nada.

Vesti meu pijama, sequei o meu cabelo e fui atrás de comida, mas quando abri a geladeira não vejo nada comestível para mim e decido comer pizza. A pizza de Gangnam não tem comparação. Aqui a pizza é feita com todo carinho do mundo e principalmente a de muçarela… Hum, chega a manteiga derrete. Peguei meu celular e disquei o número da pizzaria e daqui há 8 minutos chegará, bem rápido. Me estirei no sofá, ligando a tv e mudo para o meu canal preferido. Fazer o que se a musa inspiradora do meu trabalhinho perfeito é a Joan Rivers, ainda fico inconformado por ela ter morrida. Tão jovem, agora o “Fashion Police” fica reprisando porque não conseguiram uma apresentadora a altura da Joan.

- Ufa, pensei que nunca chegaria! - olhei para Kyung e me assustei.

- 'Tá louco? - ele olhou pra mim com as sobrancelhas franzidas.  - Vai molhar o apartamento inteiro e ainda vai arrumar uma gripe. Vá logo pro chuveiro! - ser um ano mais velho têm as suas vantagens. Ele me obedeceu sem reclamar e sumiu da sala.

- Só digo uma coisa: só porque é mais velho, acha mesmo que tem o direito de mandar em mim? - gritou.

- Sim, porque se não fosse por mim você nunca teria ficado com o JongIn! - rebati mesmo e parece que a bicha se aquietou.

Oito minutos se passaram e lá estava a minha pizza. Paguei o moço, fechei a porta e corri pra cozinha. Pegando dois copos grandes, enchi-os de refrigerante e coloquei a pizza sob a mesa. Ele ainda tem que me agradecer por ter pedido a janta. Quando estava prestes a comer, o meu celular tocou na sala e sai correndo pra pegar.

- Alô?

- Alô nada, cadê o resto do respeito? - XiuMin, só pelo tom de voz pude o reconhecer - Não tem o meu número salvo, não? Que grande consideração pelo seu supervisor.

- Alô, meu digníssimo supervisor e dono do coração do Chen. - ouvi uma risada. - Não salvei o seu número porque você está ligando de um número que não conheço.

- Justamente, é o meu número novo. Mas não liguei por causa do meu número novo não. - mudou sua voz para mais séria. - Recebi um e-mail confirmando à vinda do novo presidente e será amanhã, tenho que fingir novamente a todos os funcionários que sou rígido e um ótimo trabalha-..

- Ótimo trabalhador? Onde produção? Só se for no pescoço do Chen - ri mesmo e não me importei com a bronca. - Mas por que só amanhã? E não hoje?

- Também não sei, mas dizem que é porque ele estava com a sua mãe na Inglaterra.

- Só de perceber que falta o primeiro dia de trabalho, já sei que vai ser ausente na maior parte do tempo.

- Nem quero pensar nisso, vou ter que ligar pra todo mun… Aliás, por que você-...

- Nem venha, não. Estou cansado de tanto fazer o seu trabalho. - o interrompi e ouvi uma risada. - Não ria, sabe do que estou falando.

- Okay, desumano. Irei fazer isso. Tem como, pelo menos, avisar Kyung?

- Só porque não vou fazer o seu trabalho não quer dizer que sou desumano, pede o Chen. Posso sim.

- Está bem. - riu fraco. - Boa noite e até amanhã!

- O mesmo. - desliguei.

Coloquei o celular no lugar e voltei pra cozinha.

- Ei, você já… Ah, esquece, você comprou. - o pinguim voltou de seu banho com o seu pijama e se sentando na mesa. Não me esperou e enfiou um pedaço na boca, devorando-o.

- Ya! Comida é sagrada, tem que apreciar o aroma e depois comer devagar. - do jeito que ele havia comido, foi como se estivesse com fome há dias. - Até parei de comer pra te ver devorando.

- Ah, cara, me deixa. Passei quase o dia sem comer nada, nem bebi água… Falando em água, vou pegar uma garrafa d’água. - se levantou pra ir até a geladeira.

- Comprei refrigerante, não quer? - olhei pra trás para olhá-lo.

- Vou não, estou sem sede de refrigerante. Deixa guardado, de madrugada eu bebo. - virei para terminar de comer o meu pedaço  - Aliás, com quem você estava falando? - voltou a se sentar.

- Virou minha mãe agora? - revirou os olhos. - Com o XiuMin. Ele havia dito que o novo presidente chegará amanhã e tudo tem que está em ordem.

- E quando você pretendia contar pra mim?

- Quando você perguntasse. - ri e ele bufou.

 

· · • • • ✤ • • • · ·

 

Como eu havia dito, a vista da cidade na varanda é muito linda. Faltam dez minutos para a meia-noite, algumas luzes coloridas ligam na cidade e é muito fascinante como a mistura de cores ficam lindas juntas. Parece um arco-íris todo cheio de glitter, só que na terra e não no céu.

Confesso que esse novo presidente me deu um ar de ansiedade. E se ele for chato, arrogante e esnobe? Ou se ele não souber nada? Pelo que o XiuMin disse, ele aparenta ser um filhinho mimado pela mamãezinha, então creio que ele não saiba de nada. Eu que não vou dá uma de ajudante. Sou pago pelo que eu trabalho e não ajudar. Mas eu disse que tenho um coração mole e terei que ajudar o próximo, haja paciência.

Meia noite em ponto e as luzes ligaram. Lindas como sempre! Sorrio com a vista e decidi voltar pro meu quarto e dormir. Amanhã será um dia de dor de cabeça.

· · • • • ✤ • • • · ·

6h30min da manhã de quarta-feira.

- Vamos acordando porque hoje vai ser muito divertido. - Kyung gritou, invadindo meu quarto e depois eu que sou o escandaloso.

- Ya! Eu quero dormir, me deixa vai! - estou com tanto sono e essa praga vem me acordar. - Só mais cinco minutinhos, te juro! - dizia pegando a colcha da cama para me enrolar nela.

- Nada disso! O XiuMin ligou dizendo que temos que chegar cedo porque o novo presidente vai chegar cedo. - pegou a minha coberta e jogou no chão. - ANDA LOGO! - está bem, agora ele gritou mesmo.

- 'Tá legal, seu chato! - fui levantar rápido, mas veio aquela tontura e sentei na cama.

- Agora! - gritou antes de sair do quarto.

- Anão maldito, num deixa a pessoa dormir em paz e vem atazanar a vida da pessoa, eu em! Desapega, menino. - resmunguei, aliviado pelo mesmo não estar presente.

Entrei no banheiro, liguei o chuveiro, relaxei por alguns minutos. Desliguei o chuveiro, vesti o roupão e escovei meus dentes. Bom, hoje é um dia novo, nada mais justifica o capricho pelas roupas caras. Cheguei na sala, peguei meu celular e coloquei na mochila e fui pegar um café, não encontrando Kyung. Onde ele se meteu? Nem pude pensar que o mesmo me enviou uma mensagem dizendo que já estava lá no saguão. Idiota! Me chama e depois vai embora e nem me espera. Se bem que embora ele não foi, me esperou.

Sai do apartamento, tranquei-o e fui para o elevador. Já no saguão, o vi sentando com as pernas cruzadas me esperando. Mas antes um cara da recepção havia me dito que já colocaram a gasolina no meu carro e eu já podia dirigir. Sorri animado para Kyung.

- Vamos, meu carro já ‘tá pronto. Anda logo. - falei descruzando as pernas dele e fomos para o estacionamento.

- Espera, você ‘tá dizendo que não fomos ontem de carro por que o seu estava sem gasolina? - perguntou sarcástico. - Só pode estar brincando.

- E o que que tem? Trabalho numa revista de moda e não num posto de gasolina. - liguei o carro e o ar condicionado.

- Não é preciso trabalhar no posto de gasolina para colocar gasolina no carro. Toda pessoa sabe fazer isso.

- Então acho que sou alienígena. - Kyung bufou e colocamos o cinto de segurança.

No caminho para o trabalho, XiuMin ligou perguntando se já havíamos chegado e respondi que não. Ele bufou e depois desligou pedindo para que chegássemos logo. A pessoa que todo mundo está esperando é o presidente e não eu. Que povo mais abusado! Se bem que é o meu trabalho. Merda.

Quinze minutos no máximo, chegamos na empresa.

- Vamos logo! - Kyung tirou o cinto de segurança dele e nem esperou por mim e foi correndo para a entrada.

- Espera, doido! - gritei ainda no carro, o estacionando de qualquer jeito e pegando a bolsa e corri para o prédio. - Ô doido, nem pude ligar o alarme do carro de tanta pressa. - adentramos no elevador e trabalhávamos no quarto andar.

- Desculpa, mas é que 'to muito nervoso. Se ele não nos ver, vai falar com o XiuMin.

- Como se ele não nos conhece?

- Esqueceu que todos os nossos chefes recebem uma ficha de todos os empregados? Então.

- E ele lá tem memória boa assim? O XiuMin teve que decorar meu nome durante uma semanas. - chegamos no andar e saímos do elevador.

- Não sei, mas não podemos atrasar. - havia um corredor pequeno e no lado direito ficava o nosso escritório.

- E se ele faltar hoje? - estávamos correndo para a porta do escritório. - E eu nem pude dá um gole no café.

- Se ele faltar, faltou. - chegamos no escritório, abrimos a porta e vejamos… correria pra tudo quanto é lado.

- KyungSoo e BaekHyun não fiquem parados e todos para os seus cantos! - Kris havia gritado, não tinha dito nada sobre ele porque ele é meio ausente, e foi meio estranho vê-lo ali. - Rápido!

- Está bem.

Corremos para as nossas mesas, que eram juntas, uma de frente para o outro, e fizemos tudo que nos mandavam. Quando todo mundo cumpriu com suas obrigações, eis que a porta se abre… Lá estava ele. De pé, olhando para todo mundo. E é claro, ninguém havia sentando desde que chegou e estávamos um pouco suados. Eu tive vontade de rir de tanta elegância que todo mundo ficou: barriga pra dentro, roupas bem passadas e uns fios de cabelos soltos.

- Seja bem-vindo, Sr. Park. - Kris, todo arrumadinho, chegou perto do presidente, reverenciou e colocou as duas mãos para o lado, ele estava de frente pra ele, a fim de apresentar todo mundo - Somos todos os editores da revista SHYTER, será um prazer tê-lo como nosso presidente. - sorriu, mas o tal novo presidente apenas o olhou e foi reparando em tudo.

- Obrigado. - disse baixo, eu sou um pouco surdo, não consegui ouvir nada.- Bom…- voltou o seu olhar para nós. - Espero que todos vocês possam se esforçar bastante, não irei deixar nenhum erro passar despercebido, gostaria de vê-los se esforçando com suas devidas atividades. Está claro?.

- Sim, Senhor. - dissemos uníssono.

- Meu pai elogiou bastante vocês, seria terrível que eu não possa elogiar também. - agora ele andou mais para frente, até sair do chão altinho da entrado e parando na frente do Chen, que é a primeira mesa, o olhou rápido e voltou com o olhar pra todo mundo. - Eu só tenho uma pergunta, me expliquem o por quê de vocês estarem vestindo roupas de outras revistas? - perguntou, já imaginei que aquele tom de voz rígido irá atormentar meus sonhos. - Já irei me decepcionar com vocês? - pegou no casaco de uma mulher lá com nojo e soltou rapidamente.

Silêncio.

- Não vão me responder? - olhou pra todo mundo e parou seu olhar sobre mim e congelei. - Byun BaekHyun, é o seu nome, certo? - merda, o desgraçado tem uma boa memória. Engoli seco e assenti, mas parece que não o agradou.

- Sim, Senhor.

- Me diga, quem criou essa revista? - caminhava até a mim e infelizmente eu não conseguia desviar do seu olhar.

- O Sr. Park JungDon. - com a resposta, ele sorriu de lado. Merda, esse homem é estranho.

- Quem de vocês não sabiam? Sejam honestos e não mintam, será pior. - e todo mundo engoliu seco… E uma garota levantou a mão. - Vocês nunca ouviram falar que não devemos trabalhar com quem não conhecemos? A nunca trabalhar com estranhos? Está demitida. - gente, fiquei com medo. Todo mundo o olhou assustado, que homem era aquele? Mesmo eu comprovando que ele é um deus grego, sua personalidade faz jus a sua expressão ameaçadora.

- Por favor, não faça isso, Senhor. - a garota se ajoelhou na frente dele e pegou na sua bolsa, mas ele não se comoveu e deixou ali.

- Bom, era apenas isso. Bom trabalho a todos. - se afastou dela sem nenhum pingo de simpatia e caminhou para a escada, sua sala ficava acima de todos.  Mas antes olhou para nós. - Que isso não se repita nunca mais. - e subiu o resto dos degraus.

- Ufa, agora posso respirar em paz! - falei, soltando todo o ar que um dia eu pude ter.

- Meu Deus, como ele foi capaz de fazer isso? - Kris perguntou, completamente surpreso.

- Confesso que banco o fortão, mas ele causou arrepios. - Drake, um colega, havia dito.

- O jeito vai ser todo mundo curvando a cabeça pra ele. - a minha chefe, Dana, de colunas havia se pronunciado.

- Nem morto que vou negar esse homem. Ele parece que vai matar qualquer um que errar. - a Mia disse, ela é irmã do XiuMin e supervisora do Kyung.

- Nem me fala. Viu quando ele falou comigo? Pensei que ia morrer de não respirar. - falei, dando um gole no café e peguei uma coisa qualquer pra abanar porque eu estava suando.

- Eu achei que ele ia te matar ou falar alguma piadinha com você, beijoqueiro. - Kris dizia.

- Ah, começou. - resmunguei e eles riram.

- Estou só brincando-...

XiuMin chegou na minha mesa e todo mundo olhou pra ele.

- O presidente quer falar com cada um de nós.

- O quê? - Mia exclamou.- É o fim, ele vai matar todos nós.

- Nem morto que vou lá. - Drake respondeu, querendo se esconder debaixo da mesa.

- Qual é, Drake? Sério? Debaixo da mesa? - XiuMin perguntou com ironia - Todos. Nós. Agora. Falar. Com. Ele. - e apontou pra sala dele - Se não todo, mundo demitido.

- Ele não pode nos demitir, quem ele pensa que é? - falei e levei uma tapa na cabeça do Kyung.

- Nada mais, nada menos que o filho do dono. - zombou de mim e foi até a escada. - Eu vou primeiro. - e subiu

- O que será que ele quer falar? - Dana havia perguntado.

- Não sei, eu achei estranho ele ter feito isso. Nunca ninguém fez isso. - XiuMin foi para a sua salinha que era embaixo mesmo e o Kris ficou andando de lado pro outro.

- Menino, o que tu tem?

- Medo, ansiedade, medo, medo e já falei medo? - agora ele estava roendo as unhas.

- Medo de quê? - Mia perguntou.

- Se ele ver no meu relatório que quase nunca venho ao trabalho, ele me demite. - soltei uma risada e ele me fuzilou com o olhar.

- Bom, boa sorte pra você. - Dana zombou. - Quem mandou faltar tanto. - e foi fazer alguma coisa no computador. Eu suspirei de preocupação e só então pude me sentar na cadeira e bebericar o resto do café.

Vinte minutos se passaram e quase todo mundo já havia ido, nem levantei e fiquei mexendo no computador.

- BaekHyun, é você agora. - Drake me chamou, mas eu não conseguia levantar. - Foi estranho lá. - e sentou em sua mesa.

Suspirei e olhei para a escada. Estou aflito e bem visível isso, merda.

- Boa sorte.

Kyung me desejou, mas eu só conseguia ouvir as batidas do meu coração. Estou completamente fudido de tão nervoso. Subi a escada lentamente, mordendo meu lábio inferior, olhei para a porta de sua sala e peguei na maçaneta, eu estava suando! Droga, mil vezes droga!

Abri a porta, me reverenciei e recebi um “Sente-se”.

- Byun BaekHyun, 26 anos, mora em GangNam e veio da Ilha de Jeju. - falou me encarando e nem ao menos leu alguma coisa, alien. Limpei a garganta antes de responder.

- Sim, Senhor.

- Por que a revista SHYTER? - ele juntou suas mãos e empinou seu nariz com ar de autoridade.

- Porque de onde eu venho, só essa revista era mais comercializada lá e como eu gostava de ver a moda como uma amiga, comecei a ler a revista e ficar interessado nela. - fui sincero mesmo, não tinha nada pra fazer a não ser ler a revista.

- Como um passatempo… E o que mais?

- Desculpe-me, é só isso.

- Interessante. - riu fraco e olhou para o meu relatório - Você parece menos bonito na sua foto. - o quê? Paralisei e ele voltou a me olhar. - Eu não sou tão durão assim como aparentei há poucos minutos, sou amigável fora daqui. Mas se não for do jeito que eu quero, é demitido. - cortou o sorriso - Você foi o primeiro a não acrescentar mais nada. Casado?

- Não.

- Sei que você é gay. - sorriu - E também sei que há rumores dizendo que sou gay… - cortou o sorriso

- E o senhor é? - fiquei interessado, vai que ‘né. Ele olhou pra mim e ficou sério, eu em, gente bipolar é uma merda.

- Sou. - mais uma vez: o quê? Que tipo de coisa esse homem 'tá  fazendo comigo? E depois sorriu e olhou para a porta. - Bem, era só isso, pode voltar ao seu trabalho.

- Já? - ele continuava a me olhar.

- Seu signo é de touro, você mora com o seu amigo KyungSoo, é frenético em perguntas, fica nervoso e com raiva rapidamente.

Espera… ele sabe tudo isso de mim? Mas eu não disse quase nada.

- Eu não disse quase nada. - falei surpreso e ele riu.

- Não precisou, é muito visível. - olhou pra porta. - Pode sair.

Reverenciei e sai, ainda completamente desconfortável com a situação. Mas o que aconteceu? Desci a escada e fui pra minha mesa, todo estranho que nem o Drake.

- Foi estranho, não foi? - Kyung perguntou.

- Se foi? Super! - ainda estou raciocinando o que aconteceu ali. - Ele contou pra vocês que ele é gay?

- Sim. Ele foi super direto. - Dana disse mais outra coisa, mas não me importei.

- É melhor você fazer logo o seu trabalho, vai que ele fica daquele jeito de novo. - Kyung falou e o obedeci, ainda absorto em pensamentos.

 

[...]

 

As duas da tarde, todos do escritório estavam olhando para a sala do XiuMin, que não havia saído de lá por nenhum momento. Estranho, muito estranho. Infelizmente, sem mais nenhuma animação, voltamos ao trabalho.

- Senhorita Dana? - droga, ele surgiu do nada, não o vi se aproximar.

- S-sim. - a mesma ficou nervosa.

- Quero ter uma reunião só com o pessoal que você trabalha na sala de projeção, agora. - e simplesmente saiu, indo para a sala de projeção.

- Bom, vocês ouviram. Vamos. - pegamos só o necessário e seguimos para sala.

No total eram 5 pessoas na sua equipe: eu, Kyung, Drake, Mia e ela. Adentramos na sala e ele estava de costas, que homem era aquele? Que costas... Balanço a cabeça, afastando esses pensamentos.

- Sentem-se, por favor.

Ele virou-se para nós e olhou pra mim e sorriu. Merda, esse sorriso vai me atormentar com toda certeza! Que sorriso era aquele, meu Deus? Sentamos e ele ficou encarando cada um de nós esperando alguma coisa.

- Então… qual é o trabalho de vocês? - sentou-se, cruzando as pernas.

- Bom, nós basicamente somos responsáveis pelo estilo da revista, apenas recolhemos as informações dos nossos colegas e decidimos quais matérias seriam úteis para podermos lançar na revista.

- Ah, certo. Mas acho que não vamos fazer mais isso. - eu não consegui ficar calado, esse homem está de brincadeira com a minha cara, né?

- Mas como assim? O Senhor só pode estar de brincadeira, não sabe o quão trabalho duro todos nós tivemos que fazer. Eu fiquei com dores no pescoço. - recebi um chute na perna de Kyung e me amaldiçoei mentalmente. Eu e minha boca, ele pelo menos ficou me encarando. - Desculpe-me.

- Vocês vão dar mais ênfases em museus, tea-… - aí ele falou, falou, falou e apenas concordamos com ele. - Terminamos, voltem ao trabalho. - e quando saiu da sala primeiro, minha língua já estava coçando.

- Ah, que cara abusado, eu em! Estou com dores no pescoço e ainda vem mais trabalhos. - reclamei, observando os outros concordarem comigo.

- E o que podemos fazer? Se não obedecemos, olho da rua. - Mia disse e fomos para as nossas mesas para começar outro exaustivo trabalho que vai me custar dores e mais dores.

· · • • • ✤ • • • · ·

 

18h hora de ir embora… quem dera. Ele pediu pra terminamos pelo menos umas 15 páginas, colunas, histórias e um projeto. Projeto que eu falo é slides, temos que colocar tudo no slide. Dana já havia terminado, disse boa noite e saiu, seguido de Drake e Mia.

Kyung, acho que não vou terminar tudo isso hoje. Você vai me esperar, não é? - disse, encostando a coluna na cadeira e esticando os braços pra cima.

- Perdão, esqueci que terei um jantar com a minha família. - disse desligando o seu computador e pegando o seu casaco.

- E nem chama os amigos, né? Que grande consideração! - fiz bico, mas de nada adiantou.

- Nem faça bico que sou obrigado a não recusar, e é um jantar familiar. - deu um tapa na minha cabeça, disse boa noite e saiu.

- Que bom! Estou sozinho aqui, que amigos lindos que eu fui arrumar. - fui agilizar logo todo o trabalho e já estava terminando.

Quando estava prestes a dar sete horas da noite, eu tinha finalmente terminado. Não tinha visto a hora passar, 50 minutos atrás eu estava suando feito um louco. Finalizei tudo, desliguei o computador e peguei meu casaco, ateei as chaves no bolso e parei. Epa, cadê as minhas chaves?

- Ah, não, Kyung, que filho da mãe! Ainda me nega janta. Quando ele chegar em casa,vai ver só. - fiquei choramingando pelo escritório, infelizmente, não havia ninguém no escritório para me ajudar. Peguei minha bolsa e me desesperei quando não vi minha carteira. - Que grande filho da mãe, agora vou ter que ir a pé, que saco! O carro é meu, eu que comprei-...

- Você sempre fala sozinho? - congelei… é ele. Virei-me para o encarar e ele estava bem atrás de mim.

- A-ah, é que s-sabe. - ri nervoso e ele me acompanhou, ainda tem uma risada bonita, que merda!

- Não precisa ficar assim, quer carona?

- Se eu quero? Necessito, muito obrigado. - ele riu mais ainda.

- Pessoas normais negariam de primeira. - ri só pra fazer a social.

- Desculpa.

- Não, nada não.

Peguei tudo que era meu, saímos do escritório e adentramos no elevador. Estava um pouco lotado, porque nessa hora ficavam mais os estilistas e eles demoram mais pra sair. Então eu tive que ficar ao lado dele, quase não, ficamos muito próximos e todo mundo ficou o encarando sabendo quem era ele.

O elevador foi até o 6° andar porque não sei, mas saiu duas pessoas e entraram mais três. E pronto. Posso colocar meu rosto no chão. Eu estava encarando o peito dele e o mesmo, por precaução, colocou o seu braço na minha cintura, por causa dos empurrões e eu fui parar ali. É sério agora, o que esse homem é? Ele é tudo de bom, meu pãozinho de coco, me ajuda a não passar vergonha.

O elevador parou no estacionamento e todos saímos, o segui um pouco atrás porque não queria que alguém pudesse falar alguma coisa. Ele destrancou o seu carro e entramos, eu não entendo nada de carro, mas o seu era daqueles que a gente vê nos comerciais na tevê. Resolvi ficar parado, essas coisas de rico valem ouro.

- Não precisa agir assim, pode se sentar confortavelmente e colocar o cinto de segurança. Eu não preciso ficar falando nada disso. - por mais que tenha soado grosso, era uma carona, eu não podia ficar reclamando. E ele era o presidente da empresa também.

- Está bem. - fiz o que ele falou, me senti no meu carro.

- Você é uma graça. - e riu, por que coisas ele fica rindo de mim?

- Por que você fica rindo de mim? Nem fiz nada. - o olhei.

- Porque pessoas normais pedem desculpas. - ligou o carro.

- Já são duas pessoas me chamando de alien.

- Não é chamando você de alien, é engraçado. - já estávamos saindo do estacionamento quando eu lembrei de uma coisa.

- Desculpa pela aquela hora do elevador. - ele ficou olhando para os lados não me dando atenção, rude de sua parte. Sim, estou reclamando que não tenho sua atenção..

- O que aconteceu lá?

- Eu fiquei, bom… colado ao seu corpo. - ele olhou pra mim e adivinha?... riu de novo.

- Ah, aquela hora? Sabe de uma coisa… Não tinha nenhuma necessidade em pegar na sua cintura. - eu ouvi mesmo o que ele disse? Está dizendo que fui abusado?

- Como assim? - franzi as sobrancelhas.

- Foi porque eu quis. - ‘’Foi porque eu quis’’

                                              ‘’Foi porque eu quis’’

                                                 ‘’Foi porque eu quis’’

Onde vou enfiar o meu rosto agora? No chão não dá mais.

- Você se aproveitou de mim? - desculpa, saiu.

- Não foi bem assim, você é lindo e só quis te abraçar porque é muito fofo com vergonha. - que caramba de demora é essa em chegar na minha casa? Quero acabar logo com isso.

- Fui abusado, não acredito. - olhei para cima e colocando as mãos no rosto.

- Está exagerando. - sinal vermelho, que m-e-r-d-i-n-h-a - Aliás, você não está interessado em mim. Até porque esta pedindo desculpas e… Esquece. - sinal verdade, que b-o-m.

- Como assim não estou interessado em você? Você é-... - parei quando percebi o que eu estava falando, que droga! Seja difícil, BaekHyun. Ele olhou pra mim rapidamente por causa do trânsito e sorriu.

- Eu sou…? - estou morrendo por dentro, que boca grande que eu tenho.

- Ah, esquece. - demorei pra responder e quando olhei pra janela, estou quase perto da minha casa.

O ouvi suspirar, eu só queria chegar o rápido possível em casa. Alguns minutos, minhas preces foram ouvidas.

- Chegamos. - disse e o carro foi parando. - Obrigado pela carona. - quando eu o olhei, ele estava me analisando. - Até amanhã, tchau. - quando estava prestes a sair do carro, ele me puxa e pousou um beijo na minha mão e dizendo ‘’Até’’.

Sai do carro e entrei no prédio. O que foi isso? Olhei para o meu rosto no espelho do saguão e eu estava vermelho. Ah, para, BaekHyun. Se concentra, ele só pode está brincando com você. Vamos dormir que amanhã tudo vai ficar normal. Eu estava me comportando como um adolescente, minha nossa, o que anos de seca não faz com a pessoa? Eu só me acalmei quando entrei no apartamento, vislumbrando o kimchi preparado pelo Kyung em cima da mesa na cozinha.

 

Já era meia noite e nada do sono vir, que droga. Meus pensamentos está só nele, que karma foi aparecer na minha vida. Vou jogar fora vai que é coisa ruim. ‘’Vou jogar fora’’ não 'to bem. Percebo que chegou uma mensagem do Kyung avisando que vai dormir na casa de sua mãe. Quero te contar uma coisa e não está aqui, agora é só amanhã de noite porque no trabalho não dá. Deixei meu celular no criado mudo e coloquei um alarme porque não quero ser alvo do Kyung de manhã, se ele aparecer aqui de manhã com o meu carro.

 

· · • • • ✤ • • • · ·

 

6h30min da manhã de quinta-feira.

Alarme tocou e cá estou eu acordado.

- Kyung!! - gritei e nada - É, ele não veio. - sai da cama, ajeitei-a e fui direto pro banheiro fazer minhas higienes matinais e aproveitei pra lavar o meu cabelo.

Sai do banheiro e me arrumei. Cheguei na cozinha e o kimchi ainda estava bom, comi porque não sou doido de não comer porque foi de ontem. Já dizia a linda Alessandra Ambrósio, “I don’t care”.

Fiz tudo certinho, tranquei o apartamento e fui para o elevador apertando em seguida para o saguão. Chegando lá, encontrei o causador da minha insônia, usando um terno que o deixava mais gostoso do que já é. Engoli em seco, me caminhando para mais perto dele.

- O que está fazendo aqui? - cutuquei-o e virou-se para mim, eu devia ganhar um prêmio por encarar fixamente seu olhar, esse homem vai me causar tantos problemas...

- Como ouvi você dizendo que o seu amigo levou seu carro, quis te oferecer uma carona. - que abusadinho, mas um educado.

- Obrigado, mas se eu for com você as pessoas vão começar a fofocar e eu 'to bem putinho com Kyung e vou bater em todo mundo que ficar me olhando. - ele riu, mas insistiu dizendo que os vidros de seu carro são pretos e não podem nos ver.

- Mas…

- Por favor, aceite. Eu só quero te acompanhar. - ele me interrompeu e eu assenti,

Saímos do apartamento e entramos no seu carro, o terrível lugar onde me deixou mais vermelho que tomate.

- Olha, eu só vou obedecê-lo no trabalho e agradeço novamente pela carona. - disse quando terminei de colocar o cinto.

- Eu não esperava por isso. - assenti, cruzando os braços, completamente absorto em pensamentos. Só que com esse homem do meu lado, eu não consigo pensar direito. Céus, o que diabos está acontecendo comigo? Afastei esses pensamentos e pigarreei, querendo muito mudar o clima.

- Agora, quero te perguntar uma coisa.

- O quê?

- O que foi aquele beijo de ontem? - ele riu e olhou pra mim, só percebi que era sinal vermelho.

- Não entendeu ainda? - ele mordeu o lábio inferior e olhou para minha boca - Eu preciso mesmo dizer?

- M-mas você não pod-... - não pude falar mais nada, ele se aproximou o bastante para que eu ficasse sem ar.

- Não foi tão na cara, não? - olhou para mim e eu fiquei sem reação, com ele perto assim demais, o desejo de beijá-lo cresceu muito. - Você ‘tá muito fofo com vergonha - e nos próximos segundos eu já não podia mais raciocinar direito.

Ele me beijou.

Me beijou.

Tipo, ele está com a boca colada na minha. Céus, o que esse homem ‘tá fazendo comigo? Eu ainda estou de olhos abertos, foi apenas um selo, mas que pareceu uma eternidade. Ele se afastou lentamente e eu o olhava totalmente surpreso, sem conseguir mover um músculo.

- V-você pode até me querer, mas não sou tão fácil assim. - depois do transe, consegui falar.

- Eu consegui te beijar hoje, como assim você não é fácil? - ele provavelmente não se ouviu, pois no momento em que disse, me olhou e eu ri soprado.

- Você percebeu que foi um babaca agora, não é? Me deixa aqui, eu preciso comprar  café. - falei com raiva, desviando olhar e tirando o cinto, mesmo que eu saia do carro no trânsito, eu não me importo.

- Antes de sair, quero pedir perdão. Desculpa, foi na emoção. - falou, eu podia sentir que ele estava sincero, mas eu não posso agir como se nada estivesse acontecendo.

- Está perdoado, mas não quero falar com você novamente. - e saí do carro.

Que idiota! Sou tão fácil assim? Filho da purta. Só porque é rico e o presidente acha que pode falar o que quiser, que rude! Ah, foda-se, vou comprar meu café e ir caminhando até o meu trabalho. Eu devia ter feito isso, mas quando a gente acha que está sentindo uma atração pelo seu chefe, o peso para passar vergonha só aumenta.

Que merda eu estava com a cabeça? Kyung, isso aconteceu por causa de você, seu idiota. Praguejei tanto o nome dos dois que não percebi que já havia chegado na empresa. Entrei furioso, pisando firme e sentei na cadeira fazendo o maior alarde.

O que houve, Baek? - perguntou Kyung e os outros me olharam.

Ah, cala a boca.

Falei rudemente, eu com raiva não consigo controlar minha boca e não percebi que Kyung havia ficado magoado. Não me importei, eu só queria terminar essa merda de trabalho e ir pra casa.

 

9h30min da manhã de quinta-feira

- Ah, que droga! Eu sou muito fácil! - exclamei no meio do escritório e senti olhares a minha pessoa.

- Que que você tem? Está agindo feito um idiota. - Kyung reclamou e o olhei.

- Eu sou tão fácil assim? - ele franziu a testa.

- Como assim?

- Eu fico com caras muito fácil? - ele riu.

- Não tanto, o seu último namoro foi há dois anos atrás, o que aconteceu?

- Tem certeza? - respondeu um ‘’uhum’’.

- O que aconteceu, Baek, está me deixando preocupado.

- Depois te conto. - e ele ficou sem entender ainda.



 

Esse idiota acha que eu vou me entregar tão fácil assim?

 


Notas Finais


Obrigada por lerem, espero que não tenham se decepcionado <3


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